Próxima
quarta-feira!
Oportuna
reunião na tarde do dia 21, em SP, vai tratar da
derrubada
do veto da Lei do ISS e dos
aspectos,
impactos e sua abrangência para as
operadoras
de saúde tanto na operação como em seus custos!
Participe!
Informações e inscrições gratuitas pelo e-mail
encontro@assprevisite.com.br
AssPreviSite
Inscrições
até hoje para reunião aberta da Comissão Nacional
de Atuária
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
tem prazo até hoje para as inscrições para a 27ª
reunião ordinária da Comissão Nacional de Atuária
(CNA), aberta ao público em geral. O evento será realizado
no próximo dia 28 de junho, de 9h30 às 17h15, no auditório
da Fundação Sistel de Seguridade Social, em Brasília.
As
vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas
até hoje, dia 14 de junho, no formulário disponível
no hotsite http://27-reuniao-da-cna.webnode.com/ A participação
no evento contará 5 créditos para o Programa de Educação
Continuada (PEC) do Instituto de Certificação Institucional
e dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS).
A
pauta da 27ª reunião da CNA contará com apresentações
e debates sobre os temas: “Migração de assistidos de planos
BD”, “O papel do atuário no fomento da previdência complementar”,
“Proposta de Instrução Submassas”, “Perspectivas atuariais
para os planos de benefícios do Funpresp-EXE” e “Agenda Regulatória
Previc 2017”. (Previc/Abrapp/AssPreviSite)
SRPC:
Seminário - 21/06 - DF
Evento
discute oportunidades de expansão da Previdência Complementar
Evento
será realizado em Brasília dia 21 de junho; vagas já
estão esgotadas
A
Subsecretaria de Regime de Previdência Complementar da Secretaria
de Previdência do Ministério da Fazenda promove o seminário
“Longevidade da População, as Perspectivas e as Oportunidades
de Expansão para a Previdência Complementar”.
O
seminário gratuito, que já está com as vagas esgotadas,
acontecerá no dia 21 de junho, das 8h30 às 12h15, no auditório
do Ministério do Trabalho e da Fazenda (Esplanada dos Ministérios,
Bloco F, Brasília, DF) e valerá 3 pontos no Programa de Educação
Continuada do ICSS.
O
Seminário tem por objetivo apresentar o cenário atual da
longevidade da população e promover debate acerca das oportunidades
de expansão da previdência complementar, bem como demonstrar
a viabilidade de criação e manutenção de planos
de benefícios administrados pelas EFPC (Veja a Programação
completa).
Informações
por telefone (61/ 2021-5135 / 5906 / 5190 e 5821) ou pelo e-mail coeti.sppc@previdencia.gov.br.
(Previdência Complementar)
Petros:
Déficit terá taxa extra
Funcionários
e aposentados da Petrobras, além da própria estatal, vão
começar a pagar em janeiro pelo déficit bilionário
acumulado pela fundação de seguridade social dos empregados
da petroleira, a Petros. A contribuição extra, que deve ser
quitada ao longo de vários anos, será de R$ 17 bilhões
a R$ 24 bilhões, afirmou o presidente da Petros, Walter Mendes.
O
executivo adiantou que a intenção é cobrar dos contribuintes
valor superior ao piso de R$ 17 bilhões para evitar novos planos
de ajuste de contas caso a Petros volte a registrar déficits. O
plano de equacionamento do déficit deve ser comunicado aos participantes
em novembro, mas a cobrança, inclusive de aposentados, só
vai ocorrer após 60 dias. Metade da conta será paga pela
Petrobras e a outra metade, pelos seus funcionários.
Alvo
de uma CPI no Congresso e da Operação Greenfield, da Polícia
Federal, que investiga desvios de recursos em investimentos suspeitos,
a Petros já saiu do 'fundo do poço', segundo Mendes. O principal
alvo da Greenfield foi o Fundo de Investimento em Participações
Florestal, criado para financiar a Eldorado Celulose, controlada pelo grupo
J&F, que tem como um dos sócios Joesley Batista, o empresário
que acusou o presidente Michel Temer de participar de esquema de corrupção.
Apenas esse ativo provocou perda de R$ 745 milhões à Petros
em 2016.
Defesa
Em
teleconferência para apresentar o resultado de 2016 aos participantes,
Mendes afirmou que a fundação apresentou sete notificações
à Comissão de Valores Mobiliários apontando irregularidades
na atividade de administradores e gestores de fundos estruturados. Além
disso, a Petros está "contratando escritório de advocacia
para tomar as medidas cabíveis contra as partes apontadas em relatórios
de auditorias externas". (Diário do Nordeste Online)
Postalis:
Parcela do Abono Anual será paga em Junho/17
A
primeira parcela do Abono Anual será paga aos Aposentados e Pensionistas
dos Planos BD e PostalPrev em junho de 2017. A data prevista para o crédito
é 30/06/2017.
O
valor desta primeira parcela será calculado tomando como base até
40% do benefício bruto. O restante do Abono será pago em
dezembro deste ano quando ocorrerá o desconto correspondente ao
valor antecipado. (Postalis/AssPreviSite)
SP-Prevcom
apresenta plano a governador de Rondônia
O
detalhamento do plano de previdência complementar da Fundação
de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-Prevcom)
foi apresentado ao governador de Rondônia, estado Confúcio
Moura (PMDB), nesta terça-feira, 13 de junho, durante reunião
com o presidente da entidade, Carlos Henrique Flory, em São Paulo.
Na ocasião, foram apresentados os principais pontos do regulamento
do plano de benefícios dos servidores de Rondônia e o conjunto
de ações para captação, relacionamento institucional
com os participantes, estudo do potencial de adesão e custos administrativos.
A
próxima etapa será a análise do plano pelo Conselho
Superior Previdenciário de Rondônia, formado pelo governador
do estado e presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça,
Tribunal de Contas, Procurador Geral do Ministério Público,
Defensor Público Geral, além de representante dos servidores
públicos de Rondônia. A reunião do conselho para avançar
na adesão de Rondônia ao plano da entidade ocorrerá
no início de julho.
O
estado iniciou as tratativas com a entidade este ano como alternativa para
implantação do regime de previdência complementar aos
servidores. A medida seria uma forma mais econômica de implantar
o regime, já que a SP-Prevcom já é uma entidade estruturada
e, a partir de uma alteração em sua legislação,
está aberta ao multipatrocínio, podendo administrar planos
de outros entes federativas além do estado de São Paulo.
Após
as etapas de análise e validação das normas pelo governo
estadual, o plano será encaminhado à Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) para aprovação.
(Agência Investidor Online)
RO:
Conselho analisará proposta da SP-Prevcom
Conselho
Superior Previdenciário de Rondônia analisará proposta
desenvolvida pela SP-PREVCOM:
O
presidente da SP-PREVCOM, Carlos Henrique Flory, apresentou os principais
pontos do regulamento ao governador Confúcio Moura durante encontro
em São Paulo(SP)
No
início de julho, o Conselho Superior Previdenciário de Rondônia
se reunirá para analisar a proposta de previdência preliminar
elaborada pela Fundação de Previdência Complementar
do Estado de São Paulo (SP-PREVCOM). O conselho, formado pelo governador
Confúcio Moura e presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal
de Justiça, Tribunal de Contas, Procurador Geral do Ministério
Público, Defensor Público Geral e representante dos servidores
públicos de Rondônia, é a instância governamental
responsável por validar o projeto elaborado para os funcionários
públicos do Estado.
O
detalhamento do plano foi realizado nesta terça-feira, (13/6) durante
reunião entre o governador rondoniense e o presidente da SP-PREVCOM,
Carlos Henrique Flory, na sede da instituição, em São
Paulo. Foram apresentados os principais pontos do regulamento do plano
de benefícios dos servidores rondonienses e o conjunto de ações
para captação, relacionamento institucional com os participantes,
estudo do potencial e custos administrativos.
Assim
que forem cumpridas as etapas de análise e validação
das normas pelo governo estadual, o plano poderá ser encaminhado
à Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda responsável
pela fiscalização e supervisão dos regimes implantados
por todos os estados, municípios e União. A aprovação
da Previc é determinação legal e necessária
para a implantação do plano de previdência complementar
e a abertura das adesões aos servidores públicos de Rondônia.
(Segs)
AL:
Iprev presta esclarecimentos
A
diretora-presidente do Instituto de Previdência e Assistência
Municipal de Maceió (Iprev), Fabiana Tolêdo, compareceu na
manhã desta terça-feira (13) à Câmara Municipal
de Maceió para esclarecer, durante audiência pública,
teor da mensagem do Executivo que propõe a sustentabilidade e equilíbrio
dos Fundos Previdenciário e Financeiro da capital.
O
Projeto de Lei da Prefeitura foi publicado na edição do Diário
Oficial do Município (DOM) do último dia 9, e segundo os
gestores visa, sobretudo, solucionar um desequilíbrio no Fundo Financeiro
que passa dos R$ 4,5 milhões, o que obriga o município mensalmente
a efetuar aporte para garantir os benefícios dos aposentados por
este Fundo, cuja folha é de R$ 18 milhões, e data de 1999,
período no qual cabia aos municípios a manutenção
da Previdência. Depois disso, ela passou a ser contributiva, como
informou Fabiana Tolêdo.
A
audiência foi proposta semana passada pelo vereador Silvânio
Barbosa (PMDB), durante reunião na presidência da Câmara,
com a participação da diretora do Iprev, que esteve na Casa
para explicar aos vereadores o conteúdo da mensagem.
Além
de Silvânio Barbosa, participaram da audiência pública
os vereadores Francisco Sales (PPL), Silvânia Barbosa (PRB), integrante
no Conselho do Iprev como representante da Câmara, Eduardo Canuto
(PSDB), líder do governo na Casa, Chico Filho (PP) e Silvio Camelo
(PV).
“Nossa
preocupação é trazer este tema à tona de forma
a conseguir ser transparente para ficar claro qual o objetivo maior do
projeto, afinal, a Previdência não trata apenas de benefício”,
afirmou Fabiana Tolêdo, durante sua explanação. “Não
podemos deixar o Fundo Previdenciário ficar doente como o Financeiro”,
alertou.
O
vereador Silvânio Barbosa falou sobre qualificação
dos servidores para gerirem o Iprev, disse que encaminhou várias
perguntas à diretora, e afirmou que a audiência é o
momento para se esclarecer todas as dúvidas. Destacou ainda a importância
do projeto de lei que começa a tramitar na Câmara e os investimentos
que precisam ser feitos para que as metas sejam atingidas.
O
líder do governo na Casa, Eduardo Canuto afirmou que a Câmara
“não se furtaria de discutir publicamente um tema de tamanha relevância,
que mexe com a história de vida dos servidores, da sociedade. É
um projeto complexo na sua importância, que tramitará dentro
do processo administrativo normal, passará pelas Comissões
de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças
até chegar ao Plenário para votação”.
O
vereador Chico Filho também destacou a oportunidade de “se debruçar
a respeito da temática”. Disse que a Comissão Permanente
de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira,
da qual é vice-presidente, está aberta para receber as reclamações
formais e sugestões dos dirigentes de entidades e ressaltou que
o debate é necessário para se “fazer um Projeto de Lei que
de fato represente a sociedade, discutindo o que é melhor para o
funcionalismo público. O Iprev precisa, sim, ser discutido, talvez
não como o governo federal vem fazendo com a reforma da Previdência,
mas precisa ser avaliado”, afirmou.
Representantes
de entidades usaram a tribuna da Câmara para fazer questionamentos
à diretora do Iprev. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos
do Município de Maceió (Sindspref), Sidney Lopes, destacou
que “a audiência é o melhor instrumento para que se possa
discutir, debater”. “Gostaria de saber se há investimento e de quanto?
O Fundo Previdenciário é nosso, já estamos contribuindo
duas vezes. O aporte não pode sair do nosso reajuste”, questionou.
Eliane
Uchôa, do Sindicato das Assistentes Sociais de Alagoas, também
questionou a diretora. “Se o Fundo Financeiro tem um déficit de
R$ 18 milhões, o que tem sido feito para recompor isso?”.
Célia
Capristano, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Alagoas (Sinteal), disse que para ela a “preocupação é
que futuramente o Fundo Previdenciário esteja com o mesmo problema
do Fundo Financeiro”.
A
discussão durou quase quatro horas. (Cada Minuto)
RJ:
Fazenda barra adesão a programa de socorro a Estados
Após
reunião no Ministério da Fazenda, o governador do Rio, Luiz
Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta terça (13) que o engavetamento
do teto de gastos pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro)
está travando a adesão do Estado ao programa de recuperação
fiscal do governo federal.
O
limite dos gastos do Estado pela inflação foi engavetado
pela Alerj na semana passada, que considerou que as outras medidas de controle
fiscal aprovadas até agora, como restrições a concessões
de pensões, privatização da Cedae (Companhia Estadual
de Águas e Esgoto) e aumento da contribuição previdenciária
de servidores são suficientes.
"Há
uma divergência com a equipe do Tesouro. Eles acham que nós
tínhamos que ter aprovado o teto na Assembleia Legislativa, e a
Assembleia Legislativa acha que os limites da LRF [Lei de Responsabilidade
Fiscal] já fazem com que o teto seja cumprido", disse Pezão,
que se reuniu com a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.
De
acordo com o governador, a Assembleia irá elaborar um parecer jurídico
defendendo que, com as medidas aprovadas até agora, a LRF será
contemplada. "Vamos trazer um trabalho jurídico para a Procuradoria
da Fazenda Nacional ver esse entendimento que a Assembleia tem."
Segundo
Pezão, o parecer será entregue entre sexta (16) e segunda
(19). "Estou trabalhando para que isso se encerre o mais rápido
possível."
SECURITIZAÇÃO
E BNDES
Sobre
a reunião que ocorrerá na noite desta terça com os
governadores e o presidente Michel Temer, Pezão afirmou que uma
pauta a ser discutida é a possibilidade de securitização
das dívidas ativas dos entes da federação.
"Estarão
Caixa, Banco do Brasil, e o BNDES parece que vem. Há um pleito de
todos os governos de alongarmos as dívidas com o BNDES com três,
quatro anos de carência", disse.
ENTENDA
O
programa de recuperação fiscal para Estados em grave situação
financeira prevê a suspensão do pagamento de dívidas
da União por três anos, o que dará um alívio
de R$ 23 bilhões aos cofres do Rio.
Além
disso, permite a tomada de um empréstimo de R$ 3,5 bilhões,
usando como garantia as ações da Cedae.
