Reforma
da Previdência é novo round
A vitória do presidente
Michel Temer no engavetamento da denúncia não serve de abre
alas para a reforma da Previdência. Para o deputado interessado na
reeleição, esse é um assunto impopular demais, embora
seja fundamental para o futuro da economia. Por isso, o governo precisará
retomar praticamente do zero toda a articulação política
interrompida há mais de um mês, quando estourou o escândalo
JBS. Naquela ocasião, o Planalto ainda tinha os votos necessários
para aprovar o texto. Os mapas de votação que se acumulam
sobre a mesa de trabalho do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) serão
resgatados a partir da próxima terça-feira. Ontem, a ressaca
da sessão de quarta-feira nem estava bem curada e deputados da tropa
de choque de Temer já circulavam no Salão Verde da Câmara,
defendendo a reforma. Diante da dificuldade de levar a negociação
adiante, o governo poderá fatiar o texto, amenizar cortes, adaptar
propostas. E se quiser aumentar as chances de votação das
mudanças na Previdência, Temer também terá que
sepultar a vontade de punir os deputados infiéis. Ele precisa desses
votos para levar adiante projetos importantes daqui para frente, começando
pelo apoio do problemático PSDB. (Carolina Bahia ZH Online)
Prioridade
é a Previdência
Vencida a denúncia
contra o presidente Michel Temer (PMDB), o governo agora vai adotar um
discurso conciliador para unir a base aliada, para votar as reformas. O
Palácio do Planalto garante que não haverá retaliações
aos aliados infiéis. O governo planeja retomar, com toda a força,
a agenda de reformas, com prioridade absoluta para a previdenciária,
conforme adiantou o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil, PMDB). Ele disse
que as contas do Brasil não podem cair no descontrole. Estão
na pauta também as mudanças na reforma tributária,
que ainda estão sendo discutidas com o relator, deputado Luiz Carlos
Hauly (PSDB-PR, foto). O tucano planeja apresentar seu relatório,
para consulta pública, na metade do mês.
Idade mínima Entre
os principais pontos da proposta da reforma da Previdência estão
a idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade
Social de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres, além da
exigência de pelo menos 25 anos de tempo de contribuição.
Haverá regra de transição para quem já está
no mercado. (Edgar Lisboa - JC Online)
Governo
promete impulso para votar rprevidência neste ano
Um dia depois de a Câmara
dos Deputados barrar a denúncia apresentada contra o presidente
Michel Temer, o governo indicou disposição para retomar o
debate sobre a reforma da Previdência no Congresso e trabalhar por
sua aprovação ainda neste ano.
Em entrevista após
participar de um evento do banco de investimentos Goldman Sachs, o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta (3) que a reforma da
Previdência pode ser aprovada até outubro e que uma reforma
do sistema tributário pode ser votada logo em seguida, até
novembro.
"Idealmente, espera-se que
a Previdência seja votada em primeiro lugar", afirmou. "Mas estamos
trabalhando duro na reforma tributária e ela vai ser apresentada
ao Congresso proximamente. Se até lá a Previdência
não tiver sido votada, a gente pode votar a tributária primeiro."
O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à Folha que vai pautar a votação
da reforma da Previdência no início de setembro, como defende
Meirelles, com quem ele falou por telefone.
"Disse a ele que vamos aprovar
a Previdência no início de setembro na Câmara. Temer
foi informado. Não faremos nada desarticulado", afirmou o presidente
da Câmara.
Em entrevista à BandNews,
Temer disse que se sente fortalecido para trabalhar pela reforma após
a vitória na Câmara. Votaram a favor dele 263 dos 513 deputados
federais. Para aprovar a reforma da Previdência na Câmara,
são necessários 308 votos.
"Eu me sinto fortalecido",
afirmou. "Muitos que votaram contra [mim] são favoráveis
à reforma da Previdência."
Enviada ao Congresso em
dezembro, a proposta de reforma da Previdência estabelece idade mínima
para aposentadoria de todos os trabalhadores, restringe o acesso a benefícios
e muda regras para os servidores públicos.
A reforma é rejeitada
por 71% da população, segundo o Datafolha. A proposta original
do governo foi alterada de forma significativa pela Câmara, que deixou
um novo projeto pronto para votação em maio, antes que as
acusações feitas pelos donos da JBS contra Temer provocassem
uma crise política e paralisassem a discussão das reformas.
Muitos integrantes da base
governista no Congresso são contrários à reforma,
mesmo na versão diluída apresentada após as negociações
entre o governo e os deputados.
Em reunião nesta
quinta, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG),
disse a Temer que o governo deveria colocar em votação apenas
a idade mínima, deixando o resto para depois. "Não adianta
[tentar] convencer o inconvencível", afirmou.
Em resposta, o presidente
disse que pretende avaliar o momento certo para colocar a proposta em votação,
disse Ramalho. Deputados de partidos que ajudaram a defender Temer na Câmara,
como DEM, PSD, PR e PRB, concordam com Ramalho.
Rodrigo Maia, após
participar do mesmo evento do Goldman Sachs em que Meirelles falou, disse
que tudo vai depender da reorganização da base governista.
"O governo tem hoje uma base menor", afirmou. "Mas teve um resultado melhor
do que todos projetavam há quatro semanas."
O principal objetivo do
governo com a reforma da Previdência é frear o crescimento
acelerado da despesa com aposentadorias e pensões, a que mais cresce
no setor público, e conter o rombo nas suas contas. (FLAVIA
LIMA, JOELMIR TAVARES, MARINA DIAS E GUSTAVO URIBE - Folhapress)
Funcef:
Justiça rejeita pedido de correção de benefícios
Participantes
queriam INPC acumulado de 1995 a 2001
A
FUNCEF conseguiu reverter sentença proferida em primeiro grau da
justiça fluminense que obrigava a Fundação a conceder
o reajuste de 49,15% a oito participantes do REG/REPLAN Saldado.
Os
autores da ação reivindicavam a correção de
suas aposentadorias pelo INPC acumulado entre 1º de setembro de 1995
a 31 de agosto de 2001. Com a decisão, a FUNCEF evitou pagar R$
13,5 milhões em parcelas vencidas e no custeio do aumento dos benefícios
em reserva matemática, em valores projetados até junho passado.
No
final de junho, os desembargadores da 21ª Câmara Cível
do Tribunal de Justiça do Rio de janeiro analisaram o recurso da
FUNCEF e acataram a tese de que os autores não tinham direito ao
reajuste concedido em primeira instância.
Em
sua decisão, o desembargador André Ribeiro considerou que
não havia razão para que o pedido dos autores fosse aceito
pelo judiciário. “Isso porque, primeiramente, segundo estabelece
a cláusula sétima do termo de adesão, as partes conferiram
plena, irrevogável e irretratável quitação
sobre qualquer obrigação ou direito relacionado ao regime
anterior. Assim, não lhes socorre a tese de que fazem jus à
atualização de valores por força de direito adquirido
no âmbito do regime anterior, na medida em que sua adesão
à nova sistemática previdenciária implicou em renúncia
de direitos provenientes do contrato inaugural”.
Em
sua argumentação, a FUNCEF destacou ainda que não
havia disposição legal ou contratual que garantisse o reajuste
exigido pelos participantes na ação e que as regras do regulamento
do REG/Replan Saldado foram aprovadas pelos órgãos fiscalizadores
do país.
A
Fundação provou, nos autos, que qualquer reajuste de benefício
deve ser previsto em regulamento e lastreado pela respectiva fonte de custeio,
garantindo o equilíbrio atuarial do plano.
Ainda
cabe recurso da decisão nas instâncias superiores. (Funcef/AssPreviSite)
Previ:
Financiamento Imobiliário
Mais
participantes do PREVI Futuro convocados pela Carim
Foram
chamados 3.900 associados que manifestaram interesse até 3/5/2017.
Até
julho de 2017, a Carim (Carteira Imobiliária da PREVI) convocou
3.900 associados do Plano PREVI Futuro que têm interesse em financiar
a compra de imóveis. A informação sobre a convocação
pode ser acompanhada pelos participantes no Autoatendimento, opção
“Financiamento Imobiliário” subopção “Posição”.
Os convocados que se manifestaram até o dia 3 de maio de 2017 podem
financiar até 100% do valor de avaliação do imóvel,
por até 420 meses.
Como
se inscrever?
Para
ter acesso ao financiamento é necessário ter no mínimo
dez anos de filiação à PREVI e manifestar interesse
pelo Autoatendimento, opção “Financiamento Imobiliário”
sub opção “Simulação/Manifestação”.
Desde setembro de 2008, quando a carteira foi criada, 570 mutuários
foram beneficiados com um total de R$ 118 milhões financiados.
Dúvidas
podem ser esclarecidas pelo Fale Conosco ou pela Central de Atendimento
0800 729 0505 e 0800 031 0505. (Previ/AssPreviSite)
Forluz:
Divulgação do Relatório de Atividades 2016
Está
disponível para consulta no Portal Forluz o Relatório Anual
de Atividades 2016. O documento apresenta de forma detalhada os números
e resultados da Fundação ao longo do ano que passou, com
o objetivo de oferecer informações relevantes sobre o trabalho
desempenhado pela Entidade aos seus participantes.
No
Relatório, estão presentes dados como o patrimônio
e os compromissos assumidos pelos planos previdenciários, rentabilidades,
gestão dos investimentos, demonstrações financeiras,
atividades realizadas pelos órgãos estatutários, entre
outros. Além disso, o texto aborda os destaques de 2016, como o
trabalho de certificação do Sistema de Gestão de Riscos
e o lançamento do site exclusivo do Programa de Educação
Continuada - Para Viver Melhor.
Nesta
edição, o Relatório tem como pano de fundo a relação
de parceria entre a Forluz e suas patrocinadoras que, juntas, assumiram
o compromisso de construir um futuro melhor e mais digno para seus participantes.
Desta forma, o leitor ainda tem a oportunidade de conhecer melhor as empresas
que patrocinam os planos previdenciários administrados pela Entidade.
Além
da versão original, está disponibilizado ainda o resumo do
Relatório de Atividades, que lista os tópicos principais
referentes à situação dos planos de benefícios
administrados pela Forluz. Já nas próximas semanas, entrará
no ar a versão web, que contará com os formatos para variados
dispositivos, sendo acessada por meio de desktops, tablets e smartphones.
Para
acessar o Relatório de Atividades 2016, utilize o link
https://www.forluz.org.br/AForluz/RelatorioAnualDeAtividades/Relat%C3%B3rios%202016/Relat%C3%B3rio%20Forluz%20Final.pdf
(Forluz/AssPreviSite)
PrevUnisul
- Rentabilidade positiva no primeiro semestre
O
primeiro semestre de 2017 foi marcado por muita instabilidade e volatilidade
tanto no cenário externo quanto no doméstico, mesmo assim,
o Plano UniPrev, da PREVUNISUL, obteve uma rentabilidade de 5,12%, superando
a meta atuarial (INPC + 4,5%aa), que foi de 3,37%. O plano ficou também
acima da poupança, que rendeu 3,67% no período.
As
estratégias de investimentos da Entidade visam preservar a filosofia
de gestão ativa e seletiva dos investimentos, buscando oportunidades
nos mercados de renda fixa, arbitragem de oportunidades na renda variável,
além da prospecção de alternativas no âmbito
dos investimentos estruturados, sempre obedecendo ao perfil de risco da
PREVUNISUL. (PrevUnisul/AssPreviSIte)
Metrus:
Previc aprova ajustes no Regulamento do Plano II
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc
aprovou no dia 13 de junho as alterações no Regulamento do
Plano II. As mudanças, propostas pela Patrocinadora Metrô
e pelo Conselho de Defesa de Capitais do Estado – CODEC, dizem respeito
à correção ortográfica e ajuste de remissão
de artigos.
As
principais mudanças foram:
A.
Correção da remissão do Art. 167 do Art. 14, §
2º, para Art. 164;
B.
Correção da remissão do Art. 167 do Art. 65, I, (a),
para Art. 164;
C.
Correção da remissão do Art. 165 do Art. 167, para
Art. 162.
Conheça
o parecer da Previc através do link
http://www.metrus.org.br/downloads/arquivos/metrus/aprovacao_automatica_previc.pdf
(Metrus/AssPreviSite)
Aerus:
STF - União tem que indenizar Varig em R$ 3 bilhões
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira manter a decisão
que condenou a União a indenizar a massa falida da empresa aérea
Varig em aproximadamente R$ 3 bilhões. Na sessão da tarde
desta quinta, a Corte rejeitou um recurso apresentado pela Advocacia-Geral
da União (AGU) para que supostas contradições fossem
corrigidas na decisão, tomada pelos ministros em 2014.
A
massa falida de uma empresa é formada no momento em que é
decretada a falência e consiste no acervo do ativo e passivo de bens
do falido. O caso tramita na Justiça há mais de 20 anos e
trata do congelamento de preços imposto para conter a inflação,
durante a vigência do Plano Cruzado, entre 1985 e 1992.
A
forma de execução da indenização ainda não
foi definida pelo Supremo. A Varig alegou que a medida causou prejuízos
financeiros à empresa, como a dilapidação de seu patrimônio
e pediu a indenização, que foi concedida pelo STF.
O
valor que for recebido deverá ser usado para pagar dívidas
trabalhistas do fundo de pensão Aerus, formado por ex-funcionários
da empresa que buscam o recebimento dos valores desde a falência
da Varig. (Monitor Mercantil)
Aerus:
STF nega recurso contra decisão de indenização à
Varig
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a decisão
do próprio plenário que garantiu à Viação
Aérea Rio-Grandense (Varig) o direito de ser indenizada pelo congelamento
de tarifas aéreas entre outubro de 1985 e 1992, durante o Plano
Cruzado.
A
União e o Ministério Público Federal (MPF) tentavam
reverter, com um recurso do tipo embargo declaratório, a decisão
que a Corte havia tomado em março de 2014 reconhecendo a responsabilidade
da União pelos prejuízos causados à empresa. O julgamento
deste recurso era aguardado para que a decisão de 2014 pudesse ser,
efetivamente, cumprida.
O
impacto nos cofres da União é de mais de R$ 3 bilhões,
de acordo com as estimativas realizadas pela Advocacia-Geral da União
(AGU) no ano de 2014, quando houve o primeiro julgamento. Agora, não
foi informado pelo STF nem pela AGU uma conta atualizada sobre os custos.
Procurada,
a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que está avaliando
os efeitos da decisão e se manifestará em momento oportuno
a esse respeito. A decisão favorável à companhia aérea,
que foi extinta em 2006, beneficia trabalhadores da ativa quando a Varig
entrou em recuperação judicial, além de aposentados
e pensionistas do fundo de pensão Aerus.
O
caso chegou ao Supremo em 2007, mas se arrastava no Judiciário havia
21 anos. O julgamento dos embargos declaratórios havia iniciado
em março de 2016, mas fora interrompido por um pedido de vista de
Gilmar Mendes, que havia sido vencido no julgamento em 2014 por entender
que não deveria haver indenização à companhia.
Na
sessão desta quinta-feira, Gilmar Mendes reafirmou sua visão
contrária, mas acompanhou a relatora por entender que não
cabiam os embargos declaratórios no caso. “Os embargos de declaração
não constituem meio processual cabível para a reforma do
julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes,
salvo em situações excepcionais, não vislumbradas
no presente caso”, afirmou. Ele e os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo
Lewandowski e Celso de Mello acompanharam a relatora, ministra Cármen
Lúcia. Dias Toffoli e Luiz Fux se declararam impedidos no julgamento.
