Marcelo
Caetano considera ‘insuficiente’ aprovar só a idade mínima
Depois de Temer ter sinalizado
que pretende aprovar uma reforma mais branda, Marcelo Caetano defendeu
o texto que passou na comissão especial da Câmara e disse
que, sem ele, o rombo nas contas do INSS no ano que vem vai chegar a R$
205 bilhões
Um dos responsáveis
pelo desenho da proposta de reforma da Previdência, o secretário
de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano,
diz que a fixação de uma idade mínima para o acesso
à aposentadoria é “essencial”, mas insuficiente para a melhoria
das contas públicas. Em entrevista ao Estadão/Broadcast,
Caetano defendeu o texto aprovado, em maio, na comissão especial
da Câmara e previu que o rombo das contas do INSS subirá para
cerca de R$ 205 bilhões no ano que vem se essa reforma não
for aprovada. Um aumento de quase R$ 20 bilhões em relação
à estimativa de déficit para este ano.
Na semana passada, o presidente
Michel Temer admitiu ao Estado que a reforma da Previdência será
a “possível”, com foco na idade mínima e na quebra de privilégios.
Temer também chamou a proposta de “atualização previdenciária”
– o que muitos investidores viram como um sinal de que o governo está
aberto à flexibilização do texto aprovado na comissão
especial, que já é mais brando que a proposta original do
Planalto.
O relatório aprovado
pelos deputados propõe que a idade mínima para aposentadoria
no Brasil seja de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres), idades que seriam
exigidas depois de até 20 anos de transição. Essas
regras valeriam para servidores públicos e empregados da iniciativa
privada, assim como o tempo mínimo de contribuição
que passa a ser de 25 anos. O texto aprovado na comissão já
reduziu em R$ 200 bilhões a economia estimada para os próximos
dez anos, que caiu para R$ 600 bilhões.
O secretário garante
que o Executivo trabalha com a aprovação do relatório
que foi votado na comissão especial. “O déficit que poderia
ser menor deixa de ser. De alguma forma vai ter de se ajustar isso. Ou
se ajusta com outra despesa, ou com uma receita (alta de impostos)”, disse
Caetano, que recebeu a reportagem no seu gabinete em meio à retomada
das conversas com as lideranças políticas para a votação
da reforma em primeiro turno no plenário da Câmara. “Ficar
só com a idade mínima fica uma reforma que é insuficiente”,
insistiu.
O governo está fechando
a previsão de déficit do ano que vem para ser incluído
na proposta de Orçamento que será encaminhada até
o fim de agosto. Pelos cálculos da área econômica,
o governo pode economizar R$ 18,6 bilhões nas contas do INSS nos
próximos dois anos, caso a reforma seja aprovada. Desse total, R$
4,8 bilhões já em 2018. E, em 2019, mais R$ 13,8 bilhões.
Caetano defendeu o texto,
que além da fixação da idade mínima faz uma
mudança ampla nas regras de acesso aos benefícios previdenciários
tanto dos trabalhadores da iniciativa privada quanto dos servidores públicos.
Nos últimos meses, cresceu a ideia entre os parlamentares de fatiar
a reforma e aprovar agora somente a idade mínima e deixar o resto
das mudanças para o primeiro ano de governo do próximo presidente.
(O Estado de S.Paulo)
Homem-bomba
da Previdência quer reforma radical
Enquanto setores do governo
discutem uma suavização da reforma da Previdência,
um dos principais nomes por trás do projeto, o secretário
de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano,
defendeu a necessidade de radicalização; para ele, a fixação
de uma idade mínima para o acesso à aposentadoria é
“essencial”, mas insuficiente para a melhoria das contas públicas;
Caetano defendeu o texto aprovado, em maio, na comissão especial
da Câmara e previu que o rombo das contas do INSS subirá para
cerca de R$ 205 bilhões no ano que vem se essa reforma não
for aprovada. (Brasil 247)
Marcelo
Caetano: Mudanças nas aposentadorias até outubro
O secretário de Previdência
do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, reforçou na segunda-feira
(7/8) a expectativa do governo de aprovar as mudanças nas regras
de aposentadoria até outubro, conforme declarou o ministro da pasta,
Henrique Meirelles, na semana passada. A perspectiva é que seja
possível votar o parecer do relator, Arthur Maia (PPS-BA), ainda
em setembro no plenário da Câmara dos Deputados. A versão
final do texto deve ser aprovada até outubro no Senado Federal.
Se o calendário for
cumprido, o governo evitará prejuízos bilionários
aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), lembrou Caetano
ao Correio. Segundo ele, a suspensão do andamento da reforma nos
últimos três meses — devido, entre outros motivos, à
denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva —
ainda não teve reflexos financeiros nas contas previdenciárias.
“Estamos contando com economia a partir do ano que vem com a reforma. Então,
esse atraso até agora não fez diferença”, disse.
Como os cálculos
do governo consideram que a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) nº 287 será aprovada ainda este ano, os prejuízos
começarão a ser notados se a tramitação atrasar
a ponto de o texto só entrar em vigor depois de janeiro. Se ficar
para 2019, por exemplo, o governo deixará de economizar R$ 4,8 bilhões.
E, caso a aprovação seja empurrada para o próximo
governo, como preveem alguns especialistas, o prejuízo será
de mais R$ 13,8 bilhões, totalizando R$ 18,6 bilhões caso
a reforma só entre em vigor em 2020.
Essas contas não
levam em consideração que a reforma poderá ser mais
dura caso seja deixada para o próximo governo. “Quanto mais adiar,
pior. Se ficar para depois da eleição, para o outro presidente,
terá que compensar depois”, alertou Caetano.
Obstáculos
Embora o governo aposte
em aprovar por inteiro as regras que garantiriam uma economia bilionária
já em 2018, os obstáculos são evidentes. O maior deles
é conseguir o apoio de 308 deputados em dois turnos no plenário,
o mínimo necessária para aprovar a matéria. O placar
é extremamente desafiador para o governo, que, nem mesmo antes da
crise política chegar ao auge, conseguiu chegar aos 300 votos. Em
maio, quando a comissão especial aprovou o relatório de Arthur
Maia, lideranças do governo na Câmara contabilizavam 255.
Desde então, as contas não evoluíram muito. Para arquivar
a denúncia contra Temer na semana passada, o presidente conseguiu,
com esforço, 263.
Apesar do sufoco, o secretário
de Previdência ainda nega um "plano B", como desidratar a reforma
ou aprovar alguns pontos por Medida Provisória (MP) ou lei ordinária,
mais fáceis de passar que uma PEC. Caetano continua defendendo que
o texto seja mantido como passou na comissão especial. "Todo o discurso
que eu tenho coordenado com a Casa Civil e também com o ministro
Meirelles é um discurso de manter o relatório como foi aprovado
pela comissão especial. Do ponto de vista do Executivo, estamos
empenhados em aprovar o relatório”, reforçou Caetano.
Alternativas
A dificuldade em conseguir
os 308 votos abre espaço para que parlamentares da base aliada discutam
propostas mais concisas e, portanto, mais fáceis de serem aprovadas.
A ideia é manter a agenda de reformas, mas sem empurrar mudanças
tão bruscas e impopulares quanto as que o governo propôs.
Com essa visão, deputados
da base aliada já planejam uma reforma alternativa. Parte do PSDB,
por exemplo, tem trabalhado para sugerir uma proposta mais palatável
ainda este semestre. As principais ideias ficam em torno de prever apenas
uma idade mínima e o fim da diferenciação entre servidores
públicos e iniciativa privada para fins previdenciários.
Arquivada a denúncia contra Temer na semana passada, as discussões
sobre o tema já têm sido retomadas. (Alessandra Azevedo
- Correio Web)
Fundação
CEEE: Seminário Caminhos para o Futuro - 4ª edição
Em um contexto de transformações
dos instrumentos de proteção social, é necessária
uma postura diferente das pessoas com relação às finanças
e à carreira profissional. Quem quer garantir um futuro com manutenção
dos níveis de consumo atuais e ainda proporcionar um melhor aproveitamento
da vida, cada vez mais longa, terá que revisar seus planos e reavaliar
os mecanismos de poupança previdenciária que dispõe.
Adotar um modelo de planejamento inteligente, com uma forma diferente de
lidar com os conceitos de trabalho e aposentadoria, abre uma nova perspectiva
para as pessoas viverem com mais qualidade. Neste ambiente, também
surgem novas oportunidades para as organizações revisarem
seus papéis e proporem soluções de previdência
em seu pacote de benefícios, participando do planejamento do futuro
de seus colaboradores e associados.
É com este enfoque
que a Fundação CEEE está realizando a 4ª edição
do Seminário Caminhos para o Futuro, debatendo o tema “Previdência
complementar: o valor do seu amanhã”. O seminário está
agendado para o dia 31 de agosto, no Centro de Eventos do Barra Shopping
Sul, em Porto Alegre, a partir das 13h30min, com inscrições
gratuitas pelo site
www.fundacaoceee.com.br/seminario/caminhos
Palestrantes
O Seminário Caminhos
para o Futuro vai propor uma reflexão sobre previdência complementar
e economia comportamental, com a participação de especialistas
renomados nessas áreas do conhecimento. Neste ano, o evento terá
a participação do consultor e escritor Gustavo Cerbasi, maior
referência em inteligência financeira do Brasil, autor dos
livros “Casais inteligentes enriquecem juntos” e “Adeus, aposentadoria”.
Especialista em Finanças pela Stern School of Business, da New York
University e pela Fundação Instituto de Administração
(FIA), Cebasi é Mestre em Administração e Finanças
pela FEA/USP e formado em Administração Pública pela
Fundação Getulio Vargas (FGV).
Outro palestrante da tarde
será o economista Bernardo Nunes, que pesquisa sobre como as pessoas
se preparam e se adaptam para a aposentadoria. É um entusiasta da
combinação entre ciência comportamental, análise
de dados e inovações digitais para entender o comportamento
do consumidor. Bernardo é Doutor em Economia pela Universidade de
Stirling, Mestre em Finanças pela Nova School of Business and Economics
e Mestre em Economia do Desenvolvimento pela UFRGS.
Serviço
Caminhos para o Futuro –
4ª edição – Previdência complementar: o valor
do seu amanhã.
Data: 31 de agosto 2017
– das 13h30min às 18h
Local: Centro de Eventos
– Barra Shopping Sul
Av. Diário de Notícias,
300 – Bairro Cristal – Porto Alegre – RS (Fundação
CEEE/AssPreviSite)
Funcef:
Déficit de R$ 12,478 bi em 2016
A Funcef, fundo de pensão
dos funcionários da Caixa Econômica Federal, encerrou 2016
com rentabilidade consolidada de 6,24% e um déficit de R$ 12,478
bilhões. Um ano antes, o resultado negativo foi de R4 12,361 bilhões.
Veja matéria completa
através do link
http://www.valor.com.br/financas/5072930/funcef-registra-deficit-de-r-12478-bi-em-2016
(Juliana Schincariol - Valor Online)
Funcef:
Pagamento de resgates complementares
Último lote residual
será creditado até sexta-feira (11)
A FUNCEF conclui, até
sexta-feira (11/8), o pagamento de R$ 34,5 milhões em resgastes
complementares aos participantes que aderiram ao PDVE da CAIXA no primeiro
semestre deste ano.
O montante se refere à
correção dos saldos das contas do Novo Plano, cujos resgates
foram já foram pagos. Ela considera a diferença entre os
valores finais das cotas e o que havia sido pago incialmente atualizada
pela inflação acumulada medida pelo INPC. Nesta última
etapa, foram incluídas a rentabilidade e as contribuições
até julho de 2017.
A Fundação
também finalizou o processamento de todos os pedidos de resgate
do PDVE da CAIXA do primeiro semestre deste ano. Ao todo, foram concedidos
3.045 resgates, totalizando mais de R$ 728 milhões em pagamentos
aos participantes. (Funcef/AssPreviSite)
Forluz:
Estudo de novo plano de contribuição definida
A Forluz está estudando
a abertura de um novo plano na modalidade de contribuição
definida (CD). Segundo a fundação, a iniciativa partiu da
patrocinadora Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig com o
objetivo de atender aos futuros empregados e oferecer também uma
alternativa para os atuais planos, flexibilizando opções
para os atuais participantes e reduzindo o risco atuarial.
Ainda serão realizados
estudos atuariais, econômico-financeiros e avaliação
jurídica antes de formular a proposta de um novo plano.A Forluz
conta ainda com a consultoria da Fundação Dom Cabral para
elaborar seu planejamento estratégico, que tem como premissa oferecer
novos produtos previdenciários e reestruturar os atuais planos.
Outra fundação
que está abrindo novos planos é a Copel. O fundo de pensão
já está em fase de aprovação de um novo plano
CD e um plano instituído para familiares dos participantes.
(Agência Investidor Online)
Funsejem:
Rentabilidade perfis
O mês de julho foi
agitado no campo político-econômico brasileiro, assim como
nos meses anteriores. Mas dessa vez, o mercado financeiro apresentou boa
recuperação, com a melhoria dos indicadores da economia do
país.
O índice de ações
Ibovespa mostrou a maior alta desde janeiro, ficando em 4,80%, o que reflete
crescimento na confiança dos investidores. No segmento de renda
fixa, a decisão do Banco Central de cortar os juros básicos
(Selic) em 1 ponto porcentual provocou recuo nas taxas de aplicações
como as NTN-Bs e os títulos públicos pré-fixados.
A consequência foi o aumento da rentabilidade nas carteiras de renda
fixa mais voláteis.
Neste cenário de
recuperação de julho, os resultados dos perfis de investimento
com maior risco foram bastante favoráveis: 1,77% no moderado, 2,27%
no agressivo e 2,49% no superagressivo.