Com
os recursos, o governo pretende regularizar o pagamento de salários
e fornecedores (MAELI PRADO - Folhapress)
RJ:
Tesouro exige que Rio formalize a adoção do teto de gastos
Luiz
Fernando Pezão: jantar com Temer e presidentes de bancos públicos
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou
que há uma divergência entre o governo do Estado e o Tesouro
Nacional a respeito da fixação de um teto para o crescimento
dos gastos no Rio. Segundo ele, o entendimento da Assembleia Legislativa
do Rio é de que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) já
define regras relacionadas ao crescimento dos gastos públicos. "Trouxemos
a proposta [do Rio]. Tem uma divergência com a equipe do Tesouro.
Eles acham que tínhamos que ter aprovado o teto na Assembleia, e
a Assembleia acha que os limites da LRF já fazem esse teto", disse
o governador, após reunião com a secretária do Tesouro,
Ana Paula Vescovi. O órgão federal tem a tese de que para
assinar um acordo, as medidas têm que apontar para o reequilíbrio
das contas. Vale lembrar que na renegociação da dívida
com a União, no ano passado, todos os Estados ficaram obrigados
a seguir a regra do teto de gastos por dois anos. Na semana passada, a
Assembleia do Rio aprovou projeto de lei que restringiu a concessão
de pensões por morte a servidores do Estado. A base do governo fluminense
entendeu que cumpriu a missão de aprovar as medidas necessárias
para adesão ao programa federal de recuperação e decidiu
desistir da proposta do teto de gastos. Pezão afirmou que não
vai propor o teto novamente, mas espera um entendimento com o Tesouro.
Pezão foi a Brasília para participar de jantar com o presidente
Michel Temer no Palácio da Alvorada. Disse que pretendia apresentar
novamente o pedido de securitização da dívida ativa,
reivindicação na qual é acompanhado pelos seus pares
de outros Estados. Desde o ano passado, o Rio vem buscando alternativas
para cobrir o déficit do Estado com recursos da securitização
de ativos, como royalties do petróleo, dívida ativa e ações
de empresas estatais. O encontro no Alvorada contaria com representantes
do Banco do Brasil (já que seu presidente Paulo Caffarelli viajou
para os Estados Unidos), Caixa e BNDES. A principal pauta do encontro era
a liberação de recursos do BNDES para os Estados e a efetivação
da renegociação das dívidas, aprovada no ano passado
e cuja última regulamentação do governo foi concluída
há cerca de duas semanas. Temer também quis, com o encontro,
demonstrar "fôlego político" poucos dias após o arquivamento
da ação que pedia a cassação da chapa Dilma-Temer
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E também iria pedir apoio
dos governadores à retomada das negociações para votar
as reformas da Previdência e trabalhista. Os governadores têm
reclamado que a renegociação da dívida com o BNDES,
aprovada junto com a da União, ainda não foi viabilizada
e que, a toda hora, algo novo é exigido pelo banco. "A cada momento
surge uma novidade: era uma resolução do CMN, depois regulamentação
do BNDES, agora falta uma resolução do Senado. E já
estamos com mais de um ano", disse ao Valor o governador do Piauí,
Wellington Dias (PT). Durante o jantar, ontem, Temer defendeu "solução
para a questão do BNDES", ao se referir à renegociação
de dívidas dos Estados com a União e liberação
de recursos do banco para os governos estaduais. "Há dívidas
lá que são garantidas pela União, têm um determinado
tratamento, e dívidas não garantidas pela União, que
têm outro tratamento", disse Temer. "Nós temos que encontrar
um caminho que seja saudável para os Estados e que também
não seja prejudicial para o BNDES e para a União", disse
o presidente em sua manifestação, conforme divulgado pela
assessoria da Presidência. Segundo fontes, para a liberação
da renegociação e de novos créditos do BNDES faltaria
apenas o Senado concluir as regulamentações que lhe cabem,
o que deve ser feita a partir da votação de dois projetos
de resolução, apresentados pelo líder do governo,
Romero Jucá (PMDB-RR), que tratam sobre o espaço para endividamento
dos Estados. Um deles excepcionaliza dos limites definidos na LRF as renegociações
aprovadas no ano passado. Esses projetos também seriam apresentados
aos líderes estaduais para obtenção de apoio. O jantar,
que começou pouco depois das 20h, contou com a presença de
16 governadores e 4 vice-governadores. Alagoas, Amazonas, Bahia, Paraná,
Paraíba, Rondônia e Amapá estavam ausentes. Além
de Pezão, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Fernando Pimentel (PT-MG) e
Marconi Perillo (PSDB-GO) estavam entre os governadores presentes. Também
foram ao encontro os presidentes dos bancos públicos, Paulo Rabello
de Castro (BNDES) e Gilberto Occhi (Caixa), além dos ministros Henrique
Meirelles (Fazenda), Dyogo de Oliveira (Planejamento) e Eliseu Padilha
(Casa Civil). O Banco do Brasil foi representado pelo vice-presidente Gustavo
do Vale. A secretária do Tesouro e o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE) também compareceram. ( Andrea Jubé,
Cristiane Bonfanti, Fabio Graner e Bruno Peres - Valor Online)
Estados:
Agrado para influenciar bancadas
O
presidente Michel Temer abriu nova frente para tentar ampliar sua base
de apoio. O alvo agora são os governadores. Eles foram convidados
para um jantar no Palácio da Alvorada, onde o principal assunto
foi a repactuação das dívidas estaduais com o BNDES.
Também compareceram o novo presidente do banco, Paulo Rabello de
Castro, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em troca do agrado,
o Planalto espera que os governadores influenciem suas bancadas no Congresso
para apoiar a agenda de reformas e salvar o próprio presidente.
Temer
pode ter escapado da cassação no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), mas ainda tem uma guerra com a Procuradoria-Geral da República
(PGR) pela frente. O procurador Rodrigo Janot deve apresentar nos próximos
dias denúncia contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), baseada
na delação do dono da JBS, o empresário Joesley Batista.
A abertura desse processo precisa ser autorizada pela Câmara por
dois terços dos votos, ou 342 dos 513 deputados. Por enquanto, a
vantagem está com o presidente, que tem mais do que os 172 votos
necessários para barrar o processo. Mesmo assim, o governo não
quer correr riscos.
Desde
que o conteúdo da delação de Joesley foi revelado,
o governo mergulhou numa crise que enfraqueceu a base no Congresso. Isso
obrigará o Planalto a fazer concessões para reduzir sua impopularidade
e conseguir aprovar projetos como a reforma da Previdência. A equipe
econômica voltou a estudar medidas que vão na contramão
do ajuste fiscal, como a correção da tabela do Imposto de
Renda (IR) e o reajuste do Bolsa Família. O ministro da Defesa,
Raul Jungmann, informou que vai reajustar salários dos militares
das Forças Armadas.
Ainda
para agradar aos aliados, o governo conseguiu aprovar ontem na Câmara
a tramitação de projeto de lei que permite ao governo usar
recursos de precatórios para fechar suas contas. Diante da dificuldade
para cumprir a meta fiscal deste ano, de déficit primário
de R$ 139 bilhões, o governo teve de fazer um corte de R$ 42,1 bilhões
no início do ano, o que comprometeu investimentos de praticamente
todas as pastas, muitas delas comandadas por partidos da base. Como as
receitas estão em queda, esse corte foi flexibilizado, mas em apenas
R$ 3,1 bilhões. Para atender a pleitos de aliados, a equipe econômica
precisa de dinheiro em caixa. Quando o projeto for aprovado, será
possível reforçar os cofres em R$ 8,6 bilhões e autorizar
mais gastos. (Martha Beck - O Globo)
Equidade:
É assim que se faz
Está
chegando o primeiro Guia de Melhores Práticas de Equidade de Gênero
e Raça para Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
A iniciativa é do Fórum Pró-Equidade, que é
um âmbito de intercâmbio de experiências e ações
formado por uma dezena de entidades, entre elas, Real Grandeza, Funcef
e Petros, entre outras. O projeto do novo guia vai chegar pelas mãos
da Comissão Técnica Nacional (CTN) de Sustentabilidade da
Abrapp.
A
primeira fase do projeto consiste no envio de um questionário para
coletar informações entre as entidades. Em seguida, os dados
serão reunidos e analisados por membros do Fórum e por representantes
da CTN. A expectativa é publicar o manual de boas práticas
no 38º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada,
que será realizado em outubro em São Paulo.
“O
objetivo do novo guia é incentivar ações e informações
que contribuam para reduzir as desigualdades de gênero e de raça
em todo o segmento de entidades fechadas”, comenta Raquel Castelpoggi,
Coordenadora do Fórum de Equidade de Gênero e Raça
das entidades e Coordenadora da CTN de Sustentabilidade da Abrapp. Ela
é também responsável pelo programa de responsabilidade
sócio-ambiental da Real Grandeza.
A
representante explica que as práticas de equidade fazem parte dos
princípios ASG (Ambientais, Sociais e de Governança), mais
especificamente os do “S”, que se referem aos critérios sociais.
Em outras palavras, esse trabalho tem o objetivo de promover maior equidade
entre homens, mulheres e pessoas de todas as origens étnicas dentro
do ambiente corporativo.
O
setor de previdência fechada tem avançado a passos largos
na exigência de adoção de critérios ASG nas
empresas investidas nos últimos anos. Além do avanço
nos aspectos ambiental e de governança, Raquel ressalta a importância
de ganhar terreno também em relação aos princípios
sociais de equidade, como por exemplo o empoderamento das mulheres. “Se
queremos cobrar ações das empresas investidas, nós
também temos que praticá-las em nossas entidades”, diz Raquel.?
Prêmio
da ONU – A Real Grandeza é uma das pioneiras na adoção
de práticas de equidade no setor. A entidade criou um programa específico
para tratar do tema em 2009 e, desde então, tem instituído
ações como a licença maternidade de 180 dias e paternidade,
de 10 dias – acima do mínimo exigido pela legislação
trabalhista. Mais recentemente, implantou uma sala de apoio à amamentação
que funciona dentro da fundação. Com isso, a Real Grandeza
tem obtido e renovado o Selo Pró-Equidade do Governo Federal desde
2010. A certificação é um programa realizado pela
Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM).
O
principal reconhecimento veio no ano passado, com a seleção
para a fase final do prêmio WEP Brasil. O prêmio tem reconhecimento
da ONU e está direcionado para as corporações que
promovem ações para o empoderamento de mulheres (em inglês,
Women Empowerment Principles). Além de ser finalista, a Real Grandeza
acabou com o troféu de bronze (terceira posição) na
categoria de grande porte, tendo concorrido no meio de grandes empresas.
“Foi uma surpresa muito grande, ficamos muito emocionados em receber o
prêmio mesmo concorrendo com grandes organizações”,
diz Raquel.
Responsabilidade
compartilhada – A Funcef tem realizado uma série de ações
que também levou a entidade a conquistar o Selo Pró-Equidade
do Governo Federal. A licença maternidade de 6 meses é um
exemplo de prática que vai nessa direção. Outra mudança
preparada pela fundação é o projeto de abono de horas
para que tanto as mães quanto os pais possam participar das reuniões
escolares dos filhos.
“Estamos
trabalhando para possibilitar o abono de horas para que os pais e mães
possam participar da reunião da escola. Com o objetivo de incentivar
as responsabilidades compartilhadas, o benefício está voltado
tanto para os homens quanto para as mulheres”, explica Aglaene Brandão
Silva, Analista de Controles Internos e responsável pelo programa
de equidade da Funcef.
A
profissional comenta que outro projeto é promover o funcionamento
permanente do comitê de equidade da Fundação que, atualmente,
funciona apenas na época de preparação para o Selo.
Fórum
de entidades – Criado em 2011, o Fórum de Equidade e Diversidade
tem o objetivo de promover o intercâmbio de ações e
experiências entre as entidades fechadas. A mais nova adesão
ao âmbito ocorreu com a entrada da Fundação Copel no
início deste ano.
“Montamos
o comitê da equidade há cerca de dois anos e estamos nos preparando
para conseguir o Selo da Secretaria de Mulheres. Por isso, sentimos a necessidade
de conhecer as experiências de outras fundações”, diz
Maria Elena Almada, Secretária Executiva da Diretoria da Fundação
Copel. Ao procurar outras entidades, a equipe da Copel ficou sabendo dos
trabalhos da CTN de Sustentabilidade da Abrapp e, em seguida, conheceu
o Fórum Pró-Equidade, ao qual decidiu participar ativamente.
( Alexandre Sammogini - Diário dos Fundos de PEnsão-13.06)
Fundos de pensão:
Participações, investimentos
e desempenho em empresas
Fundos:
Joesley presta depoimento sobre repasses
A
oitiva foi realizada no inquérito que investiga as afirmações
prestadas no acordo de colaboração de Joesley sobre repasses
de mais de R$ 80 milhões para os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff
O
empresário e delator Joesley Batista, principal acionista do grupo
J&F, dono da JBS, está no Brasil desde domingo e prestou depoimento
na Procuradoria da República do Distrito Federal no âmbito
da operação Bullish. A oitiva foi realizada no inquérito
que investiga as afirmações prestadas no acordo de colaboração
de Joesley sobre repasses de mais de R$ 80 milhões para os ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do Partidos dos
Trabalhadores.
Deflagrada
no dia 12 de maio, cinco dias antes do vazamento da delação
dos executivos da J&F, a Bullish investiga possíveis irregularidades
no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) para empresas do Grupo J&F. A investigação
em que Joesley foi ouvido foi instaurada pelo procurador Ivan Marx porque
o desmembramento promovido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), baseou-se na conexão dos
fatos narrados pelos delatores com as irregularidades no banco público
Na
delação, Joesley Batista narrou que, em 2009, foi criada
uma conta para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte,
outra foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma. O empresário
revelou que, em dezembro naquele ano, o BNDES adquiriu de debêntures
da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões,
"para apoio do plano de expansão".
"O
depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio,
crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome
de offshore que controlava, na qual depositou o valor", relatou Joesley.
Segundo o empresário, em reunião com Mantega, no final de
2010, o petista pediu a ele "que abrisse uma nova conta, que se destinaria
a Dilma". Nesse momento, disse o delator, foi perguntado a Mantega se Lula
e Dilma sabiam do esquema. "Guido confirmou que sim", disse ele.
Em
outro caso, Joesley declarou que foi feito um financiamento de R$ 2 bilhões,
em maio de 2011, para a construção da planta de celulose
da Eldorado. O delator disse que Mantega "interveio junto a Luciano Coutinho
(então presidente do BNDES) para que o negócio saísse".