Os demais ministros já haviam votado. (Agência Estado)
MS:
Varredura no IMPCG quer descobrir pagamentos irregulares
Censo
previdenciário deve garantir redução de até
R$ 460 mil na folha.
O
Instituto de Previdência de Campo Grande (IMPCG) prepara varredura
nos 4,7 mil benefícios concedidos, que custam aos cofres públicos
R$ 23 milhões todos os meses.
O
objetivo é que, depois da auditoria, de 1,5% a 2% possam ser economizados,
segundo o secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto,
que enfatiza ainda que a mesma verificação será feita
na folha salarial dos servidores ativos.
Do
total pago em aposentadorias e pensões mensalmente, R$ 8 milhões
são de aporte municipal, já que o que é arrecadado
não cobre o que é efetivamente pago.
Segundo
o diretor-presidente do IMPCG, Lauro Davi, a necessidade do censo previdenciário
decorre não apenas da tentativa de economizar, mas também
de descobrir irregularidades.
“Vamos
verificar se está ocorrendo pagamento de pensão indevidamente,
ou óbitos de aposentados que não foram comunicados, ou valores
divergentes que precisam ser corrigidos, e pode até ter aposentadorias
que foram aplicadas incorretamente”, sustentou.
O
porcentual entre 1,5% e 2% representa economia de até R$ 460 mil
por mês. Ainda não há data para que o censo comece.
(Correio Online)
Servidores:
Quase 2 milhões podem se aposentar até 2027
Um
terço dos funcionários públicos do Brasil já
completou 50 anos. Na prática, isso significa que são quase
2 milhões de servidores cinquentões, entre os 6,2 milhões
de funcionários públicos do Brasil com cargos estáveis
na União, nos Estados e nos municípios. Esse grupo, com direito
à aposentadoria nos regimes de Previdência pública,
vai atingir a idade mínima necessária para deixar a ativa
ao longo da próxima década, causando enorme pressão
sobre os gastos.
Os
dados, conseguidos em primeira mão pelo Estado, constam de uma nota
técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
O pesquisador Claudio Hamilton dos Santos, coordenador do estudo, faz um
alerta. Como a concentração de gastos com novos aposentados
vai ocorrer num momento de colapso fiscal, haverá uma enorme restrição
financeira para repor o efetivo.
O
levantamento do Ipea se concentra na análise dos Estados, onde a
situação tende a ser mais grave. Na média, metade
dos servidores hoje na ativa nos Estados tem direito à aposentadoria
especial. São professores, policiais civis, policiais e bombeiros
militares. Os docentes podem parar de trabalhar entre os 52 e os 55 anos.
O
caso dos militares preocupa ainda mais. Suas aposentadorias estão
se tornando cada vez mais precoces, entre 47 e 51 anos, e um enorme contingente
se aproxima dos 50 anos. Em 2004, os militares que tinham entre 41 e 50
anos eram 25,7% do total. Agora, são mais de 40%.
"Não
há como não pagar aposentadorias, então, ficará
mais difícil elevar o gasto com pessoal na ativa, por meio de concursos
públicos, como sempre ocorre; tudo indica que, para manter os serviços
essenciais à população, vamos presenciar uma mudança
estrutural na forma de contratação nos Estados", diz Santos.
A tendência é que haja aumento de formas alternativas, como
contratos de gestão, terceirizações.
Nordeste
O
envelhecimento acelerado e generalizado da máquina pública
é expressivo no Nordeste e no Norte. São destaques Maranhão,
onde metade dos servidores completou 50 anos, Ceará (43,77%), Paraíba
(41,94%), Rio Grande do Norte (39,69%) e Piauí (38,57%).
O
levantamento faz parte de uma sequência de notas técnicas
sobre a questão previdenciária. Para Santos, coordenador
da série, a nota atual tem um mérito particular: mapeou estatisticamente
que ciclos de contratação, após alguns anos, são
seguidos de ciclos de aposentadorias. Ou seja, identificou-se um padrão.
Assim, o esvaziamento da máquina pública é um fato
inexorável nos próximos anos. Mas mudanças nas regras
de aposentadoria, com a reforma da Previdência, estariam entre as
alternativas para aliviar o baque. (Agência Estado)
Código
de Princípios Éticos e de Condutas: Mais 8 aderem
Mais
oito associadas aderiram ao Código de Princípios Éticos
e de Condutas para o Regime Fechado de Previdência Complementar e
tiveram os seus nomes aprovados pela Comissão de Ética do
Sindapp, reunida nessa quinta-feira (3). São elas a Mongeral
Aegon Fundo de Pensão, Bases - Fundação Baneb de Seguridade
Social, Funcesp - Fundação Cesp, Unisys Previ - Entidade
de Previdência Complementar, Mauá Prev - Sociedade de
Previdência Privada, Jusprev - Fundo de Pensão Multinstituído
por Associações do Ministério Público e da
Justiça, OABPREV-GO e São Francisco - Fundação
São Francisco de Seguridade Social.
Com
isso, sobe a 53 o número de entidades que já aderiram ao
Código, lançado em abril de 2016 e que aparece como um dos
sinais mais evidentes do compromisso das entidades fechadas de previdência
complementar com a máxima valorização das práticas
éticas.
No
link a seguir o leitor encontrará, disponíveis para download,
a íntegra do código e o termo de adesão a ele: http://www.sindapp.org.br/Atuacao-Produtos-Servicos/Paginas/Promocao-da-Etica.aspx
A
relação completa das associadas que já aderiram inclui
Fundo Paraná, Casfam, Previnorte, Infraprev, Fusesc, Eletros, Eletra,
Cifrão, Faeces, PSS, Refer, Ecos, Previdow, Faceal, ACPrev, OABPREV-SP,
Previ, Capof, Fusan, Agros, Forluz, MBPrev, Enerprev, Centrus, Viking Prev,
Prev Bahia, Pouprev, Fundação CEEE, Geiprev, SIAS, Economus,
Indusprevi, Fundação Libertas, Fapes, Fundação
Copel, Funcasal, Fundação Corsan, Fundação
Enersul, Mútuoprev, Derminas, Sebrae Previdência, Fundação
Atlântico, Braslight, Mendesprev e Banesprev.
Seminário
em novembro - Em sua reunião a Comissão de Ética do
Sindapp também deu andamento aos preparativos para a realização
da terceira edição do Seminário Ética e Boas
Práticas de Governança no Fortalecimento da Confiança.
O evento acontecerá na segunda semana de novembro, em local a ser
ainda definido.
O
seminário, que será promovido em conjunto pelo SINDAPP
e a Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar do Ministério
da Fazenda, com contribuições da Comissão Técnica
Nacional de Governança da Abrapp, deverá ser palco,
por sugestão da Comissão de Ética, do lançamento
de um livro com uma coletânea de artigos sobre o tema. (Jorge Wahl
- Diário da PrevidÊncia Complementar Fechaada)
Fundos de pensão:
Participações, investimentos
e desempenho em empresas
Fundos:
Previ e Petros iam pedir afastamento de vice da BRF
José
Roberto Pernomian Rodrigues ficará preso em regime semiaberto
Era
questão de tempo a queda do vice-presidente da BRF José Roberto
Pernomian Rodrigues. O executivo entregou o cargo ontem, um dia após
vir a público que ele havia sido condenado a 5 anos e 2 meses de
prisão em regime semiaberto.
Se
insistisse em permanecer, Previ e Petros, donos de 25% das ações
do grupo, iriam encaminhar um pedido de afastamento de Pernomian, até
então homem de confiança de Abílio Diniz na BRF. (MAuricio
Lima - VEja.Com)
Fundos:
Novo capítulo na guerra entre Gradual e Incentivo
A
Brasil Plural distribuiu relatório aos cotistas do fundo Piatã
recomendando que abandonem uma ação contra a Gradual Investimentos.
O grupo queria a recuperação de R$ 6,5 milhões investidos
em debêntures.
Segundo
a Brasil Plural, a ação pode representar prejuízo
de R$ 600 mil por encargos cobrados pela justiça caso os investidores
percam a ação.
A
Brasil Plural assumiu a gestão do Piatã no dia 13 de junho,
com a destituição da Incentivo Investimentos.
Esse
é mais um capítulo na guerra entre a Gradual e a Incentivo.
As duas empresas travam uma batalha judicial desde que a Piatã,
então sob administração da Incentivo, comprou debêntures
da empresa de tecnologia ITS.
Esta
é a mesma ação que levou ao arresto de bens da Gradual
em Nova York.
O
relatório ainda traz informações de que a Incentivo,
enquanto atuou como gestora do Piatã, emprestou R$ 3,3 milhões
dos recursos do fundo a uma empresa do ex-doleiro Alberto Youssef, investigado
na Lava Jato.
O
instituto de previdência de Duque de Caixas, um dos principais cotistas
do Piatã, solicitou convocação de assembleia para
votar a destituição da Brasil Plural da gestão do
fundo. (Veja Online)
Órgãos,
Associações e Entidades do Segmento
http://www.portoseguro.com.br/solucoes-financeiras/investimentos
Abrapp:
Encontro dos Advogados - 7 e 8 de agosto
Além
da presença na sessão de abertura do ex-presidente
do STF e ex-ministro da Justiça e da Defesa, Nélson
Jobim, nome de primeira grandeza do cenário jurídico brasileiro,
e de Roberto Nussinkis Mac Cracken,Desembargador do Tribunal de Justiça
de São Paulo, estarão também presentes ao 12º
Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (ENAPC), nos próximos dias 7 e 8, em São Paulo,
Luiz Felipe Pondé (filósofo, escritor e ensaísta)
que apresentará a palestra magna sobre o tema “O Advogado
e a Ética”, e dois importantes especialistas para tratar sobre ‘Os
Impactos das Reformas Trabalhistas e Previdenciária na Previdência
Complementar Fechada’: José Pastore (Sociólogo e Professor
da USP) e Paulo Sérgio Braga Tafner (Pesquisador do IPEA e Professor
da Universidade Candido Mendes). Outros nomes da maior expressão
e reconhecimento são Carlos Alberto Carmona (USP), Daniel Amorim
Assumpção Neves (USP), Carlos Eduardo Pianovski Ruzyk (UFPR),
Giovani Saavedra (PUC-RS), Rodrigo Falk Fragoso (PUC-RJ), Patrícia
Bressan Linhares Gaudenzi (Consultora da Abrapp), Virgílio Antônio
Ribeiro de Oliveira Filho (Procurador-Chefe da Procuradoria Federal da
PREVIC), Ana Paula P. Candeloro (Advogada, Chief Compliance Officer e Professora
do Insper), Daniel Pulino (Professor de Direito da PUC-SP) e Maria Sylvia
Zanella di Pietro (Professora de Direito Administrativo do Programa de
Pós-Graduação em Direito da USP).
A
programação e o espaço para inscrições
podem ser acessadas através do endereço http://www.abrapp.org.br/Eventos/Paginas/Evento-Detalhes.aspx?cid=54
O 12º ENAPC conta com o patrocínio dos seguintes escritórios:
CALDEIRA, LOBO E OTTONI, MATTOS FILHO, SALES RODRIGUES GUERRA, JCM, CRUZ
DE OLIVEIRA, REIS, TORRES, FLORÊNCIO, CORRÊA E OLIVEIRA, ZAMARIE
MARCONDES, RAEFFRAY BRUGIONI, MESSINA, MARTINS, LENCIONI E CARVALHO, BOCATER,
LOBO & IBEAS, PAGLIARINI E MORALES e BOTHOMÉ. (Diário
da Previdência Complementar Fechada)
Leitura e cultura
da previdência
CDI
- Centro de Documentação e Informação
Oswaldo
Herbster de Gusmão - Abrapp - Sindapp - UniAbrapp
Livro:
Governança nas EFPC
-
Estrutura Mínima e Melhores Práticas
Lançado
no congresso deste ano, o Guia Governança nas EFPC - Estrutura Mínima
e Melhores Práticas esta agora disponível no endereço
http://biblioteca.abrapp.org.br/index.html. , ganhando assim mais leitores.
O significado é claro: será mais um passo adiante na melhor
direção, dado por um sistema que reúne diferentes
públicos interessados em sua boa governança, a começar
de seus participantes e beneficiários futuros, mas também
patrocinadoras, instituidores, agentes de mercados diversos, fornecedores
de serviços e sociedade brasileira em seu sentido mais amplo, considerando
a carência de capitais para movimentar a economia e sua infraestrutura
e, por consequência, a extraordinária contribuição
que uma poupança previdenciária crescente poderia oferecer
ao País.
“Fomentar
a previdência complementar é a alternativa mais consistente
para a recuperação da poupança no Brasil. Não
há outra opção: somente com uma nova e maior
previdência complementar o País vai gerar poupança
no longo prazo, que viabilizará investimentos produtivos e uma ampla
rede de proteção social”, diz o Presidente da Abrapp, José
Ribeiro Pena Neto, dando uma receita infalível de solução
para uma das maiores carências do País.
Pelos
cálculos da Abrapp, o potencial do sistema é ainda maior
para os próximos anos, com crescimento real médio dos ativos
de 4,7% ao ano, em comparação ao aumento estimado do
PIB de 2,4% ao ano (levando em conta o período de 20 anos). A proporção
dos ativos em relação ao PIB deverá saltar dos atuais
13,7% para 21,4% nesse espaço de tempo.
A
entidade estima também que o número de participantes tem
potencial para saltar dos atuais 2,5 milhões para 14 milhões
nos próximos cinco anos e poderá chegar a 15,3 milhões
em 2036.
Fazer
a diferença - Boas práticas, fiadoras de uma governança
à altura da missão que o sistema tem diante de si, podem
fazer verdadeiramente toda a diferença. Adriana Carvalho, Coordenadora
da Comissão Técnica Nacional de Governança da Abrapp,
nota que o que se busca com o Guia é “levar as entidades a revisitarem
as suas estruturas de governança, fazê-las discutir as questões
levantadas pela Resolução 13, os instrumentos de que efetivamente
dispõem para atendê-las e as práticas de mercado junto
disso”.
E
fazer isso nesse momento, lembra Adriana, é com certeza indispensável,
considerando que o processo de autorregulação está
em marcha. “É hora também de participantes, patrocinadoras
e instituidores arregaçarem as mangas, participarem do processo
mais ativamente”, observa, notando que as responsabilidades de cada um
desses grupos vai muito além de seus interesses mais imediatos.
“Além de criticar, precisam participar da construção”,
resume. Mas o ambiente que se está formando parece favorecer essas
novas posturas: “na apresentação que fizemos no 37º
Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão a reação
do público foi a melhor possível, algo que a gente percebe
através da fisionomia e da participação das pessoas”,
sublinha Adriana.
O
Secretário Adjunto de Políticas de Previdência Complementar,
José Edson da Cunha Júnior, é outro que se mostra
confiante. Diz ele: “Os fundos de pensão têm uma governança
bem estruturada, com um modelo democrático de representação
em diferentes instâncias. Mas, é claro, há oportunidades
de melhoria, principalmente no que diz respeito às questões
ligadas ao perfil dos conselheiros, conflitos de interesse e segregação
de funções, entre outros pontos”.