O perfil conservador, de
menor risco, também apresentou boa performance. Rendeu 0,96%, o
equivalente a 120% do CDI, índice que acompanha a Selic. Mas é
importante observar que a redução nos juros básicos
(de 10,25% para 9,25% a.a.) faz com que ao longo do tempo a expectativa
de retorno seja menor nas aplicações que utilizam o CDI como
referência. (Funsejem/AssPreviSite)
Postalis:
Eleições 2017 - Resultados
Na segunda-feira (07), a
Comissão Eleitoral apurou os votos e obteve os resultados das Eleições
2017. Pela primeira vez, o Diretor de Benefícios foi escolhido por
meio do voto. Além disso, os participantes escolheram dois representantes
no Conselho Deliberativo e um no Conselho Fiscal.
O candidato Marcos Antonio
Sant´aguida do Nascimento foi eleito com 3.120 votos para ocupar
o cargo de Diretor de Benefícios do Instituto.
Para os dois cargos no Conselho
Deliberativo foram eleitas as chapas “Venha comigo nessa luta, que JUNTOS
PODEMOS MAIS”, dos candidatos Edgard de Aguiar Cordeiro / Nilton França
Soares com 5.166 votos e “POR UM POSTALIS PARA OS PARTICIPANTES” das candidatas
Amanda Gomes Corcino Garcia / Suzy Cristiny da Costa com 4.053 votos.
A vaga do Conselho Fiscal
será preenchida pela chapa “COMPROMISSO E RESULTADO” dos candidatos
Maurício Fortes Garcia Lorenzo / Fábio Geraldo Oliveira Conde
que receberam 4.121 votos.
A eleição
deste ano foi ?realizada pela internet e via central telefônica.
Isto possibilitou que a apuração fosse bem rápida,
utilizando o sistema ?ELEJA ?desenvolvido para gerenciar o pleito.
Ao todo, participaram 14.946
votantes. Este número representa 11,80% dos eleitores cadastrados.
Cerca de 20 pessoas estiveram presentes no auditório do edifício-sede
do Postalis, em Brasília, para acompanhar a apuração
e a divulgação do resultado.
Para acessar o Resultado
Oficial utilize o link
http://www.postalis.org.br/wp-content/uploads/2017/08/RESULTADO_Geral_07082017.pdf
(Postalis/AssPreviSite)
Reciprev:
Primeira câmara do TCE suspende cautelar
A partir da nova decisão,
a Prefeitura do Recife poderá transferir a responsabilidade de pagar
2.398 aposentados e pensionistas do fundo deficitário para o fundo
superavitário
A medida cautelar que determinou
a suspensão da migração do pagamento de servidores
do antigo Recifin para o Reciprev foi revogada pela primeira câmara
do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na manhã desta terça-feira
(8).
A decisão foi tomada
por dois votos a um. Foram contra a interrupção os conselheiros
João Campos e Ranilson Ramos e a favor a conselheira Teresa Duere,
que expediu monocraticamente a cautelar. A partir da nova decisão,
a Prefeitura do Recife poderá transferir a responsabilidade de pagar
2.398 aposentados e pensionistas do fundo deficitário para o fundo
superavitário. Na prática, a gestão terá uma
folga anual de R$ 97 milhões de reais do Reciprev.
Em sua sustentação
oral, o procurador Ricardo Alexandre, na sessão de julgamento, alertou
para os riscos da transferencia. Ele disse que o uso dos recursos do fundo
pode ser chamado de “pedalada”. O procurador geral da Prefeitura do Recife
Ricardo Correia justificou que a Prefeitura do Recife e o País estão
”passando a maior recessão da história deste país”.
Ele acusou o MInistério da Previdência de "fazer política"
ao autorizar ou negar as mudanças na previdência municipal.
A medida cautelar atendia
solicitação apresentada pelo vereador da Câmara Municipal
do Recife, Rinaldo Junior, contra o Prefeito do Recife, Geraldo Júlio
(PSB), em virtude do envio à Casa Legislativa do Projeto de Lei
nº 014/2017, que introduz alterações na Lei Municipal
que disciplina o regime próprio de previdência social do município
(Lei nº 17.142/2005), de forma a possibilitar a migração
de 2.398 aposentados vinculados ao Fundo Recifin, para o Fundo Reciprev.
Na volta do recesso legislativo, o legislador chegou a comemorar a expedição
da cautelar, que foi suspensa nesta terça.
A decisão tem como
base o parecer opinativo do Ministério Público de Contas.
O MPCO ratificou seu entendimento sobre a possibilidade de adoção
da tutela de urgência, para determinar ao Reciprev a “suspensão
de todos os atos administrativos e de execução necessários
para o pagamento pelo fundo previdenciário de todos os aposentados
nascidos até 31 de dezembro de 1944 e que tiveram seus benefícios
concedidos até 31 de dezembro de 2016”. (Carol Brito - Pernambuco.Com)
MT:
Conselho da Previdência discute censo e déficit
A intenção
é melhorar o banco de dados do Estado, refletindo a realidade sobre
os servidores inativos e seus dependentes.
A realização
do primeiro censo previdenciário do Estado, e a apresentação
de um estudo do déficit da previdência estadual, foram discutidos
na reunião ordinária do Conselho da Previdência, realizada
na tarde desta segunda-feira (07.08) no Palácio Paiaguás.
Na ocasião, um Termo de Cooperação Técnica
foi assinado entre todos os poderes e o Governo de Mato Grosso para que
sejam cedidas informações para a realização
do censo ainda neste ano.
Conforme o secretário
de Estado de Gestão, Júlio Modesto, Mato Grosso nunca fez
um censo previdenciário, apenas o recadastramento tem sido feito
ano após ano. A intenção é melhorar o banco
de dados do Estado, refletindo a realidade sobre os servidores inativos
e seus dependentes.
“O censo é fundamental
para trazer informações complementares sobre os aposentados
e buscar levantar o real desequilíbrio atuarial. Esta é uma
das medidas que o Estado precisa adotar para buscar o equilíbrio
futuro para que os aposentados atuais, e os ativos que se aposentarão
tenham tranquilidade”, avalia Modesto.
Conforme o coordenador de
Integração e Relacionamento Institucional da Secretaria de
Previdência, Hélio Carneiro Fernandes, o aprimoramento da
gestão previdenciária de dados cadastrais, funcionais e financeiros
englobará os servidores públicos efetivos ativos e inativos,
pensionistas e dependentes vinculados ao Regimes Próprios de Previdência
de Mato Grosso, e permitirá enxergar melhor a realidade do déficit.
Até o momento 47
entes federativos de quatro estados já realizaram o censo por meio
do programa de apoio à modernização do sistema de
previdência do país, do Ministério da Previdência,
e juntos alcançaram a economia de R$ 14 milhões. Mato Grosso
do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, e Sergipe já atualizaram
seus bancos de dados por meio do senso.
Segundo o presidente do
MT Prev, Ronaldo Taveira, está prevista uma licitação
para que uma empresa realize o censo no Estado. O Termo de Cooperação
Técnica possibilitará as informações necessárias
para que o MT Prev, e a empresa vencedora da licitação, realize
o censo com mais facilidade.
O censo também servirá
para que Mato Grosso integre o eSocial, sistema do Governo Federal que
centraliza informações trabalhistas e que deve ser implantado
integralmente no país até julho de 2018.
Déficit atuarial
Na ocasião, também
foi apresentado ao Conselho pelo atuário do Banco do Brasil, Felipe
Araldi, o déficit atuarial calculado pelo Banco do Brasil. O valor
que era estimado em 22 bilhões de reais em 2015, agora, em 2017,
chegou ao valor de 42 bilhões, conforme relatório apresentado.
Déficit atuarial
é a diferença negativa entre as receitas, bens e direitos
e as obrigações do MT Prev, como pagamento de benefícios,
apuradas para um período de 75 anos, trazidos aos valor presente
com uma taxa de desconto padrão.
Entre os cenários
apresentados pra garantir a sustentabilidade da previdência estadual,
Taveira aponta a utilização de 396 imóveis vinculados
à Previdência para aportar o fundo da previdência, auxiliando
no equilíbrio nas contas.
“Saímos daqui contentes
com a adesão desses poderes e com a vontade deles de colaborar com
esse déficit que é público e notório. Vamos
reforçar o nosso time, conseguir fazer o levantamento desses imóveis,
e já conseguir gerar dividendos para o Estado de Mato Grosso”, aponta
Taveira.
Entre as pautas também
estiveram a aprovação do Regimento Interno do MT Prev, e
do Regimento Interno do Conselho Fiscal, ambos aprovados por unanimidade.
Estiveram presentes Governador
de Mato Grosso, que preside o Conselho, Pedro Taques; os presidentes do
Tribunal de Justiça, Rui Ramos; do Tribunal de Contas do Estado,
Antônio Joaquim; chefe do Ministério Público, Mauro
Curvo; e o Defensor Público-Geral, Silvio Jeferson de Santana.
Representantes dos segurados
de todos os poderes, e o conselheiro do TCE, Valter Albano, que preside
um grupo de trabalho com foco em ações de equilíbrio
da previdência também estiveram presentes. (24 Horas
News)
MS:
Campo Grande - Vereadores articulam criar CPI
Relatório apontou
rombo de R$ 134 milhões na previdência municipal
Os vereadores da comissão
especial criada para acompanhar a reestruturação do IMPCG
(Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) articulam criar
uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar
as irregularidades apontadas no relatório final apresentado no final
do primeiro semestre do Legislativo.
A vereadora Cida Amaral
(Podemos), relatora da comissão especial, chegou a colher assinaturas
de colegas para instaurar a CPI, durante a sessão desta terça-feira
(8), entretanto o presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB)
se reuniu com o grupo e pediu mais tempo para analisar a proposta.
"Sempre disse que a CPI
é o úlimo estágio, última ferramenta que nós
temos, e precisamos ver o que é melhor para sanear todas estas situações
detectadas para que a gente possa solucionar o problema. Se a solução
for abrir uma CPI, vamos abrir sem problema nenhum", explicou João
Rocha.
O vereador Hederson Fritz
(PSD), presidente da comissão especial, disse que durante a semana
haverá reuniões e, na próxima semana, será
encaminhado requerimento para a criação da CPI. "O presidente
[João Rocha] teve a cautela de fundamentar melhor o requerimento
no sentido de a procuradoria fazer a contribuição junto à
Comissão.
As discussões começaram
após o vereador André Salineiro (PSDB) dizer que no plenário
que a criação da CPI é necessária para analisar
de forma mais "profunda" as irregularidades encontradas durante os seis
meses acompanhando a reestruturação do IMPCG, chegando a
afirmar que foi constatada a existência de crimes que devem ser repassados
so Ministério Público.
Relatório - Relatório
final da comissão especial criada em janeiro deste ano, na Câmara
Municipal, para investigar as denúncias de desmonte das finanças
do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), aponta
que os ex-prefeitos de Campo Grande Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte
deixaram um rombo de R$ 134 milhões na previdência municipal.
De acordo com o documento,
Bernal e Olarte teriam reduzido o saldo do fundo do IMPCG de R$ 110,6 milhões
para R$ 11,5 milhões.
No relatório, o caso
é tratado como “suposto calote na previdência dos servidores
municipais durante a administração compreendida entre os
anos de 2013 a 2016”, onde o município deixou de repassar integralmente,
tanto cotas patronais quanto das contribuições dos servidores,
ensejando desfalques nas contas do Instituto, seja por atraso ou supressão
de repasses.
As informações
contábeis do exercício de 2012, que constam no relatório,
apontam que o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB) deixou os cofres do IMPCG
com números superavitários, R$ 108,6 milhões aplicados.
O declínio começou
com Bernal, em fevereiro de 2013. Para pagar aposentados e pensionistas,
ele usou recursos do fundo, diminuindo seu saldo para R$ 81,8 milhões
em dezembro de 2013.
Em março de 2014,
após a cassação de Bernal, Olarte assumiu e ampliou
o rombo no IMPCG. Foi ele, segundo os documentos, quem esvaziou R$ 11,5
milhões do fundo em dezembro de 2015. Em agosto daquele ano, Bernal
retornou ao cargo.
O relatório também
aponta para a inércia do Caprev, o conselho previdenciário,
que mesmo sem os repasses dos dois prefeitos, nunca cobraram os depósitos,
ou seja, o fundo de reserva, que tinha cerca de R$ 110 milhões foi
reduzido apenas à massa falida do Banco Rural, tendo sido resgatadas
todas as reservas existentes (Richelieu de Carlo - Campo Grande News)
ASCPrev:
Manual de boas práticas é assunto de reunião de Seguridade
A Comissão de Seguridade
da ASCPrev se reuniu no dia 02 de agosto, na sede da associação,
em Florianópolis/SC. Na ocasião, os membros da Comissão
discutiram a matriz de risco de seguridade, o manual de boas práticas
de seguridade e a IN RFB 1.680/16, entre outros assuntos.
A Comissão Seguridade
é formada por profissionais da área de Seguridade das Entidades
que integram a ASCPrev e se reúnem frequentemente para discutir
assuntos relacionados ao segmento e trocar experiências para promover
melhorias em suas Entidades. (ASCPrev/AssPreviSite)
Anapar:
Alerta sobre riscos de terceirização da gestão
Em reunião ocorrida
no dia 17 de julho, o conselho de administração da Funcasal
aprovou a transferência da gestão do plano de benefícios
para outra entidade de previdência. A decisão se deu sob a
alegação de que o plano corria risco de liquidação
extrajudicial. A medida teve voto contrário do representante dos
trabalhadores. Decisão ocorre no momento em que o Conselho Nacional
de Previdência Complementar (CNPC) discute norma sobre transferência
de gerenciamento.
A direção
da CASAL, patrocinadora do fundo de pensão, justificou a decisão
como alternativa às dificuldades enfrentadas pelo plano. Na avaliação
da Anapar, a decisão tomada pela Funcasal deve ser vista com cautela.
“Criou-se uma ideia equivocada de que se um fundo de pensão tem
dificuldades a solução é terceirizar sua gestão
a empresas do mercado financeiro, que carregam um suposto rótulo
de gestão profissionalizada”, explica , Cláudia Muinhos Ricaldoni,
que é vice-presidente da Anapar e a representante dos participantes
e assistidos no CNPC.