O
empresário declarou que depositou, "a pedido de Mantega", por conta
desse negócio, crédito de US$ 30 milhões em nova conta
no exterior. "O depoente, nesse momento, já sabia que esse valor
se destinava a Dilma; que os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma
eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do
esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e
Funcef; que esses saldos somavam, em 2014, cerca de US$ 150 milhões."
Em
outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que "depois de
receber solicitações insistentes para o pagamento de R$ 30
milhões para Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais,
veiculadas por Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014),
e de receber de Guido Mantega a informação de que 'isso é
com ela', solicitou audiência com Dilma".
"Dilma
recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o depoente relatou,
então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel, estava
solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$ 30 milhões,
mas que, atendida essa solicitação, o saldo das duas contas
se esgotaria; que Dilma confirmou a necessidade e pediu que o depoente
procurasse Pimentel", narrou aos investigadores.
Em
nota, a J&F confirmou que Joesley está no Brasil e que sua viagem
nos últimos dias teve como objetivo "proteger a integridade de sua
família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs
a colaborar com o Ministério Público."
De
acordo com o comunicado da empresa, Joesley "estava na China - e não
passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou
a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República.
(Agência Estado)
Órgãos,
Associações e Entidades do Segmento
http://www.portoseguro.com.br/solucoes-financeiras/investimentos
Tchê
Previdência: A Seguridade nos Fundos de Pensão
22
de junho -: 8h30min
Fundação
Banrisul de Seguridade Social
R.
Siqueira Campos, 736 - Centro, Porto Alegre
Informações
gerais
O
Evento é destinado aos profissionais interessados em obter ou atualizar
os conhecimentos nos processos operacionais na área de seguridade.
O
curso permitirá o compartilhamento de necessidades comuns entre
os profissionais das entidades e a troca de experiências, visando
a melhoria na gestão.
A
realização do evento condicionado a no mínimo de 15
alunos matriculados.
Conferirá
creditos no Programa de Educação Continuada do ICSS.
A
cada turno será servido um Coffee break em horário a ser
combinado entre instrutores e participantes e o intervalo para almoço
será de uma hora, das 12:30 às 13:30 , podendo sofrer pequenas
variações, de acordo com combinações.
Instrutora
Lira
Maria Rodrigues Löffer,
Informações
e inscrições
Informações
sobre o pagamento como enviar o comprovante de depósito para alexandre.cure@indusprevi.com.br
Inscrições
através do link
http://eventos.mirador-atuarial.com.br/treinamento-a-seguridade-nos-fundos-de-pensao/
(Tchê Previdência/AssPreviSite)
ASCPrev:
Curso sobre análise e gestão de investimentos
A
Comissão de Educação Continuada, formada por profissionais
das Entidades que integram a ASCPrev, promoveu o curso "Análise
e Gestão de Investimentos" nos dias 05 e 06 de junho. O professor
convidado foi Álvaro Dezidério da Luz, economista e Mestre
em Economia e Finanças pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Participaram
do evento 59 pessoas, entre conselheiros, dirigentes e colaboradores das
entidades de previdência complementar. Foram abordados temas como:
as variáveis econômicas que realmente importam, classes de
ativos disponíveis e gerenciamento de risco aplicado, entre outros
assuntos.
A
participação no curso validou 08 créditos no Programa
de Educação Continuada (PEC) do ICSS. (ASCPrev/AssPreviSIte)
Leitura e cultura
da previdência
Livro:
Atuária para não Atuários
Autores:
Newton Cezar Conde - Ivan Sant'Ana Ernandes
Editora:
Abrapp
Resumo
do Livro:
Com
a publicação deste livro a Abrapp deseja ampliar ainda mais
o acesso ao conteúdo do curso que transmite os conceitos atuariais
básicos dos Planos de Benefícios. Como afirmado no seu título,
é um livro/curso para não atuários, escrito em linguagem
acessível, didático, com grande potencial para ampliar o
conhecimento de quantos se interessem pela matéria.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Cartilha:
10 Passos para Compreender e Aplicar
Regras
de Precificação e Solvência
Autor:
Comissão Ad-Hoc de Solvência de Planos da Abrapp
Resumo
do Livro:
Há
muito o sistema brasileiro de previdência complementar carecia de
regras de precificação e solvência que levassem em
conta o horizonte de longo prazo e tratassem de maneira adequada planos
previdenciários de diferentes graus de maturidade. Preocupada com
isso, a Abrapp procurou estimular entre os profissionais do sistema o estudo
do tema, trazendo como ingrediente a experiência internacional de
grandes especialistas, criando comissões multidisciplinares e chamando
para o debate os órgãos de regulação e supervisão.
Esta cartilha coroa o trabalho. Em sua primeira parte traça breve
histórico do processo, e dos conceitos envolvidos no novo ambiente
normativo. A segunda parte traz, de forma simples e resumida, 10 passos
para que os profissionais do sistema fechado de previdência complementar
possam compreender e aplicar as novas regras de precificação
e solvência.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp//AssPreviSite)
Manual
do Conselheiro das EFPCs
Autor:
CERES
Resumo
do Livro: É uma publicação de leitura simples, com
apresentação dos conceitos e fundamentos, com exemplos práticos,
que um gestor precisa conhecer para bem desempenhar a sua função,
nas áreas previstas na legislação: financeira, administrativa,
contábil, jurídica, previdência complementar, fiscalização,
atuarial e auditoria. Escrito por diferentes autores, principalmente pelos
Conselheiros, Dirigentes, Analistas e outros colaboradores da Ceres, visa
a oferecer aos conselheiros de Fundos de Pensão uma síntese
de informações relevantes para o desempenho da função.
Vale lembrar que este Manual insere-se na direção da certificação
de dirigentes determinada pela legislação e associa-se ao
desenvolvimento do Programa de Educação Financeira e Previdenciária,
desde muito estimulada pela Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc), como um processo sistemático de seleção,
indicação, acompanhamento e avaliação dos conselheiros,
em que se valorizam a experiência profissional, o comprometimento
com as estratégias institucionais, a avaliação individual
de desempenho e o aprimoramento técnico continuado, como preconiza
a legislação vigente. Finalmente, espera-se que este Manual
alcance não somente os Conselheiros das EFPC, mas também
os dirigentes, técnicos, formuladores de políticas de previdência
social e demais interessados na gestão de Fundos de Pensão.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
"PEC
da Previdência será retomada"
O
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse
ao Valor que o governo estuda medidas para alavancar o crédito,
que caiu R$ 500 bilhões nos últimos três anos. Segundo
ele, é preciso atuar para reverter essa queda. Jucá, contudo,
evitou detalhar quais seriam as ações, porque o governo ainda
precisa avançar no diálogo com os bancos. "Banco privado
vai ter que participar". Ele disse que não há "pacote de
bondades", mas medidas em estudo que completam o contexto econômico.
"Não é nada heterodoxo, não é nada de política
anticíclica, não é nada de desestruturação
de despesas". Com trânsito livre no Planalto, o ex-ministro do Planejamento
acrescenta que a gestão do novo presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro,
vai acelerar as mudanças na instituição, voltadas
para ampliação do crédito. Sobre a crise política,
Jucá diz que o governo do presidente Michel Temer "é de transição",
e por isso sempre enfrentará obstáculos. Afirma que a pior
fase da crise foi superada - que ele diz ter sido baseada em uma "mentira",
porque era a "versão" da gravação de uma conversa.
Jucá acrescenta que a decisão do PSDB de continuar na base
aliada recoloca a reforma da Previdência na pauta do Congresso, mas
evitou adiantar o calendário de votação. "Temos que
voltar a debater com muita rapidez". A seguir, os principais pontos da
entrevista ao Valor: Valor: Agora que o TSE já tratou da questão
da chapa presidencial, o PSDB decidiu ficar no governo, é possível
prever um andamento mais rápido da agenda econômica? Romero
Jucá: O governo está tomando uma série de medidas.
De um lado, são as reformas. Já estamos na reta final da
trabalhista. Houve uma espécie de parada por conta da crise política
na reforma da Previdência, mas isso vai ser retomado agora. O governo
já começa a trabalhar com as lideranças da Câmara,
discutindo a retomada. Além disso, o governo está discutindo
medidas de outra linha. Não são reformas estruturais, mas
são providências de microeconomia que tendem a melhorar o
ambiente econômico. Valor: Quais são essas medidas? Jucá:
São medidas na área de crédito, na área de
construção de novos mecanismos de financiamento, tem várias
coisas. Valor: Mas o senhor não pode adiantar alguma? Jucá:
O presidente viaja domingo para a Rússia, então qualquer
discussão de qualquer medida é para a volta dele. Essas ações
vão ser apresentadas e discutidas quando ele voltar. Não
é que vai ser apresentado [ao público], é que vai
ser discutido com ele. Valor: Isto está em que área? Jucá:
Na Fazenda, no Planejamento, nas Cidades... Valor: Mas a Fazenda tem resistido
à ideia de pacote de bondades... Jucá: Não é
pacote de bondades, são ações que complementam um
contexto econômico. Não é nada heterodoxo, não
é nada de política anticíclica, não é
desestruturação de despesas, ao contrário, é
melhorar a qualificação da despesa pública. Valor:
O que quer dizer qualificação de despesa pública?
Jucá: É fazer a despesa de uma forma melhor. Como tem limite
de gasto público, esse é fator determinante do que o governo
vai fazer. Tem que trocar despesas de pouco resultado, de má qualidade,
por despesa de boa qualidade. Valor: Como investimento? Jucá: Investimento
também. É muito baixo no Brasil hoje, então tem que
discutir... assim como está caindo a questão do crédito
também, que é outra questão que tem que se discutir.
Valor: Reajuste do bolsa família e revisão da tabela do IRPF?
Jucá: Não estamos discutindo Bolsa Família. A questão
do IRPF foi aventada, mas está em análise ainda, não
tem nenhuma perspectiva. Valor: Então medidas com impacto fiscal
estão meio congeladas? Jucá: Estão. Porque o impacto
fiscal tem que ser condizente com realidade fiscal. Mudou a realidade.
O governo tem um limitador e vai ter que se reinventar. Valor: O fim do
abono salarial vai entrar nessa reclassificação? Jucá:
Esse governo não vai tratar de abono salarial. Isso vai ficar para
o próximo. É uma despesa de R$ 17 bilhões. Não
é uma luta para este governo. É um gasto público equivocado,
mas é discussão para o próximo governo. Valor: O senhor
já falou duas vezes de crédito, o que vem por aí?
Jucá: Os órgãos estão estudando, não
está nada definido. A questão é a seguinte: o crédito
retraiu nos últimos três anos e isto faz falta para a economia.
De R$ 3,3 trilhões de crédito, a massa diminuiu R$ 500 bilhões.
Isto é muito dinheiro para tirar da atividade. Isso ocorreu porque
bancos involuíram, a situação econômica piorou,
reduziram o crédito, criaram série de proteções
contra a inadimplência, é uma retração natural
para o momento de crise. Temos que mudar essa tendência de queda.
Valor: E como faz isso? Jucá: Não vou falar, estamos discutindo.
Não dá para antecipar. É processo complexo. Valor:
Mas a Selic em queda já ajuda nisso, né... Jucá: A
Selic menor ajuda a ter mais tomador, ajuda o crédito. Valor: Além
de medidas como cadastro positivo, o que mais teria? Jucá: Não
dá para antecipar. Tem que tratar com os bancos. É processo
complexo. Isto não é medida para anunciar, e sim para construir.
Porque tem banco privado que vai ter que participar, então precisa
ser bem estruturado... Valor: Mas é possível fazer algo sem
ser artificial? Jucá: Dá sim, porque já tinha R$ 500
bilhões no mercado. Se retomar crédito, com atividade econômica
crescendo... você vê a economia dando pequenos sinais de que
há um movimento produtivo. Isso é importante, agora mercado
tem que ler esses sinais e ir fortalecendo esses caminhos. Valor: A crise
atrapalhou muito a votação das reformas? Jucá: Na
questão da previdência, houve uma paralisação
do cronograma, já é uma leitura que alguns investidores fazem
de que há uma certa indefinição tanto das reformas
quanto da situação do país. Essa crise é um
desserviço ao país. Valor: O próximo percalço
é a denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. Se
ela for arquivada, a crise acaba? Jucá: O governo do Michel é
de transição, então sempre vai enfrentar obstáculos.
Mas é um governo que está se forjando nos embates, na adversidade,
no enfrentamento e nas vitórias. Está se moldando à
medida que avança. Nós saímos de um buraco negro [na
economia]. Valor: Mas já saiu desse buraco? Ainda podem vir delações...
Jucá: Não saímos, estamos saindo, e estou falando
da economia. Sobre as delações, fazem parte de um processo
que será investigado. O governo não pode ter o cronograma
dele atrelado a um processo de investigação. Valor: O pior
da crise já passou? Jucá: Eu acho que o maior impacto já
aconteceu, e foi [baseado em] uma mentira. Era a versão da gravação
da conversa [do executivo da JBS, Joesley Batista, com Michel Temer]. Ali
eu acho que foi o maior impacto, a partir dali as coisas foram se esclarecendo,
estão sendo feitas investigações, e investigação
se responde. Valor: Mas ainda há ambiente para votar a Previdência?
Jucá: Acho que o ambiente continua o mesmo, e o problema da falência
da Previdência, os números, continuam os mesmos. Valor: Mas
os parlamentares não perderam o ânimo de votar uma agenda
de um governo impopular e em crise? Jucá: A agenda não é
do governo impopular, é do país. Valor: Mas a maioria da
população está contra... Jucá: Está
contra porque não conhece a informação. As pesquisas
induzem ao erro, se você perguntar se a pessoa concorda em pagar
um aumento de imposto todo ano, no valor de uma CPMF, para se aposentar
com 45 anos, a maioria vai dizer que não quer pagar mais imposto.
Valor: E ainda dá pra negociar mudanças no mérito
da reforma? Jucá: Não, a reforma está redonda. O governo
cedeu o quanto podia, o relator [deputado Arthur Maia, do PPS da Bahia]
ajustou a reforma, negociou com todo mundo. Valor: Então, quando
dá para votar na Câmara? Jucá: Não arrisco,
não vivo o dia a dia daquela Casa, mas temos que voltar a debater
com muita rapidez. Valor: A decisão do PSDB de continuar na base
coloca mesmo a Previdência de volta à pauta? Jucá:
Sim, até porque eles decidiram pelo apoio às reformas, um
dos critérios para eles ficarem [na base] é apoiarem as reformas.