Outras
instâncias
A
referência às diferentes instâncias, porém, não
diz tudo, porque quando se fala nelas as pessoas geralmente pensam exclusivamente
em conselhos e diretoria e, na verdade, há mais do que isso. Adriana
Barreto Rodrigues (Eletros) e Carlos Alexandre Pereira Dias (Prece), membros
da CTNG, notam que estes são apenas os principais agentes da boa
governança, mas não os únicos.
Para
ir adiante em matéria de governança as entidades, e não
poucas já o estão fazendo, podem se armar por exemplo de
“comitês de assessoramento”. Estes existiriam em pequeno número
e atuariam focados na alta administração, sendo
seu principal papel oferecer amparo técnico às decisões,
contando para isso com um regimento interno próprio.
A
existência de auditorias é outro instrumento do qual as entidades
podem se valer, disseram em uma apresentação recente Adriana
e Alexandre. Uma delas externa, cabendo-lhe a emissão de Parecer
das Demonstrações Contábeis, uma missão suficientemente
importante a ponto de justificar que seus integrantes sejam periodicamente
substituídos, além de terem o seu desempenho adequadamente
avaliado. Já à auditoria interna caberia dar suporte para
Comitês e Conselhos Deliberativo e Fiscal, com seus objetivos, competências
e responsabilidades definidos formalmente, no papel de atuar tanto preventiva
(inclusive identificando eventos de riscos) quanto corretivamente, fazendo
tudo isso estando subordinada à alta administração.
Outra
ferramenta que deve estar à mão é o compliance, orientando
a adequação dos processos às regras internas e externas
e prevenindo os riscos de violação às normas, regras
e processos. Como instrumento de controle do atendimento das obrigações
legais e internas, acaba auxiliando na definição e
revisão das diretrizes, politicas e normas internas, nisso tudo
dando apoio às auditorias interna e externa. Igual contribuição
podem oferecer os profissionais voltados para a gestão de riscos,
controles internos, mapeamento de processos e ouvidoria, como a demonstrar
que a governança pode fazer ainda muito mais. (Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Guia de Boas práticas para EFPC
-
Sob a Ótica da Legislação Anticorrupção
- 2ª Edição
Autor:
Comissão Técnica Regional Leste de Governança
Resumo
do Livro: Em 1º de agosto de 2013, O Congresso Nacional decretou a
Lei nº 12.846, a chamada "Lei Anticorrupção", que dispõe
sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração
pública, nacional ou estrangeira. Este dispositivo entrou em vigor
no dia 29 de janeiro de 2014 e aplica-se às sociedades empresariais
- nacionais ou estrangeiras - fundações, associações
de entidades ou pessoas de um modo geral, sediadas, com filial ou com representação
no território brasileiro. Com a edição desta Lei,
o Brasil busca cumprir um compromisso assumido em 2000, perante a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE,
ratificando assim a convenção sobre o combate à corrupção
de funcionários públicos estrangeiros em transações
comerciais internacionais. Ações dessa natureza foram recentemente
regulamentadas, também, por países como o Chile, México
e Reino Unido, seguindo os passos dos EUA que, desde a década de
1970, trata deste assunto por meio do dispositivo legal FCPA - Foreign
Corrupt Practices Act. Mas, diferentemente e de modo mais abrangente que
a norma norte-americana, a legislação brasileira não
se ateve ao funcionário público estrangeiro. Pela citada
lei brasileira, "... As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos
previstos nesta Lei, praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo
ou não." Em outras palavras, o dispositivo legal busca punir o corruptor,
baseada na lógica de que não existe corrupção
sem corruptor. Focada na constante disseminação de práticas
de gestão e padrões éticos, nos princípios,
regras e práticas de governança e controles internos estabelecidos
pela Resolução CGPC nº 13/04 para gestão dos
planos de benefícios previdenciários, a Abrapp - Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, por
intermédio deste trabalho desenvolvido pela Comissão Técnica
Regional Leste de Governança, sob a coordenação da
Comissão Técnica Nacional de Governança, buscou evidenciar
os principais riscos a que suas associadas ficaram expostas com a entrada
em vigor da referida Lei, assim como as respectivas ações
mitigadoras. Este trabalho resultou na elaboração de um Guia
de Práticas que tem por objetivo fornecer orientações
gerais a dirigentes, colaboradores e demais partes interessadas das Entidades
Fechadas de Previdência Complementar - EFPC - para manutenção
de um ambiente de controle que responda adequadamente ao disposto na Lei
Anticorrupção. Trata-se de uma interpretação
dos pontos mais relevantes sobre a matéria, com ênfase exclusivamente
nos procedimentos operacionais relacionados com a Lei e, nesse sentido,
não tem a intenção de discutir o alcance, eficácia
ou quaisquer aspectos jurídicos da legislação em foco.
Busca, tão somente, incentivar os seus usuários a compreender
e aprofundar nessas questões, sempre focados nas especificidades,
no grau de complexidade e no porte dos planos de benefícios administrados
por suas entidades. O uso e a interpretação deste material,
portanto, são de inteira responsabilidade da entidade. A 2ª
edição deste guia contempla, complementando a 1ª edição,
a regulamentação estabelecida no Decreto nº 8.420, de
18 de março de 2015 e nas Instruções Normativas nºs
1 e 2, e Portarias nºs 909 e 910, publicadas pela Controladoria Geral
da União em 07 de abril de 2015.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Previdência Complementar
-
Um Plano Solidário sem Risco para o Patrocinador
Autor:
Renato Follador - Rita Pasqual Anzolin
Resumo
do Livro: Este livro destina-se ao fomento da Previdência Complementar.
É uma obra que concilia conteúdo técnico e linguagem
acessível, o que lhe confere grande utilidade para empresas e entidades
de classe desejosas de conhecer as diversas opções disponíveis
para a inclusão dos seus empregados ou filiados num sistema de efetiva
proteção social. O livro foi escrito por dois destacados
especialistas e dirigentes de entidade de previdência, Renato Follador
e Rita Pasqual Anzolin, que conceberam e elaboraram um Plano Modelo que,
por sua qualidade técnica, está sendo apresentado neste livro
que a Abrapp publica e recomenda como uma nova opção de funcionamento
de planos de benefícios. Esta publicação insere-se
no programa editorial da Abrapp que vem ampliando consideravelmente o seu
já robusto acervo de publicações técnicas que
abrange um amplo espectro de questões de interesse da gestão
das entidades e dos planos. Esperamos, assim, fortalecer ainda mais os
mecanismos de sustentação conceitual e técnica do
nosso Sistema, a serviço do desenvolvimento social da Nação.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Reforma
da Previdência pode perder o lugar na fila de votações
A
baixa votação do Planalto na sessão de quarta-feira
no Congresso pode alterar a ordem das reformas. Na Câmara, nota-se
um desânimo com o projeto para a Previdência. O governo não
teria força para aprovar as mudanças na aposentadoria. A
reforma tributária mostrou-se mais viável e deve furar a
fila porque já há consenso sobre o tema. A reforma política
corre por fora; se for aprovada até setembro, valerá já
para as eleições de 2018.
Embora
não reduza a carga tributária, a reforma pretende simplificar
a cobrança. O efeito positivo facilita o consenso no Congresso.
O avanço mais marcante será a fusão de alguns impostos
federais, estaduais e municipais em uma única taxa. Essa espécie
de tributo sobre o valor agregado seria depois dividido pela União
e os outros entes federativos. A guerra fiscal entre estados perderia força
e os gastos com isenções fiscais cairiam. No lado das empresas,
a simplificação reduzirá as perdas com a burocracia.
O
Planalto acredita que uma pauta positiva como essa ajudaria a fortalecer
a base para a votação da reforma da Previdência, que
sofre mais críticas por atacar privilégios. Se, de fato,
a emenda constitucional se mostrar inviável, o governo optaria por
restringir as mudanças ao regime geral, estipulando a idade mínima.
A ideia, nesse caso, é usar uma Lei Complementar, aprovada por maioria
simples. A alteração para os servidores teria que vir por
emenda à Constituição, que exige aprovação
de 3/5 do Congresso. Essa tarefa ficaria para outro governo fazer.
Na
reforma política, há consenso sobre alguns pontos importantes.
O sistema deve ser o distrital misto, faltando definir a extensão
dos distritos. É possível votá-la até setembro,
se os partidos concordarem. Para valer em 2018, a votação
do novo sistema terá que passar à frente de todas as outras
reformas. (MARCELO LOUREIRO - G1)
Maia
espera votar reforma da Previdência em um mês
O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), projeta
a votação da reforma da Previdência para a última
semana de agosto ou a primeira de setembro.
O
governo hoje calcula ter apoio de 280 deputados para a reforma, a mais
impopular de todas as propostas por Temer. São necessários
308 votos para aprová-la.
E
a vitória de Michel Temer na Câmara dos Deputados foi menor
do que a imaginada internamente. Pela tabela do governo, ele poderia obter
entre 270 e 280 votos -mas o placar chegou a 263. (Mônica Bergamo
- Folhapress)
Governo
terá que reorganizar a base para votar reforma, diz Maia
O
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que
o governo terá que reorganizar a base de apoio para conseguir avançar
com a agenda de reformas, especialmente a da Previdência, que precisa
de no mínimo 308 votos para ser aprovada no plenário da Casa.
O
parlamentar ressaltou que, dependendo da ótica que se avalia o apoio
do governo na Câmara na quarta-feira, este apoio certamente é
menor se comparado ao que o presidente Temer possuía antes do dia
17 de maio, quando foi revelada a delação da JBS e o áudio
da conversa do peemedebista com o empresário Joesley Batista. "Já
ao se olhar três, quatro semanas atrás, o governo teve resultado
melhor que todos projetavam."
"Se
você projetar um futuro, para se votar reformas, principalmente a
da Previdência, o governo terá que reorganizar a base e acho
que neste ponto é muito importante que se traga de forma unida o
PSDB de volta para o governo", disse a jornalistas antes de participar
de evento do banco norte-americano Goldman Sachs na capital paulista.
Assim,
se quiser ter o apoio que tinha antes da JBS, na casa dos 330 ou 340 parlamentares,
o governo vai precisar recompor a base, disse Maia. "Deputados que votaram
pela abertura das denúncias não necessariamente votarão
contra as reformas. Alguns já me disseram isso", afirmou Maia. "O
ponto chave neste momento é a reorganização com o
PSDB. O partido é muito importante para a base do governo".
Segunda
denúncia
Questionado
sobre uma segunda denúncia que pode ser enviada pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, contra Temer, Maia disse que não
trata de assuntos que não estão no seu controle. "Vou tratar
da pauta da Casa com os lideres a partir da próxima semana."
"Era
importante que a votação ocorresse e ocorresse com quórum
elevado e as duas coisas aconteceram", disse Maia quando perguntado sobre
sua avaliação da votação ontem na Câmara,
da denúncia contra o presidente Michel Temer.
Maia
considerou a votação difícil e citou a divisão
do PSDB, com parte votando contra a denúncia e parte a favor, mas
considerou que a maioria dos tucanos apoia a agenda reformista. "O Brasil
precisa que partidos que têm visão parecida sobre o futuro
da economia estejam em conjunto." Após a votação de
quarta-feira, Maia disse que sua prioridade agora é a agenda das
reformas econômicas e também de outros temas, como a questão
da segurança pública.
Reforma
tributária
Rodrigo
Maia disse também que volta a discutir na semana que vem a reforma
tributária com o relator da matéria, o deputado Luiz Carlos
Hauly (PSDB-PR). Ele também adiantou que a reforma política
começará a ser tratada nas próximas duas semanas.
Antes de participar de evento promovido pelo Goldman Sachs na capital paulista,
Maia afirmou em entrevista a jornalistas que será bom se a reforma
tributária puder evoluir paralelamente à da Previdência.
"O Brasil perde muito em produtividade e segurança jurídica
porque tem um sistema tributário complexo e difícil, que
gera custos absurdos", frisou o deputado.
Na
votação de quarta, o governo teve votos suficientes para
derrubar a denúncia, mas Temer precisará ter apoio maior
- de dois terços do Congresso - para aprovar propostas de emenda
constitucional, casos da reforma da Previdência e tributária.
Na entrevista, Maia cobrou do governo a reconstrução da base
aliada para dar andamento à agenda reformista, na qual, segundo
ele, o PSDB terá papel "decisivo".
"É
importante deixar a denúncia para trás e olhar para frente",
defendeu o presidente da Câmara. Ele lembrou que cinco deputados
do DEM, seu partido, votaram a favor da investigação de Temer.
Porém, considerou que eles não representam a posição
majoritária da sigla e que será possível recuperar
três ou quatro votos na votação das reformas.
Na
palestra que fará no evento do Goldman Sachs, o presidente da Câmara
adiantou que vai reafirmar aos investidores a importância da agenda
de mudanças estruturais, da simplificação do sistema
tributário e da reorganização do Estado. "O Brasil
precisa reformar seu Estado, reduzir seus gastos e construir leis que fortaleçam
a segurança jurídica."
Maia
informou ainda que conversou rapidamente com o presidente Temer após
a votação da denúncia. Segundo relatou o deputado,
Temer ligou para agradecer pela condução da sessão.
"Disse que era meu papel", afirmou o parlamentar, que não quis comentar
as emendas liberadas pelo Planalto a deputados para garantir o arquivamento
da denúncia por corrupção passiva. (Época
Negócios)
Temer
se diz sentir-se fortalecido para aprovar reforma da Previdência
O
presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira sentir-se fortalecido
para levar adiante a reforma da Previdência no Congresso Nacional
após a Câmara dos Deputados decidir, na véspera, não
autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar denúncia de
corrupção contra ele.
Em
entrevista à rádio Bandnews FM, Temer também disse
que a reforma política está no horizonte do governo e afirmou
não considerar "despropositado" a adoção do regime
parlamentarista já para as eleições do ano que vem.
(Eduardo Simões - G1)
Reforma:
Tempo que urge
O
presidente Michel Temer vai se reunir com o núcleo duro do Palácio
do Planalto neste fim de semana para estabelecer uma agenda de prioridades
no Congresso e um cronograma de ação para a tramitação
da reforma da Previdência.
O
governo vai definir como encaminhar a votação de medidas
provisórias que considera prioritárias. Estão na linha
de frente matérias que tratam do Refis, da reoneração
da folha e de terras para estrangeiros. (Folhapress)
Reforma
virá bola da vez e trabalhador precisa se planejar
A
bola da vez, agora, é a reforma da Previdência. Principalmente,
após a denúncia pelo crime de corrupção passiva
contra o presidente Michel Temer ser barrada no plenário da Câmara
dos Deputados. Certamente não será uma reforma fácil
de ser aprovada, mas o governo planeja retomar a agenda de reformas com
toda força. O próprio ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha,
já anunciou que as mudanças no sistema previdenciário
são a prioridade para este segundo semestre.
A
orientação para os trabalhadores e segurados do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) que estão próximos de se
aposentar é a de não se precipitar, ou seja, não se
desesperar e dar entrada na aposentadoria de qualquer maneira. O momento
é para continuar alerta e acompanhar os desdobramentos da reforma
da Previdência no Congresso Nacional, mas sem iniciar uma corrida
para se aposentar a qualquer custo.