Claudia Ricaldoni chama
atenção para a importância de se garantirem os direitos
dos participantes em uma eventual transferência. Essas garantias
incluem a manutenção da representação dos participantes
na estrutura da entidade receptora, que os custos com a transferência
sejam pagos pela patrocinadora, uma vez que a operação não
pode ser vista como um benefício aos participantes, e que seja proibida
a venda dos ativos para apuração de liquidez, o que poderia
trazer redução do valor patrimonial dos planos. “Os participantes
precisam saber com clareza em que condições essa transferência
está ocorrendo, pois a medida apresentada como solução
pode, na verdade, trazer prejuízos irreversíveis”, alerta
Ricaldoni.
Debate em curso no CNPC
Em reunião realizada
no dia 12 de julho no CNPC, foi debatida a proposta de resolução
que disciplina as operações de transferência de gerenciamento,
minuta apresentada pela Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc).
Preocupada com a preservação
dos direitos dos participantes e com a possibilidade de a resolução
facilitar a transferência da gestão dos planos dos fundos
de pensão para outras entidades fechadas ligadas a bancos
e seguradoras, a Anapar sugeriu, quando da apresentação da
proposta no CNPC, que se constituísse um Grupo de Trabalho
(GT) para debater o tema e que o resultado das discussões fosse
disponibilizado como subsídio à decisão do Conselho.
“O GT foi formado e vários
consensos foram construídos a partir das discussões. Entretanto,
para nossa surpresa, a proposta que veio para deliberação
do CNPC era quase a mesma anteriormente apresentada, não incorporando
as principais sugestões do grupo”, questiona a vice-presidente da
Anapar. (Anapar)
Fundos de pensão:
Participações, investimentos
e desempenho em empresas
Fundos
Mais de 2000 aderem ao PDV da Caixa
Com uma semana restante,
Caixa tem adesão de mais de 2 mil ao PDV
A uma semana de finalizar
seu segundo programa de demissão voluntária extraordinário
(PDVE) neste ano, a Caixa Econômica Federal recebeu mais de duas
mil adesões. A demanda corresponde apenas à metade do limite
máximo de 5,48 mil colaboradores. Foi, contudo, bem-recebida pela
alta cúpula do banco público. Isso porque, na outra iniciativa
que fez neste ano, a Caixa já obteve a adesão de 4,645 mil
funcionários. Portanto, o banco não espera que esse segundo
movimento tenha um alcance muito maior do que o já registrado. A
adesão vai até 14 de agosto. (O Estado de S.Paulo)
Fundos:
Novo plano de concessões mira investimento de longo prazo
Para tentar destravar investimentos
superiores a R$ 220 bilhões em obras estruturais, o governo prepara
um plano nacional de concessões de infraestrutura que deve dar previsibilidade
aos leilões, como hoje ocorre no setor elétrico.
O projeto está sendo
conduzido pelo PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e, segundo
o secretário-executivo, Adalberto Vasconcelos, a minuta final será
discutida com o presidente Michel Temer no fim deste mês.
As decisões do plano
de concessões serão tomadas por um conselho ligado ao presidente
da República e que terá entre seus integrantes a secretaria
do PPI.
O planejamento segue o modelo
do setor elétrico, que tem diretrizes de longo prazo e cronograma
com previsão de ações até 2024. O trabalho
está sendo realizado pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística)
e definirá prioridades para os anos de 2018, 2019, 2020, 2025, 2030
e 2035.
Simulações
iniciais da EPL indicam que já seria preciso privatizar rodovias
para atrair investimentos de cerca de R$ 20 bilhões até 2025.
Há projetos para ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias.
No setor de aeroportos,
além de uma nova rodada de concessões, o governo planeja
fazer a primeira PPP (Parceria Público-Privada).
Uma outra mudança
é o lançamento de um sistema que tornará público
tudo o que for ser privatizado. Trata-se de uma plataforma informatizada
desenvolvida em parceria com a EPL e que mapeou os gargalos nacionais de
logística.
"Se não houver dinheiro
para uma rodovia, o sistema vai mostrar que ela precisará ser concedida
à iniciativa privada três anos antes, por exemplo [para evitar
o gargalo]", disse o secretário do PPI.
O sistema também
visa tirar obstáculos para o investimento estrangeiro no país.
"Em nossas conversas com
estrangeiros, eles diziam que o Brasil é um mercado importante,
mas reclamavam que os editais demoravam para serem publicados. Quando saíam,
já não havia tempo hábil para que se qualificassem",
disse Vasconcelos.
Uma outra medida que já
havia tomada para atrair o investimento externo foi a ampliação
de 45 para cem dias o prazo entre o edital e a disputa dos projetos do
PPI.
BALANÇO
Até o momento, o
governo concluiu 54% dos 89 projetos inscritos no PPI. Os 48 projetos atraíram
R$ 23 bilhões em investimentos e levaram aos cofres da União
cerca de R$ 6 bilhões em outorgas.
Neste semestre, a expectativa
é que sejam realizados os leilões do pré-sal e de
blocos exploratórios, as quatro usinas da Cemig (São Simão,
Miranda, Volta Grande e Jaguara) e a Lotex (loteria conhecida como "raspadinha").
No total, esses projetos
devem movimentar cerca de R$ 21 bilhões.
No pacote, podem entrar
ainda novas concessões de rodovias, como um trecho da BR-153, as
BRs 364 e 365, e o aeroporto de Viracopos (Campinas, no interior de São
Paulo), que foram devolvidas e serão relicitadas. Três linhas
de transmissão que encalharam no último leilão serão
colocadas à venda novamente. (JULIO WIZIACK - Folhapress)
Fundos:
Lucro líquido da Eletropaulo sobe 9 vezes no 2º trimestre
A AES Eletropaulo, responsável
pela distribuição de energia na região metropolitana
de São Paulo, registrou lucro líquido de R$ 31,4 milhões
no segundo trimestre deste ano, número nove vezes maior que os R$
3,5 milhões reportados no mesmo período do ano passado. Com
isso, no acumulado em seis meses a distribuidora anota um lucro de R$ 44
milhões, montante 29,3% maior que o reportado em igual etapa de
2016.
O Ebitda (lucro antes de
juros, impostos, depreciações e amortizações)
da companhia somou R$ 262,2 milhões entre abril e junho, alta de
37,5% em relação ao reportado nos mesmos meses do exercício
anterior. A margem Ebitda subiu 2 pontos porcentuais e passou de 6,8% para
8,8%. No semestre, o Ebitda soma R$ 498,3 milhões, alta de 34%,
com margem de 8,5%, o que corresponde a um avanço também
de dois pontos porcentuais.
A companhia também
divulgou o Ebitda ajustado, no qual são consideradas questões
como ativos possivelmente inexistentes e fundo de pensão. Nesse
caso, a distribuidora registrou um Ebitda de R$ 360,2 milhões, 58%
acima dos R$ 228 milhões anotados no mesmo intervalo do ano passado.
A margem Ebitda ajustado subiu 3,9 p.p., para 12%. No acumulado do ano,
o Ebitda ajustado avançou 56%, para R$ 694,4 milhões, com
margem 4 p.p. maior, de 11,8%.
A receita líquida
da distribuidora totalizou R$ 2,99 bilhões no abril a junho, alta
de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em seis meses, a receita somou R$ 5,866 bilhões, alta de 3,3%.
O resultado financeiro representou
uma despesa de R$ 79,3 milhões no segundo trimestre, ante uma despesa
de R$ 58 milhões anotada um ano antes. A piora nessa linha se deve
principalmente à variação cambial de Itaipu, com impacto
negativo de R$ 32,9 milhões.
Projeções
A Eletropaulo divulgou ainda
atualizações de suas projeções de sobrecontratação
e do Programa de Produtividade, que visa reduzir os custos operacionais.
Para este ano, a previsão de sobrecontratação feita
pela companhia passou dos 105,8% divulgados em maio para 104,2%. Para 2018,
a expectativa foi revista de 104,8% para 105,1%.
Segundo a Eletropaulo, para
2017, além da participação nos leilões de Mecanismo
de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), a projeção
da sobrecontratação foi revista por conta do crescimento
esperado em seu mercado para o ano, que estava em um intervalo de 0,8%
a 1,2%, e passou para algo entre 0,6% e 1%.
No que diz respeito ao programa
de redução de custos, a Eletropaulo espera um corte de R$
200 milhões neste ano, dos quais R$ 70 milhões realizados
no segundo trimestre, R$ 80 milhões no terceiro trimestre e os R$
50 milhões restantes nos últimos três meses do ano
(Agência Estado)
Órgãos,
Associações e Entidades do Segmento
http://www.portoseguro.com.br/solucoes-financeiras/investimentos
38º
Congresso: Inscrições com desconto
O
sistema brasileiro de previdência complementar fechada está
entre os 10 maiores do Mundo, mas os seus congressos anuais, uma tradição
de quase quatro décadas, são com certeza os que reúnem
maior público internacionalmente. Embora possa ser uma afirmação
um tanto subjetiva, há uma forte convicção de que
se destaca também em densidade de conteúdo e, por isso mesmo,
funcione como um poderoso palco a projetar o pensamento e as estratégias
para um tempo de muitos desafios. Para quem sabe que precisa se fazer presente
em um momento desses, é importante ser informado que se encerrará
no próximo dia 15 o prazo para inscrições, com desconto
de 13%, no 38º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar
Fechada, a realizar-se de 4 a 6 de outubro, em São Paulo.
Nas
mensagens que vêm enviando às associadas, a Abrapp destaca
vivermos em um momento realmente histórico e singular, por todos
os seus componentes de instabilidade e incerteza, e marcado, também,
pela convicção de que o tempo do Estado provedor ficou no
passado.
A
maior consciência da sociedade, motivada pelas discussões
de reformas, faz surgir uma nova visão de futuro, acompanhada da
compreensão de que a formação de poupança previdenciária
capitalizada não só constitui mecanismo de proteção
ao trabalhador – independente da forma como se insere no mercado de trabalho
– como também, devidamente investida ao longo do tempo, oferece
à economia as possibilidades de investimentos que o País
tanto carece.
Neste
contexto, em sua 38ª edição, faz-se uma proposta diferente:
levar a previdência complementar fechada a novas fronteiras. Por
essa razão, nas plenárias do evento será priorizada
a discussão de respostas e propostas para um novo tempo. E, nas
apresentações técnicas, o importante será criar
um ambiente para troca de experiências práticas e debate de
temas relacionados ao dia a dia das entidades.
O
amanhã, da forma como o vemos, é o tempo do protagonismo
e nele há lugar para uma previdência complementar fechada
de credibilidade reconhecida, inovadora e para todos. (Abrapp/AssPreviSite)
38º
Congresso: O estande institucional é do sistema
O
estande institucional da Abrapp-ICSS-Sindapp-UniAbrapp em nossos congressos
anuais é reconhecido, diga-se que com inteira justiça, como
um local de promoção do conjunto do sistema. No 38º
Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada, de 4 a
6 de outubro próximo, em São Paulo, isso será mais
verdadeiro do que nunca, sendo que essa verdade já começa
a ser construída em agosto.
A
primeira dessas datas é 11 de agosto, quando se encerra o
prazo para manifestação de interesse por parte das associadas
que desejarem relatar os seus cases, ocupando para isso um dos horários
disponíveis para apresentações desse tipo no “Espaço
Boas Práticas”, cujo objetivo é o compartilhamento
de experiências e trocas de informações de maneira
interativa. Ou seja, não é uma palestra, mas sim um bom bate-papo,
onde as associadas podem demonstrar cases relacionados aos instrumentos
de gestão, campanhas e ações positivas. Particularmente,
neste ano, onde o tema central do Congresso é “Um Novo Brasil: Previdência
Complementar para Todos”, as associadas são convidadas a apresentar
experiências que de alguma forma contribuam para o fomento sistema,
o que inclui além de ações com participantes e assistidos,
iniciativas que alcancem a sociedade, de forma geral, ou parte dela.
Os
casos serão selecionados pela Comissão Organizadora, conforme
os seguintes critérios: 1) Inovação; 2) Facilidade
para ser replicado; 3) Resultado/Retorno mensurável; 4) Existência
de material ilustrativo (inclui site, folders, vídeo, brindes e
games, entre outros); 5) Indicação de palestrante (representante
da EFPC) com desenvoltura para apresentar o case em no máximo 30
minutos. As propostas deverão ser encaminhadas pelas associadas
ao endereço de e-mail referido em circular enviada ontem ao quadro
associativo.
Já
as entidades interessadas em expor seus materiais de divulgação
no amplo reservado no estande institucional para isso devem remetê-los
até 15 de setembro para o CDI - Centro de Documentação
e Informação Oswaldo Herbster de Gusmão, da Abrapp,
localizado na Avenida das Nações Unidas, 12.551 - 20º
andar - 04578-903 - Brooklin Novo - São Paulo/SP. (Abrapp/AssPReviSIte)
Leitura e cultura
da previdência
CDI
- Centro de Documentação e Informação
Oswaldo
Herbster de Gusmão - Abrapp - Sindapp - UniAbrapp
Manual
de Práticas e Recomendações aos Dirigentes
das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar - 4ª Edição
Autor:
Aparecida Ribeiro Garcia Pagliarini
Resumo:
O
Manual, de autoria da advogada Aparecida Pagliarini, cujo domínio
do tema é de notório reconhecimento, traz aos dirigentes
e conselheiros uma visão prática acerca de seus papéis,
competências e responsabilidades à luz da interpretação
dos normativos vigentes e das recomendações advindas dos
Guias e orientações do órgão fiscalizador.
A obra cumpre, assim, papel relevante na defesa de dirigentes e conselheiros
em seus atos regulares de gestão ao mesmo tempo, nos revela uma
governança cada vez melhor, essencial para a credibilidade e expansão
da previdência complementar fechada no Brasil.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Reflexões sobre a Lei Complementar 109
-
Um Enfoque para a Previdência Complementar Fechada
Autores:
Comissão Técnica Regional Centro-Norte de Assuntos Jurídicos
da Abrapp - Coordenador: Luiz Fernando Brum dos Santos
Resumo
do Livro: Inegavelmente, a Lei Complementar nº 109 constitui-se num
dos mais relevantes marcos legais para o regime de previdência complementar,
tendo propiciado vários avanços, notadamente, para o segmento
fechado. Assim, prestes a completar quinze anos de vigência e após
a regulamentação dos seus principais pontos, o aprofundamento
da análise daquele diploma legal e a reflexão sobre os seus
efeitos, com enfoque na previdência complementar fechada, fazem-se
oportunos. Com esse propósito, a Comissão Técnica
Regional Centro-Norte de Assuntos Jurídicos da Abrapp, integrada
por advogados com destacada atuação nesse segmento que convivem,
cotidianamente, com os inúmeros questionamentos apresentados acerca
da exata aplicação da referida norma, vários deles
judicializados, aceitou o desafio de produzir uma obra técnica.