Valor: E o PMDB está unido em torno das reformas? Vai fechar questão
por elas? Jucá: Na reforma trabalhista não. Na da Previdência,
vamos avaliar se a bancada da Câmara pedir. Valor: Muda o papel do
BNDES, o banco passa a ser mais ativo? Jucá: Eu acho que o BNDES
já havia evoluído, e agora, com o Paulo Rabello [de Castro],
vai acelerar, está se estruturando para democratizar o crédito,
para trabalhar com pequena e média empresa. Valor: A perspectiva
de crescimento mudou com a crise política? Jucá: Se você
pegar quem vive de fazer isso, a tendência é ser mais conservador.
Mas eu acho que a gente vai deslanchar. Valor: Diante da crise, haverá
alguma mudança substancial na relação do governo com
o Congresso? Jucá: Não, o [presidente] Michel já mudou
o jeito de lidar com o Congresso, o governo do Michel virou um governo
em que o Congresso é parceiro para tudo, chega-se a falar que é
semiparlamentarista. Valor: Mas o senhor mesmo disse que o governo terá
de conviver com a turbulência... Jucá: Claro, porque cada
hora vai surgir uma coisa diferente. Temos uma eleição no
ano que vem, temos adversários, tem as corporações
que estamos mexendo na aposentadoria. O governo não vai parar porque
essa ou aquela ação sucumbiu, os caras vão ter que
ter criatividade para criar outras coisas, e nós teremos que ter
força para enfrentar e derrotar. ( Fabio Graner e Andrea Jubé
- Valor Online)
CPI
ouve sindicatos e confederações sobre reforma nesta quarta
A
CPI da Previdência promove audiência pública nesta quarta-feira
(14) com participação de sindicatos e confederações
de trabalhadores para discutir o déficit da Previdência Social.
Em funcionamento desde abril, a CPI já realizou dez audiências
sobre o tema.
Para
o debate desta quarta foram convidados o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), Moacyr
Roberto Tesch Auersvald; o diretor de Assuntos Legislativos da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Mário Jorge dos
Santos Filho; e representantes da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), do Fórum
Sindical dos Trabalhadores e da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins
(CNTA). (PrevTotal)
Representantes
de frigoríficos serão ouvidos pela CPI
A
CPI da Previdência aprovou seis requerimentos em reunião administrativa
nesta terça-feira (13). Um deles trata da convocação
de representantes de dois frigoríficos.
Segundo
o senador Telmário Mota (PTB–RR), vice-presidente da comissão,
os representantes dos frigoríficos Nicolini e Margen foram convocados
porque não responderam ao convite anterior feito pela CPI. Segundo
Telmário, os representantes virão explicar os débitos
das empresas com a Previdência Social. Ouça os detalhes no
áudio da repórter da Rádio Senado Ana Beatriz Santos.
(Agência Senado)
Fundo
de previdência social da China tem retorno de investimento estável
O
fundo da previdência social da China teve um desempenho de investimento
estável no ano passado apesar da pressão econômica
para baixo, informou nesta terça-feira.
O
Conselho Nacional de Fundos de Seguridade Social anunciou que no ano passado
o lucro de investimento somou 31,94 bilhões de iuanes (US$ 4,7 bilhões).
O rendimento de investimento do fundo em 2016 ficou em 1,73%.
Os
lucros de investimento totalizaram 822,731 bilhões de iuanes desde
a criação do fundo, em 2000, com um rendimento anual médio
de 8,37%.
Até
o final de 2016, os ativos administrados pelo fundo totalizavam 2 trilhões
de iuanes.
Ele
foi criado para ajudar os idosos do país e ser uma reserva estratégica
para financiar a previdência social no futuro.
As
fontes do financiamento incluem receita fiscal do governo central, loteria
de bem-estar público, contribuições individuais e
capital de outros métodos aprovados pelo Conselho de Estado.
(Jornal Monitor Mercantil)
A
reforma argentina e, de novo, ‘Eu Sou Você Amanhã’
Nos
anos 1990, o país adotou um regime misto, no qual coexistia o sistema
estatal e o privado. Em 2008, Cristina Kirchner reestatizou a previdência
Em
tempos de governo Macri na Argentina e desgoverno no Brasil, voltou-se
a utilizar uma antiga referência dos anos 1980 ao comportamento semelhante
de ambas as economias, separadas por um pequeno intervalo temporal. A citação
contida no título refere-se a um antigo comercial de vodka em que
o mesmo ator apresentava-se ao seu próprio “eu” do dia anterior
dizendo: “Eu sou você amanhã”, demonstrando assim, cabalmente,
a ausência de efeitos nocivos daquela milagrosa bebida.
A
expressão “Eu sou você amanhã”, naquilo que ficou conhecido
como “Síndrome de Orloff” – em homenagem à referida vodka
– passou a expressar a sucessão de medidas econômicas que,
aplicadas na Argentina, eram replicadas no Brasil em momentos em que tais
medidas já apresentavam sinais de fracasso na economia vizinha.
Em
meados dos anos 1990, o sistema previdenciário argentino passava
por dificuldades relacionadas à usual alegação do
progressivo envelhecimento da população mas, sobretudo, à
deterioração das condições relativas ao mercado
de trabalho: queda do salário real, crescimento do desemprego e
ampliação do trabalho informal, que se refletiu em um estreitamento
da base de arrecadação.
Esses
fatores contribuíram para a geração de atrasos no
pagamento das aposentadorias e a ocorrência de processos judiciais
contra a previdência. Apesar de o governo ter lançado mão
da criação de tributos e transferências, a situação
continuou a piorar ao longo da década (ALONSO, 1998).
O
fato levou à adoção de um regime previdenciário
misto, no qual coexistia o sistema previdenciário estatal e o privado,
este representado por diversas administradoras. Nesse modelo cabia ao trabalhador
a escolha entre os dois regimes disponíveis e, no caso da escolha
pelo sistema privado, seria possível optar ainda pela administradora
de sua preferência.
Entretanto,
o setor privado ficou com a maior cobertura dos trabalhadores vinculados
à previdência, o que se explica pelo próprio desenho
da reforma, que buscou privilegiar o sistema privado, com a vinculação
compulsória dos trabalhadores que não optaram por nenhum
dos dois sistemas ao sistema privado e com a impossibilidade de transição
entre o sistema privado e o sistema estatal.
No
entanto, estava autorizada a transição do sistema estatal
ao sistema privado. Outra importante concessão realizada foi a abertura
do mercado previdenciário para as organizações sem
fins lucrativos, incluindo associações, cooperativas e sindicatos,
o que garantiu o apoio dessas instituições à reforma
(SILVA, 2008).
Entretanto,
ao contrário do que se previa, a privatização não
tornou o sistema previdenciário mais eficiente e inclusivo, além
de não representar um alívio para as contas públicas.
Nos anos em que o sistema previdenciário misto se manteve vigente,
houve redução da cobertura do sistema. Em 1993, logo antes
da privatização da Previdência, 76,7% das pessoas com
mais de 65 anos eram assistidas pelo sistema. Já em 2003, apenas
66% da população idosa era beneficiada por aposentadorias
ou pensões. Ademais, a relação entre contribuintes/inscritos
caiu de 68% para 36% (MARQUES, 2014).
Ainda,
a privatização do sistema previdenciário agravou a
crise fiscal argentina. Um dos fatores explicativos dessa piora na situação
fiscal reside nas transferências realizadas para financiar a transição
entre o regime previdenciário público e o misto. Com a adoção
do sistema previdenciário misto, observou-se a redução
do número de trabalhadores vinculados ao sistema previdenciário
como um todo, sobretudo daqueles vinculados ao sistema público (cerca
de 4 milhões entre agosto de 1995 e dezembro de 1999) (SILVA, 2008).
Tal redução no número de contribuintes implicou maior
dependência do sistema previdenciário das transferências
públicas.
Paradoxalmente
ao que se pretendia, no início dos anos 1990, as contribuições
dos trabalhadores vinculados ao regime público representavam 76%
dos recursos totais, sendo o restante proveniente de recursos tributários
e outras fontes. Já no início dos anos 2000, apenas 29,6%
dos recursos eram provenientes das contribuições trabalhistas
e os recursos tributários passaram a representar 72,2%. Para financiar
os custos de transição, o Estado recorreu aos próprios
fundos de pensão privatizados. Estima-se que os recursos transferidos
para o sistema previdenciário representavam, no início dos
anos 2000, 73% da dívida pública (SILVA, 2008).
Os
recursos detidos pelas administradoras privadas também não
contribuíram para o desenvolvimento do mercado de capitais. Em 1995,
somente 7% dos recursos do sistema de previdência privado foram revertidos
para a compra de ações ou títulos de dívidas
privadas, a maior parte desses recursos (55%) foi empregada em títulos
públicos. Em 2003, os títulos públicos representavam
75% das aplicações, enquanto as ações e títulos
privados representavam 10%. Esses números demonstram que, com o
passar do tempo, as administradoras privadas dependiam cada vez mais dos
juros pagos pela dívida pública (MARQUES, 2014).
Em
novembro de 2008, o governo de Cristina Kirchner reestatizou o sistema
previdenciário, colocando fim ao sistema misto. Vale destacar que
entre os principais argumentos utilizados para justificar a reestatização
do sistema previdenciário estavam a diminuição dos
números de beneficiados pelo sistema ao longo de sua atuação
e as altas comissões cobradas pelas administradoras privadas (MARQUES,
2014).
A
reestatização do sistema previdenciário transferiu
ao Estado 98 bilhões de pesos argentinos, o equivalente a 31 bilhões
de dólares, além de um fluxo mensal de cerca de 13 milhões
de pesos - 4 milhões de dólares - referentes às contribuições
dos trabalhadores ao sistema, o que conferiu à órbita pública
maiores condições de intervenção econômica.
De
forma semelhante ao que vem ocorrendo sobre o debate da reforma da previdência
no Chile, a experiência latino-americana muito nos ensina sobre a
repetição de erros e sobre aquilo que as propagandas não
contam.
*Carolina
de Moura Trindade é mestranda em Teoria Econômica pelo Instituto
de Economia da Unicamp e Marco Antonio Rocha é professor do IE-Unicamp
e pesquisador do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT-IE/Unicamp)
REFERÊNCIAS
ALONSO,
G.V. Democracia y Reformas: Lastensiones entre Decretismo y Deliberación.
El Caso de la Reforma Previsional Argentina. In: Desarollo Económico,
v.38, n. 150, p.595-626, 1998.
MARQUES,
R.M. Da Privatização à Re(estatização)
do Sistema Previdenciário Argentino. Ensaios FEE, v. 35, n. 2, p.
417- 444. 2014.
SILVA,
S.J. Novos Modelos Previdenciários na América Latina: Lições
da Experiência Argentina. In: Revista de Economia Política,
vol. 28, n. 2, p. 312-330. 2008. (Carolina de Moura Trindade e Marco
Antonio Rocha - Carta Capital)
Reforma
trabalhista avança mais uma etapa no Senado
Após
adiamento do calendário na última semana, o governo conseguiu
nesta terça-feira (13) cumprir mais uma etapa da tramitação
da reforma trabalhista, uma das prioridades do governo Michel Temer.
O
relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi lido na
CAS (Comissão de Assuntos Sociais), em reunião que durou
mais de oito horas. O governo queria que a leitura fosse realizada na última
semana, mas, após pressão da oposição, adiou
a leitura para esta terça-feira.
A
sessão foi extensa devido à leitura de votos em separado
por quatro senadores da oposição, que são contrários
à proposta do governo: Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA).
O
acordo firmado pelo governo com a oposição na semana passada
prevê que a votação no colegiado ocorra na próxima
terça (20).
A
proposta, que já foi aprovada pela CAE (Comissão de Assuntos
Econômicos), precisa passar pela CCJ (Comissão de Constituição
e Justiça) antes de ser colocada em votação no plenário
da Casa. O governo espera que a última votação ocorra
ainda em junho, de forma que a reforma trabalhista possa ser aprovada ainda
no primeiro semestre.
Para
que o texto não retorne à Câmara, onde já foi
aprovado, o Senado precisa aprovar a matéria sem alterações.
Seguindo
um acordo feito pela base aliada junto ao governo Temer, Ferraço
não mudou os pontos aprovados pela Câmara e sugeriu que alguns
pontos sejam vetados no texto e corrigidos por meio de medida provisória.
O
relator apontou a necessidade de serem revistos seis pontos do texto aprovado
pela Câmara: a possibilidade de gestantes e lactantes trabalharem
em locais insalubres, a possibilidade de acordo individual para a jornada
12h x 36h, a criação do trabalho intermitente, a possibilidade
de negociação do intervalo para almoço, a nomeação
de um representante dos trabalhadores dentro das empresas e a revogação
dos 15 minutos de descanso antes de a mulher fazer hora extra.
A
reforma, amplamente apoiada pelas entidades empresariais, traz, entre as
mudanças, a prevalência, em alguns casos, de acordos entre
patrões e empregados sobre a lei, o fim da obrigatoriedade da contribuição
sindical, obstáculos ao ajuizamento de ações trabalhistas,
limites a decisões do Tribunal Superior do Trabalho, possibilidade
de parcelamento de férias em três períodos e flexibilização
de contratos de trabalho.
OIT
No
início da reunião, senadores da oposição afirmaram
que a OIT (Organização Internacional do Trabalho) não
deu parecer em relação à proposta do governo Michel
Temer. Parlamentares da base têm comemorado o fato de o Brasil não
integrar a lista dos 24 países chamados pela OIT a dar explicações
sobre suas normas trabalhistas.
O
fato de o Brasil não integrar a lista, segundo informou a OIT, não
significa que houve um posicionamento em relação à
proposta de reforma trabalhista.
"Gostaria
que o senador Ricardo Ferraço se abstivesse de dizer que a OIT aprova
essa reforma e que essa nota constasse do processo. Queremos dizer, em
alto e bom som, que a OIT não se manifestou sobre essa reclamação,
ainda se manifestará, mas que as suas resoluções são
bem claras em dizer que nenhuma mudança possa estabelecer a derrogação
geral do direito do trabalho através da negociação
coletiva", afirmou a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
Ferraço
respondeu que reafirma seu posicionamento e leu comunicado que informa
a ausência do Brasil na lista dos 24 países.
Documento
da OIT enviado ao líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ),
informa que a organização pediu ao governo informações
sobre qualquer evolução em relação à
negociação coletiva.