Aliás,
se aposentar correndo, de qualquer maneira, apenas para escapar das mudanças
da reforma pode trazer um grande prejuízo ao trabalhador. Uma série
de estudos indicam que o segurado do INSS que se aposenta antecipadamente
e, por exemplo, é atingido pelo fator previdenciário, perde
até 30% em relação aos que se aposentam sem a incidência
do fator.
Logicamente,
as mudanças na Previdência Social vão endurecer as
regras e significarão, em muitos casos, a perda de direitos aos
segurados do INSS. A aposentadoria por tempo de contribuição
será extinta, pois pela proposta atual o segurado só poderá
se aposentar pela idade: 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.
As
regras de transição também são confusas e representarão
uma perda financeira significativa. Por todos estes motivos, o ideal é
que o trabalhador, antes de se dirigir a agência da Previdência
Social para dar entrada em sua aposentadoria faça um planejamento,
ou seja, um estudo das possibilidades, valores e o momento ideal para se
aposentar.
O
planejamento é fundamental para garantir um benefício, com
um valor mais justo e evitar prejuízos permanentes na aposentadoria.
Vale
ressaltar que, por exemplo, os segurados do INSS que já podem se
aposentar, seja por idade ou tempo de contribuição, realizem
planejamento de sua aposentadoria para não perder a oportunidade
em tempos de mudanças. Este é o momento de todos aqueles
que atingiram as condições para se aposentar calcularem se
vale a pena já “pendurar as chuteiras”, pois ficou claro que as
regras da reforma, apesar de resguardar o direito adquirido, fará
com que o trabalhador fique mais tempo no mercado de trabalho.
Portanto,
o ideal é iniciar de imediato um planejamento de aposentadoria e
ter calma. O segurado do INSS que se aposenta “mais cedo” pode sofrer uma
sensível redução do valor do benefício, por
conta da incidência do fator previdenciário. Assim, compensa
esperar e pagar a contribuição por mais algum tempo, se aposentar
pelo teto ou próximo a ele e com um benefício mais digno.
(Murilo Aith - Fator Brasil)
Meirelles:
Reforma da Previdência será votada até outubro
Além
disso, ele disse que os esforços são para que a reforma tributária
seja votada logo em seguida, ocorrendo entre outubro e novembro
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (2)
que a reforma da Previdência deve ser votada na Câmara e no
Senado até outubro.
Além
disso, ele disse que os esforços são para que a reforma tributária
seja votada logo em seguida, ocorrendo entre outubro e novembro. "A tributária
depende de ser enviada, mas claramente espera-se que a votação
seja ainda neste ano", afirmou.
Enquanto
na véspera todos analisavam a força do governo na votação
da denúncia contra o presidente Michel Temer, o ministro disse que
o resultado obtido na Câmara não deve interferir nas votações
das reformas, e reforçou que a "conscientização" dos
congressistas vai viabilizar a questão. Meirelles participou hoje
de um evento do Goldman Sachs.
Na
votação da denúncia, Temer conseguiu 263 votos, o
que não é suficiente para conseguir aprovar a reforma da
Previdência, mas Meirelles tratou de minimizar a questão.
"São decisões diferentes. Acreditamos sim na viabilidade
de aprovação”, disse o ministro.
Meirelles
afirmou
ainda que não "há margem" para mais mudanças no texto
da reforma da Previdência, sendo que, segundo ele, as alterações
feitas até o momento fazem com que o benefício fiscal esperado
corresponda a 75% do proposto pelo governo inicialmente.
“A
princípio, o projeto como está no relatório do deputado
relator é um projeto adequado”, disse o ministro. “É evidente
que funciona. Mas não há muita margem para alterar isso.”
(InfoMoney)
Anastasia:
Reforma deverá ser diluída para ter chances
"A
dificuldade já é notória, acho que a proposta atual
precisa ser modificada na Câmara, declarou o tucano, que participou
do 6º Simpósio de Direito Empresarial da Aliança de
Advocacia Empresarial (Alae), em São Paulo
O
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirmou nesta quinta-feira (3/8), que,
tendo como base o placar da votação da denúncia contra
o presidente Michel Temer, na noite de quarta-feira, a proposta da reforma
da Previdência tende a ser bastante diluída para ter sucesso
na aprovação.
"A
dificuldade já é notória, acho que a proposta atual
precisa ser modificada na Câmara, declarou o tucano, que participou
do 6º Simpósio de Direito Empresarial da Aliança de
Advocacia Empresarial (Alae), em São Paulo.
Anastasia
acrescentou que é possível que ela seja reduzida à
implementação de uma idade mínima para aposentadoria
e que a tarefa de terminar a reforma fique para o próximo presidente.
Na
quarta, a Câmara rejeitou a denúncia contra o presidente Temer
por 263 votos contra 227. O placar governista ficou aquém dos 308
votos necessários para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição
(PEC), como é o caso da reforma previdenciária.
Após
participar de uma das mesas de debate no evento, o senador mineiro disse
que a vitória de Temer na quarta era esperada e deve marcar uma
volta à normalidade. Ele não quis comentar a postura do PSDB
na votação, que evidenciou a forte divisão do partido.
Dos 47 deputados da bancada, 22 foram contra a denúncia, 21 a favor
e quatro se ausentaram. (Agência Estado)
Base
pressiona governo para adiar reforma da Previdência
Base
aliada pressiona governo Temer para adiar reforma da Previdência
Alguns líderes defendem que, após a denúncia contra
Temer, devem ser priorizados os projetos que exigem maioria simples, a
exemplo da reforma política e alguns pontos da reforma tributária
Vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi disse
que não é hora para retaliações dentro da base
Foto:
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília
- Após o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel
Temer por corrupção passiva, o governo anunciou que vai retomar
a votação da reforma da Previdência, paralisada na
Câmara desde maio. Já sabe, de antemão, que haverá
pressões dos aliados para desidratar ou adiar a proposta para 2019
em razão do placar da vitória: 263 votos.
O
número, apesar do êxito obtido na quarta-feira (2) pelos governistas,
é considerado baixo e distante da maioria folgada necessária
para garantir a aprovação da proposta previdenciária,
que exige 308 votos dos deputados. Diante dessa realidade numérica,
a estratégia defendida por alguns líderes é votar
apenas as reformas que exigem maioria simples de votos - 257, ou seja,
metade mais um dos 513 deputados.
Nova
agenda
São
os casos da reforma política e projetos de simplificação
tributária a serem enviado pelo governo. Para firmar essa agenda
de reformas, Temer vai se reunir com os líderes na próxima
semana. A ideia é pacificar a base, especialmente o PSDB, com a
retirada de punições aos traidores, a exemplo da perda de
cargos e expulsão do partido, como no caso do PMDB.
Ex-presidente
da bancada ruralista no Congresso, o deputado Marcos Montes (MG), líder
do PSD na Câmara, é um dos principais parlamentares descrentes
em relação à votação da reforma da Previdência.
Montes não só recomendou ao presidente Temer engavetar a
proposta, como também publicou em seu site pessoal comentários
sob o título "Reforma da Previdência não passa no Congresso
Nacional".
Segundo
o ruralista da base aliada do governo, "diante da situação
política atual, não acredito que a reforma da Previdência
seja aprovada no Congresso Nacional. Arrisco até uma opinião
de que antes de 2019 não haverá clima e estrutura pra isso.
Basta fazer as contas". E acrescentou: "Faltam-lhe, porém, o apoio
popular, o equilíbrio político e até o respaldo do
Congresso para que a reforma da Previdência se concretize".
Prioridades
Já
o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), defendeu ontem
(3) como prioridade a votação da reforma política
nas próximas semanas. "Porque existe o prazo de 7 de outubro para
que as modificações sejam feitas e possam valer nas próximas
eleições", disse. Segundo o democrata, o cenário pós-denúncia
tem na governabilidade o novo grande desafio. "No início a prioridade
serão matérias de maioria simples, que se adaptam à
base que saiu do plenário", disse.
Logo
após a vitória, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse
que a reforma da Previdência é a prioridade "A" do governo,
apesar de apontar que a simplificação tributária e
alterações na legislação eleitoral estão
também no raio das emergências do governo. Depois, o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a votação da matéria
deve ocorrer até outubro.
Futuro
"Não
se pode fazer política com o coração", disse ao DCI
o vice-líder do governo na Câmara e uma das principais expressões
da tropa de choque de Temer, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Ele baixou o tom e negou punições as traidores, como havia
ameaçado na véspera da votação. "Precisamos
aprovar a Previdência para garantir o futuro do País", projetou
o parlamentar gaúcho, ao anunciar a reunião em que Temer
receberá os líderes para aparar arestas na proposta apresentada
pelo relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
"Vamos
contar com todos os votos dos 20 deputados do PSDB que votaram contra Temer,
mas que são a favor das reformas", acrescentou Perondi. Na mesma
linha, vai o deputado Carlos Marun: "Precisamos recompor a base", disse
o presidente da comissão da reforma da Previdência, onde a
proposta original do governo já havia sido enxugada em 70%. "Já
não tínhamos os 308 votos. Já avançamos muito
e acho que falta pouco para conseguirmos a aprovação", disse.
Para
manter a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres,
com o mínimo de 25 anos de contribuição, seriam negociados
a aposentadoria rural e a regra de transição para o novo
regime. As medidas provisórias (MPs) do novo programa de parcelamento
de débito fiscal (Refis) e da reoneração da folha
de pagamento para 60 setores da economia também estão na
lista de prioridades emergenciais, diz Marun.
Segundo
o relator da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR),
a proposta de emenda constitucional que o regime tributário deve
ser votada até dezembro. "Essa matéria terá o apoio
de aliados e da oposição porque interessa a todos", disse
Hauly. "Dentro de mais dez dias colocaremos a proposta para consulta pública",
adiantou.(DCI)
Previdência
vai subir R$ 50 bi e consumir todo o limite do teto de gastos
Se
encontrar uma solução para o drama das contas públicas
em 2017 já é difícil para o governo, a situação
de 2018 é ainda pior. Isso porque os técnicos precisam resolver
dois problemas: cumprir a regra do teto para os gastos públicos
(pelo qual as despesas só podem crescer com base na inflação
do ano anterior) e a meta fiscal, fixada num déficit primário
de R$ 129 bilhões. O assunto precisa ser solucionado ainda este
mês, quando a equipe econômica tem de enviar ao Congresso Nacional
a proposta de Lei Orçamentária de 2018. Segundo os técnicos,
o mais provável é que o governo precise combinar uma série
de medidas de redução de despesas, como adiar o reajuste
do funcionalismo, com um aumento da meta do ano que vem. Tudo isso precisará
do aval dos parlamentares e mostrará com que força política
o presidente Michel Temer saiu da votação da denúncia
da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele por corrupção
passiva.
De
acordo com integrantes da equipe econômica, só o aumento das
despesas com a Previdência Social será de R$ 50 bilhões
no ano que vem. Isso vai ocupar toda a margem de elevação
de gastos prevista no teto. Pelas contas do governo, a despesa de 2017
que serve de base para o aumento dos gastos em 2018 é de R$ 1,253
trilhão. Considerando a inflação acumulada até
junho de 2017 — usada como correção para as despesas pela
regra do teto —, o aumento dos gastos só pode ser de R$ 44,1 bilhões,
ou 3,52%. Isso significa que, para assegurar outros desembolsos, a equipe
econômica terá de fazer um corte extra no Orçamento
de 2018. É por isso que o governo quer, por exemplo, adiar o reajuste
dos servidores para 2019, o que daria um alívio de R$ 8 bilhões
no ano que vem.
Como
se não bastasse esse problema, existe ainda uma forte frustração
nas receitas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de
2018, que tem os parâmetros para a elaboração do Orçamento,
traz uma projeção feita com base numa inflação
de 4,5% para o ano que vem. No entanto, o percentual ficará mais
baixo, o que reduz a estimativa de arrecadação tributária.
Além disso, a equipe econômica está tentando antecipar
todas as receitas extraordinárias possíveis para fechar as
contas de 2017. Assim, ou se encontram recursos para atingir a meta fiscal
prometida ou se aumenta o rombo.
—
A Previdência consome todo o teto em 2018. Vamos ter que cortar gastos
para conseguir cumprir a regra. Ao mesmo tempo, não há mais
receitas extraordinárias, e a inflação vai ficar abaixo
de 4,5%, o que tem impacto sobre a arrecadação — admitiu
um integrante da equipe econômica.
Para
os técnicos, essa dificuldade torna ainda mais urgente a aprovação
da reforma da Previdência sem que haja mais concessões no
texto que já recebeu o sinal verde da comissão especial da
Câmara que analisou o tema. O déficit da Previdência
é crescente e deve fechar este ano em R$ 188,8 bilhões. Além
disso, há um rombo de R$ 78,1 bilhões nos regimes próprios
dos servidores federais e militares, o que eleva o saldo negativo com todos
os regimes de aposentadoria da União para R$ 267 bilhões.
Mesmo
diante dessa penúria, o governo terá de suar a camisa no
Congresso para conseguir convencer os parlamentares a aprovarem alterações
na política fiscal. Parlamentares afirmaram ao GLOBO que a equipe
econômica terá de comprovar que esgotou todas as alternativas
para obter receitas antes de receber o sinal verde do Legislativo para
aumentar o tamanho do rombo fiscal de 2017, fixado num déficit primário
de R$ 139 bilhões, e o de 2018. Por isso, o cronograma no Legislativo
agora, depois de barrada a denúncia da PGR contra Temer, é
tentar fechar um acordo já na próxima semana em torno da
medida provisória (MP) do novo Refis.
O
texto foi alterado pelo relator, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG),
e, se for aprovado com essas mudanças, vai reduzir a arrecadação
esperada de R$ 13 bilhões para menos de R$ 500 milhões em
2017. Também é preciso dar uma solução para
a MP que trata da reoneração da folha. As mudanças
feitas pelo Congresso no texto jogaram a arrecadação esperada
este ano para 2018.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que já se posicionou contra
a revisão da meta, afirmou:
—
A equipe econômica precisa me convencer de que a elevação
da meta é inevitável. É preciso ter um plano de ação
para que o país volte a gerar superávit.
O
relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018,
deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), disse que o partido vê com ressalvas
a ampliação da meta fiscal. Ele contou que, durante as conversas
sobre a LDO, a equipe econômica deixou claro que as metas de 2017
e 2018 estariam mantidas, como ficou no seu relatório, aprovado
pelo Congresso. Segundo Pestana, o governo e a própria sociedade
precisam se conscientizar de que a situação fiscal do país
é gravíssima e que déficits sucessivos e elevados
são insustentáveis:
—
A União só não virou um Rio de Janeiro porque tem
capacidade de endividamento, o que o Rio não tem. Mas isso tem um
limite. Até quando os investidores estão dispostos a financiar
o rombo do país?
Ele
afirmou ainda que, se o governo enviar ao Congresso meta superior aos R$
159 bilhões (rombo registrado em 2016), deixará claro que
o Executivo não está se esforçando para melhorar a
situação a cada ano.