A competência dos autores, a quem agradeço pela dedicação
ao projeto, resultou num trabalho de qualidade que, certamente, não
só enriquecerá os conhecimentos dos leitores, mas poderá
contribuir também, diante das propostas de aprimoramentos apresentadas,
para a evolução da previdência complementar fechada
no país.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp)AssPreviSite)
Livro:
Competência Jurisdicional na Previdência Privada
Autor:
Wagner Balera
Resumo
do Livro: Para a correta análise do tema que escolhemos não
bastam considerações de processo civil. Até porque
se partíssemos para tal linha de investigação, sem
o devido enfoque previdenciário, a matéria deixaria de despertar
interesse entre os destinatários do estudo, todos integrantes de
uma comunidade especializada. Com efeito, neste momento cumprimos o dever
acadêmico de demonstrar a produtividade da Cátedra da qual
somos o titular. Consoante entendimentos pretéritos, tratamos de
constituir a Cátedra convocando para dela fazer parte um grupo de
estudiosos do Direito Previdenciário que nos ajudou a formular a
presente monografia.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp)AssPreviSite)
CPI
aponta superávit da Previdência
Trabalhos
serão prorrogados
No
Senado, especialistas afirmam que déficit decorre das desonerações
e incentivos fiscais, além de manobras contábeis que retiram
recursos da Seguridade Social
Em
audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Previdência, no Senado, nesta segunda-feira (7), especialistas
voltaram a negar a existência do alegado déficit e destacaram
discurso contraditório do governo que, ao mesmo tempo que alega
rombo nas aposentadorias para justificar uma reforma, abre mão de
receitas com refinanciamento para setores específicos.
O
funcionamento foi da CPI foi estendido por mais quatro meses, a pedido
do presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS). Segundo ele,
o governo Temer não tem 308 votos na Câmara, nem 49 no Senado,
para aprovar o projeto de reforma.
O
consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos disse que, só em 2017,
o sistema de Seguridade Social, que engloba a Previdência, deve registrar
superávit de R$ 110 bilhões. Segundo ele, desonerações,
incentivos fiscais e renegociação das dívidas das
empresas retiram do sistema de Seguridade cerca de R$ 150 bilhões.
Já
o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait),
Carlos Silva, afirmou que, ao conceder condições vantajosas
para renegociação aos devedores da Previdência (leia
abaixo), enquanto segue alardeando déficit, o governo escancara
uma conduta favorável ao empresário e contra o trabalhador.
"Nós,
auditores fiscais do trabalho, somos contra a reforma da Previdência,
porque ela não representa um olhar amplo e universal. Representa
um olhar dirigido ao mercado financeiro, especialmente, ao mercado da previdência
privada", afirmou o presidente do Sinait.
Alívio
aos ruralistas
Um
dia antes da votação, na Câmara dos Deputados, que
arquivou denúncia por corrupção contra o presidente
Michel Temer, o governo federal publicou medida provisória (MP 793)
que alivia a dívida previdenciária dos produtores rurais.
A
MP permite que os produtores paguem apenas 4% do total de dívidas
com o INSS agrícola, em até quatro vezes, de setembro a dezembro,
e reduz a contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador
Rural (Funrural), de 2,1% para 1,3%.
As
perdas estimadas com as medidas somam cerca de R$ 10 bilhões. Segundo
o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João
Paulo Rodrigues, esse valor seria suficiente para assentar todas as famílias
que estão acampadas pelo país.
Para
a diretora executiva da Oxfam Brasil, Kátia Maia, o governo não
está em condições de abrir mão de receitas
e fica difícil entender a concessão de facilidades a um setor
da economia que se diz um dos menos impactados pela crise econômica.
(Rede Brasil Atual)
Centrão
avisa a Temer que não vai votar reforma
Deputados
do Centrão mandaram avisar ao presidente Michel Temer que não
irão votar a reforma da Previdência Social, informa o repórter
Nilson Klava, da GloboNews.
Líderes
dos três principais partidos do centrão – PP, PR e PSD – afirmam
que não há condições de aprovar a reforma,
ainda mais depois do desgaste de terem votado contra o prosseguimento da
denúncia contra Temer. Ainda mais em véspera de ano eleitoral.
"Reforma
da Previdência se vota no início de mandato. Em final de mantado,
é muito perigoso colocarmos uma matéria dessa, ainda mais
no momento em que estamos vivendo na Câmara dos Deputados", disse
o líder do PR, José Rocha (BA).
O
Centrão quer deixar claro ao governo a insatisfação
com o espaço político dado a partidos que não votaram
majoritariamente a favor de Temer: PSDB e PSB.
"O
momento é muito delicado, não temos unidade na bancada para
isso [votar a reforma]. Nós esperamos que o governo tenha um sentimento
de reagrupação e senso de responsabilidade de saber quem
realmente é base e quem não é", acrescentou o líder
do PP, Artur Lira (AL).
Líderes
do Centrão alertam, ainda, para o fato de que há no meio
político uma expectativa de que o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, ofereça nova denúncia contra Temer por obstrução
de Justiça.
"A
reforma tem que ser votada dentro de uma uniformidade da base, e o governo
não tem essa uniformidade. A discussão da Previdência
abre a porta para sociedade ir para as ruas, é tudo o que o governo
tem que evitar diante de uma segunda denúncia", afirma o líder
do PSD, Marcos Montes (MG).
O
peso do Centrão
Juntas,
as bancas de PP, PR e PSD somam 123 deputados. Na votação
da denúncia, os três partidos deram 87 dos 263 votos a favor
de Temer.
Para
aprovar a reforma da Previdência, o governo precisa de 308 votos.
Por isso o governo tem usado o discurso de aprovar o texto "possível".
O Planalto defende o parecer de Arthur Maia (PPS-BA), aprovado na comissão
especial da Câmara.
"A
base da conversa começa com o relatório", observou o ministro
da Secretaria-Geral, Moreira Franco (PMDB-RJ). (G1)
É
fundamental que se faça reforma agora, diz Temer
O
presidente Michel Temer (PMDB) defendeu nesta terça-feira, 8, a
aprovação, que classificou como “imperiosa”, da reforma da
Previdência entre as medidas de reequilíbrio das finanças
públicas. “Num País em que o déficit previdenciário
chegará neste ano a R$ 184 bilhões e deve alcançar
R$ 205 bilhões em 2018, se não fizermos essa reforma, será
dificílimo enfrentar os próximos anos”, afirmou.
Ele
acrescentou que, sem a medida, quase todo o orçamento do governo
ficará comprometido com a Previdência e o pagamento de servidores.
“É fundamental que se faça a reforma da Previdência
agora”, complementou Temer, em discurso na abertura do Congresso da Federação
Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave),
entidade que representa as concessionárias de automóveis,
na capital paulista.
Antes
de Temer, tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quanto o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin, já tinham manifestado apoio
às mudanças nas regras de aposentadoria, também defendidas
nos discursos dos representantes do setor automotivo que participaram da
solenidade.
“Reformar
a Previdência hoje é prever o futuro”, frisou Temer.
O
presidente também incluiu a simplificação do sistema
tributário e a reforma política no bojo das reformas consideradas
como fundamentais de um governo que, segundo ele, está “reformulando”
o Brasil. Também ressaltou a necessidade de se apoiar a iniciativa
privada, de onde saem os empregos e os investimentos.
“O
combate ao desemprego se dá pelo incentivo da atividade privada.
Uma das nossas tarefas é mudar a cultura no Brasil. Muita gente
critica o desemprego mas combate a produção”, comentou Temer.
Segundo ele, o Estado não consegue prosperar sem transferir várias
atividades ao setor privado. “Temos prestigiado a iniciativa privada.”
Temer
citou no discurso a dificuldade enfrentada no início de seu governo
na tramitação da proposta de emenda constitucional, aprovada
pelo Congresso, que estabeleceu um teto aos gastos públicos, chamada
de “PEC da morte” pela oposição. Ele destacou que o orçamento
deste ano, feito sob a nova regra, ampliou os investimentos em saúde
e educação, ao contrário do que diziam os opositores.
Também
em resposta à oposição, Temer rebateu criticas à
falta de debate na tramitação da reforma trabalhista – feita,
conforme o presidente, após diálogo com empresários
e trabalhadores -, assim como afirmou que a reforma do ensino médio
é aprovada por 95% dos setores educacionais. (Agência
Estado)
Texto
aprovado da Previdência será ponto de partida
Enquanto
o governo busca alternativas para fechar as contas públicas, as
negociações em torno da reforma da Previdência — crucial
para controlar o Orçamento da União — voltaram à estaca
zero no Congresso. Essa é a avaliação de líderes
dos partidos e parlamentares da base do governo. Apesar de a equipe econômica
insistir no relatório aprovado na comissão especial, ele
será só o ponto de partida.
O
líder da maioria na Câmara, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES),
disse que a intenção é submeter o texto aprovado na
comissão aos 263 parlamentares que votaram a favor do presidente
Michel Temer no caso da denúncia da Procuradoria-Geral da República
(PGR) e a alguns dissidentes da base, especialmente do PSB e PSDB, que
têm perfil mais reformista, para mapear votos e desenhar uma proposta
alternativa se for necessário.
—
Só podemos ter uma posição definitiva a partir desse
teste de campo — disse, acrescentando que os cálculos apontam para
algo entre 240 e 260 votos a favor da reforma, distante dos 308 necessários.
Para
o Planalto, dois pontos são sagrados: idade mínima e fim
dos privilégios no serviço público. No mais, disse
um interlocutor, o conteúdo pode ser ajustado para garantir a aprovação.
Ao menos nos dois itens, o Executivo tem respaldo dos parlamentares que
querem combater os privilégios, sobretudo porque há uma rixa
entre os políticos e o Ministério Público por causa
das denúncias de corrupção.
O
fim da integralidade (último salário da ativa) e paridade
(reajustes iguais aos do pessoal da ativa) atinge principalmente esses
servidores. O texto aprovado na comissão exige para quem ingressou
até 2003 idade de 62 anos (mulher) e de 65 anos (homem) para ter
acesso aos dois benefícios.
—
O cenário político mudou muito depois da delação
da JBS e mesmo após a denúncia contra o presidente Temer,
que foi barrada. Você tem de achar um ponto de equilíbrio
porque o texto aprovado na comissão não passa no Congresso.
As negociações voltaram à estaca zero — afirmou o
deputado Marcus Pestana, que falava em nome do PSDB na comissão
especial.
Parlamentares
da base defendem novas alterações na regra de transição,
que já foi flexibilizada no relatório aprovado na comissão.
A proposta original previa transição só para trabalhadores
a partir dos 50 anos (homem) e 45 anos (mulher). Quem ficasse abaixo desse
corte seria enquadrado nas normas mais duras, como só se aposentar
aos 65 anos. O texto final abriu a transição para todos os
trabalhadores, mantendo um pedágio sobre o tempo que falta para
aposentar.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que pretende discutir essa
questão com a equipe econômica, antes de pôr a reforma
em votação:
—
Precisa avaliar se fica a regra atual ou a inicial. Vamos conversar com
o relator e a equipe econômica para ajustar o diálogo.
(Geralda Doca - G1)
É
melhor não fatiar a reforma da Previdência
A
situação precária e a tendência de expansão
dos gastos com benefícios previdenciários não dão
ao governo a alternativa de aprovar apenas parte do projeto
Superada
pelo governo na Câmara a questão da licença para que
o Supremo examinasse se processaria o presidente Michel Temer pela acusação
de corrupção passiva, o Planalto retoma a agenda de reformas.
E
recomeça mal, se mantida a posição defendida por Temer
em entrevista a “O Estado de S.Paulo”, em que substituiu o termo reforma
por “atualização”, restringindo-a à fixação
das idades mínimas para efeito de requisição da aposentadoria
de 62 anos para mulheres e 65 no caso dos homens.
O
presidente incluiu, ainda, nesta minipauta, o fim das diferenças
entre as regras para os benefícios dos trabalhadores na iniciativa
privada e as normas, privilegiadas, do funcionalismo público.
Em
posição oposta, o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, deseja que a proposta de atualização do sistema
previdenciário seja retomada de onde parou, após a aprovação
em comissão especial, sem qualquer alteração para
reduzi-la a poucos pontos. Maia tem razão.
Porque,
entre outros motivos, a situação fiscal não dá
margem ao governo para qualquer recuo. Precisa avançar, a fim de
conseguir o mínimo de 308 votos necessários para aprovar
o projeto, em dois turnos, e enviá-lo ao Senado.
Além
de tudo, o estabelecimento do teto constitucional para limitar o crescimento
das despesas não dá alternativa ao país. De um lado,
o déficit previdenciário aumenta sem freios — chega este
ano a R$ 188 bilhões, tendo sido R$ 150 bilhões em 2016,
e assim seguirá —; de outro, as receitas tributárias não
se expandem como era esperado, devido aos passos lentos na recuperação
da economia. Adicione-se ao cenário que aumentar impostos retardará
a própria recuperação. Vai-se entrar num caminho em
círculos: crescimento lento, baixa arrecadação, mais
impostos, estagnação.
Muitos
estudos apontaram para um ponto no futuro em que a Previdência funcionaria
como um buraco negro sideral a tragar fatias crescentes da arrecadação
de impostos. Parecia algo distante, mas não é mais.
Pelo
teto constitucional, o total das despesas da União não pode
crescer mais que 3,52% no ano que vem, ou R$ 44,1 bilhões. Mas só
o aumento dos gastos com a Previdência será de R$ 50 bilhões.