"A
exclusão do Brasil da lista dos 24 casos [analisados] não
deve ser interpretada, de maneira alguma, como uma opinião sobre
o referido projeto", esclarece o documento. (LAÍS ALEGRETTI
e TALITA FERNANDES - Folhapress)
UGT
propõe MP para corrigir efeitos da reforma trabalhista
O
presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah,
propôs ontem (13) o envio pelo presidente Michel Temer de uma medida
provisória (MP) ao Congresso Nacional para corrigir possíveis
efeitos negativos da reforma trabalhista, caso a proposta seja aprovada
pelos parlamentares.
Patah
se reuniu nesta terça-feira com o presidente Michel Temer, no Palácio
do Planalto. “Viemos buscar alternativas para a construção
de uma MP que corrija alguns dos efeitos que esse projeto poderá
trazer”, disse o sindicalista ao deixar o encontro com o presidente. Em
entrevista à imprensa, ele reiterou o descontentamento da central
sindical com a proposta de reforma trabalhista em análise no Congresso
Nacional.
Para
o presidente da UGT, se aprovadas, as mudanças impedirão,
por exemplo, que os trabalhadores façam a homologação
da rescisão contratual por meio dos sindicatos. “Ou seja, é
a empresa quem vai resolver, decidir e acertar com o próprio trabalhador
as verbas rescisórias”, disse o sindicalista. Segundo ele, há,
por parte da central sindical a expectativa de que a MP para amenizar os
efeitos da reforma seja elaborada com a ajuda de lideranças parlamentares,
de centrais sindicais e confederações patronais.
Ricardo
Patah também se manifestou sobre o ponto que trata da escolha de
interlocutor de trabalhadores em negociações coletivas. “Outra
questão é a eleição dos trabalhadores em estabelecimentos
de mais de 200 funcionários. Hoje há impedimento da participação
do movimento sindical [nessas eleições]. Com isso a empresa
poderá nomear quem vai ser o interlocutor nas negociações
coletivas”, disse ele. Segundo Patah, isso representará “uma tragédia”
para com os trabalhadores, caso seja aprovado. “Atualmente esse projeto
permite a negociação individual do empresário como
trabalhador, ferindo os princípios constitucionais na relação
capital e trabalho”.
O
sindicalista criticou também o trecho da proposta que prevê
o trabalho intermitente, por possibilitar, no entendimento dele, que o
trabalhador fique por horas na empresa, à disposição,
sem que seja remunerado por isso. “A coisa está tão flexibilizada
que permite que o trabalhador vá à empresa, fique em uma
antessala por horas, e somente quando for ativado, cinco ou seis horas
depois, é que ele começara a receber salário. Isso
também vai fragilizar e muito a relação do trabalhador
diante do capital."
Na
avaliação do sindicalista, Temer demonstrou entender que
as questões apresentadas durante a reunião são “equilibradas”
e, por isso, pretende construir, com a ajuda de líderes do Congresso,
uma MP que “elimine atividades como essas e, também, como a da mulher
[gestante ou lactante] trabalhando em local insalubre”.
Contribuição
sindical
Ricardo
Patah disse que a questão do custeio sindical não foi o “tema
principal” do encontro com o presidente Temer. A proposta de reforma trabalhista
prevê o fim da contribuição sindical obrigatória.
“Mas
não há dúvida de que não se pode, de uma hora
para outra, acabar com o imposto sindical, e ter o assistencial já
sob xeque por causa da interpretação do Supremo Tribunal
Federal. Todos sabem que o movimento sindical tem basicamente três
formas de custeio: a mensalidade, o assistencial, por conta das negociações
coletivas, e o imposto sindical. Não pode, em um período
muito curto, dois elementos deixarem de existir do mundo sindical”, argumentou.
O
sindicalista reiterou que a UGT é uma central que defende reformas.
“Só que as reformas que priorizamos não são essas
duas [trabalhista e da Previdência]. São as do Estado. O Brasil
precisa de reformas política e tributária profundas. Nós
queremos valorizar os sindicatos. Não queremos essa reforma que
foi trazida tirando o movimento sindical do âmbito, inclusive, da
negociação. Nunca vi como valorizar a negociação
coletiva sem a estrutura sindical”, disse. A proposta de reforma trabalhista
foi aprovada no plenário da Câmara em abril. Atualmente, o
texto tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
(Agência Brasil)
Possíveis
efeitos da contribuição sindical facultativa
Não
se pode negar o mérito que o Projeto de Reforma da legislação
trabalhista trouxe para a sociedade em geral. As reações
manifestadas servem para reflexões e não se conhece outro
momento em que as questões trabalhistas foram objeto de tantos encontros
e estudos. O importante é sair do imobilismo histórico. Um
dos temas de destaque é a contribuição sindical que
todos sentiam perenizada. Há uma tentativa de que ela possa se despojar
de suas nefastas características pelas quais foi criada, transformando-se
em contribuição de caráter facultativo e com efeitos
previsíveis na estrutura sindical e nas negociações
coletivas.
Atualmente,
no modelo de obrigatoriedade da contribuição sindical, os
sindicatos se organizam da forma tradicional, por categoria, observando
critério revogado do extinto Quadro de Atividades e Profissões.
Ou seja, segue a rotina por inércia e conveniência e o Ministério
do Trabalho e Emprego faz o controle da unicidade sindical, função
confirmada pela Súmula 677 do STF nos seguintes termos: “Até
que lei venha a dispor a respeito, cabe ao Ministério do Trabalho
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância
do princípio da unicidade”.
São
dois na atualidade os elementos que atraem a unicidade sindical: a informação
ao Ministério do Trabalho para controle da unicidade e, o segundo
elemento, o fato de ser sindicato vinculado ao direito à contribuição
sindical dos representados e, por esta razão, adquire a personalidade
sindical.
Caso
ocorra a passagem da obrigatoriedade para o caráter facultativo
da contribuição sindical haverá uma desconstrução
da herança do passado e os trabalhadores terão direito à
recusa de desconto no salário, fazendo opção livre
pela entidade sindical, segundo a ideologia adotada pelos dirigentes sindicais.
A
recusa no pagamento da contribuição sindical atende ao exercício
do direito à liberdade sindical e, no mesmo sentido, essa oposição
deve admitir que os trabalhadores, ao se manifestarem contrários
ao custeio possam se unir em outra entidade sindical que considerem mais
representativas dos seus interesses.
Os
efeitos da extinção da contribuição sindical
obrigatória poderiam contaminar
(i)
o controle da unicidade;
(ii)
a estrutura sindical;
(iii)
negociações coletivas;
(iv)
litigiosidade em enquadramento sindical.
A
perda da relação jurídica de custeio tiraria dos sindicatos
atuais o monopólio de representação e, consequentemente,
seria dispensável o controle de unicidade sindical pelo Ministério
do Trabalho que, igualmente, ficaria dispensado de informar código
sindical para recolhimento das contribuições sindicais.
A
estrutura sindical caracterizada pela unicidade perderia terreno competitivo
com o reconhecimento de novas entidades mais consistentes e vinculadas
aos interesses ideológicos do grupo, saindo da dificuldade atual,
cuja característica é o de uma cúpula sindical decidindo
ou negociando pela categoria.
A
pluralidade de representação poderia ser adotada como forma
autêntica de expressão das diferentes correntes ideológicas.
No
campo das negociações coletivas, considerando a legitimidade
de representação do grupo, as assembleias dos interessados
tenderiam a ser mais consistentes com participação e envolvimento
e poderiam adquirir maior legitimidade com efetividade da personalidade
sindical ou negocial.
O
enquadramento sindical seria dispensável e desapareceriam discussões
perante o Judiciário Trabalhista relativamente à representatividade
de categoria.
Entretanto,
ainda estamos em processo de discussão no legislativo, com muita
resistência de alguns setores da sociedade contra a aprovação
da reforma. De qualquer modo, ainda que não aprovada, ela
deixa reflexões e importantesquestionamentos sobre o modelo de proteção
trabalhista atual. (Paulo Sergio João - PrevTotal)
Reforma
trabalhista autoriza arbitragem
Para
advogados, a imposição de um teto salarial condicionando
a prática no terreno trabalhista deve reduzir resistência
do Ministério Público do Trabalho
Advogados
habituados com o emprego de formas alternativas para resolver conflitos
judiciais nas áreas do Direito Civil e Comercial veem com tranquilidade
a prática de arbitragem na resolução de controvérsias
nas relações trabalhistas.
O
PCL 38, que altera mais de 100 artigos da CLT, conhecido como proposta
de reforma trabalhista, estabelece que a arbitragem pode ser pactuada por
meio de uma cláusula compromissória nos contratos individuais
de trabalho nos casos em que o salário do trabalhador seja superior
a duas vezes o teto da Previdência Social, o que equivale, hoje,
a R$ 11.062,62.
Na
hora de assinar o contrato com o empregador, trabalhadores que ganham acima
desse valor poderão optar ou não em levar para as câmaras
arbitrais eventuais disputas, que serão decididas por árbitros
escolhidos em comum acordo e que entendam da área trabalhista.
Embora
considerem desnecessária a imposição de um teto salarial,
advogados afirmam que a redação do projeto é um avanço
importante para vencer a resistência atual de vários setores
à arbitragem na solução de conflitos trabalhistas,
principalmente do Ministério Público do Trabalho, seu principal
oponente.
“Abre-se
uma porta para que o MPT entenda que os procedimentos arbitrais são
administrados com lisura, por árbitros idôneos e com profundo
conhecimento na área trabalhista”, diz Ana Cláudia Pastore,
superintendente do Centro Arbitral do Estado de São Paulo (Caesp).
ANA
CLÁUDIA: UMA PORTA ABERTA
A
rapidez na resolução do conflito constitui, a seu ver, uma
das principais vantagens da arbitragem em que ganham os dois lados da disputa.
Nos
casos em que as partes chegam a um acordo, a sentença arbitral pode
sair em até seis meses. Caso contrário, a disputa pode demorar,
no máximo, um ano para ser solucionada.
Levados
à Justiça do Trabalho, os conflitos trabalhistas dificilmente
são resolvidos em tão pouco tempo. A quantidade de processos
a serem analisados explica, em parte, a morosidade dos julgamentos.
De
acordo com dados do relatório geral da Justiça do Trabalho,
as varas trabalhistas receberam quase 12 milhões de processos entre
2011 e 2015.
Ao
longo dos anos, a quantidade de ações que batem às
portas da Justiça só aumenta. Entre 2006 e 2010, a primeira
instância recebeu 9,7 milhões de processos.
ESTOQUE
DE ÁRBITROS
Para
o Caesp, a aprovação da proposta significa um retorno à
vocação original da Câmara, inaugurada em 1998 com
o objetivo de solucionar conflitos trabalhistas.
Mas
pressão exercida pelo MPT levou a instituição a rever
suas atividades, hoje concentradas na resolução de controvérsias
nas áreas do Direito Comercial e Civil.
De
acordo com a advogada, a Câmara possui atualmente cerca de 60 árbitros
especializados em resolver conflitos na área do Direito do Trabalho
“encostados” por falta de previsão legal e resistência ao
uso da arbitragem nas relações trabalhistas. “Estamos em
compasso de espera”, afirma.
O
fato de a legislação permitir que se leve tais conflitos
às câmaras arbitrais nos casos em que constar, por escrito,
essa possibilidade nos contratos de trabalho não impede a prática
da arbitragem em contratos mais antigos, segundo Ana Paula.
Isso
porque é possível substituir a cláusula arbitral pelo
“compromisso arbitral”, que pode ser assinado entre as partes na primeira
audiência.
Caso
a legislação seja aprovada com a redação atual,
os interessados deverão entrar em contato com o Caesp para manifestar
o interesse.
Guilherme
Giussani, gestor da Câmara Brasileiera de Mediação
e Arbitragem Empresarial (CBMAE), que funciona na Associação
Comercial de São Paulo (ACSP), também vê com bons olhos
a inclusão da arbitragem na proposta de reforma trabalhista como
alternativa à justiça pública.
No
cenário atual, é um grande avanço, pois essa possibilidade
infelizmente não é reconhecida no Brasil”, afirma, ao lembrar
que não é a primeira tentativa de inserir a arbitragem no
campo trabalhista.
Em
2015, A Lei da Arbitragem passou por revisão e um dos pontos do
projeto original era permitir o uso do mecanismo nos contratos de trabalho
firmados entre trabalhadores com graduação superior e cargos
de diretoria.
Porém,
o artigo que tratava do tema foi vetado, ironicamente, pelo então
vice-presidente da República, na época em exercício,
Michel Temer.
O
texto adicionava três parágrafos ao artigo 4º da lei.
O dispositivo definia o que é a cláusula compromissória
– mecanismo por meio do qual se insere num contrato a previsão de
arbitragem para discutir determinados litígios.
No
caso trabalhista, a cláusula só poderia ser inserida por
iniciativa do trabalhador e só era permitida em casos de cargo de
confiança ou de executivos.
Advogado
José Pastore: lei protege trabalhador
VANTAGENS
DA ARBITRAGEM
Para
o advogado trabalhista José Eduardo Pastore, a forma como foi redigida
a a proposta de reforma trabalhista derruba definitivamente o argumento
da hipossuficiência dos trabalhadores.
“O
uso da arbitragem, por exemplo, será facultativo. O trabalhador
poderá escolher se quer resolver uma disputa pela arbitragem ou
levà-la a Justiça comum”, pondera.
A
seu ver, o limite de salário a partir do qual o trabalhador poderá
escolher o caminho da arbitragem e a inserção obrigatória
da cláusula arbitral no contrato de trabalho são salvaguardas
do projeto de reforma trabalhista e de proteção ao trabalhador.
(Silvia Pimentel - Diário do Comércio)
Mercado e Economia Nacional
Seguradoras
do Brasil 'descolam' das do resto do mundo
Os
executivos de seguradoras brasileiras têm preocupações
diferentes dos seus colegas de outros países: aqui, questões
alheias ao negócio, como a rentabilidade de investimentos e a macroeconomia
são as mais prementes.
No
resto do mundo, são problemas como mudanças no gerenciamento,
o risco de ciberataques e novas tecnologias que dominam a atenção
das empresas. As informações são da PwC.
"Esse
resultado é decorrência do quadro que se vive no país
—as mudanças sociais, que, em anos anteriores, estavam em 16º
na lista, ficaram em segundo na pesquisa de 2017", afirma Alfredo Sneyers,
sócio da consultoria.
A
consequência é que as seguradoras fizeram uma gestão
de risco mais criteriosa nos últimos anos, segundo Roberto Zegarra,
vice-presidente da consultoria Marsh.
"As
empresas do setor estão especialmente atentas aos riscos da corrupção."