ESTRATÉGIA
PARA AS PRÓXIMAS VOTAÇÕES
Na
terça-feira, haverá uma ampla reunião na casa de Maia,
na tentativa de preparar o terreno para as propostas em votação
(Refis e reoneração) antes que elas percam a validade. Segundo
o vice-líder do PRB, Beto Mansur (SP), Temer almoçou com
ministros e aliados ontem e ficou decidido que a equipe econômica
vai tentar fazer um acordo com o relator do Refis e a bancada mineira para
aproximar o texto da proposta original. Nesse meio tempo, o dever de casa
dos líderes do governo é avaliar detalhadamente o resultado
da votação contra a denúncia e traçar a estratégia
para as próximas votações de interesse do governo.
Mansur admitiu que a maior preocupação do governo nesse momento
é segurar a base. A avaliação é que ela tem
de ficar íntegra não apenas para aprovar as medidas mais
urgentes, mas para tratar da agenda da reforma da Previdência e dos
projetos necessários para o fechamento das contas de 2018, como
o adiamento do reajuste do funcionalismo e o plano de demissão voluntária
(PDV) para servidores.
O
líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), disse que o partido continuará
apoiando as reformas e medidas importantes para retomar o crescimento da
economia, independentemente de ter votado rachado na denúncia contra
o presidente. Ele afirmou, no entanto, que o PSDB defende ajustes no texto
da reforma da Previdência, como na idade mínima e em pontos
relativos às pessoas com deficiência.
—
O governo ficou de nos encaminhar uma nova proposta, e estamos aguardando
para que possamos nos posicionar — disse Tripoli, acrescentando que o texto,
do jeito que está, não passa no plenário.
Segundo
ele, na próxima quarta-feira, a bancada vai se reunir para definir
os próximos passos no Congresso em relação às
reformas e o projeto de revisão da meta fiscal:
—
O PSDB não vai faltar ao Brasil. O importante é retomar o
crescimento da economia e gerar empregos. (Martha Beck e Geralda
Doca - G1)
Paim:
Retomada dos trabalhos da CPI da Previdência
Após
lamentar o arquivamento da denúncia (por corrupção
passiva) contra o presidente Michel Temer (PMDB) pela Câmara dos
Deputados, o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou nesta quinta-feira (3)
em Plenário a retomada dos trabalhos da CPI da Previdência.
Paim preside a CPI, que promove na próxima segunda, às 15h,
audiência pública com representantes de aposentados e pensionistas
do INSS; dos auditores do Distrito Federal; dos delegados de polícia
e policiais civis.
O
senador avalia que o governo não terá vitória fácil
do governo Temer na votação da reforma da Previdência
no Congresso, ao contrário do que ocorreu no caso da reforma trabalhista.
—
Ela vai ser muito mais difícil de aprovar porque é [proposta
de] emenda constitucional e a mobilização em relação
à Previdência é muito maior. Visitei 30 municípios
do Rio Grande do Sul durante o recesso e a reação unânime
lá é de que a reforma da Previdência não pode
passar — comentou Paim.
O
parlamentar voltou a sustentar que a Previdência Social é
superavitária. Informou ainda que, até o momento, mais de
100 depoimentos foram colhidos pela CPI, cujos trabalhos deverão
ser estendidos até dezembro.
—
Vamos prorrogar os trabalhos por mais quatro meses para que consigamos
cruzar todos os dados que recebemos e apresentar ao país o que entendemos
ser adequado para transformar a gestão da Previdência em algo
viável — explicou Paim.
O
senador também registrou a apresentação recente de
duas propostas suas. Uma revoga a reforma trabalhista recém-aprovada
pelo governo Temer e a outra cria o Estatuto do Trabalho. (Agência
Senado)
Previdência,
uma ova
A
prioridade dos deputados que seguraram Michel Temer na Presidência
(e da maioria dos que não seguraram) é votar a reforma política
o quanto antes, para que ela valha para a eleição de 2018.
Reforma
política é o eufemismo usado para tungar os pagadores de
impostos em 3,5 bilhões de reais e, assim, financiar campanhas eleitorais
com dinheiro público.
Reforma
política é o eufemismo usado para criar o distritão,
uma forma de essa gente perpetuar-se no poder.
E
você aí, anestesiado, acreditando em "estabilidade".
(O Antagonista)
Empresa
poderá recolher contribuição previdenciária
sobre a receita bruta
A
desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso deferiu o pedido de uma instituição
empresarial, que oferece serviço de terceirização
de pontos de relacionamento, contra a decisão proferida pelo Juízo
Federal da 13ª Vara da Seção Judiciária do Estado
do Maranhão que não autorizou o recolhimento da contribuição
previdenciária nos termos do art. 7º e 7º-A da Lei nº
12.546/2011 em sua redação vigente antes da edição
da MP nº 774/2017, até o final do ano-calendário de
2017.
A
empresa relatou que a Lei nº 12.546/2011 instituiu a Contribuição
Previdenciária sobre Receita Bruta (CRPB), regime tributário
alternativo e substitutivo das contribuições previdenciárias
patronais incidentes sobre a folha de salários.
Informou
a empresa que desde 2015 o regime passou a ser opcional, porém irretratável,
com opção válida para todo o ano-calendário.Argumenta
que fez a opção irretratável para o ano de 2017, porém
foi editada a Medida Provisória nº 774/2017 que a excluiu do
regime da CRPB com produção de efeitos a partir de julho
de 2017.
Defendeu
também a inconstitucionalidade da supressão do regime de
CRPB antes do encerramento do ano-calendário de 2017. E requisitou
a manutenção do recolhimento da CRPB nos termos do arts.
7º e 7º-A da Lei nº 12.546/2011 em sua redação
vigente antes da edição da MP nº 774/2017 até
o final do ano-calendário de 2017, em vista do cumprimento dos requisitos
e da admissão irretratável de sua sujeição
à CRPB, até a competência dezembro de 2017, nos termos
do art. 9º, § 13, da Lei n° 12.546/2011. Requer, ainda, em
consequência, que seja determinada a suspensão da exigibilidade
dos valores relativos às contribuições patronais de
que tratam os incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91.
A
relatora do processo, desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, ao
analisar o caso, assinalou que a Lei nº 12.546/2011 alterou a incidência
da contribuição previdenciária patronal para algumas
empresas, pois deixou de incidir sobre a folha de salários e passou
a incidir sobre a receita bruta.
Segundo
a magistrada, com a edição da Lei nº 13.161/2015 o recolhimento
da contribuição previdenciária com base na receita
bruta passou a ser opcional, porém, após sua manifestação,
a opção deve ser considerada irretratável para todo
o ano-calendário (arts. 7º e 13).
Destacou
a relatora que, não obstante isso, a Medida Provisória nº
774/2017 alterou a Lei nº 12.546/2011 para excluir, em relação
a algumas empresas, a possibilidade de opção pelo recolhimento
da contribuição previdenciária sobre a receita bruta
com efeitos a partir de 1º/7/2017, o que significa que, desde então,
a incidência obrigatória da contribuição patronal
sobre a folha de salários foi restaurada, inclusive para as empresas
que optaram pela receita bruta, de forma irretratável, para todo
o ano calendário de 2017.
Não
se trata de revogação de benefício fiscal, sustentou
a desembargadora, mas de modificação da base de cálculo
da contribuição. Ao ser definido por lei que durante todo
o ano-calendário o contribuinte recolheria a contribuição
previdenciária sobre a receita bruta, foi criada para o contribuinte
a expectativa de que o regime tributário eleito perduraria até
o final do exercício de 2017. Com fundamento nessa circunstância,
houve planejamento de atividades econômicas, de custos operacionais
e de investimentos.
Assim
sendo, concluiu a relatora, a alteração do regime de recolhimento
das contribuições previdenciárias no decorrer do ano-calendário
fere os princípios da segurança jurídica, da proteção
à confiança legítima e da boa-fé objetiva do
contribuinte. (TRF1)
Reforma
trabalhista: Governo retoma discussão sobre mudanças
Passados
o recesso parlamentar e a votação da denúncia contra
o presidente Michel Temer, o governo quer retomar a discussão da
medida provisória (MP) que vai alterar pontos da reforma trabalhista.
Após um ruído com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), que se posicionou de forma contrária ao projeto, o debate
foi paralisado para não abalar os laços entre Planalto e
Congresso antes da análise da denúncia da Procuradoria-Geral
da República (PGR) contra Temer. Fontes ligadas à discussão
dizem que a Câmara não está disposta a aceitar todos
os termos negociados pelo Senado com o Planalto, e que a MP deve chegar
ao Congresso “bem mais tímida” do que a minuta divulgada inicialmente.
Um
grupo de trabalho que inclui representantes da Câmara, do Senado
e do Executivo, assim como da Casa Civil e do Ministério do Trabalho,
foi criado para elaborar o texto final da MP. Alguns pontos da minuta enviada
pelo Senado não têm consenso e devem passar por mudanças.
Em relação à jornada intermitente, por exemplo, estuda-se
diminuir o período de quarentena entre a demissão de um trabalhador
e sua recontratação como intermitente. A minuta da MP fixa
um prazo de 18 meses “para evitar riscos de migração de contratos”.
As
mudanças na negociação da jornada de 12 horas de trabalho
por 36 horas de descanso também não são consensuais.
A lei da reforma fixa que esse tipo de horário pode ser definido
por acordo individual. Os senadores propuseram alterar esse item, de forma
que a jornada só possa ser acertada por acordo coletivo.
A
reforma trabalhista foi sancionada no mês passado com um texto muito
mais amplo do que o enviado pelo governo federal. Sob a relatoria do deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), a Câmara alterou e incluiu uma
série de novas questões no projeto, incluindo a jornada intermitente
e uma série de restrições à Justiça
do Trabalho. Por isso, a Câmara é reticente em alterar o texto.
Tanto que o presidente da Casa fez questão de tuitar, na semana
em que a reforma foi aprovada, que “qualquer MP não será
reconhecida”.
ALTERAÇÕES
‘COSTURADAS COM SENADORES’
Com
pressa para aprovar o projeto e mostrar força política, o
Palácio do Planalto costurou um acordo com o Senado para que o texto
não fosse alterado na Casa e pudesse ser votado o mais rapidamente
possível. O combinado era que qualquer mudança fosse feita
por MP. Isso porque, caso as alterações fossem diretamente
no texto, ele teria de voltar para a Câmara, correndo o risco de
alongar a tramitação e ter mudanças indesejadas.
O
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou
a minuta dessa MP com os pontos costurados entre os senadores da base.
Além do item que trata da jornada 12x36 e do trabalho intermitente,
a medida derrubava ainda a exigência de exclusividade a trabalhadores
autônomos e a vinculação do cálculo de danos
morais ao salário recebido pelo trabalhador, ambos itens previstos
na reforma trabalhista e polêmicos. Essas mudanças devem permanecer
na MP. (Bárbara Nascimento - O Globo)
TST:
Terceirização só vale para contrato encerrado a partir
de 2017
A
Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais
(SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho decidiu nesta quinta-feira (3/8),
por unanimidade, que a lei de terceirização só vale
em contratos celebrados e encerrados depois que a norma entrou em vigor,
para respeitar o direito adquirido do empregado. Quando a dispensa ocorreu
antes, portanto, continua a valer tese da corte que proibia a prática
nas atividades-fim (Súmula 331).
Esse
é o primeiro precedente da SDI-1 sobre a aplicação
intertemporal da Lei 13.429/2017, sancionada em março pelo presidente
Michel Temer (PMDB). Como o colegiado uniformiza a jurisprudência
do TST, a decisão sinaliza como juízes de primeiro grau e
tribunais regionais devem enfrentar a questão, de acordo com o corregedor-geral
da Justiça do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva.
O
caso analisado nesta quinta envolve um banco condenado por terceirizar
empregados de telemarketing. O acórdão considerou que os
serviços telefônicos de cobrança se inserem na atividade-fim
bancária da instituição financeira. Uma das rés
apresentou embargos de declaração para a subseção
se manifestar sobre a aplicação da nova norma.
Para
a empresa, a lei afasta qualquer ilicitude e dispensa a aplicação
da Súmula 331, que só teve sentido quando havia “vazio” normativo
sobre o tema. Outro pedido tentava suspender o andamento do processo até
que o Supremo Tribunal Federal julgue recurso extraordinário com
repercussão geral.
Cenário
mais vantajoso
Mesmo
sem ver omissão, contradição, obscuridade ou erro
material na decisão anterior, o relator, ministro João Oreste
Dalazen, acolheu os embargos para prestar esclarecimentos.
“A
entrada em vigor da nova lei, geradora de profundo impacto perante a jurisprudência
consolidada do TST, (...) não se aplica às relações
de emprego regidas e extintas sob a égide da lei velha, sob pena
de afronta ao direito adquirido do empregado a condições
de trabalho muito mais vantajosa”, afirmou.
Ele
declarou ainda que o STF não determinou o sobrestamento da tramitação
dos processos sobre o assunto. “Em semelhantes circunstâncias, nem
a entrada em vigor da Lei 13.429/2017 nem o reconhecimento de repercussão
geral do tema versado no ARE 713211, no âmbito do STF têm o
condão de alterar o entendimento firmado no acórdão
ora embargado”, concluiu.
Data
de validade
Para
contratos antigos e ainda em vigência, a lei diz que é facultativa
a aplicação das novas condições: podem ser
adotadas se as partes concordarem.
O
Supremo ainda pode decidir qual entendimento vale para os casos já
em tramitação na Justiça do Trabalho. A Associação
Brasileira de Telesserviços, amicus curiae em processo na corte
contra a súmula do TST (ADPF 324), pediu neste ano que a corte decida
o destino dos processos em andamento.
Além
disso, o STF já recebeu pelo menos quatro ações pedindo
que a Lei 13.429/2017 seja declarada inconstitucional. Em uma delas, a
Procuradoria-Geral da República diz que permitir funcionários
terceirizados em funções essenciais às empresas viola
o regime constitucional de emprego, a função social constitucional
das contratantes e o princípio isonômico (ADI 5.735).
O
PT e o PCdoB também são contra o texto (5.687), assim como
a Rede Sustentabilidade (ADI 5.685) e a Confederação Nacional
das Profissões Liberais (ADI 5.686). O relator em todos os processos
é o ministro Gilmar Mendes. Com informações da Assessoria
de Imprensa do TST.
ED-E-ED-RR-1144-53.2013.5.06.0004
(Consultor Jurídico)
Pautas-bomba
e reajustes salariais
O
governo federal tem sido criticado por conceder reajustes aos servidores
em face do grande desequilíbrio orçamentário deste
ano. Essa crítica é válida, mas ela esquece o fator
gerador dos atuais reajustes salariais: as pautas-bomba de 2015.
Há
dois anos, quando o governo iniciou suas negociações salariais
para o período de 2016-19, o Congresso aprovou várias medidas
irresponsáveis do ponto de vista fiscal.
Essas
ações acabaram vetadas pelo Poder Executivo, mas ainda assim
enfraqueceram o governo nas negociações com os servidores.
A
principal pauta-bomba ocorreu em junho de 2015, quando o Congresso aprovou
um aumento médio de 59,5% para os técnicos do Judiciário,
divididos em quatro anos.
Como
a remuneração do Judiciário é referência
para outras carreiras, esse reajuste inflou demandas salariais em várias
categorias. Com grande desgaste político, o Executivo vetou tal
iniciativa e negociou aumentos mais moderados para 2016-19.