O futuro chegou.
Por
isso é necessário aproveitar o momento para aprovar o projeto
que passou pela comissão especial. Garantir agora a reforma melhorará
as expectativas, porque não transferirá para as incertezas
da eleição de 2018 o destino de um fator para as contas públicas
já problemático hoje.
Que
o governo reconstrua a base e aproveite a disposição de Rodrigo
Maia de trabalhar nesta direção. Mesmo o tema da necessária
equalização das regras de aposentadoria de trabalhadores
no setor privado e servidores públicos requer um duro embate com
grupos de pressão poderosos.
Mais
um motivo para enfrentar todos os conflitos de uma vez. Mesmo se houvesse
tempo para isso, fatiar a reforma significaria multiplicar chances de derrota.
Caso
haja necessidade de ajustes futuros — e haverá —, já terá
sido construída uma base com alguma solidez, sem a imperiosidade
de nova reforma em 2019, a toque de caixa, em novo aperto fiscal.
(Noblat - G1)
Plano
B para reforma pode afetar trabalhadores mais pobres
O
governo federal não precisa do apoio de 308 votos de deputados federais
para aprovar a parte da Reforma da Previdência que causará
o maior impacto entre os trabalhadores mais vulneráveis. Enquanto
a imposição de uma idade mínima de 65 anos para homens
e 62 para mulheres depende de emenda ao artigo 201 da Constituição
Federal, outras mudanças propostas podem ser desmembradas e passar
como leis complementares ou ordinárias, apresentadas na forma de
medidas provisórias pelo Palácio do Planalto.
Caso
o clima político continue instável (a Procuradoria-Geral
da República ainda está analisando o encaminhamento de uma
nova denúncia contra Michel Temer), e a garantia de apoio de 308
deputados federais se torne tarefa literalmente custosa, o governo já
sinalizou o desmembramento da proposta, buscando aprovar mudanças
que demandem maioria absoluta ou simples.
De
acordo com Diego Cherulli, vice-presidente da Comissão de Seguridade
Social social da Ordem dos Advogados do Brasil-DF e diretor de assuntos
parlamentares do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário,
dentre essas mudanças está o aumento da carência de
15 para 25 anos.
”A
classe média não tem problema de jubilação
do benefício. O pobre tem”, afirma Cherulli, referindo-se à
necessidade de alcançar esse período de contribuição
para poder pedir a aposentadoria. Para os mais pobres, a idade mínima
já existe no Brasil uma vez que eles não conseguem se aposentar
por tempo de contribuição (35 anos para homens, 30 anos para
mulheres). ”Esse pessoal vai acabar perdendo o que contribuiu e tendo que
procurar o Benefício de Prestação Continuada [BPC,
o salário mínimo concedido a trabalhadores idosos pobres],
que pode ser menor que a pensão que ele teria direito a receber.
Hoje,
é necessário um mínimo de 180 contribuições
mensais (15 anos) para poder se aposentar por idade (65 homens e 60 mulheres).
Com a reforma, o número salta para uma carência de 300 contribuições
(25 anos). Como explicado acima, isso não afeta diretamente os extratos
superiores da classe média, que já contribuem por mais tempo
ao sistema, mas a faixa de trabalhadores mais pobres que, contudo, não
entram nas categorias de pobreza extrema, beneficiadas com o BPC.
Esse
plano de contingência, que já estaria sendo discutido de acordo
com fontes no governo ouvidas por este blog, é criticado por especialistas.
”Esse plano B é viável. Mas atinge uma gama da população
que deveria ser protegida e não garante a segurança que o
governo espera”, afirma Ivandick Rodrigues, professor de Direito na Universidade
Presbiteriana Mackenzie e ex-presidente da Comissão de Previdência
Complementar do Instituto dos Advogados Previdenciários. ”Porque
da mesma forma que é fácil mudar uma lei ordinária
ou complementar hoje, também será fácil voltar atrás
no futuro, o que não garante a segurança jurídica
para relações previdenciárias.”
”A
depender da estratégia e da proposta do governo, os projetos teriam
que ser apresentados por lei complementar à Constituição,
o que demanda maioria absoluta [ou seja, 257 votos na Câmara], ou
lei ordinária, que demanda maioria simples [ou seja, maioria dos
presentes em sessões deliberativas com, pelo menos, 257 parlamentares]”,
explica Marcus Barberino, juiz do Trabalho da 15a Região e com atuação
em casos envolvendo grandes empresas, terceirização ilegal
e fraudes previdenciárias.
Ao
mesmo tempo, as regras para aposentadoria de trabalhadores rurais da economia
familiar, extrativistas, pescadores, coletoras de babaçu, entre
outros, também podem sofrer mudanças através de projetos
de lei e não por propostas de emenda à Constituição.
Nesse sentido está a mudança de 15 anos de comprovação
de trabalho (com arrecadação de imposto previdenciário
no momento da venda da produção) para 15 anos de comprovação
de contribuição, com pagamento mensal de carnê. O que,
dada às condições de vulnerabilidade social desse
grupo, inviabilizará sua aposentadoria – conquistada cinco anos
antes do restante dos trabalhadores urbanos e rurais, segundo a Constituição.
De
acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), a maioria dos trabalhadores (52%) já
se aposentaram por idade até 2014. Outros 18% por invalidez e 1%
por acidentes. A modalidade de aposentadoria por tempo de contribuição
(com um mínimo de 35 ou 30 anos) representa 29%. E dados da própria
Previdência Social apontam que 79% dos trabalhadores que se aposentaram
por idade apenas no ano de 2015 contribuíram menos de 25 anos. Sendo
que 13,9% (entre 21 e 24 anos), 31% (entre 16 e 20 anos) e 34% (15 anos).
O
mesmo Dieese afirma que, em 2014, a média de contribuição
foi de 9,1 meses a cada ano. Porque a rotatividade do mercado de trabalho
e a informalidade são grandes. Ou seja, para cumprir 15 anos de
contribuição, considerando essa média de nove meses
de contribuição a cada 12, uma pessoa precisa, na prática,
de 19,8 anos para se aposentar. Subindo para 25 anos de mínimo,
o tempo de contribuição efetivo terá que ser de 33
anos.
O
problema é que, nas regiões mais pobres do país, a
informalidade ultrapassa os 70%.
Isso
não afeta tanto os servidores públicos, com estabilidade.
O aumento na idade mínima de 65 e 62 anos para a maioria dos servidores
que ingressaram na carreira até 2003 faz parte da proposta do relator
da reforma na Câmara, Arthur Maia (PPSBA). (Mundo Sindical)
Reoneração
da folha fica para 2018
Pressionado
pelo Congresso Nacional e pelo empresariado, o governo federal decidiu
adiar para 2018 o início da vigência da reoneração
da folha de pagamento, medida que poderia gerar uma receita de R$ 2,5 bilhões
neste ano.
A
medida provisória que acabaria com o benefício, se convertida
em lei, perderá a validade nesta semana e é difícil
que seja aprovada a tempo. A alternativa encontrada pelo governo será
reapresentar a proposta, desta vez por meio de projeto de lei. O governo
pretende encaminhar o projeto nesta quarta (9) ao Congresso, segundo um
ministro palaciano.
Em
evento na CNI (Confederação Nacional da Indústria),
o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que as condições
do projeto serão as mesmas da medida provisória. Ou seja,
ele vai acabar com a desoneração da folha de pagamento para
cerca de 50 setores econômicos. As empresas afetadas voltariam a
calcular as contribuições devidas à Previdência
de acordo com a folha de salários, e não mais conforme o
faturamento da empresa.
Se
o projeto de lei for aprovado, as novas regras só entrarão
em vigor 90 dias após a sanção presidencial. Por isso,
não haverá mais tempo para que o dinheiro entre nos cofres
públicos neste ano. Segundo auxiliares do presidente Michel Temer,
a pressão para deixar caducar a medida provisória veio do
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que, em reunião
no Palácio do Planalto no fim de semana, se opôs a votar a
proposta às pressas.
Na
semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já
considerava não votar a medida provisória, para que houvesse
tempo de discutir o assunto. Ele disse que uma nova proposta poderia passar
a valer apenas para 2019, mas recuou e já considera que o texto
comece a valer no ano que vem. Na proposta original, foram preservados
três setores: transporte público urbano, construção
civil e comunicação. Para os demais beneficiados, a desoneração
acabaria em 1º de julho deste ano.No mês passado, a comissão
mista do Congresso que analisa a medida aprovou relatório que adiava
o início da medida para janeiro de 2018. A comissão também
excluiu mais setores da mudança.
AÇÕES
Como
a regra ficou em vigor durante o mês de julho, a Receita Federal
irá cobrar o tributo devido neste período. Entidades empresariais
conseguiram suspender a cobrança com ações na Justiça.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo) obteve decisão favorável para cerca de 150 mil empresas.
(Folha de Londrina)
Acordo
de cooperação agilizará troca de informações
previdenciárias
O
Conselho da Justiça Federal (CJF), a Secretaria de Previdência
do Ministério da Fazenda e o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) lançaram nesta terça, 8, em Brasília, um acordo
de cooperação técnica para a troca de informações
previdenciárias. O objetivo é dar maior agilidade nos processos
em trâmite na Justiça Federal, principalmente naqueles em
que o INSS seja parte.
Com
o acordo de cooperação, a Justiça Federal terá
acesso ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS),
ao Sistema de Benefícios (Sisben) e ao Sistema Informatizado de
Controle de Óbitos (Sisobi). Por sua vez, a Justiça Federal
vai oferecer informações relativas às ações
judiciais, como número da ação, dados relativos ao
autor, espécie de benefício e de ação, sentença
de procedência ou de improcedência, acordos homologados, valor
de precatório e de Requisição de Pequeno Valor (RPV).
Para
o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda,
Marcelo Abi-Ramia Caetano, essa sistemática de troca de informações
levou em conta, principalmente, a melhoria do atendimento à população:
“Eu vejo nesse acordo uma grande possibilidade de ganhos generalizados.
Ganhos para a minha equipe da secretaria, ganhos para a Justiça
Federal, ganhos para o INSS, mas, mais do que tudo, mais do que para essas
partes do governo, o ganho para o cidadão, para as pessoas.” (STJ)
Indicador
da FGV prevê melhora do mercado de trabalho
Estudo
da Fundação Getúlio Vargas indica que brasileiros
estão otimistas quanto ao mercado de trabalhoAgência Brasil
O
Indicador Antecedente de Emprego, da Fundação Getulio Vargas
(FGV), avançou 1,5 ponto em julho, alcançando 98,4 pontos,
depois de duas quedas consecutivas. Ele é calculado em uma escala
de zero a 200 pontos, com base na expectativa de consumidores e de empresários
da indústria e dos serviços em relação ao mercado
de trabalho nos próximos meses.
No
trimestre, no entanto, o indicador acumula queda de 0,7 ponto. Segundo
a FGV, apesar das quedas dos dois meses anteriores, o índice antecedente
de emprego continua em nível elevado, já que ainda existe
forte otimismo em relação à geração
de empregos na economia brasileira.
Indicador
Coincidente de Desemprego
Já
o Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a percepção
dos consumidores em relação ao desemprego no país,
piorou 0,7 ponto em julho. É a primeira vez que ele apresenta piora
no ano.
A
FGV acredita, no entanto, que esse resultado “não parece significar
uma inflexão na tendência de melhora do mercado de trabalho.
O aumento do emprego e a redução da taxa de desemprego têm
sido consistentes com a suave melhora da economia dos últimos meses”,
diz a FGV. (Vitor Abdala - gência Brasil)
Contratação
reflete redução de otimismo
Contratação
reflete redução de otimismo Salários também
seguem tendência de queda, como mostra a pesquisa de 2017
A
contratação de executivos é um termômetro para
a economia de um país e demonstra o quanto as empresas estão
comprometidas com o investimento local. Os pedidos de nossos clientes estão
diretamente relacionados ao otimismo das empresas e as constantes reviravoltas
políticas impactam o cenário atual. A instabilidade política
em que o Brasil se encontra atinge diretamente as empresas, que evitam
investir em um país onde hoje não se pode prever o que acontecerá
nem por quem será governado. Com isso, o Brasil atravessa uma das
suas piores crises: o que se tem como certo hoje, pode não ser certeza
amanhã.
De
acordo com o IBGE, a inflação oficial, medida pelo IPCA teve
redução de 0,23 no mês passado, ou seja, o Brasil entrou
em um período de deflação o que já não
ocorria há 11 anos. Com isso, o consumidor consegue comprar produtos
pagando menos, o que, em um momento inicial, representa a recuperação
do poder de compra, porém índices negativos seguidos e generalizados
indicam que os empresários estão baixando os preços
por não estarem conseguindo comercializar suas mercadorias a consumidores
sem dinheiro. Os salários também seguem esta tendência
de queda, como mostra a pesquisa salarial de 2017 da Robert Walters, divulgada
em fevereiro. Nela, vê-se que alguns poucos setores estão
fora desta tendência. Um deles é o setor de TI, considerado
vital para otimizar processos e viabilizar economias financeiras e, por
isso, é um dos poucos setores a experimentar aumentos salariais
de 3% em 2017 . Além dele, o setor de Marketing e Compliance experimentarão
um aumento na procura por profissionais.
Mas
o Brasil é um país de superlativos. A força de seu
mercado consumidor, a dimensão geográfica, que oferece inúmeras
oportunidades em infraestrutura, e a profissionalização do
agrobusiness, são indícios de que a economia brasileira não
deve e não pode parar.
Atualmente,
nenhuma empresa multinacional pode se dar ao luxo de não ter o Brasil
em sua estratégia de negócio de crescimento. Além
disso, comparando-se aos demais países em desenvolvimento do BRICS,
o Brasil está em ampla vantagem no que diz respeito à solidez
das instituições, a democracia e a imprensa livre.
O
Brasil já atravessou e conseguiu chegar do outro lado. Lentamente,
a economia brasileira dá sinais de recuperação, o
PIB de 2017 deve crescer em torno de 0,3% a 0,4%, dizem os economistas.