O
segmento acompanha questões inerentes ao negócio, como a
tecnologia, mesmo que no ranking não estejam colocadas como os problemas
econômicos, diz Marcio Coriolano, da CNSeg (confederação
das seguradoras).
As
preocupações tendem a convergir no futuro, diz ele.
"Os
níveis de taxas de juros, que no mercado internacional aparecem
com mais destaque, passaram a entrar no radar aqui no ano passado. As empresas
mais experientes já precificaram a queda no planejamento de 2016.".
(Maria Cristina Frias - Folhapress)
Ao
menos uma boa ideia
Na
tentativa de tirar o foco da crise política, o governo Michel Temer
(PMDB) ensaia uma agenda positiva —conforme o desgastado jargão
de Brasília— na economia.
Como
se demonstrou à farta durante a administração petista,
iniciativas do gênero raramente resultam em benefícios duradouros.
Novamente
em estudo, medidas como incentivos fiscais, concessão de crédito
subsidiado e renegociações de dívidas proporcionam
alívio pontual a setores específicos, em geral com custo
futuro para a coletividade.
Felizmente,
uma das opções aventadas pelo governo é o início
da reforma tributária —a partir de uma estratégia já
estabelecida antes, mas até aqui sempre adiada.
De
mais fundamental, pretende-se simplificar impostos e contribuições
sociais incidentes sobre o consumo de mercadorias e serviços, que
respondem por metade da arrecadação pública.
Trata-se
de tarefa mais difícil e importante do que pode parecer. Excessivo,
o peso de tal taxação é sentido sobretudo pelos mais
pobres, que destinam parcela maior de sua renda ao consumo.
Mas
não só: a coexistência de múltiplos tributos
e suas legislações intrincadas eleva os custos das empresas
e sobrecarrega os tribunais de questionamentos.
Por
uma questão de realismo político, a reforma deve ser feita
gradualmente. De início, altera-se apenas o PIS, contribuição
que representa não mais de 4% da arrecadação federal.
Do cipoal de cerca de 30 alíquotas atuais, restariam 2.
Se
bem-sucedida, a experiência será estendida à gigante
Cofins (16% da arrecadação). O processo implica contrariar
setores e empresas hoje favorecidos por regimes especiais que proliferaram
desde a década passada.
A
etapa mais árdua, porém, será a seguinte: redesenhar
o ICMS, maior imposto do país e principal fonte de receita dos Estados.
Nesse
ponto empacaram todas as reformas tributárias tentadas nas últimas
duas décadas. Há que convencer 26 Estados e o Distrito Federal
a convergirem para uma legislação comum, abrindo mão
de políticas de incentivo regional.
É
irrealista imaginar que uma negociação desse porte, a envolver
perdas e ganhos das unidades da Federação, se dê no
atual ambiente. Qualquer avanço da agenda, de todo modo, será
bem-vindo.
Mais
à frente, o país terá de discutir não apenas
a complexidade mas também a justiça de seu sistema de impostos.
O caminho, também politicamente espinhoso, passa por deslocar parte
da taxação do consumo para a da renda elevada. (Folhapress)
Delfim:
É preciso rever os impostos sobre a exportação
O
senhor Paulo Ziulkoski é, desde tempos imemoriais, o competente
e ativo presidente da Confederação Nacional dos Municípios
(a CNM). Cordato, inteligente e elegantemente assertivo, tem prestado relevantes
serviços aos seus associados. Sob seu comando, a CNM tem produzido
estatísticas verazes que são as melhores para entender e
tentar amenizar os graves problemas que assolam as administrações
municipais.
Um
recente estudo da CNM indica que as desonerações decorrentes
de exportações que atingem o ICMS resultaram numa perda de
receita, nos últimos dez anos (2006-2015), da ordem de R$ 540 bilhões
para os Estados e de R$ 180 bilhões para os municípios, ou
seja, de R$ 720 bilhões no total. A questão é mais
complexa.
Como
se sabe, foi a Lei Kandir, de 1996, que tardiamente desonerou em torno
de 17% o ICMS das exportações de produtos primários
e de industriais semielaborados.
Como
compensação pela queda de suas receitas, os municípios
teriam um "seguro-receita", que, no caso de queda da arrecadação,
estabeleceria um repasse automático. Devido a seus problemas, a
União criou um auxílio financeiro para fomento às
exportações (o FEX) para ampliar a compensação.
Mas, como tudo no Brasil, nem a Lei Kandir nem o FEX funcionam! Desde 2009
os dois estão congelados.
A
desoneração representa, na média, em torno de um terço
das receitas dos municípios, mas revela ampla dispersão porque
há Estados e municípios cuja produção agrícola
para exportação é muito alta, o que precisa ser levado
em conta na política tributária nacional. É ela que
deve promover a "justiça" que compense seriamente esses desequilíbrios,
porque é parte da própria filosofia da federação
e de seus custos.
É
evidente que o imposto deve ser recolhido de quem, talvez em vão,
como dizia o presidente Costa e Silva, espera a retribuição
de algum serviço. É por isso que os impostos de circulação
devem ser cobrados no local de destino, e não no da produção.
É o mesmo princípio que regula o comércio internacional.
É
razoável um cidadão que só pode receber algum serviço
da chanceler Merkel pagar um imposto em benefício do governador
Alckmin porque o sapato que está comprando em Frankfurt foi produzido
em Franca? O mesmo princípio de cobrança no destino se aplica,
aliás, às transações entre Estados federados.
O
Estado produtor recebe os impostos sobre o uso de seus fatores de produção,
inclusive dos produtos gerados para a exportação, e vê
seu PIB aumentar. É por isso que devem estimulá-la. Se a
exportação for nula, nem um imposto de 100% produzirá
receita!. (Antonio Delfim NEtto - Folhapress)
O
inadiável ajuste nas contas
A
persistência da maior crise econômica, ética e social
da história do Brasil produziu um inesperado consenso entre economistas
e gestores públicos: é inadiável um ajuste fiscal
em todos os níveis de poder.
Não
faltam críticas procedentes de que deveríamos ter nos antecipado
nessa tarefa, aproveitando os tempos de bonança, como na fábula
da cigarra e da formiga. É preciso prover e ser previdente no tempo
bom, para depois poder enfrentar o inverno.
Com
o perdão da ousadia, acho que fizemos um pouco disso no Paraná.
Em dezembro de 2014, com os sinais de deterioração no horizonte,
iniciamos um forte ajuste.
Encaramos
a questão da Previdência dos servidores públicos -que
naquele momento impunha compromissos exagerados ao Tesouro estadual- e
revisamos alíquotas de impostos, ajustando-as aos níveis
praticados em outras unidades da Federação.
Impusemos
limites aos gastos e ao crescimento das despesas, que terminaram por contar
com boa margem de apoio na iniciativa privada e até mesmo no funcionalismo
público. São controles cada vez mais rígidos, que
exigem atenção permanente para garantir novas economias e
o corte de despesas não prioritárias.
Claro
que nos favorece a inevitável comparação com outros
Estados, nos quais salários atrasados ou parcelados foram tomados
como exemplo de realidade a ser rejeitada. A manutenção de
pagamentos em dia é mais importante que o argumento corporativo
dos sindicatos, sempre a querer mais e mais benefícios. Fornecedores
que recebem nas datas combinadas também fazem parte dessa receita.
Os
investimentos públicos voltaram a crescer. As obras de infraestrutura
criam novas condições para o avanço dos investimentos
privados, num ciclo virtuoso e poderoso para debelar crises e gerar empregos.
Costumo
dizer que não há mau governo com dinheiro em caixa. Não
para entesourar riqueza, mas para organizar e programar os investimentos,
segundo prioridades definidas pela sociedade.
Neste
momento em que o Brasil precisa, mais do que nunca, de ajustes de Norte
a Sul, vejo que a experiência paranaense deve ser olhada como um
gesto de coragem e de contribuição para o país.
Não
há fórmulas mágicas ou indolores, mas é por
comparação que vamos descobrindo novos caminhos para retomar
o crescimento e recuperar os milhões de empregos perdidos nos desvãos
da crise.
O
debate sobre a Previdência é apenas parte do problema. No
entanto, o êxito de um projeto que devolva solvência ao sistema,
sem impor sacrifícios demasiados aos trabalhadores, será
visto como o primeiro passo numa reforma maior, que aponte para novas bases
nas relações federativas. O contrário disso será
desastroso.
Apesar
de tudo, sou otimista. É na dificuldade que aprendemos a procurar
as saídas mais responsáveis. O Brasil que quer resgatar a
esperança tem um encontro marcado com seus deficits nas contas públicas.
E não pode fugir dele.
Não
se trata mais de escolher entre fazer ou não fazer o ajuste e as
reformas. Chegou a hora de ousar e realizar. A história, mais uma
vez, cobrará daqueles que possuem a responsabilidade e a oportunidade
em suas mãos.
O
bom desse desafio é que no final, feito o ajuste, o cenário
é bem mais favorável que a fatigante rotina de administrar
o caos. (BETO RICHA - Folhapress)
Arrecadação
de impostos cai mais e dificulta ajuste
Uma
nova frustração da receita de tributos federais foi registrada
em maio. Houve uma queda real, na comparação com o mesmo
mês do ano passado, de acordo com dados preliminares do Siafi, o
sistema eletrônico que registra todas as despesas e receitas da União,
aos quais o Valor teve acesso. Os dados mostram que houve queda quase generalizada
dos tributos, particularmente aqueles mais relacionados com a atividade
econômica, como a Cofins e o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). Os números definitivos da arrecadação serão
divulgados pela Receita Federal no fim do mês. LEIA MAIS Arrecadação
tem novo recuo real em maio Câmara aprova cancelamento de precatórios
A frustração da receita reforça a expectativa de um
déficit primário significativo no mês passado, inclusive
por causa de fatores sazonais, como maior transferência constitucional
de recursos para Estados e municípios. A receita extra obtida com
o Imposto de Renda em abril, por conta do ajuste anual, foi repartida com
governos estaduais e prefeituras em maio, assim como a receita de participações
especiais do petróleo. Em maio de 2016, o governo central (Tesouro,
Previdência e Banco Central) registrou um déficit primário
de R$ 15,5 bilhões. Nos quatro primeiros meses deste ano, houve
uma frustração de R$ 19,6 bilhões dos tributos federais.
A continuidade dessa trajetória negativa deixa o cumprimento da
meta fiscal de 2017 na dependência de receitas extraordinárias
(não recorrentes). Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou projeto
de lei que cancela os precatórios (dívidas que a Justiça
manda o Estado pagar) e requisições de pequeno valor (RPV)
que não tenham sido requisitados pelo credor há mais de dois
anos e que estejam depositados em instituição financeira
oficial. A previsão do governo é obter R$ 8,6 bilhões
com a medida. Esta receita não foi incluída na previsão
de arrecadação deste ano, podendo, assim, compensar a frustração
da arrecadação tributária. O projeto será votado
agora pelo Senado. (Ribamar Oliveira, Raphael Di Cunto e Marcelo
Ribeiro - Valor Online)
Mercado
melhora previsão de déficit primário
Consenso,
contudo, é de que governo central não conseguirá cumprir
meta fiscal no ano
Uma
melhora na expectativa do déficit primário do governo central
(Tesouro, Banco Central e Previdência) é esperada por analistas
do mercado financeiro este ano, com provável aumento da arrecadação
e ligeira queda nas despesas. Apesar disso, eles concordam que o governo
não vai conseguir cumpria a meta fiscal deste ano.
Pela
projeção do mercado, a previsão é de que o
rombo totalize R$ 142,052 bilhões, abaixo da estimativa de maio,
de R$ 148,036 bilhões, informa o relatório Prisma Fiscal,
divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira, pela
mediana dos dados levantados até o início de junho.
O
montante, porém, ainda está acima da meta oficial de déficit
primário de R$ 139 bilhões no ano. Concretizada a projeção
do mercado, este será o quarto ano seguido que o governo não
consegue economizar para pagar juros da dívida pública.
Segundo
o relatório, projeta-se uma maior arrecadação federal
neste ano, agora em R$ 1,346 trilhão sobre R$ 1,342 trilhão
anteriores, e despesas totais menores, de R$ 1,290 trilhão em vez
de R$1,295 trilhão.
Para
2018, as contas foram pioradas para déficit primário, de
R$ 127,446 bilhões de reais, contra R$ 125,124 bilhões. Nesse
caso, contudo, a projeção continua dentro da meta estipulada
de rombo de R$ 129 bilhões, segundo projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO).
No
caso da dívida bruta, houve pequenas alterações para
2017, avançando para 75,47%, sobre 75,44% do relatório anterior.
Para 2018, a estimativa passou a 78,60%, contra 78,50%. (Agências)
Mercado
não ligou para conversinha de Temer e reformas paradas
Não
deve aparecer boa notícia alguma no horizonte, ao contrário,
mas os credores do governo e os donos do dinheiro grosso em geral parecem
calmos. Pelo menos é o que transparece nos preços do mercado
financeiro.
A
reforma da Previdência, xodó da praça financeira, foi
atropelada, vegeta em estado crítico, quase desenganada.
Assessores
políticos de Michel Temer rumorejam medidas que combinam idiotice
econômica com inocuidade política. Várias delas não
fariam coceira no prestígio popular do presidente.
Além
do mais, há risco de o governo não fechar suas contas na
meta, dada a catatonia do PIB, da receita e dos buracos que podem ser abertos
nos cofres públicos devido a "restos a pagar" do investimento na
salvação da cabeça de Temer.
O
dito "mercado" sabe de tudo isso. Mas não reage.
Na
política e na guerra incivil das instituições, há
bombas acesas com pavio curto. O processo da Procuradoria-Geral contra
Temer pode dar em nada, morrer no Congresso, mas há delações
gordas queimando.
Há
risco de voarem estilhaços do conflito entre Poderes: grampos incógnitos,
denúncias de espionagens no ar, vazamentos de outros golpes baixos,
cadáveres que podem sair do armário, closet imenso, dos poderosos.
Também
disso tudo o "mercado" sabe, mas não reage.
Os
juros no atacadão de dinheiro ainda estão mais altos que
no 17 de maio que antecedeu a crise, mas apenas cerca de meio ponto. O
dólar passou dos R$ 3,13 pré-crise para uns R$ 3,30, bem
longe de estar "caro", ao contrário, em alta de uns 5%.
Em
resumo, não houve a turumbamba esperada com a agonia do programa
reformista liberal, ao menos no mercado financeiro.