Os
acordos fechados em 2015 atingiram quase 90% dos servidores do Executivo
—1,1 milhão de pessoas— e previram um aumento total de 10,8% entre
janeiro de 2015 e janeiro de 2017 para a maior parte dos trabalhadores.
A inflação verificada no período foi de 16,6%, segundo
o IPCA. Quem optou pelo acordo de dois anos teve perda real de salário.
No
caso das "carreiras de Estado", o acordo foi de quatro anos, com aumento
total de 27,9%. A expectativa de aumento do IPCA entre janeiro de 2015
e janeiro de 2019 está hoje em 25,6%. Quem optou pelo acordo de
quatro anos ainda pode ter um ganho real.
Os
acordos de 2015 também definiram que o aumento de 2016 seria concedido
somente em agosto, devido à situação fiscal do país.
A partir de 2017, os reajustes voltariam a ocorrer em janeiro.
Relembro
esse episódio por que corremos o risco de novas pautas-bomba. Na
semana passada, o Conselho Superior do Ministério Público
aprovou uma proposta de reajuste salarial de 16,7% para procuradores.
Na
sequência, a Associação dos Juízes Federais
indicou que deseja um reajuste da mesma magnitude.
Caso
aprovada pelo Congresso, a demanda dos procuradores e juízes terá
um efeito cascata sobre outras carreiras públicas em um momento
de grande fragilidade fiscal. Não é hora de brincar com fogo.
A
folha de pagamento é o segundo maior gasto primário da União,
atrás da Previdência Social, e deve atingir R$ 284 bilhões
em 2017.
O
reequilíbrio fiscal também requer uma reforma da remuneração
dos servidores, com adoção de regras mais claras sobre o
teto de remuneração e revisão de benefícios.
O Senado já aprovou iniciativas nessa direção, que
aguardam avaliação pela Câmara (alô, presidente
Rodrigo Maia).
O
próximo governo enfrentará uma nova rodada de negociação
com os servidores em 2019. Até lá, o bom senso recomenda
não conceder novos aumentos e, se possível, reavaliar benefícios
e reajustes já negociados.
O
governo Temer sinalizou que pode adiar os reajustes programados para 2018,
como ocorreu em 2016. Essa medida é correta e deveria contar com
o apoio dos parlamentares. A inflação caiu mais rápido
do que se esperava, e a manutenção de investimentos e serviços
públicos essenciais deveria ser a prioridade do governo neste momento.
A
sociedade espera que pelo menos agora os parlamentares evitem novas pautas-bomba.
Apostar no "quanto pior melhor" não acaba bem. (Nelson Barbosa
- Folhapress)
Novos
caminhos profissionais e as incertezas econômicas e políticas
O
país passa por um momento de incertezas políticas, econômicas
e sociais. Uma série de reformas estruturais e escândalos
de corrupção aparecem sucessivamente nas manchetes e “invadem”
diretamente a vida das famílias brasileiras. Os níveis de
endividamento e de desemprego estão altos. E nesse cenário,
o brasileiro acaba apostando em ingressar em uma nova carreira, prestar
um concurso público e também em empreender.
E
essas novas metas e desejos acontecem por vontade de sair da zona de conforto
ou por extrema necessidade – desemprego, por exemplo.
Entretanto,
apostar em um novo caminho profissional neste momento de crise não
é uma tarefa fácil. Quantos “barcos” já afundaram
neste período recente, ou seja, quantas empresas e lojas comerciais
já abriram e fecharam as portas meses depois em um curto espaço
de tempo.
Por
esse motivo, é necessário, para atravessar esta nova fase
da carreira ou de um novo empreendimento, que a pessoa invista no coaching.
Trata-se de um processo que tem estrutura formal de obtenção
de metas. O coach vai realizar um trabalho de enxergar e questionar os
seus objetivos para ajudar a atingir os resultados. A ideia central é
caminhar em conjunto para os resultados satisfatórios.
Em
muitos casos, principalmente nos aplicados na carreira profissional, as
metas mudam conforme os questionamentos vão sendo colocados na mesa
pela coach. Coaching é, na verdade, uma metodologia de desenvolvimento
onde se estimula a criar novas opções e escolhas, gerando
novas atitudes e novos êxitos, chegando onde quer de forma objetiva
e mais rápida.
E
para atingir a meta são feitos planos de ações, de
forma desafiadora.
Logicamente,
que tudo dependerá da força de vontade pessoal, como entender
quais os efeitos que as novas metas vão gerar na sua carreira, na
vida profissional e pessoal, sem sabotar as etapas, inclusive aquelas que
geram tempo e dinheiro, como, por exemplo, fazer um curso e ganhar conhecimento
antes de abrir um negócio.
A
direção rumo à sua meta profissional nem sempre é
fácil, mas ao ultrapassar as fases, mesmo as mais indigestas, o
profissional atingirá uma fase feliz e, provavelmente, bem sucedida
profissionalmente. É essencial parar de empurrar com a barriga e
dar o primeiro passo. Mãos à obra. (Tália
Jaoui - PrevTotal)
Mercado e Economia Nacional
BB
Seguridade deve ter queda no lucro, dizem analistas
A
holding de seguros BB Seguridade, do Banco do Brasil, deve apresentar números
mais fracos no segundo trimestre de 2017, com resultado financeiro menor
e contração na subscrição de prêmios.
Veja
matéria completa através do link
http://www.valor.com.br/financas/5067302/bb-seguridade-deve-ter-queda-no-lucro-dizem-analistas
(Daniela Meibak - Valor
Abrasca:
7° Encontro de Contabilidade e Auditoria
O
próximo evento de maior repercussão a ser promovido pela
Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca)
será o 7° Encontro de Contabilidade e Auditoria para Companhias
Abertas e Sociedades de Grande Porte, sendo que da organização
participa também o Ibracon – Instituto Brasileiro dos Auditores
Independentes. A data definida é 21 de setembro, em São Paulo.
Em breve o programa completo será divulgado. (Abrapp/AssPreviSite)
Investimentos
desabam quase 11%
Indicador
do Ipea mostra falta de fôlego da economia
Os
investimentos no país encerraram o segundo trimestre com queda de
1,3% sobre o período imediatamente anterior, de acordo com o Indicador
Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) com ajuste
sazonal. De maio para junho houve alta de 1,4%.
Na
comparação com junho de 2016, o indicador desabou 10,7%.
Já na comparação do segundo trimestre deste ano com
o mesmo período de 2016, a redução ficou em 7,1%.
Com isso, o resultado acumulado em 12 meses foi um recuo 6,2%. O FBCF significa
investimentos das empresas em máquinas, equipamentos e material
de construção. É um indicador da capacidade de produção
do país.
Segundo
o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o avanço
entre os meses de junho e maio foi consequência principalmente do
Consumo Aparente de Máquinas e Equipamentos (Came), cuja estimativa
corresponde à produção doméstica acrescida
das importações e diminuída das exportações.
Esse indicador apresentou alta de 4,1% no mês. No trimestre, o Came
cresceu 4% sobre os primeiros três meses do ano.
Por
sua vez, o indicador de construção civil, após ter
registrado três variações negativas, cresceu 1,8% em
junho sobre o mês anterior, na série dessazonalizada. Este
resultado, no entanto, não evitou a queda de 3,2% no segundo trimestre,
explicando em grande medida o recuo de 1,3% da FBCF no mesmo período.
(Monitor Mercantil)
IR
e multa de repatriação somam R$ 1,615 bilhão
Contribuintes
regularizaram ativos que somaram R$ 4,582 bilhões na segunda etapa
da repatriação (RERCT), o que representou uma arrecadação
de R$ 1,615 bilhão. Os números finais foram divulgados pela
Receita Federal. Na quarta-feira, foi antecipada a informação
de que a arrecadação ficaria em torno de R$ 1,7 bilhão,
desempenho muito abaixo do esperado pelo governo. A previsão inicial
era arrecadar R$ 13 bilhões no total, sendo R$ 6,7 bilhões
para o governo federal. O valor efetivamente pago foi ainda menor porque
alguns contribuintes fizeram a declaração, mas não
efetuaram o pagamento. De acordo com a Receita, foram entregues 1.915 declarações
de pessoas físicas que regularizaram ativos que somam R$ 4,546 bilhões.
O total de imposto apurado neste grupo foi de R$ 681,960 milhões,
e a multa, de R$ 920,561 milhões. Outras 20 pessoas jurídicas
apresentaram a declaração, regularizando R$ 35,7 milhões
em ativos, sendo R$ 5,3 milhões de imposto e R$ 7,248 milhões
em multas. O resultado final ficou abaixo da última estimativa oficial
do governo, de R$ 2,9 bilhões. A adesão foi encerrada na
segunda-feira, mas o balanço só foi divulgado nesta quinta-feira.
A arrecadação ainda será dividida entre União,
estados e municípios. A legislação prevê que
49% do imposto e 46% da multa sejam transferidos aos entes, o que daria
cerca de R$ 800 milhões para a União. A frustração
de receitas com o programa é mais um dos "buracos" no orçamento
deste ano, que complicam a já difícil tarefa de cumprir a
meta, que já admite um déficit de R$ 139 bilhões para
Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. A estimativa
de R$ 13 bilhões foi feita antes de o Congresso Nacional mudar o
projeto de lei que, inicialmente, permitiria a adesão de familiares
de políticos. A avaliação é que esse fator
derrubou a arrecadação, já que os outros contribuintes,
em sua maioria, já haviam aderido à primeira etapa. No último
relatório de avaliação de receitas e despesas, divulgado
no fim de julho, a projeção para este ano já havia
caído para R$ 2,852 bilhões. No ano passado, 169.904 mil
contribuintes aderiram ao programa, mas o pagamento foi feito efetivamente
por 156.021 contribuintes, o que levou a uma arrecadação
de R$ 46,805 bilhões em impostos e multas. (JC Online)
Moody’s:
Déficit de R$ 159 bi não afeta credibilidade do governo
Uma
eventual mudança na meta fiscal de 2017, que hoje prevê um
rombo de até R$ 139 bilhões nas contas do governo, não
representaria uma perda de credibilidade da equipe econômica, disse
Samar Maziad, vice-presidente e principal analista para o Brasil da agência
de classificação de risco Moodys. O governo já trabalha
com a possibilidade de elevar a meta para um rombo de até R$ 159
bilhões, mesma cifra do ano passado - o que, na avaliação
de Maziad, "não será uma alteração significativa",
pois esse resultado negativo do Orçamento como proporção
do PIB passaria de 2,4% para 2,5%. "A equipe econômica enfatiza a
agenda de reformas de médio prazo e a solidez da economia", apontou.
"Se depois ocorrerem mudanças e mais mudanças de meta fiscal
será outra história."
Para
a vice-presidente da agência de classificação de risco,
a credibilidade da equipe econômica e do governo está mais
relacionada à aprovação de reformas estruturais, sobretudo
as que vão corrigir a trajetória da expansão dos gastos
públicos no médio prazo, como a da Previdência. "Eventos
políticos podem ter enfraquecido o embalo da reforma da Previdência",
comentou, numa referência às denúncias do empresário
Joesley Batista contra o presidente Michel Temer.
Na
avaliação de Samar, dois fatores ajudariam a melhorar as
contas públicas no curto prazo: a volta do crescimento do País
e a redução dos juros com a inflação sob controle,
o que já ocorre com o movimento de distensão de política
monetária que está sendo realizado pelo Banco Central. "As
reformas fiscais são importantes no médio prazo, para conter
despesas do governo", afirmou.
A
Moodys rebaixou a perspectiva do Brasil de neutra para negativa em maio,
depois que foram divulgados diálogos de Joesley Batista com o presidente
Temer. A nota BB foi mantida. Perguntada sobre o que será necessário
para que a perspectiva do País receba uma elevação
e volte para a estabilidade ela foi direta: "Melhora da economia, com retomada
do crescimento, inflação em baixa permitindo redução
de juros e o progresso de reformas." Ela apontou que uma reavaliação
da perspectiva pode ocorrer num horizonte entre 12 e 18 meses, ou seja,
entre maio e novembro de 2018.
Previdência
Samar
destacou que aprovação da reforma previdenciária será
um bom sinal para o perfil de crédito soberano do Brasil. "Será
grande avanço a aprovação da proposta da Previdência
alterada pelo Congresso", comentou. "Para ocorrer a mudança do rating
soberano são necessários outros fatores, como a evolução
do quadro econômico e o progresso das reformas estruturais."
Samar
Maziad referia-se ao projeto substitutivo do relator da matéria
na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), que foi aprovado pela Comissão
Especial da Reforma da Previdência na segunda semana de maio. A proposta
fixa idades mínimas de aposentadoria de 62 anos para a mulher e
65 anos para o homem, mas essas idades serão alcançadas até
2038. Está previsto também um aumento paulatino do tempo
de contribuição mínimo de 15 para 25 anos.
O
governo vai retomar as negociações sobre a reforma no Congresso
e pretende aprovar a proposta até outubro. (Ag~Encia Estado)
Ilan:
Reforma, meta, tudo importa; mas não olhando mês a mês
Ao
ser questionado se a reforma da Previdência teria mais importância
que a questão da meta, Ilan Goldfajn defendeu que ambas importam
para a instituição
O
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira
(3/8), durante entrevista à rádio Jovem Pan, que a reforma
da Previdência e a meta fiscal importam para o cenário da
instituição, mas que o BC tem se concentrado no médio
e no longo prazo.
Questionado
a respeito da possibilidade de mudança da meta fiscal do governo
para este ano, Ilan Goldfajn afirmou: "Não temos comentado sobre
questões de curtíssimo prazo. Temos nos concentrado na ideia
de que as contas públicas têm que estar em ordem ao longo
do médio e longo prazo. Isso tem a ver com os ajustes fiscais, mas
também tem a ver com as reformas que estão aí. Tudo
isso junto faz o cenário mais ou menos forte para a economia brasileira
e, com isso, o BC pode chegar mais longe na queda de juros ou não".
Ao
ser questionado se a reforma da Previdência teria mais importância
que a questão da meta, Ilan Goldfajn defendeu que ambas importam
para a instituição. "É um conjunto. Tudo importa,
olhando o futuro, não as mudanças mês a mês",
afirmou.
Ao
abordar a recuperação da atividade, ele disse que ainda existe
ociosidade de fatores, "o que significa que a economia está fraca
ainda, apesar de que ela já está começando a se recuperar".
Ao mesmo tempo, ele afirmou que o emprego ainda precisa se recuperar e
que as fábricas têm espaço para produzir. "Portanto,
a inflação está num processo de queda", comentou.
"Ela
(inflação) caiu de dois dígitos em 2015 e hoje está
perto de 3%. A medida que a economia vai se recuperar, essa inflação
vai subir para em torno de 4%, 4 e pouco no ano que vem, e isso permite
que a gente continue esse processo de queda de juros", pontuou o presidente
do BC.
Ilan
Goldfajn evitou, no entanto, se comprometer com o ritmo de cortes da Selic.
"Quanto que vai ser a cada reunião, a gente só decide na
hora. Mas a gente sinalizou que, dependendo das condições
da economia, de inflação e atividade, a gente poderia, inclusive,
manter o ritmo que vínhamos adotando", disse o presidente do BC.