Ainda é pouco mas, em relação aos dois últimos
anos de recessão, já podemos ver uma luz no final deste longo
túnel. As reformas trabalhistas e a da Previdência devem ajudar
a garantir a retomada econômica, e assim acreditamos que o país
caminha para o rumo da recuperação econômica. Mesmo
sendo de forma mais lenta do que se imagina, o Brasil deve retomar em breve
sua posição entre os países que mais crescem no mundo,
porém com a sociedade e instituições mais fortalecidas.
E esperamos que, também mais amadurecido politicamente e nos resultados
das urnas. (Panorama Brasil)
Delfim:
Crise econômica ameaça a produtividade do trabalho
É
preciso ter consciência que do "imbróglio" que estamos vivendo
só nos livraremos com a volta a um desenvolvimento econômico
sustentável e mais equânime, o que exigirá um aumento
da produtividade média do trabalho.
Uma
política insensata, cujo objetivo único foi reeleger a presidente,
criou uma tragédia: enquanto aumentava a relação dívida
bruta/PIB de 52% para 70%, reduzia o investimento público, expulsava
o investimento privado, destruía a indústria e deixava um
rastro de quase 14 milhões de desempregados.
Tudo
foi sacrificado em favor de despesas de produtividade duvidosa, como os
exagerados salários da alta administração pública
e suas generosas aposentadorias. Os trabalhadores do setor privado que
a sustentam perderam o emprego ou viram reduzir-se os seus salários,
enquanto o corporativismo "extrativista" blindado contra as flutuações
da conjuntura continua a "exigir" mais aumento!
Qual
o resultado final dessa melodia? Os que estão trabalhando viram
diminuir sua produtividade por falta de investimento e os que estão
desempregados viram a sua reduzida a zero por falta de demanda. De 2013
a 2016, a produtividade média do trabalhador brasileiro caiu em
torno de 8%!
A
solução não é nada simples. Aumentar os impostos
e cortar ainda mais o consumo e o investimento do setor privado para pagar
salário público? Continuar a aumentar a dívida pública?
Seu nível já é elevado e aumentaria a pressão
sobre a taxa de juro real. Para dar certo, seria preciso um multiplicador
fiscal improvável.
Ah!
Há uma solução "genial" da esquerda estudantil: dar
um calote na dívida pública! Na sua alienação,
ela crê que o credor é o sistema financeiro.
Não!
Ele é apenas o intermediário: compra a dívida do governo
com os depósitos bancários de todos os cidadãos (inclusive
os dela!). O resultado seria um desastre ainda maior do que o confisco
da liquidez da sociedade feita no plano Collor.
A
verdade é que as coisas caminhavam relativamente bem até
a tragédia da delação da JBS. O sistema resistiu bem
e a Câmara dos Deputados cumpriu o seu papel. Deu a Temer apenas
a oportunidade de tentar aprovar as "reformas". Essa foi, mesmo, a menos
pior das soluções. A prova é que o "risco-Brasil"
voltou, no último dia 4, ao mesmo nível de antes da crise.
(Antonio Delfim Netto - Folhapress)
Mercado e Economia Nacional
8º
Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais
A
B3 realizará, entre os dias 24 e 26 de agosto, o 8º Congresso
Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, na cidade de Campos
do Jordão, em São Paulo. A Abrapp é uma das apoiadoras
e suas associadas por isso mesmo podem inscrever-se com desconto de 15%.
A proposta do evento é discutir temas atuais e polêmicos
com especialistas capazes de oferecer diferentes pontos de vista. Fintechs,
blockchains, as consequências econômicas e políticas
da operação Lava-Jato e os impactos do governo Trump são
alguns dos assuntos. Entre os palestrantes estarão Henrique Meirelles,
ministro da Fazenda; Reinaldo Le Grazie, diretor de Política Monetária
do Banco Central; Dan Ariely, professor de Psicologia e Economia Comportamental
na Duke University; e Don Tapscott, co-fundador do Blockchain Research
Institute. (Abrapp/AssPreviSite)
Meirelles:
Sem reforma, aumento de impostos será inevitável
Ministro
da Fazenda defendeu ainda que reforma reduzirá carga tributária
a médio prazo
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que sem a aprovação
da Reforma da Previdência, será inevitável o aumento
de impostos para o financiamento da máquina pública.
—
Se não controla a Previdência e outros gastos obrigatórios,
não teremos condições de financiamento que não
seja o aumento de imposto ou da dívida. Sem a reforma no futuro
será inevitável o aumento de imposto — disse durante o lançamento
do sexto anuário Época Negócios 360o.
Meirelles
defendeu que a população precisa ter clareza sobre as opções
disponíveis para a gestão dos gastos públicos e que
não é possível voltar à prática dos
anos de 1980, quando a inflação alta ajudava a financiar
o aumento das despesas.
—
É importante que a população entenda que não
se pode ter as duas coisas. Ou nós aumentamos impostos todos os
anos para financiar a despesa da previdência ou aumentamos a dívida
e os juros — reforçou.
Meirelles
não entrou na polêmica sobre a proposta de aumento da alíquota
do Imposto de Renda para os salários mais elevados - no final da
tarde, o presidente Michel Temer afirmou que essa proposta não irá
adiante. Para o ministro, essa é uma proposta da área técnica
que quando chegar ao gabinete, será avaliada junto com outras medidas,
como a elevação do déficit primário que tem
uma meta de R$ 139 bilhões para este ano.
—
Esse é um debate intenso e isso é positivo. Mostra a reação
da sociedade. Mas tudo tem um preço. O corte de despesas não
obrigatórias está no limite — afirmou.
ANÁLISE
'Taxação
de rendas mais altas parece balão de ensaio para facilitar aceitação
da revisão da meta'
O
ministro explicou que até o dia 31 de agosto, quando precisa enviar
ao Congresso Nacional a proposta de orçamento para 2018, a meta
do ano que vem, de déficit de R$ 129 bilhões, pode ser alterada.
A desse ano, no entanto, será feita a partir da reestimativa de
retomada da arrecadação e receitas extras - Meirelles conta
com o Refis e os leilões de óleo e gás e das hidrelétricas
que tiveram as concessões devolvidas à União.
Para
Meirelles, com a reforma da Previdência, será possível
a médio prazo reduzir a carga tributária, já que as
despesas obrigatórias irão cair, reduzindo a necessidade
de financiamento do governo.
Sobre
a liberação de emendas para parlamentares, o ministro afirmou
que elas já estavam aprovadas e têm efeito zero sobre o orçamento.
No encontro de amanhã com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, irá discutir o Refis, a contribuição sobre a
folha de pagamentos e o cronograma para a votação da Reforma
da Previdência.
O
evento da Época Negócios premiou as empresas que mais se
destacaram em 2016, analisando não só os critérios
financeiros, mas também quesitos como governanç corporativa
e gestão de recursos humanos.
O
diretor-geral de mídia impressa do Grupo Globo, Frederic Kachar,
destacou que mesmo com a crise econômica, as empresas premiadas conseguiram
se destacar.
—
A crise é uma oportunidade para inovar, rever custos e ganhar produtividade.
Os números do anuário mostram que essas empresas mostraram
números melhores apesar do ambiente — disse.
A
fabricante de papel e celulose Fibria foi eleita a melhor empresa
(G1)
Por
meta fiscal, governo estuda outros aumentos de tributos
O
recuo do Palácio do Planalto em relação ao aumento
do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas tornou ainda mais
difícil a tarefa da equipe econômica de fechar as contas do
ano que vem. Os técnicos já detectaram que, sem medidas extras
de cortes de gastos e de elevação de receitas, será
impossível atingir a meta fiscal de 2018, de déficit primário
de R$ 129 bilhões. O quadro também é difícil
para 2017 e é grande a probabilidade de que o compromisso deste
ano, de déficit de R$ 139 bilhões, também não
seja atingido.
Diante
deste cenário, a equipe econômica estuda a estratégia
de encaminhar ao Congresso um aumento do rombo para 2017 e, para sinalizar
ao mercado que não abandonou o compromisso com o reequilíbrio
fiscal, manter o compromisso de 2018. Essa ideia não é consenso.
Uma parte dos técnicos acredita que seria preciso rever as duas
metas.
Enquanto
o martelo não é batido, os defensores da manutenção
da meta do ano que vem tentam tirar da gaveta medidas que poderiam ser
propostas para assegurar o resultado. Foi neste sentido que veio a público
a criação de uma alíquota de IR de até 35%
para pessoas físicas que ganham acima de R$ 20 mil.
Embora
essa medida tenha sido sepultada, os técnicos da área econômica
dizem que outros aumentos de impostos ainda estão em estudo. Eles
incluem a cobrança de IR sobre lucros e dividendos, inclusive de
microempresas. Segundo integrantes da equipe econômica, a instituição
de uma alíquota de 15% de IR para lucros e dividendos distribuídos
a acionistas (tanto pessoas físicas quanto jurídicas) é
uma forma não apenas de engordar o caixa do Tesouro Nacional, mas
de acabar com distorções que existem hoje na estrutura tributária
brasileira. Também estão sobre a mesa o fim do Reintegra
(programa que dá aos exportadores um crédito sobre as vendas
de produtos manufaturados no exterior) e uma ampla revisão da tributação
sobre investimentos no mercado financeiro.
—
Tendo em vista nossas dificuldades para 2018, temos que aproveitar para
corrigir distorções que existem em nossa estrutura — disse
um integrante da equipe econômica.
PENTE-FINO
NAS APLICAÇÕES
No
caso do mercado financeiro, a ideia do governo é passar um pente-fino
em todos os tipos de aplicação para acabar com distorções.
Uma delas, por exemplo, é a isenção de Imposto de
Renda para investimentos de pessoas físicas em letras de crédito
rural e imobiliário, as LCA e LCI.
—
Tem que haver um equilíbrio maior da tributação no
mercado financeiro. O imposto pago não deve ser o que pauta uma
decisão de investimentos — disse o técnico.
No
total, as medidas de aumento de receita por meio de tributos seriam de
R$ 40 bilhões. Sem o IR das pessoas físicas, no entanto,
o ganho potencial cai para R$ 37 bilhões. Somente a instituição
do imposto para lucros e dividendos daria uma receita extra superior a
R$ 10 bilhões. Já o fim do Reintegra resultaria numa economia
de R$ 8 bilhões aos cofres públicos.
ANÁLISE
Taxação
de rendas mais altas parece balão de ensaio para facilitar aceitação
da revisão da meta
Para
2018, a meta fiscal não é o único desafio. Também
é preciso resolver um problema adicional: cumprir a regra do teto
para os gastos públicos (pelo qual as despesas só podem crescer
com base na inflação do ano anterior). Apenas o aumento das
despesas com a Previdência Social será de R$ 50 bilhões
no ano que vem. Isso vai ocupar toda a margem de elevação
de gastos prevista no teto. Pelas contas do governo, a despesa de 2017
que serve de base para o aumento dos gastos em 2018 é de R$ 1,253
trilhão. Considerando a inflação acumulada até
junho de 2017 — usada como correção para as despesas pela
regra do teto —, o aumento dos gastos só pode ser de R$ 44,1 bilhões,
ou 3,52%.
Assim,
para assegurar outros desembolsos, a equipe econômica terá
de fazer um corte extra no Orçamento de 2018. É por isso
que o governo quer, por exemplo, adiar o reajuste dos servidores para 2019,
o que daria um alívio de R$ 8 bilhões no ano que vem. O governo
também já anunciou um programa de demissão voluntária
(PDV) para servidores públicos. A estimativa do governo, baseada
num programa semelhante feito na década de 1990, é economizar,
no fim do processo, R$ 1 bilhão com o desligamento de cerca de cinco
mil servidores. Isso também terá impacto nas contas de 2018.
(Martha Beck - G1)
Governo
cogita subir impostos, mas não IR
O
presidente Michel Temer admitiu que o governo estuda aumentos de impostos
para conter o rombo no Orçamento, mas descartou a possibilidade
de aumentar o Imposto de Renda (IR) dos contribuintes mais ricos —uma das
ideias que sua equipe econômica está avaliando.
Em
nota divulgada pelo Palácio do Planalto no início da noite
desta terça (8), Temer se comprometeu a não enviar proposta
de aumento do IR ao Congresso. Horas antes, em entrevista após evento
em São Paulo, ele admitira que sua equipe estuda o assunto.
O
governo tem que apresentar até o fim do mês ao Congresso a
proposta de Orçamento-Geral da União para o próximo
ano, quando pretende reduzir o deficit federal para R$ 129 bilhões.
Com
a lenta recuperação da economia e das receitas do governo,
Temer encontra dificuldades para cumprir a meta estabelecida para este
ano, que prevê um rombo de R$ 139 bilhões, e aumentou recentemente
os tributos sobre os combustíveis para tentar equilibrar suas contas.
Para
evitar novos aumentos de impostos, o governo ainda conta com a aprovação
da reforma da Previdência, do Refis, um programa de negociação
de dívidas com o fisco que está em discussão no Congresso,
e de uma nova proposta para reoneração da folha de pagamento
das empresas, que será enviada nesta semana em regime de urgência.
Se
essas iniciativas não forem aprovadas, o governo poderá usar
uma ou várias das ideias em estudo na Receita Federal e no Ministério
da Fazenda. A que está mais madura é a que prevê aumento
da tributação de profissionais liberais que hoje recebem
por meio de empresas e contribuem como pessoas jurídicas.
Também
está em análise a tributação de aplicações
financeiras hoje isentas de IR. São elas as LCA (Letras de Crédito
Agrícola) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Juntas,
essas medidas podem gerar cerca de R$ 30 bilhões.
A
criação de uma alíquota de 35% de IR para contribuintes
com ganhos mensais superiores a R$ 23 mil poderia gerar mais R$ 10 bilhões.
Hoje a alíquota máxima do IR é de 27,5%, sobre a parcela
do salário que supera R$ 4.664,68.
A
Receita estuda esse aumento desde o fim do ano passado, mas sempre enfrentou
resistência, mesmo com medidas que atingiriam apenas profissionais
de alta renda. Os estudos mostram que esse grupo é um dos que pagam
menos imposto em relação à sua renda, cerca de 17%.