Quando
se faz tal observação para os negociadores de dinheiro, eles
dizem apenas que a praça está otimista demais, como se não
pudessem explicar o comportamento da manada de que fazem parte.
Por
enquanto, o único sucesso da história pós-grampo é
o do acordão de Temer.
O
presidente venceu nos pênaltis no TSE, apesar da derrota moral. Por
enquanto, leva o moribundo moral PSDB para sua cripta, em troca da preservação
da cabeça de Aécio Neves no Congresso, cortesia de todos
os PMDBs, da situação e de oposição (sic).
Temer
jantaria nesta terça (13) com 15 governadores, que ouviriam oferta
de auxílio do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES. Passam no Congresso
medidas para catar trocados e fechar as contas, como a captura do dinheiro
parado dos precatórios. Para alegria empresarial, talvez passe a
reforma trabalhista, concedendo aos sindicatos a sobrevivência do
imposto sindical.
É
esse arranjo, estabilidade no pântano, que acalma os negociadores
de dinheiro, credores do governo?
Por
fim, note-se que os resultados da economia em abril e mesmo maio, cantados
como horríveis pelas casas de previsões, nem o foram (indústria
e comércio no azul em abril, produção de carros subindo
até maio etc.).
Não
se sabe o que será dos números depois do maio dos grampos,
da possível retranca dos consumidores e, pior, dos bancos.
As
previsões para o crescimento do PIB baixaram a zero, de fato. No
entanto, não está mais certo que o BC vá mesmo pisar
no freio da "sua" taxa de juros.
Há
uma estranha estabilidade no fundo do inferno. (Folhapress)
Taxa
de equilíbrio é discutida em reunião com BC
No
segundo dia de reuniões com autoridades do Banco Central (BC), economistas
do mercado financeiro citaram um cenário inflacionário muito
favorável, mas parte deles enfatizou que há muitos riscos
e incertezas relevantes no horizonte. Uma das discussões mais importantes
no encontro de ontem foi sobre a taxa de juros de equilíbrio. Muitas
vozes disseram que, devido ao choque político, que ameaça
a aprovação da Reforma da Previdência e que poderá
causar a desidratação da proposta original do governo, a
taxa de juros de equilíbrio tende a ser mais alta no médio
e no longo prazo. Mas, nos debates, alguns analistas ponderaram que aquilo
que chamam de taxa de juros estrutural de curto prazo estaria muito baixa.
Essa seria uma taxa que leva em conta a conjuntura econômica, para
além da situação teórica de um nível
de juros que estabiliza a inflação na meta e a taxa de expansão
da economia no potencial no médio e longo prazos. Essa taxa estrutural
de curto prazo seria hoje menor, segundo disseram alguns dos presentes
na reunião do BC, porque o desemprego é muito alto, assim
como a capacidade ociosa da economia de forma geral, e a inércia
da inflação se tornou bem mais fraca depois que a política
monetária reconquistou a sua credibilidade. Mas, ao mesmo tempo
que economistas projetaram inflação muito baixa no encontro
com o BC, eles enfatizaram as incertezas que podem fazer com que o índice
de preços se acelere. Ontem o Banco Central fez no Rio de Janeiro
o segundo dia de sua tradicional reunião com economistas, como preparação
para a elaboração do Relatório Trimestral de Inflação,
que será divulgado na próxima semana. Os diretores do BC
Carlos Viana de Carvalho (Política Econômica) e Tiago Berriel
(Assuntos Internacionais), que promoveram encontro semelhante na segunda-feira
em São Paulo, falaram muito pouco e basicamente ouviram os debates
entre os economistas de instituições financeiras. O diagnóstico
que prevaleceu é que o choque político causado pela delação
premiada dos controladores da JBS é predominantemente desinflacionário.
Alguns analistas disseram acreditar que o cenário inflacionário
seguiria benigno mesmo na eventualidade de a taxa de câmbio subir
um pouco. Essa corrente argumentou que, hoje, a situação
das contas externas é muito sólida, com um déficit
em conta corrente moderado, e o cenário externo segue favorável.
Além da crise política, que ameaça a tramitação
das reformas e que pode levar a um fim prematuro do governo do presidente
Michel Temer, os analistas privados destacaram o risco da reversão
das políticas expansionistas dos bancos centrais de economias avançadas.
Alguns economistas mencionaram o risco de o cenário se turvar, à
medida em que economias desenvolvidas levem adiante os planos de redução
dos seus programas de expansão quantitativa. Nesse caso, as incertezas
políticas domésticas poderiam ser potencializadas por um
ambiente externo menos favorável. Embora o déficit em conta
corrente seja moderado, ponderaram, poderiam haver impactos na conta de
capitais. De acordo com uma fonte que esteve na reunião, os diretores
do BC ouviram dos economistas que a expectativa de que a agenda de reformas
seja retomada - ainda que mais diluída - explica parte do comportamento
relativamente calmo dos mercados financeiros. Além disso, parece
consenso entre os economistas presentes que a crise política afeta
a confiança, o que atrasa decisões de investimentos. Sem
pressões relevantes do lado do câmbio - já que o cenário
internacional segue benigno -, o resultado líquido da turbulência
política é desinflacionário. "Há consenso de
que o desemprego vai continuar alto e que isso vai continuar ajudando a
colocar a inflação para baixo", diz uma fonte que esteve
na reunião. "Enquanto a equipe econômica estiver focada nas
reformas será difícil o câmbio 'explodir'", afirma.
(Alex Ribeiro, colaborou José de Castro - Valor Online)
Equipe
econômica planeja reduzir meta de inflação
-
A crise política que acertou em cheio o governo do presidente Michel
Temer não vai atrapalhar os planos da equipe econômica de
reduzir a meta de inflação para 2019, decisão que
oficialmente precisa ser tomada neste mês.
Ao
contrário: a avaliação é de que neste momento
os mercados precisam de notícias positivas e que vão ao encontro
de maior austeridade do governo na condução da política
econômica.
"O
custo de mudar a meta (de inflação) é muito baixo
e os ganhos junto ao mercado, elevados. Principalmente, à luz das
incertezas que se avolumam a cada dia", afirmou à Reuters nesta
terça-feira uma fonte da equipe econômica, sob condição
de anonimato.
Temer
é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por
corrupção passiva, entre outros crimes, após delações
de executivos do grupo J&F. Com isso, o presidente perdeu força
política, que vem alimentando junto a agentes econômicos dúvidas
sobre o andamento das reformas, sobretudo da Previdência, no Congresso
Nacional.
O
Conselho Monetário Nacional (CMN) --formado pelos ministros da Fazenda
e do Planejamento, além do presidente do Banco Central-- define
no final deste mês a meta de inflação para 2019. Desde
2005, o centro do objetivo está em 4,5% pelo IPCA, variando apenas
a banda de oscilação, que já foi de 2,5 pontos percentuais
e passou a ser de 1,5 ponto para 2017 e o próximo ano.
Para
a fonte, o centro da meta para este ano pode ser reduzido a 4%, "porque
as projeções estão caminhando rápido" para
esse nível. "Acho que não faz sentido mudar apenas 0,25 ponto",
acrescentou. Mas ir a 4,25% também não está descartado.
Segundo
pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas,
as projeções de alta para o indicador em 2019 estão
em 4,25%, em 4,37% para 2018 e em 3,71% para 2017.
Ontem,
o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana,
recebeu economistas no Rio de Janeiro e ouviu deles a defesa para a redução
da meta de inflação.
Em
meio ao cenário econômico ainda bastante frágil e com
desemprego elevado, a inflação no Brasil tem perdido força,
mesmo com o ciclo de afrouxamento monetário implementado pelo BC
desde outubro passado e que já levou a taxa Selic a 10,25% ao ano.
Em maio, a IPCA acumulou alta de 3,60% em 12 meses, nível mais fraco
desde maio de 2007 quando o índice registrou 3,18% no acumulado.
(Reuters)
Economia Global
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Reino
Unido caminha rumo a um 'brexit' caótico
Theresa
May prometeu força e estabilidade. Produziu o resultado oposto.
Seria engraçado se a situação não fosse tão
séria. Donald Trump está obcecado pela ideia de que o mundo
ri dos Estados Unidos. No caso do Reino Unido, essa descrição
deve ser verdade: David Cameron lançou um referendo desnecessário
sobre manter ou não o país na União Europeia; May,
sua sucessora, seguiu o mesmo caminho ao convocar uma eleição
que destruiu sua posição política. O país parece
ridículo.
A
eleição geral também tornou mais provável que
a saída britânica da União Europeia (o "brexit") aconteça
"sem acordo". Ao contrário do que imaginam aqueles que acreditam
que "melhor acordo nenhum que um mau acordo", sair sem acordo seria uma
calamidade, para os dois lados.
A
ironia da eleição é que a parcela dos votos obtida
pelo Partido Conservador, 42,4%, é a maior que o partido conquistou
desde 1983. E ela também foi mais alta que a média mensal
das pesquisas eleitorais durante quase toda a duração do
último parlamento. O inesperado foi a capacidade demonstrada pelos
trabalhistas de roubar assentos aos partidos menores, cuja parcela dos
votos caiu à sua menor marca desde 1970. O líder trabalhista,
Jeremy Corbyn, um rebelde perpétuo, provou ser o flautista mágico
ideal para o voto de protesto.
A
primeira-ministra perdeu sua maioria e sua autoridade. Como apontou George
Osborne, o antigo secretário das Finanças britânicas,
ela está "a caminho do cadafalso". May agora depende dos ranzinzas
do Partido Democrático Unionista, da Irlanda do Norte, para ter
maioria na Câmara dos Comuns. Ela já desperdiçou um
oitavo do prazo deflagrado quando invocou o Artigo 50 do Tratado de União
Europeia. E descobrirá que é completamente impossível
chegar a acordo sobre, e aprovar legislativamente, os compromissos necessários
com a União Europeia dentro desse prazo, se é que será
mesmo possível aprová-los.
O
principal desses compromissos envolverá o pagamento de grandes montantes
em contribuições britânicas para a União Europeia,
e cláusulas que protejam os direitos de residência dos cidadãos
da União Europeia radicados no Reino Unido. No entanto, além
da demora adicional que causaria, uma nova eleição pode não
resolver a situação. O resultado pode ser mais um parlamento
sem maioria clara. O Reino Unido vive uma espetacular confusão.
A
obsessão de uma parte da direita quanto à participação
na União Europeia, combinada à irresponsabilidade de Cameron,
possivelmente o pior primeiro-ministro da história britânica,
vem arrastando o país de crise a crise. A probabilidade de que a
saída aconteça sem acordo agora se tornou mais alta do que
antes da eleição, porque um acordo dependeria de aceitar
os termos de divórcio propostos pela União Europeia. Não
existe motivo para imaginar que o comércio de bens e serviços
e o tráfego aéreo continuem fluindo, quanto menos fluindo
sem dificuldade, em caso de uma saída assim desordenada.
Organizar
o comércio pós-"brexit" requererá cooperação
e preparação. No caso de uma saída "sem acordo", o
Reino Unido não poderia esperar qualquer das duas coisas da União
Europeia, que encararia o país como um Estado renegado –um país
que repudiou suas obrigações. Afinal, é isso que significa
"sem acordo".
Reduzir
o país a esse tipo de relacionamento com seus eternos vizinhos e
principais parceiros comerciais seria insano. Mas foi esse o risco criado
pelo referendo –e ele continua a existir. Entre os muitos defeitos estava
o fato de que as alternativas não foram especificadas devidamente.
Não existe uma escolha binária entre sair e ficar. O que
havia era uma escolha entre ficar e diversas formas de sair. A depender
de que acordo fosse obtido com a União Europeia, essas últimas
poderiam variar da mais branda –participação permanente no
mercado unificado e união alfandegária– à mais árdua
–um fracasso em chegar a acordo depois do "brexit".
E
isso sem esquecer a alternativa caótica: a de que um acordo nem
mesmo fosse negociado. Se considerarmos o quanto estamos próximos
dessa última opção, o voto pela permanência
quase certamente teria derrotado qualquer forma específica de "brexit",
em uma disputa direta. E a realidade é que o Reino Unido só
poderá ter uma versão específica do "brexit". Por
isso é democraticamente legítimo exigir outro referendo entre
ficar na União Europeia e a versão negociada do "brexit"
(se houver alguma). Infelizmente, pode ser difícil para o Reino
Unido retirar sua solicitação de desligamento.
Esse
processo insensato agora colocou o Reino Unido no caminho de uma saída
caótica. O Reino Unido sempre quis dividir a Europa. Agora, a está
unindo contra ele. Trata-se de um desastre estratégico. Além
disso, com o país isolado, sua influência é limitada.
Os britânicos já se veem inibidos em seu relacionamento com
os Estados Unidos de Trump, por medo de represálias. Nos acordos
de comércio que importarão, com os Estados Unidos, China,
Índia e a União Europeia, o Reino Unido ocupará a
posição de um suplicante fraco. Terá de aceitar aquilo
que seus parceiros mais fortes exigirem.
O
primeiro-ministro Harold Macmillan seguiu sua aceitação de
que o império britânico havia acabado com uma solicitação
de adesão à Comunidade Econômica Europeia, em 1961,
por bons motivos políticos e econômicos. Ele compreendeu que
o interesse estratégico do Reino Unido passara a ser a integração
com uma Europa forte. A melhor escolha para o Reino Unido continua a ser
ficar na União Europeia. Todas as alternativas são muito
piores.
Há
quem espere, agora, que o país possa se manter no mercado unificado
e na união alfandegária, e assim desfrutar ao menos dos benefícios
econômicos da participação. Mas isso significaria aceitar
tanto o livre movimento de pessoas quanto regulamentações
sobre as quais os britânicos não teriam influência alguma.
O resultado seria sofrer tudo que é percebido como desvantagem da
participação na União Europeia sem obter quaisquer
dos benefícios. A situação seria intolerável
politicamente. Por isso, o Reino Unido agora precisa correr em busca de
opções politicamente mais toleráveis, mas economicamente
muito piores, do que a participação plena na União.
A
opção menos pior provavelmente seria aceitar todos os termos
de divórcio da União Europeia e mais um longo período
de transição ainda como membro do mercado unificado e da
união alfandegária, depois de 2019, seguido por um acordo
abrangente de livre comércio o mais cedo possível. Isso seria
pior do que continuar na União, mas ainda assim relativamente administrável.
Infelizmente, chegar a um acordo como esse e implementá-lo no limitado
prazo disponível requer um governo forte, estável e sensato.
Não é isso que o Reino Unido tem, e nem parece provável
que venha a tê-lo.