Na
ata do último encontro do Copom, divulgada na terça-feira,
a instituição deixou aberta a possibilidade de novo corte
de 1 ponto porcentual da Selic. "Mas isso sempre depende das condições
da economia, da nossa expectativa de quanto os juros vão chegar
ao final. É uma sinalização de que as coisas estão
indo bem, que a inflação está caindo e que vamos continuar
fazendo nosso papel", acrescentou.
Para
o presidente do BC, não há risco para a continuidade do processo
de baixa da inflação nos próximos anos. "A inflação
hoje já está correndo em patamar mais baixo. Falamos de inflação
este ano um pouquinho abaixo de 4%. No ano que vem, sobe um pouquinho.
Não vejo algum risco em continuar este processo de queda da inflação
ao longo dos próximos anos", disse.
Ilan
Goldfajn também citou a perspectiva de alta de 2% para o Produto
Interno Bruto (PIB) em 2018. "O que estamos observando é uma recuperação
gradual. Portanto, se continuarmos recuperando, a taxa de crescimento para
o ano que vem é 2% ou até mais alta", disse. "O importante
é observar se todo mês teremos algum ganho adicional. Tivemos
algum ganho de emprego neste último dado. A produção
industrial no semestre passado teve uma subida", citou. "A economia saiu
da recessão, se estabilizou e está com recuperação
gradual. Este é nosso cenário: estabilização
e recuperação gradual."
TLP
Em
outro trecho da entrevista, Ilan Goldfajn defendeu a Taxa de longo Prazo
(TLP), criada pela medida provisória 777 para substituir, a partir
de janeiro, a TJLP nos contratos do BNDES. "O que tentamos fazer é
democratizar os juros no Brasil. A taxa do BNDES é mais barata só
para alguns, para quem tem acesso. O resto fica com juros muito maior",
disse o presidente do BC. "É como ir ao cinema com meia entrada
ou entrada inteira. Quanto mais barato a meia entrada, mais cara a entrada
inteira. Nosso trabalho nessa reforma é democratizar, é ter
juro mais baixo para todo mundo."
O
presidente do BC afirmou que é natural que "quem recebe a meia entrada
vá reclamar, mas isso faz parte dos ajustes". "Não há
como tentar melhorar a economia, reduzir os juros, aumentar os juros, sem
ter algumas reclamações. Mas a maioria silenciosa vai se
beneficiar em muito com essa reforma."
Para
Ilan, o Brasil caminha para ter juros mais baixos, de forma sustentável.
"Mesmo que tenhamos subidas ou descidas ao longo do tempo, caminhamos para
ter uma média de juros mais baixa no futuro do que hoje", afirmou.
(Correio Web)
Ilan:
Dados confirmam estabilização da economia
Os
indicadores mais recentes confirmam a estabilização da economia,
disse nesta quarta-feira (3) o presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn.
Em discurso em evento fechado do banco Goldman Sachs, publicado na página
do BC na internet, ele destacou que os dados abrem perspectivas para a
retomada do crescimento depois de dois anos de recessão.
—
Após dois anos de recessão, dados recentes confirmam o cenário
de estabilização da economia. Há perspectivas de retomada
gradual da atividade econômica. Evidências sobre a recuperação
e o seu ritmo poderão ficar mais claras ao longo dos próximos
meses, mas já há sinais recentes.
De
acordo com o presidente do BC, o impacto das turbulências políticas
sobre a economia não afetou significativamente os índices
de confiança.
—
Nos últimos tempos, o aumento de incerteza percebida pelos
agentes econômicos impactou negativamente os índices de confiança.
Entretanto, a informação disponível sugere que o impacto
da queda de confiança na atividade tem sido, até o momento,
limitado, permanecendo compatível com o cenário básico
do Banco Central, que é a estabilização e a recuperação
gradual da economia brasileira.
Juros
Em
relação aos juros, o presidente do BC confirmou que as taxas
básicas continuarão a cair. Ele, no entanto, disse que o
ritmo das quedas dependerá de diversos fatores, como a evolução
da atividade econômica, o balanço de riscos, possíveis
reavaliações da estimativa da extensão do ciclo (de
redução dos juros) e expectativas de inflação.
—
A manutenção desse ritmo de queda da taxa de juros [de 1
ponto percentual], na próxima reunião do Copom [Comitê
de Política Monetária], dependerá da permanência
das condições descritas no cenário básico e
de estimativas da extensão do ciclo.
De
acordo com Goldfajn, a convergência da inflação para
o centro da meta, de 4,5%, é compatível com a atual política
de redução da taxa Selic (juros básicos da economia).
Em julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo), que mede a inflação oficial, acumulava 3% em 12 meses,
no nível mais baixo da história.
—
A convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte
relevante para a condução da política monetária,
que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível
com o processo de flexibilização monetária.
A
autoridade monetária considera “horizonte relevante” o intervalo
de cerca de dois anos.
Para
2017 e 2018, o CMN (Conselho Monetário Nacional) fixa em 4,5% o
centro da meta de inflação, com margem de tolerância
de 1,5 ponto percentual. Isso permite que o IPCA encerre os anos entre
3% e 6% sem que o Banco Central descumpra o objetivo. (Agência
Brasil)
Expectativa
de reforma anima mercado
A
percepção de que o governo de Michel Temer saiu da votação
na Câmara dos Deputados com maiores condições de negociar
a reforma da Previdência patrocinou mais um dia de demanda por risco
nos mercados domésticos de câmbio e renda fixa. Os preços
não exibiram movimentos expressivos, compatíveis com qualquer
euforia. Mas mantiveram a trajetória positiva verificada nas últimas
semanas, em meio ao fortalecimento do cenário de aprovação
de medidas que revertam a deterioração das contas públicas.
(Valor Online)
Economia Global
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EUA:
Dificuldades com emprego
Dificuldade
em preencher vaga nos EUA é a maior em mais de dez anos
Questão
é o segundo maior problema indicado pelas pequenas empresas
Os
Estados Unidos vivem um drama: a falta de talentos. Enquanto 19% das pequenas
empresas planejavam reforçar suas equipes — a maior porcentagem
em mais de uma década —, 35% deste grupo disse estar com dificuldades
para preencher as vagas em julho.
De
acordo com os dados da Federação Nacional de Empresas Independentes
divulgados nesta quinta-feira, encontrar trabalhadores qualificados foi
o segundo principal problema apontado pelas empresas. O desafio de achar
a mão de obra desejada só perde para os impostos.
Entre
as companhias que rejeitaram candidatos a vagas, 26% citaram uma falta
de habilidades específicas, enquanto 14% apontaram para habilidades
sociais abaixo da média geral, e 10% atribuíram a decisão
a questões relacionadas a drogas.
Enquanto
isso, muitos estão à procura de uma vaga no país,
onde a taxa de desemprego em junho ficou em 4,4% — o dado de julho será
divulgado nesta sexta-feira. Na quarta-feira, milhares de pessoas formaram
filas em centros de distribuição da Amazon nos EUA em busca
de uma vaga — embora os salários não fossem altos
(Blomberg/G1)
China
rebate acusações dos EUA na área comercial
O
governo da China defendeu sua atuação na área de propriedade
intelectual e pediu que os Estados Unidos continuem a cooperar no setor
comercial, no momento em que o presidente americano, Donald Trump, avalia
adotar uma postura mais dura com Pequim.
“O
governo da China tem enfatizado consistentemente a proteção
à propriedade intelectual e os resultados estão aí
para todos verem”, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio,
Gao Feng, em declarações transcritas no site da pasta. As
declarações vêm em resposta a uma reportagem do Wall
Street Journal desta semana segundo a qual os EUA planejam endurecer ações
comerciais contra a China, em cumprimento a uma das promessas de campanha
de Trump.
O
Ministério do Comércio chinês não respondeu
a uma questão sobre se planejava retaliar.
A
Casa Branca avalia se pode invocar leis pouco usadas sobre comércio
dos EUA para penalizar unilateralmente a China. O governo americano já
apontou para roubo de propriedade intelectual e a exigência para
que investidores estrangeiros compartilhem tecnologia, como dois exemplos
de práticas comerciais injustas da China.
Gao
pediu que os EUA adotem uma postura de cooperação, ao dizer
que as economias dos dois países são interligadas. “Nós
dois vencemos por meio da cooperação e nós dois perdemos
em uma briga”, comentou. Fonte: Dow Jones Newswires/Agência Estado)
Macron
e as eleições de 2018
A
eleição de Emmanuel Macron para presidente da França
foi o acontecimento político deste ano, como foi a de Trump em 2016.
Ambos eram pessoas públicas, mas emplacaram a imagem de estranhos
ao mundo político tradicional, em parte porque nunca tinham concorrido
a cargo eletivo. Os dois partiram de baixíssimas taxas de intenção
de voto no início da campanha, usaram efetivamente as mídias
sociais e fizeram campanhas lastreadas em parte na promessa de recolocar
seus países em posição de destaque no cenário
global. O sucesso dos dois teve impactos para além de seus países.
Acredito que esses se farão sentir também no Brasil, em especial
na eleição de 2018. Essa é uma eleição
que já prometia ter vários candidatos e a vitória
de Macron energizará ainda mais os potenciais concorrentes, ao indicar
que é possível se eleger presidente sem uma grande base partidária.
Mas esse não deve ser o único impacto. A eleição
de Trump animou candidatos de perfil mais populista em todo o mundo, pelo
sucesso de seu discurso nacionalista, contra importações
e imigrantes. Coincidência ou não, no Brasil os candidatos
que despontaram nas pesquisas, à esquerda e à direita, têm
apresentado um perfil mais radical, com discurso populista e apelo nacionalista.
No Brasil os candidatos que despontaram nas pesquisas têm um discurso
populista e apelo nacionalista A esquerda, que lidera as pesquisas, adota
um populismo tradicional, do "nós contra eles", buscando uma narrativa
em cima de três anos de recessão, da baixíssima popularidade
de Temer e da forte alta do desemprego, que devolveu centenas de milhares
de pessoas ao Bolsa Família. Promete resolver tudo com as mesmas
políticas que jogaram o país na crise, cuja responsabilidade
atribui a banqueiros, empresários, estrangeiros etc. À direita,
o populismo é o da defesa da lei e da ordem, uma plataforma que
levou Rodrigo Duterte à Presidência das Filipinas. O discurso
também ataca minorias que têm obtido maior espaço na
sociedade em anos recentes, em especial o movimento LGBT. A economia, por
outro lado, não tem tido, nem deve ter, destaque na sua plataforma.
Macron produziu outro tipo de animação: a dos eleitores órfãos,
que agora esperam que surja um candidato competitivo de centro, de fora
do sistema político tradicional, o que entre outras coisas significa
distância das falcatruas reveladas pela Lava-Jato. Será essa
uma esperança razoável? Me parece que sim. Além do
descontentamento com os políticos tradicionais, o Brasil se assemelha
à França pelo largo espaço aberto no centro pelo radicalismo
dos candidatos mais competitivos à esquerda e à direita.
Assim, a eleição de Macron deve muito ao fato de este ano
os partidos tradicionais terem escolhido seus candidatos, pela primeira
vez, com base em prévias. Como se tem visto também nas eleições
americanas, esse sistema empurra os candidatos para longe do centro, para
vencerem as prévias, e depois não dá tempo para se
reapresentarem como moderados quando a eleição chega. A eleição
no Brasil também se parece com a da França na economia, pelo
menos, pela natureza dos problemas enfrentados pelos dois países,
guardadas as devidas proporções. Os dois países têm
um problema de baixa competitividade e crescimento anêmico e necessitam
melhorar os resultados fiscais. A agenda de reformas de Macron tem vários
elementos em comum com a que vem sendo perseguida pelo governo Temer: redução
do déficit público, reforma da previdência, reforma
trabalhista, reforma política etc. Esse candidato hipotético
de centro poderia seguir outros quatro exemplos de Macron. Primeiro, ser
claro e direto sobre as reformas que pretende fazer. Se ele tiver a transparência
de Macron, pode construir em cima do amadurecimento em curso na sociedade
brasileira sobre a necessidade de reformas. Segundo, ainda que perseguindo
uma agenda liberal, Macron evitou atacar símbolos, dessa forma se
contrapondo ao discurso mais radical de François Fillon. Assim,
por exemplo, ele não atacou o limite legal de 35 horas de trabalho
semanal, mas quer aprovar a prevalência do negociado sobre o legislado,
como fez o Brasil este ano, o que permitirá ignorar esse limite,
se as partes quiserem. Na previdência, não vai mexer na idade
mínima, de 62 anos, mas unificar os 37 diferentes regimes previdenciários
e adotar regras parecidas com as da Suécia, fazendo o benefício
proporcional às contribuições feitas ao longo da vida.
A plataforma de Macron também incluía uma política
social focada em igualar oportunidades. O simbolismo também esteve
presente em medidas baratas, mas populares, como mais facilidades para
obter óculos e dentaduras, e outras mais caras, mas focadas, como
reduzir encargos sociais para trabalhadores de baixa renda e reforçar
a educação inicial em bairros pobres. Por fim, Macron fez
uma campanha otimista e de esperança, que se contrapôs ao
discurso de raiva e medo de seus concorrentes, também essa uma oportunidade
que se repete no Brasil. Nenhuma eleição é igual a
outra, menos ainda em países diferentes. Para vencer, Macron precisou
de trabalho, inteligência, dinheiro, ambição e sorte.
Mas vale a pena considerar essas lições ao analisar a movimentação
dos candidatos no próximo ano e pouco. (Armando Castelar
Pinheiro - Valor Online)
Mercado Financeiro
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Bolsa
e dólar em queda
Investidores
embolsam lucro após vitória de Temer e Bolsa recua 0,5%
Investidores
aproveitaram a quinta-feira (3) para embolsar lucro após cinco sessões
seguidas de alta da Bolsa brasileira e depois de os aliados do presidente
Michel Temer conseguirem barrar, no Congresso, a denúncia contra
o peemedebista por corrupção passiva. O dólar fechou
cotado a R$ 3,11.
O
índice Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas
no mercado brasileiro, caiu 0,53%, para 66.777 pontos. O volume da sessão
foi de R$ 6,94 bilhões, abaixo da média diária do
ano (R$ 7,88 bilhões).
No
mercado cambial, o dólar teve pouca variação nesta
quinta. O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização
de 0,22%, para R$ 3,114. O dólar à vista recuou 0,13%, para
R$ 3,113.
A
queda da Bolsa era esperada por analistas de mercado, não só
pelas cinco altas anteriores, mas também porque os investidores
costumam reagir mais à expectativa de uma notícia do que
à concretização do fato em si, diz Ignácio
Crespo, economista da Guide Investimentos.
"Houve
uma correção após a votação de ontem
[quarta-feira] e a vitória do Temer", diz. Para ele, olhar apenas
para o número de votos que ajudaram a barrar a denúncia contra
o presidente é "subestimar a força que Temer mostrou."
"Quem
se ausentou ou se absteve contribuiu para que a denúncia não
avançasse. Então ele teria um número de votos perto
de 290. Não é tão longe do necessário para
aprovar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), 308", afirma.
FOCO
NA REFORMA
Julio
Hegedus, economista da consultoria Lopes Filho, também avalia a
queda desta quinta como técnica. "A preocupação agora
é com a meta fiscal, que deve ser revista. O governo herdou um quadro
fiscal ruim nos últimos dois anos. Há uma forte rigidez das
despesas, os encargos cresceram muito nos últimos anos".