Temer
descartou levar essa discussão adiante. Mas poderá acionar
outras das medidas em estudo como alternativa para evitar uma revisão
drástica da meta estabelecida para o deficit de 2018.
Aliados
do governo no Congresso reagiram contra o aumento do IR. "Se tiver que
passar pela Câmara, não passa", disse o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia desagradou até o líder do
governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). "Sou contra o aumento
de imposto [de IR]", disse à Folha.
Em
reunião no Palácio do Planalto, domingo (6), Temer discutiu
com seus ministros uma estratégia para dar impulso a reformas e
medidas para geração de receitas no Congresso, mas ninguém
falou do IR. Líderes do Congresso indicaram que não querem
arcar com o custo político de uma decisão como essa às
vésperas das eleições.
Para
2017, no entanto, estão praticamente esgotadas as tentativas de
reforço do caixa e o governo deve rever a meta de deficit de R$
139 bilhões para cerca de R$ 158 bilhões nos próximos
dias. (JULIO WIZIACK, MARINA DIAS, BRUNO BOGHOSSIAN, MARIANA
CARNEIRO - Folhapress)
Mudanças
na tributação precisam ser combinadas
Diante
da forte reação do empresariado e do Congresso, inclusive
da base aliada do presidente Michel Temer, contra o aumento do Imposto
de Renda (IR) para pessoas físicas, o governo decidiu recuar. Em
nota divulgada na noite de terça-feira, o Palácio do Planalto
informou que não encaminhará ao Legislativo qualquer medida
nesse sentido. No texto, que foi costurado pelo ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, com a presidência, o governo destaca que o foco continua
sendo o reequilíbrio das finanças públicas por meio
de cortes de gastos.
Especialistas
acreditam que aumentar apenas as alíquotas do Imposto de Renda não
é o adequado, é necessário medidas conjuntas para
tornar o sistema tributário mais eficaz e para diminuir o rombo
das contas públicas.
—
Nessa alíquota só vão entrar servidor público
e funcionário de multinacional que não tem hábito
de contratar como pessoa jurídica. Quem ganha bem virou pessoa jurídica.
Como medida isolada, o imposto maior para pessoa física só
vai empurrar os poucos que ainda estão sobrando com alta renda e
carteira assinada no setor privado para formar empresas — afirmou José
Roberto Afonso, pesquisador da Fundação Getulio Vargas e
professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
Segundo
o economista, a medida poderia comprometer ainda mais o financiamento da
Previdência Social. Como as empresas pagam a contribuição
sobre o total da folha de pagamento, ao tirar os salários mais altos
dessa conta, a arrecadação diminui num setor que vem acumulando
déficits bilionários.
—
Quando se olha a longo prazo, observa-se que está crescendo o emprego
com carteira de quem ganha até três salários mínimos.
Acima do teto do INSS já vinha caindo, e a recessão só
piorou a situação.
ANÁLISE
Taxação
de rendas mais altas parece balão de ensaio para facilitar aceitação
da revisão da meta
Pelas
contas de Afonso, de 2002 a 2015, o número dos empregos com carteira
cresceu 76%. Para quem ganha mais de 20 salários mínimos,
caiu 32%; de 15 a 20 salários, a redução foi de 6%.
O crescimento só aconteceu para quem ganha de sete a 15 mínimos,
mas somente de 3%, enquanto para quem ganha salário mínimo,
a alta foi de 164%.
—
Parte do que se poderia ganhar de Imposto de Renda certamente se perderá
de contribuição previdenciária, agravando ainda mais
o seu déficit. O remendo sairá pior do que o soneto. É
preciso uma reforma consistente e geral, de todo imposto de renda e de
todo sistema tributário. Medidas tópicas até podem
aumentar um pouco a arrecadação, mas certamente vão
piorar muito a já má qualidade do atual sistema tributário.
Rodrigo
Orair, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
afirma que mudanças na tributação precisam ser combinadas:
—
Há uma tendência clara nos países desenvolvidos de
aumentar o imposto de pessoa física e reduzir de pessoa jurídica.
Taxar lucros e dividendos, outra medida em estudo, vai tributar o ativo
produtivo que já é muito tributado e transferir recursos
para ativos financeiros.
Segundo
Orair, a tributação chega a 34% quando se soma Imposto de
Renda para Pessoa Jurídica e Contribuição Sobre sobre
Lucro Líquido (CSLL), se tiver que pagar mais 15% como pessoa física,
os recursos serão transferidos para ativos financeiros que só
pagam 15%.
—
Se o objetivo é ampliar o potencial de arrecadação
e a progressividade, tem que haver uma reforma que realinhe essas duas
coisas. Não é uma solução simples que resolverá
o problema.
Afonso
concorda:
—
Se quiser mudar e tributar o lucro distribuído para pessoa física,
será preciso reduzir a alíquota das empresas. Adotar uma
medida isolada e sem repensar o sistema só agravará mais
a situação, do governo, das empresas e das famílias.
(Cássia Almeida - G1)
A
conta do ajuste
À
primeira vista, um erro de meros 3% numa previsão econômica
não parecerá de maior gravidade. Tratando-se de estimar a
receita do governo, entretanto, as consequências podem ser dramáticas.
Neste
2017, tal diferença —verificada entre a arrecadação
esperada no Orçamento e os novos cálculos, menos generosos,
da área técnica— corresponde hoje a R$ 37 bilhões,
quantia suficiente, por exemplo, para custear todas as universidades federais
ao longo do ano.
Com
o sumiço de tanto dinheiro, num cenário de despesas já
em compressão, serviços públicos básicos, como
a emissão de passaportes, têm sido prejudicados, enquanto
medidas relevantes, como a correção da tabela do Imposto
de Renda e o reajuste do Bolsa Família, acabaram canceladas.
É
defensável, nesse contexto, a hipótese cada vez mais palpável
de abrandamento da meta orçamentária fixada para este ano,
pela qual os gastos (excluídos juros) não podem superar a
receita em mais de R$ 139 bilhões.
Permanecem,
sem dúvida, enorme desperdício e ineficiência na administração
pública. Nada disso se corrige, porém, da noite para o dia.
Fato é que os dispêndios, em termos reais, estão em
queda, e há indicação clara de que assim permanecerão
até dezembro.
Não
valerá a pena cumprir a meta para as contas do Tesouro Nacional
à custa de aumentos de impostos que introduziriam distorções
na economia —recorde-se que a recente taxação extra dos combustíveis
tende a acrescentar 0,5 ponto percentual à inflação
do ano.
Mais
importante será apresentar, ao final deste mês, um projeto
realista de Orçamento para 2018, a fim de interromper uma longa
tradição de receitas superestimadas.
Tanto
quanto possível, é melhor evitar a elevação
da já excessiva carga tributária nacional. Se tal providência
for imprescindível para sustar mais rapidamente a escalada da dívida
pública, impõe-se desde já um debate transparente
sobre as opções menos danosas.
Esta
Folha tem defendido que o peso dos impostos no país precisa ser
redistribuído de forma mais progressiva —o gravame exagerado do
consumo, que penaliza os mais pobres, deve dar lugar à taxação
direta das rendas mais altas.
Seria
desejável que o governo contemplasse a alternativa. Quando menos,
para não deixar dúvida de que a elite econômica também
arcará com a conta do ajuste. (Folhapress)
Governo
precisa cobrir rombo de até R$ 50 bi
O
governo trabalha em uma combinação de corte de despesas,
elevação de receitas e mudança de meta por conta da
necessidade de se cobrir um buraco no orçamento de 2018 que há
algumas semanas era estimado entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões
e que números mais recentes apontam para algo entre R$ 40 bilhões
e R$ 50 bilhões, segundo fontes da área econômica.
Essa deficiência considera a meta atual de R$ 129 bilhões
definida para o ano que vem, cuja revisão está em discussão
no governo. Além do rombo fiscal, o governo ainda estava enfrentando
dificuldades em manter a despesa dentro do limite do teto de gastos. Com
alta de despesas da Previdência superior a R$ 40 bilhões e
do gasto com pessoal, entre outras obrigatórias, o teto estava sendo
superado em mais de R$ 10 bilhões. O adiamento dos reajustes de
servidores, medida também em discussão no governo, se insere
nesse contexto. O governo em tese teria um espaço adicional para
subir as despesas além do limite do ano que vem por conta do contingenciamento
deste ano, mas se a meta for revista e permitir um desbloqueio, o espaço
de 2018 se diminui. O presidente Michel Temer convocou para a tarde de
hoje uma reunião a fim de debater a eventual alteração
da meta de déficit de R$ 139 bilhões deste ano. Foram chamados
os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo de
Oliveira, da Casa Civil, Eliseu Padilha, além do líder do
governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). As medidas de aumento
de tributos em estudo no governo têm potencial de gerar mais de R$
40 bilhões. O problema é que não se sabe quais desse
"pacotaço tributário" serão efetivadas, dado que há
forte resistência política à elevação
de carga tributária, como já deixaram claro o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente da Fiesp, Paulo
Skaf. Fonte graduada do governo, contudo, diz que não há
como escapar de subir imposto, já que a receita administrada hoje
está em 12% do PIB, muito baixa para um indicador que já
superou 15% do PIB. A proximidade do envio da proposta orçamentária
e as dificuldades fiscais que o país enfrenta fazem a área
técnica abrir as gavetas e rever propostas de elevação
de tributos. Voltam à mesa dos técnicos, medidas cogitadas
desde 2015, como a já descartada criação de uma faixa
adicional na tabela do Imposto de Renda para rendas altas, tributação
de dividendos, fim de isenções a alguns instrumentos como
LCI e LCA, revisão do Reintegra (que beneficia exportadores), entre
outras. Com recorrentes frustrações de arrecadação
e uma meta fiscal cada vez mais distante, Receita e Tesouro pressionam
por medidas tributárias. Até agora, o governo só efetivou
uma medida nesse campo: a alta do PIS/Cofins sobre combustíveis.
Medidas de tributação sobre a renda dariam um discurso de
justiça social, mas teriam menor potencial arrecadatório
que elevações de tributos indiretos, como PIS/Cofins. Nenhum
dos casos sensibiliza o Congresso, bastante refratário a iniciativas
dessa natureza, em especial sendo chamado a votar temas impopulares como
a reforma da Previdência. Só alta de IOF e IPI poderiam ser
feitas unilateralmente pelo governo. Meirelles delegou a construção
de cenários e alternativas para reforçar as receitas aos
técnicos, mas as propostas ainda não teriam chegado a ele.
"Há pelo menos seis meses há uma lista de potenciais impostos.
Mas nunca teve nada decidido sobre aplicá-los. Nem agora", disse
uma fonte. Outro interlocutor destaca que mais viável que subir
tributos é rever as metas. (Fabio Graner e Edna Simão , colaborou
Andrea Jubé - Valor Online)
Economia Global
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A
evolução do 'Modelo Asiático'
Mercados
cada vez mais protecionistas. Custos crescentes de mão de obra.
Tais constatações —marcas da atual fase de desglobalização—
estariam erodindo as bases da competitividade do Sudeste Asiático.
A
retomada econômica do Japão após a Segunda Guerra Mundial,
turbinada pelo Plano Marshall, gerou repetidos ganhos de produtividade
e salários para os japoneses. Com o consequente aumento nos custos
da mão de obra no Japão, nos últimos 40 anos transferiram-se
empreendimentos para países mais tarde conhecidos como "tigres asiáticos".
Esta
dinâmica fez da Ásia região especializada em "adaptação
criativa" —que convidada a um perfil fortemente exportador. Nascia assim
o chamado "Modelo Asiático".
Tal
fórmula lograva basicamente produzir versões mais baratas
—e muitas vezes mais eficientes— de tecnologias existentes, e alcançar
excelência na exportação de produtos manufaturados.
Graças
a esse modelo, os japoneses há um tempo tornaram-se os maiores exportadores
de bens de capital para os EUA —posição em que foram ultrapassados
recentemente pela China. Esta, por seu turno, é o principal destino
de exportações de bens de capital de um outro ilustre intérprete
do "Modelo", a Coreia do Sul.
Salta
também aos olhos que outra interessante característica do
Modelo Asiático: o desapego ao chamado "core business". A pujança
de conglomerados multissetoriais é uma das principais marcas da
economia sul-coreana, chinesa e japonesa. A sul-coreana Samsung tem hoje
mais de 100 áreas de negócios. A BYD chinesa faz carros elétricos
e telas de computador. A Mitsubishi japonesa produz foguetes especiais
e automóveis de passeio.
A
estratégia asiática foi, em verdade, interpretação
específica de um modelo mais amplo, o da "Nação-Comerciante",
que prioriza mercados externos e atração de investimentos
estrangeiros diretos como principais trampolins para a prosperidade.
Este
modelo, com suas adaptações pertinentes, também foi
plenamente utilizado em países como Alemanha e Chile. Contrasta
com o modelo de "Nação-Passivo", que privilegia mercado consumidor
interno e proteção paternalista de indústrias locais,
além de combinar baixas taxas domésticas de poupança
e investimento.
Desnecessário
dizer que o modelo de "Nação-Passivo" tem dominado a América
Latina nos últimos setenta anos. Em comparação com
o desempenho do Sudeste Asiático, os resultados latino-americanos
são marcadamente insatisfatórios.
Em
sua vertente asiática, tal modelo de maior inserção
na economia global talvez não esteja acabando, mas evoluindo. Constitui-se
ainda como grande instrumento gerador de excedentes. O investimento em
Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) na Ásia e a subsequente
expansão de patentes e exportações mais sofisticadas
são boas provas de tal evolução.
Hoje
a China já investe 2% de seu PIB em P&D, o Japão 3% e
a Coreia do Sul 4% (o Brasil despende apenas 1%). Com essa importante base
de capitais e conhecimentos alcançados, os países asiáticos
encontram-se em melhor posição para moldar seu próprio
futuro.
Nessa
dinâmica, a grande extroversão chinesa ora em curso aproxima
o país das experiências de Japão e Coreia do Sul.