Insensatez
ociosa aprisionou o país entre a cruz da União Europeia e
a espada de um "brexit" ultracontencioso. Não sair continua a ser
melhor que as alternativas. A forma de exclusão que o país
sofreria caso a saída ocorra sem acordo seria pior do que qualquer
acordo imaginável. Mas o que nos aguarda é ou um mau acordo
ou acordo nenhum. E a culpa disso é em larga medida dos conservadores.
Os eleitores se enraivecerão quando perceberem o fato. E o acerto
de contas será terrível. (Martin Wolf, tradução
de Paulo Migliacci - Folhapress)
Agora
é a União Europeia, não mais o Reino Unido, que quer
o 'brexit'
Na
manchete digital do francês "Le Figaro", "Enfraquecida, May busca
o apoio de Macron em Paris". O "Le Monde" nem deu destaque, registrando
apenas que ambos decidiram manter o calendário do "brexit".
No
Reino Unido, as cenas na BBC (papéis de May voando, no vídeo
acima) e nas capas dos jornais desta quarta (Macron parecendo ajudá-la
a andar) confirmam a líder britânica enfraquecida. Mas as
manchetes digital do "Telegraph" e impressa do "Guardian" sublinhavam que
o francês deixou a porta aberta para o país se manter na União
Europeia.
Nada
disso, escrevem os colunistas do "Financial Times", jornal hoje do grupo
japonês Nikkey, mas ainda sediado em Londres. Para Martin Wolf, "o
Reino Unido sempre quis dividir a Europa. Agora ele está unindo
a Europa, contra si mesmo".
Para
Gideon Rachman, Macron não tem por que "oferecer misericórdia
a May". O "brexit" se mostra "cada vez mais uma oportunidade histórica"
para seu país: "Sua visão de uma França revitalizada,
dentro de uma UE revitalizada, funciona melhor se o 'brexit' acontecer",
até porque "o Reino Unido tradicionalmente atuou como um freio para
o federalismo europeu".
'EUREXIT'
No
ano passado, meses antes de morrer, Michel Rocard, líder socialista
histórico e pragmático que havia inspirado tanto Macron como
o atual primeiro-ministro Edouard Philippe a entrar para o partido, escreveu
no "Libération" em defesa do "brexit", que ele preferia chamar de
"eurexit":
—
Enquanto os países da União Europeia decidirem seus assuntos
junto com o Reino Unido, a Europa não existirá no cenário
mundial. (Nelson de Sá - Folhapress)
Mercado Financeiro
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Bolsa
com leve alta, dólar quase estável
Bolsa
tem alta de 0,2% e dólar fecha quase estável com política
no radar
Em
dia marcado pela instabilidade, a Bolsa brasileira teve leve alta nesta
terça-feira (13) e o dólar fechou praticamente estável,
perto de R$ 3,31, com as atenções voltadas para o cenário
político e também para a reunião do banco central
americano, que termina nesta quarta-feira (14).
O
Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, subiu
0,21%, para 61.828 pontos. O volume negociado foi de R$ 6,06 bilhões,
abaixo da média diária do ano, de R$ 8,26 bilhões.
O
dólar comercial teve leve baixa de 0,09%, para R$ 3,309. O dólar
à vista, que fecha mais cedo, recuou 0,40%, para R$ 3,304.
O
cenário político se manteve no radar dos investidores nesta
sessão. A decisão do PSDB de permanecer no governo amenizou
as preocupações, mas a sinalização de que o
partido pode deixar a base do presidente Michel Temer caso surjam novas
denúncias contra o peemedebista acendeu o sinal de alerta no mercado.
"Há
uma incerteza grande em relação ao PSDB e a eventuais delações
futuras. A permanência do PSDB no governo provocou um alívio
momentâneo, mas o próprio partido deixou em aberto a possibilidade
de desembarcar do governo caso surja um novo escândalo. A instabilidade
se manteve", avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.
A
indicação de que o ex-ministro Antonio Palocci e o operador
Lúcio Funaro farão delação premiada com o Ministério
Público Federal contribuiu para a instabilidade no mercado, avalia
o analista.
No
exterior, o banco central americano deve definir nesta quarta-feira a taxa
de juros nos Estados Unidos. A expectativa é que o patamar passe
da atual banda de 0,75% a 1% para a faixa de 1% a 1,25%. Essa é
a probabilidade calculada por 94,8% dos economistas e analistas ouvidos
pela agência internacional Bloomberg.
A
desvalorização do dólar no mercado brasileiro acompanhou
o enfraquecimento da moeda americana no mundo. Das 31 principais divisas
mundiais, o dólar perdeu força ante 24.
O
Banco Central vendeu a oferta de 8.200 contratos de swaps cambiais (equivalentes
à venda de dólares no mercado futuro), para rolagem dos contratos
que vencem julho. A autoridade monetária já rolou US$ 2,460
bilhões do total de US$ 6,939 bilhões que vence no mês
que vem.
O
CDS (credit default swap), medida de risco do país, recuou 0,72%,
para 235,6 pontos.
AÇÕES
Na
Bolsa brasileira, as ações da JBS estiveram entre as maiores
quedas do Ibovespa. Os papéis recuaram 2,72%, em meio a informações
de que a empresa tenta vender a Vigor para levantar recursos para o pagamento
de dívidas e multas.
As
ações da Petrobras fecharam em alta, apesar da instabilidade
dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais
negociados da estatal subiram 0,31%, para R$ 12,94. As ações
que dão direito a voto avançaram 0,65%, para R$ 13,87.
Os
papéis da mineradora Vale acompanharam a queda de 2,75% dos preços
do minério de ferro no exterior e caíram. Os papéis
mais negociados da empresa recuaram 1,86%, para R$ 24,75. As ações
que dão direito a voto tiveram desvalorização de 1,75%,
para R$ 26,37.
No
setor financeiro, os papéis de bancos fecharam com sinais mistos.
As ações do Itaú Unibanco subiram 1,23% e as do Banco
do Brasil avançaram 0,81%.
Os
papéis preferenciais do Bradesco recuaram 0,80%, e os ordinários
tiveram baixa de 0,11%. As units—conjunto de ações— do Santander
Brasil caíram 0,24%.
Na
ponta positiva, os papéis da Klabin (+2,33%) e da Suzano (+2,17%)
lideraram as altas do Ibovespa. (Folhapress)
Dólar
recua e fecha a R$ 3,308
O
mercado de câmbio ajustou o dólar para baixo na sessão
de ontem, a R$ 3,3088, com recuo de 0,28% ante o real, depois de dois dias
consecutivos de alta. Além da alta dos preços do petróleo
e do viés de queda ante outras moedas, o cenário político
doméstico também se manteve no centro das atenções.
"As
vitórias do presidente Michel Temer com o julgamento do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) e com a manutenção do apoio do PSDB
não afastaram o desconforto e a falta de confiança do mercado",
disse Ricardo Gomes da Silva, diretor da Correparti Corretora. Segundo
o profissional, o temor do investidor continua bastante relacionado à
possibilidade de novas delações ou revelações
que tenham potencial para comprometer Temer ou outros integrantes do primeiro
escalão do governo.
Na
máxima do dia, o dólar à vista chegou a R$ 3,3343
(+0,49%). No início da tarde, no entanto, as cotações
voltaram a cair, com mínima de R$ 3,3003 (-0,53%).
"O
dólar não aguentou se segurar em patamares tão esticados
nos mercados à vista e futuro e acabou cedendo. E o cenário
relativamente tranquilo acabou favorecendo esse ajuste", disse um operador
focado em operações do mercado futuro, reforçando
que o transcorrer da sessão da Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) do Senado para apreciar a reforma trabalhista sem intercorrências,
acabou pavimentando um clima de menor tensão no mercado, o que favoreceu
uma correção pontual.
No
pregão da B3, a virada nas cotações do petróleo
no mercado internacional e uma dose extra de otimismo do ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, ajudaram o Ibovespa a fechar em alta de 0,21%, aos
61.828,99 pontos. O giro financeiro encerrou em R$ 6,05 bilhões
- ainda baixo para o mês.
De
acordo com analistas, o sentimento de incerteza ainda permeia os negócios
diante das indefinições geradas pela crise política
e novidades que podem vir à tona a qualquer momento. Nesse contexto,
a valorização do petróleo, aliada ao otimismo de Meirelles
ao responder perguntas de analistas sobre o andamento das reformas no Congresso,
principalmente a da Previdência, pesou positivamente.
O
desempenho das blue chips do setor bancário também contribuiu
de forma positiva.
Os
papéis do Santander operaram e fecharam no vermelho (0,24%), segundo
um analista, influenciados pelos rumores da possível compra do banco
Original. Bradesco PN também recuou cerca de 0,80% (Agência
Estado)
Vida
associativa: Nasce uma nova CTR da Abrapp
Dizer
que a Abrapp tem uma vida associativa intensa e tecnicamente densa é
com certeza uma verdade. É igualmente verdadeiro que a rede formada
por mais de 60 comissões técnicas nacionais e regionais contribui
de forma importante para isso. Agora mesmo, já no início
do segundo semestre, uma nova CT Regional estará nascendo no Sul,
a de Tecnologia da Informação.
Já
são 50 comissões técnicas regionais em operação
em todo o País, reunindo 665 profissionais de associadas. Especificamente
voltadas para TI, elas existem nas regiões Centro-Norte, Nordeste,
Sudeste e, agora, no Sul, além da Nacional.
A
nova CTR Sul de TI está formada, sendo integrada por Raul de Vargas
– FUNDAÇÃO COPEL, André de Lima Vieira – CELOS, Fabricio
Venancio – PREVISC Hallein Casi Silva da Rosa – FUSESC, Luiz César
Horning Collaço – FUSAN, Luiz Claudio Rossafa Honda – ELOS, Odair
José Kawka – PREVIG, Pedro Lopes Pereira Tonetto – FAPERS e Richard
Lopes – FUMPRESC. (Jorge Wahl - Diário dos Fundos de Pensão-13.06)
SP:
Reunião sobre aspectos da nova Lei do ISS na próxima quarta,
dia 21
Sua
operadora não pode deixar de ser representada na oportuna reunião
da próxima semana, dia 21, das 14h00 às 17h30, no Auditório
do Instituto Metrus, Alameda Santos, 1827, 1° andar, em São
Paulo.
Nela
iremos proceder uma avaliação e reflexão da questão
jurídica e operacional e seus impactos para a gestão das
operadoras de planos de saúde frente a tributação
do ISS na nova realidade advinda da decisão do último dia
30 de maio, no Congresso Nacional, com a aprovação
da quebra do veto do presidente Michel Temer em um dos trechos da lei que
regulou o ISS (Imposto Sobre Serviços, de competência dos
municípios).
Importantes
nomes de nosso segmento vão abordar estes aspectos com observações
e comentários frente a este novo contexto da relação
dos serviços e os municípios em que estão presentes.
O
tema interessa a todos que se envolvem com as questões jurídico/operacionais,
tributárias e a gestão de custos dos planos de saúde
em suas diversas modalidades.
Este
encontro, sem custos, conta com o apoio Unidas - Superintendência
Regional S.Paulo, da Mirador Atuarial e do Instituto Metrus. Informações
pelo e-mail encontro@assprevisite.com.br (AssPreviSite)
ANS:
Informações econômico-financeiras do setor
A Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) disponibiliza em seu portal o Prisma
Econômico-Financeiro, com dados consolidados de 2016. A receita seguiu
em expansão, apesar da redução do número de
beneficiários verificada nos últimos dois anos e do cenário
macroeconômico adverso. Em 2016, o setor fechou o 4º trimestre
com um total de R$ 161,38 bilhões em contraprestações
efetivas (faturamento com operação de planos de saúde).
O número representa um crescimento nominal de 12,67% em relação
a 2015.
Por outro lado, as despesas
com pagamentos de serviços de assistência à saúde
dos beneficiários de planos de saúde tiveram variação
maior que a das contraprestações: aumento nominal de 14,13%
em relação a 2015, totalizando R$ 137,05 bilhões.
Diante disso, os indicadores
de sinistralidade e de variação de custos apresentaram piora
no período. “A cada R$ 100 pagos de mensalidade, cerca de R$ 85
são destinados ao pagamento da assistência à saúde
- clínicas, hospitais, laboratórios”, destacou Leandro Fonseca,
diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS. Lembrando
que a variação de custos médico-hospitalares decorre
principalmente da inflação médica, incorporação
de novas tecnologias e da frequência de utilização
dos planos, ele ainda destacou: “Diante da perspectiva de aumento de custos
na saúde com o envelhecimento populacional, será preciso
discutir a sustentabilidade do setor de saúde com a mesma profundidade
que se discute hoje em dia a reforma da previdência".
Ainda segundo a publicação,
pode-se depreender que houve uma melhora no resultado financeiro do setor,
o que contribuiu para reverter resultados operacionais negativos e levar
a uma margem de lucro líquida positiva para o setor. De fato, a
robustez financeira e solvência do setor pode ser atestada pelos
ativos garantidores das provisões técnicas que registraram,
no último trimestre de 2016, quase R$ 24 bilhões - crescimento
nominal de 16,74%, no comparativo com 2015.
Por fim, analisando-se somente
o segmento médico-hospitalar, o mesmo apresentou contraprestações
efetivas de R$ 158,34 bilhões e despesas assistenciais de R$ 135,57
bilhões. Já o segmento exclusivamente odontológico
totalizou, em contraprestações efetivas, o valor de R$ 3,04
bilhões enquanto que a soma das despesas assistenciais chegou a
R$ 1,48 bilhão.
Acesse o Prisma Econômico-Financeiro
da Saúde Suplementar atavés do link
http://www.ans.gov.br/materiais-publicados/periodicos/prisma-economico-financeiro-da-saude-suplementar
(ANS)
Planos
coletivos terão aumento de até 26%
Os planos de saúde
coletivos terão reajuste de até 26% neste ano.
O aumento médio,
de acordo com a Qualicorp, administradora de planos, será de 19,83%.
Diferentemente do que ocorre
com os planos individuais e familiares, que neste ano podem ter alta de
até 13,55%, os planos coletivos são negociados diretamente
entre os contratantes e a operadora do plano, sem a interferência
da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Nesse caso, quanto mais
um determinado grupo utiliza os serviços ofertados pelo plano de
saúde mais alto será o reajuste.
A Amil, empresa que possui
371,8 mil empresas clientes, informa que o reajuste dos planos coletivos
com até 29 usuários será de 19,97%.
A partir de 30 usuários,
os aumentos foram definidos em negociação direta. (Renê
Gardim e Leda Antunes - Agora S.Paulo)