Para
ele, a situação fiscal do país é delicada.
"O rombo é muito elevado, é um ajuste muito ambicioso que
deve ser feito".
Em
análise divulgada nesta quinta, a consultoria de risco político
Eurasia Group avalia que Temer saiu fortalecido após a vitória
na Câmara.
"Vemos
a votação desta noite [quarta-feira] como tendo duas repercussões:
reforça as chances de sobrevivência de Temer no gabinete e
dá à administração condições
de começar a renegociar uma versão menor da reforma da Previdência."
Nesta
quinta, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) já sinalizou que
o governo se mexe para tentar encaminhar a reforma o quanto antes. Segundo
ele, a reforma da Previdência deve ser votada na Câmara e no
Senado até outubro. O ministro disse também que a previsão
é que a reforma tributária seja votada logo em seguida, entre
outubro e novembro.
AÇÕES
O
dia foi de realização de lucros na maioria das ações
negociadas na Bolsa. Dos 59 ativos, 40 encerraram a sessão em baixa.
Os
papéis da Petrobras recuaram, em linha com a desvalorização
dos preços do petróleo no exterior. As ações
mais negociadas da estatal caíram 1,48%, para R$ 13,31. As ações
que dão direito a voto fecharam em baixa de 1,50%, para R$ 13,82.
As
ações da mineradora Vale também encerraram a sessão
com queda, apesar da alta de 0,87% dos preços do minério
de ferro. Os papéis mais negociados da empresa tiveram queda de
1,04%, para R$ 28,59. As ações ordinárias caíram
1,38%, para R$ 30,68.
No
setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco se desvalorizaram
0,23%. As ações preferenciais do Bradesco perderam 0,03%,
e as ordinárias tiveram queda de 1,83%. As units –conjunto de ações–
do Santander Brasil recuaram 1,29%. Na contramão, as ações
do Banco do Brasil subiram 0,66%.
As
maiores altas do Ibovespa foram registradas pelas ações da
Eletrobras. As preferenciais subiram 4,24%, e as ordinárias tiveram
alta de 2,98%.
Os
papéis da elétrica Cesp tiveram alta de 1,93% após
o governo do Estado de São Paulo divulgar o edital de privatização
da empresa.
RISCO
O
enfraquecimento da moeda americana acompanhou a queda do dólar no
exterior. Das 31 principais divisas do mundo, 18 ganharam força
em relação ao dólar.
O
CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) recuou
1,53%, para 201,1 pontos. O termômetro de risco-país está
no menor patamar desde 16 de maio, quando fechou a 196,9 pontos.
No
mercado de juros, as taxas refletiram o alívio dos investidores.
O contrato com vencimento em janeiro de 2018 teve queda de 8,210% para
8,185%. O contrato para janeiro de 2019 recuou de 8,020% para 7,980%
(DANIELLE BRANT - Folhapress)
Ibovespa
recua após cinco pregões de alta
Depois
de acumular cinco dias consecutivos de alta, a bolsa de valores passou
por uma correção de preços no dia seguinte à
vitória do presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
Apesar da queda, analistas mantêm a análise de que o evento
foi positivo porque tirou uma incerteza e recolocou de volta no radar a
possibilidade de que o governo poderá encaminhar a reforma da Previdência
- esperança que havia sido praticamente eliminada. (Valor
Online)
Dólar
recua ante moedas fortes
O
dólar recuou ante outras moedas fortes nesta quinta-feira, 3, influenciado
pela notícia de que o conselheiro especial Robert Mueller, que comanda
a investigação independente sobre a suposta interferência
russa nas eleições americanas de 2016, convocou um grande
júri para o caso.
No
fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 109,93 ienes
e o euro subia para US$ 1,1886.
Na
tarde desta quinta-feira, o Wall Street Journal informou, por meio de fontes,
que Mueller convocou um grande júri para dar prosseguimento à
investigação sobre a suposta interferência do Kremlin
nas eleições dos EUA. O grande júri, que começou
o trabalho nas últimas semanas, é um sinal de que as investigações
de Mueller devem avançar nos próximos meses. O porta-voz
de Mueller, Joshua Stueve, se recusou a comentar o assunto. Grandes júris
são ferramentas de investigação que permitem que procuradores
exijam documentos, intimem testemunhas e entrem com acusações,
caso haja evidência de crime.
Além
disso, a rede de TV CNN informou que, ao passo em que avançam as
investigações sobre o caso Rússia, Mueller aumentou
o foco em possíveis crimes financeiros. Segundo pessoas familiarizadas
com o assunto, mesmo as investigações que não têm
nada a ver com a Rússia, mas envolvem sócios de Trump, estão
sendo encaminhadas a Mueller para encorajar os envolvidos no caso a cooperar.
Durante
a manhã, a libra perdeu força após a decisão
de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla
em inglês), que manteve inalterada a taxa básica de juros
na mínima histórica de 0,25%. Além disso, o BoE rebaixou
as expectativas para o crescimento do Reino Unido tanto neste ano quanto
no próximo.
“Com
os anúncios de política monetária do BoE e do Banco
da Reserva da Austrália (RBA), o nosso foco se volta agora para
o relatório de empregos dos EUA (payroll), a ser divulgado nesta
sexta-feira”, disse Kathy Lien, da BK Asset Management. (Agência
Estado)
UniAbrapp:
Treinamento com inovação
?Treinamento
que funciona pressupõe não apenas ensino de qualidade, mas
também inovação, uma busca permanente por temas sobre
os quais as entidades e seus profissionais precisam saber mais para melhor
se qualificarem e assim atender as demandas novas que não param
de surgir. Esse é o desafio que a UniAbrapp entende como seu e,
prova disso, é não só a oferta repetida de cursos
que figuram entre os mais procurados, mas também e principalmente
o lançamento de novos agora no segundo semestre.
Começando
pela oferta de curso que já é sucesso, estão abertas
as inscrições para mais duas edições do programa
Exercício da Função de Conselheiro, com uma apresentação
em Brasília - início das aulas em 21 de agosto – e uma outra.
em São Paulo – começo em 28 de agosto.
O
ponto forte desse treinamento é o enfoque direcionado ao papel e
a responsabilidade dos Conselhos das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar e sua relação com a gestão. É
dada especial ênfase nas questões práticas e mais essenciais,
sublinhando aquelas sobre as quais cabe aos conselheiros decidir e monitorar.
Somando
mais de 400 profissionais já qualificados, o programa conta com
72 horas de treinamento divididas em 5 módulos, mantendo a metodologia
didática própria da UniAbrapp - centrada não apenas
na assimilação do conteúdo, mas também na adesão
dos conceitos ministrados, de forma a instrumentalizá-los para a
sua aplicação no trabalho.
Além
disso, os participantes poderão participar do processo de Certificação
por Capacitação do ICSS, com ênfase em administração,
através do cumprimento dos critérios de frequência
e nota mínima na média das avaliações aplicadas
ao longo do treinamento.
Para
mais informações e acesso às inscrições
acesse: Brasília - http://www.uniabrapp.org.br/cons_edicao8.htm
e São Paulo - http://www.uniabrapp.org.br/cons_edicao9.htm
O
que há de novo - Já as novidades começam no
dia 30 de agosto, em São Paulo, onde será ministrado o novo
módulo de estratégia e gestão da Trilha de Governança,
o curso: Ferramentas para o Tratamento da Reputação na Era
da Transparência e Riscos. O título diz tudo e já mostra
um evento impregnado dos desafios que ameaçam a imagem.
No
comando estarão dois nomes de peso no Sistema, a advogada Aparecida
Pagliarini e a Mestre em Gestão da Comunicação com
ênfase em Governança Corporativa, Tânia Baitello. O
treinamento abordará não só os critérios para
elaboração e revisão periódica do Código
de Condutas, mas, também, o papel do Comitê encarregado da
sua gestão e aplicação e dos colegiados responsáveis
pela gestão e fiscalização da entidade, já
que são eles o espelho que reflete as ações desenvolvidas.
A participação concede 8 créditos para o PEC do ICSS
e, para obter mais informações, acesse: http://www.uniabrapp.org.br/gov_estrategia2.htm
Tecnologia
da informação - O mês de setembro também está
repleto de boas notícias, começando pelo lançamento
de uma grade completa, envolvendo os cursos da Trilha de Tecnologia da
Informação. A TI tornou-se elemento essencial em todos os
mercados e o nosso Sistema não fica fora desse processo. Hoje, a
TI é forte instrumento de apoio à governança, aos
controles, à comunicação e relacionamento, à
eficiência operacional da entidade e à sua evolução
competitiva, especialmente considerando que as novas gerações
já trazem a tecnologia como parte de sua rotina. Por várias
características históricas-estruturais e, ainda hoje, por
limitação de investimentos no próprio negócio,
as EFPCs de forma geral sofrem com algumas carências nesse campo.
Além disso, a TI possibilita também soluções
de baixo custo e alto impacto, essenciais para a conservação
e fomento do Sistema. Para mais informações sobre a Trilha
completa, acesse: http://www.uniabrapp.org.br/tri_ti.htm
O
primeiro módulo da Trilha de TI, o curso: TI a um 1-Click, será
ministrado no dia 14 de setembro, na sede da UniAbrapp, em São Paulo,
pelo especialista Glauco Milhomem Balthar, e fornecerá conceitos
e um panorama de como as áreas ou processos de TI estão estruturados.
Ao mesmo tempo em que mostrará aos alunos os diversos aspectos de
TI, que envolvem infraestrutura, aplicações, processos e
governança. Acesse http://www.uniabrapp.org.br/ti_fundamentos.htm
e inscreva-se.
Embalando
esta maré de lançamentos, a Trilha de Atuária agregará
um novo módulo à sua grade, o curso: Descomplicando a Matemática
Financeira para as EFPC – com HP12C, que será apresentado no dia
26 de setembro, pela especialista Claudia Campestrini. O treinamento fornecerá
os conceitos básicos da matemática financeira, relacionados
às práticas rotineiras das EFPC e evidenciando o valor
do dinheiro no tempo (valor presente e valor futuro); os regimes financeiros:
juros simples e juros compostos; taxas equivalentes: nominal, efetiva e
real; rendas certas: imediatas e diferidas, antecipada e postecipada; sistemas
de amortizações: progressivo (sistema price) e constante;
além de casos práticos. A participação confere
8 créditos para o PEC do ICSS. Para mais informações,
acesse: http://www.uniabrapp.org.br/atu_fundamentos2.htm
Acesse
o calendário completo e confira todos os cursos disponíveis
em http://www.uniabrapp.org.br/agenda.htm (Jorge Wahl
- Diário da Previdência Complementar Fechada)
22º
Congresso Abramge e 13º Congresso Sinog
Entre
os dias 17 e 18 de agosto serão realizados os 22º Congresso
Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde)
e 13º Congresso Sinog (Sindicato Nacional de Odontologia de Grupo),
em São Paulo, no Hotel Renaissance.
No
evento, voltado à Saúde Suplementar, o cenário da
saúde e as perspectivas para os próximos 5 anos são
temas de destaque. E, para tratar do assunto, foram convidados os principais
CEOs do Brasil e do mundo: Barbara Crawford da Kaiser Permanente, Helton
Freitas da Unimed Seguros, Claudio Lottenberg da UnitedHealth Group Brasil,
Maurício Lopes da SulAmérica Saúde, Manoel Peres do
Bradesco Saúde.
Gerson
Camarotti e João Borges, ambos da Rede GloboNews, terão a
difícil missão de traçarem uma perspectiva para os
próximos anos em relação ao Cenário Político
nacional.
Evento
imperdível para gestores de saúde e profissionais de saúde
suplementar que desejam estarem atualizados e, sobretudo, preparados para
os desafios, oportunidades e mudanças previstas.
Para
mais informações acesse o site do evento www.abramge.com.br/congresso
(Abramge/AssPreviSite)
ANS
propõe mudar regras de portabilidade em planos de saúde
Propostas
foram colocadas em consulta pública e preveem fim de carência
adicional para trocar de plano e portabilidade para planos coletivos.
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta
quinta-feira (3) que vai mudar as regras para fazer a portabilidade de
operadora de planos de saúde. O assunto foi colocado em consulta
pública para receber sugestões da sociedade antes de entrar
em vigor.
Uma
das principais mudanças propostas é o fim da chamada “janela”,
tempo mínimo que o beneficiário precisa esperar para mudar
de plano. Hoje, o pedido de troca tem uma carência de 120 dias contados
após o 1º dia do mês de aniversário do contrato.
Segundo
a ANS, com a nova regra, a troca de plano poderá ser feita a qualquer
momento após o prazo de permanência ser cumprido. A regra
atual, segundo a ANS, impede que beneficiários que não são
adequadamente assistidos pela operadora deixem imediatamente o plano.
Planos
coletivos e cobertura
A
norma proposta também amplia a portabilidade para beneficiários
de planos coletivos empresariais, que contempla 66,4% dos beneficiários
de planos médico-hospitalares, ou cerca de 31,5 milhões de
pessoas. Pela norma em vigor, apenas beneficiários de planos individuais
ou familiares e coletivos por adesão podem fazer a portabilidade.
Outra
medida é a que a exigência em se contratar um tipo de cobertura
compatível com a do plano anterior seja substituída pela
exigência de carências para as coberturas não previstas.
Ou seja, o beneficiário cumpriria a carência apenas para as
coberturas que não existiam no outro plano.
Segundo
a ANS, a compatibilidade por tipo de cobertura restringe o acesso de muitos
beneficiários que não encontram planos compatíveis,
"pois há uma grande concentração de planos classificados
em internação com obstetrícia e pouca oferta de planos
de internação sem obstetrícia ou sem internação".
Portabilidade
de carências
A
portabilidade de carências foi instituída em 2009, inicialmente
apenas para beneficiários de planos de contratação
individual ou familiar. Depois, o benefício foi estendido também
aos beneficiários de planos coletivos por adesão e surgiu
a portabilidade especial de carências para situações
especiais, por motivos alheios à vontade do beneficiário.
Os
materiais da consulta pública nº 63 estão disponíveis
no site da ANS. As contribuições deverão ser enviadas
de 10 de agosto a 11 de setembro.
Entenda
as propostas de novas regras para planos da ANS:
•
Fim da 'janela'
Como
é hoje: Hoje, o pedido de troca de plano tem uma carência
de 120 dias contados após o 1º dia do mês de aniversário
do contrato.
Como
deve ficar: O beneficiário não precisará mais cumprir
o tempo mínimo para mudar de plano. Hoje, o pedido de troca tem
uma carência de 120 dias contados após o 1º dia do mês
de aniversário do contrato.
•
Planos coletivos
Como
é hoje: Pela norma em vigor, apenas beneficiários de planos
individuais ou familiares e coletivos por adesão podem fazer a portabilidade.
Como
deve ficar: A norma proposta amplia a portabilidade para beneficiários
de planos coletivos empresariais.
•
Cobertura compatível
Como
é hoje: Para trocar de plano, é preciso encontrar um plano
com cobertura compatível.
Como
deve ficar: A exigência em contratar um tipo de cobertura compatível
com a do plano anterior pode ser substituída pela exigência
de carências para coberturas não previstas. Ou seja, o beneficiário
cumpriria a carência apenas para as coberturas que não existiam
no outro plano. (G1)