Já
outras nações da região, como Índia, Indonésia
e Vietnã, passaram a crescer em moldes cada vez mais semelhantes
aos que possibilitaram a grande arremetida chinesa. É dizer, convertem-se
em "LCCs" (sigla em inglês para países de baixo custo) orientados
às exportações.
Seja
em sua versão mais rudimentar, seja na modalidade de maior valor
agregado, o Modelo Asiático permanece —às vezes com enorme
sacrifício sociopolítico— como a "fórmula aproximada"
que mais produziu milagres econômicos nas últimas décadas.
(Marcos Troyjo - Folhapress)
Mercado Financeiro
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Bolsa
fecha estável, dólar sobe
O
bom humor dos investidores no mercado acionário brasileiro observado
na maior parte da sessão não se sustentou até o final
desta terça-feira (8), minado por ameaças do presidente americano
Donald Trump à Coreia do Norte e após a sinalização
de Rodrigo Maia (DEM-RJ) de que vai barrar o aumento no Imposto de Renda
estudado pelo governo.
O
Ibovespa, que chegou a subir 0,8%, fechou em baixa de 0,06%, aos 67.898
pontos.
O
dólar comercial fechou em alta de 0,15%, para R$ 3,131. O dólar
à vista terminou o dia quase estável, com queda de 0,01%,
para R$ 3,127.
O
mercado financeiro caminhava uma sessão tranquila, mas o alerta
do republicano Donald Trump ao regime norte-coreano provocou preocupação
entre os investidores locais e internacionais, afirma Vitor Suzaki, analista
da Lerosa Investimentos.
A
Coreia do Norte teria atingido capacidade de produzir mísseis nucleares,
de acordo com avaliação confidencial obtida pelo jornal "The
Washington Post".
As
conclusões devem agravar as preocupações com a evolução
da ameaça militar norte-coreana, que parece avançar muito
mais rapidamente do que muitos especialistas previam.
Em
resposta, Trump afirmou nesta terça-feira que a Coreia do Norte
vai se deparar com "fogo e fúria e, francamente, com poderes nunca
vistos antes pelo mundo" se o governante norte-coreano, Kim Jong-un, continuar
a ameaçar os EUA.
A
ameaça bastou para inverter a tendência de alta observada
nos mercados americanos, e o Ibovespa acompanhou a piora do humor no exterior.
O
alerta de Rodrigo Maia de que barraria um eventual aumento de impostos
na Câmara também ajudou a piorar o humor dos investidores.
Mais cedo, o presidente Michel Temer havia confirmado estudos sobre o assunto,
ressaltando que eles são rotineiros, mas que não havia nada
decidido.
A
alta ajudaria o governo a aumentar a arrecadação, em um momento
em que se discute a revisão da meta fiscal pela dificuldade de atingir
o objetivo de deficit de R$ 139 bilhões neste ano.
AÇÕES
As
ações da mineradora Vale fecharam em baixa, acompanhando
a queda do minério de ferro no exterior após dados fracos
de balança comercial na China.
Os
papéis mais negociados da Vale caíram 1,29%, para R$ 29,85.
As ações ordinárias recuaram 1,14%, para R$ 32,05.
A
desvalorização do petróleo também arrastou
as ações da Petrobras. Os papéis mais negociados da
estatal caíram 0,44%, para R$ 13,49. As ações com
direito a voto tiveram queda de 0,86%, para R$ 13,90.
No
setor financeiro, os papéis de bancos subiram. As ações
do Itaú Unibanco tiveram alta de 1,22%. As ações preferenciais
do Bradesco avançaram 1,05%, e as ordinárias subiram 0,42%.
Os papéis do Banco do Brasil terminaram o dia estáveis, e
as units –conjunto de ações– do Santander Brasil ganharam
2,34%.
As
ações da JBS dispararam 7,55% após o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sinalizar que seria
positiva a saída de Wesley Batista da presidência da empresa.
As
maiores quedas do Ibovespa foram registradas por papéis de exportadoras.
A Suzano caiu 3,16% e a Fibria recuou 2,99%.
RISCO
A
moeda americana fechou sem direção definida entre as principais
divisas internacionais. O dólar ganhou força entre 15 das
31 principais moedas mundiais.
O
CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) brasileiro
subiu 1,11%, para 197,3 pontos, após sete recuos consecutivos.
No
mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com sinais
mistos. O contrato para janeiro de 2018 recuou de 8,190% para 8,180%. Já
o contrato para janeiro de 2019 teve alta de 8,030% para 8,050%.
(Folhapress)
Dólar
tem leve alta com investidor atento à reforma e exterior
Após
ter ficado no zero a zero ao longo da sessão, o dólar fechou
em leve alta ante o real nesta terça-feira, 8. Os investidores seguiram
operando em compasso de espera, seja por novidades internas em torno do
andamento da reforma da Previdência, seja pelos dados de inflação
ao consumidor nos EUA que serão divulgados na sexta-feira, apontaram
especialistas. Além disso, esteve no radar do mercado a possibilidade
de aumento de impostos e o que isso pode significar.
Próximo
ao fim dos negócios, o dólar se fortaleceu e, segundo um
gerente de mesa de derivativos, isso aconteceu em meio a uma realização
e a percepção do investidor de que um possível aumento
de impostos possa estar em análise como forma de pressão
para aprovar a reforma da Previdência, o que gerou cautela. O presidente
Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmaram que
o governo estuda aumento do Imposto de Renda (IR) para as pessoas físicas,
especialmente para a faixa de maior renda, no Orçamento de 2018,
conforme antecipou na segunda-feira, 7, o Broadcast, serviço de
notícias em tempo real do Grupo Estado.
Além
disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “vamos
abrir fogo e fúria como o mundo nunca viu antes” se a Coreia do
Norte intensificar a ameaça nuclear contra Washington, o que contribuiu
para o viés de alta do dólar.
A
moeda americana ficou entre altas e baixas contidas ao longo da sessão.
Em alguns momentos, o movimento comprador prevaleceu em meio ao fortalecimento
do Dollar Index (DXY) – que mede a moeda americana ante uma cesta com seis
moedas fortes – depois da divulgação de que a economia dos
EUA abriu 6,163 milhões de postos de trabalho em junho, ante 5,702
milhões em maio. O resultado atingiu recorde desde que o Departamento
do Trabalho começou a rastrear a série em dezembro de 2000.
No
entanto, a divisa dos EUA exibiu fraqueza ante a maioria das moedas emergentes
e ligadas a commodities, com destaque para a queda mais acentuada ante
o peso mexicano, o que acabou limitando o comportamento interno.
De
acordo com o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira,
o dólar tem oscilado pouco, uma vez que não há novidades
no noticiário. “O dólar está num patamar que para
cair mais, só se realmente o governo conseguir encaminhar a reforma
da Previdência. Enquanto isso, o mercado ficará em compasso
de espera”, avaliou.
Além
da questão interna, o sócio e gestor da Absolute, Roberto
Serra, observou um movimento de espera em relação ao exterior.
Além das férias de verão lá fora, o que reduz
o giro financeiro como um todo, “o mercado tem operado com cautela antes
do dado de inflação nos EUA”. Na sexta-feira, será
divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI) americano
e “esses números fizeram o dólar cair nos últimos
meses. Se tivermos mais um surpresa para baixo, podemos ter outra rodada
de dólar fraco”, pontuou Serra.
No
mercado à vista, o dólar terminou em alta de 0,14%, aos R$
3,1296. O giro financeiro somou US$ 1,31 bilhão. Na mínima,
a moeda ficou em R$ 3,1207 (-0,14%) e, na máxima, aos R$ 3,1378
(+0,39%).
No
mercado futuro, o dólar para setembro subiu 0,08%, aos R$ 3,1435.
O volume financeiro movimentado somou US$ 11,89 bilhões. Durante
o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1334 (-0,22%) a R$ 3,1515 (+0,33%).
(Agência Estado)
Dirigente
Nacional: Associadas já podem indicar nomes
A
Abrapp enviou ontem circular às associadas dando início à
eleição do Dirigente Nacional 2017, que começa com
o convite ao quadro associativo para indicar nomes que mereçam figurar
como candidatos, por sua condição de lideranças naturais
do sistema nas diferentes regionais em que atuam.
Permanece
a ideia, presente há 2 décadas, de através do prêmio
se estar reconhecendo o merecimento de um dirigente pelo brilho e significado
de sua atuação, ao mesmo tempo em que estimulando outros
a seguir o seu exemplo.
É
nesse espírito que se fará a entrega da estatueta ao laureado
por ocasião do 38º Congresso Brasileiro da Previdência
Complementar Fechada, em São Paulo.
Maiores
informações sobre a forma de proceder das associadas ao enviar
as suas indicações de nomes podem ser encontradas no link
fornecido pela Abrapp na circular. E lembrando que as indicações
deverão ser feitas até o próximo dia 11 e acompanhadas
de justificativa.
Posteriormente,
a Diretoria da ABRAPP se reunirá para definir, com base nos nomes
apontados pelas associadas, o laureado em 2017. (Abrapp/AssPreviSite)
ANS
propõe norma para tornar fiscalização mais eficiente
Tem início nesta
terça-feira (8/8), a Consulta Pública nº 65 visando
receber, a partir do dia 15/08, contribuições de toda a sociedade
acerca da proposta normativa para implementação de um novo
sistema de fiscalização na Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). O objetivo é tornar as atividades fiscalizatórias
mais eficientes, aprimorando a regulação do setor e promovendo
melhoria no atendimento aos beneficiários de planos de saúde.
Além de mudanças nos fluxos dos processos fiscalizatórios,
a proposta de Resolução Normativa traz novidades como o tratamento
diferenciado pela faixa de desempenho das operadoras, medido através
de indicadores sobre o atendimento ao beneficiário e o cumprimento
da regulação e, também, alterações na
aplicação das penalidades.
“A nova norma contempla
ações e medidas para induzir à efetiva mudança
de comportamento das operadoras em favor dos beneficiários de planos
de saúde”, explica Simone Sanches Freire, diretora de Fiscalização
da ANS. “O novo modelo reunirá em uma única norma resoluções
que tratam dos procedimentos das ações fiscalizatórias
e das penalidades. Ou seja, teremos um instrumento único, um Código
de Infrações da Saúde Suplementar”, destaca.
Classificação
por faixa e novo Indicador de Fiscalização
O novo sistema de fiscalização
contempla a classificação das operadoras por faixa de desempenho
e a aplicação de medidas correspondentes a cada faixa. Quanto
pior o desempenho, mais rigorosas serão as ações e
medidas adotadas, repercutindo também na dosimetria do valor da
multa pecuniária.
A cada ciclo de fiscalização
(que tem duração de seis meses), as operadoras serão
classificadas em cinco faixas de desempenho (A, B, C, D ou E) de acordo
com cálculo feito através de indicador de fiscalização.
O indicador será
composto por duas dimensões: uma relacionada ao desempenho perante
a fiscalização, com dados referentes à solução
prévia do conflito com os beneficiários e a sua estrutura
de atendimento, incluindo o fornecimento de protocolo; e outra dimensão
relacionada ao cumprimento das obrigações regulatórias
de envio de informações periódicas à ANS.
A expectativa é que
as alterações normativas reduzam o prazo máximo de
duração dos processos, dos atuais 250 dias para 180 dias,
meta preconizada no Projeto de Lei das agências reguladoras.
Proporcionalidade da multa
e novas tipificações
Outra importante medida
proposta é a proporcionalidade do valor das multas. Hoje, uma negativa
de cobertura, por exemplo, tem a sua multa-base fixada no valor em R$ 80
mil, não importando se a negativa foi referente a um exame de sangue
ou uma internação. A partir das conclusões extraídas
do GT Debates Fiscalizatórios, houve adequação de
alguns tipos infrativos de forma a estabelecer uma sanção
específica e proporcional ao dano causado.
“A necessidade de aprimorar
a atual resolução sobre penalidades foi um ponto exaustivamente
colocado nos diversos debates fiscalizatórios que realizamos. Assim,
trabalhamos para construir uma proposta em que sejam considerados o porte
econômico da operadora e a gravidade da infração, requisitos
relacionados à proporcionalidade do valor das multas”, destaca a
diretora.
Dessa forma, a proposta
é de detalhamento de infrações hoje classificadas
de forma mais ampla. Cobertura assistencial e reajuste, temas mais recorrentes,
terão novas tipificações. No caso das infrações
relacionadas a cobertura assistencial, os valores das sanções
serão relacionados com o custo do procedimento e sua preponderância
na assistência à saúde do beneficiário.
Houve, ainda, modificações
pontuais nas circunstâncias agravantes e atenuantes. Passa a ser
considerada circunstância agravante a infração ocorrida
em detrimento de menor de dezoito anos, maior de 60 anos ou de pessoa com
deficiência física, mental ou sensorial. Em caso de morte
do beneficiário, a multa será cobrada em dobro. Já
a circunstância atenuante será aplicada quando o infrator
adotar voluntariamente providências suficientes para reparar os efeitos
danosos da infração antes da decisão de primeira instância.
Construção
conjunta
A proposta colocada em consulta
pública é fruto de um processo participativo de construção
promovido pela ANS desde setembro de 2016. Além de discussões
internas, com servidores de todas as áreas da Agência, foram
realizadas quatro reuniões do Grupo Técnico Debates Fiscalizatórios,
que contou com a participação de órgãos de
defesa do consumidor, Ministério Público Estadual do Rio
de Janeiro, Defensoria Pública, representantes de operadoras de
planos de saúde e de entidades médicas. Todos os documentos
relativos às discussões realizadas estão disponíveis
no portal da ANS em Participação da Sociedade / Câmaras
e Grupos Técnicos / Grupo Técnico de Debates Fiscalizatórios.
O envio de contribuições
deverá ser realizado exclusivamente por meio de formulário
eletrônico disponível no portal da ANS durante o período
de 30 dias a partir de 15/08.
Confira os materiais relacionados
à Consulta Pública nº 65.através do link
http://www.ans.gov.br/participacao-da-sociedade/consultas-e-participacoes-publicas/consulta-publica-65-
nova-fiscalizacao-e-codigo-de-infracoes-no-ambito-da-saude-suplementar-ciss
(ANS)