Previdência
- Clipping de Notícias - 26.06.2012
Notícias dos principais jornais sobre
o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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com esta finalidade. Gratos)
O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Atenção - Foi transferida para julho a reunião sobre as mudanças nos projetos de educação para 2013 (nova data será informada em breve). Será um momento oportuno para melhor entendimento, visão e debate sobre as novidades que devem se apresentar para o novo ano. Assim, em julho, vamos promover uma reunião de esclarecimentos, interação e avaliação das tendências, impactos e mudanças com o tema "Reflexões sobre Educação Financeira e Previdenciária - Mudanças a Caminho", no Rio de Janeiro. A reunião tem uma taxa de adesão de R$ 200,00 (duzentos reais). Informações adicionais pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,0660, com alta de 0,1% em relação ao fechamento da sexta-feira. A Bolsa de Valores de S.Paulo o Ibovespa fechou a segunda-feira em queda de 2,95%, com o volume financeiro no patamar de R$ 3,65 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones da Bolsa de Valores de Nova York fechou o dia em queda de 1,09%, e a Nasdaq caiu 1,95%.
AssPreviSite
Reunião
sobre Educação Previdenciária é transferida
para julho
Em nova data
a reunião objetiva a preparação do programa para 2013
Nova data será
divulgada em breve!
Seminário:
Previdência Pública no Entorno de Brasília
Evento acontece nesta terça
(26), a partir das 9h, no MPS
Hoje o Ministério
da Previdência Social promoveo Seminário “A importância
dos Regimes Próprios de Previdência”. O objetivo do evento
é debater ferramentas essenciais para a gestão de Regimes
Próprios de Previdência Social (RPPS). O foco é a gestão
nos municípios localizados no entorno do Distrito Federal.
O seminário trará
um debate sobre as informações essenciais a gestão
destes municípios, como a necessidade de ter equilíbrio financeiro
e atuarial em seus RPPS. Outro ponto a ser abordado no evento é
a estruturação de bancos de dados de âmbito nacional
dos servidores públicos, com apresentação de soluções
de tecnologia da informação, através dos Sistemas
de Regimes Próprios de Previdência Social. O intuito é
encontrar alternativas e soluções para o aprimoramento dos
RPPS do entorno.
Data: 26/6
Horário: das 09h
às 17h
Local: Auditório
do Ministério da Previdência Social, Edifício Sede,
Térreo, Bloco F Esplanada dos Ministérios Brasília
– DF (Natália Oliveira - Ascom/MPS)
AssPreviSite:
Reunião é transferida para julho
Em razão de compromissos
inadiáveis da agenda de nossos convidados, a reunião foi
transferida para julho. A nova data será informada em breve.
O foco permanece para um
econtro de entendimento e reflexão sobre os tópicos que envolvem
as diretrizes apresentadas até aqui pela PREVIC e como estes aspectos
irão direvionar e impactar nos programas das entidades..
Este ano, em especial, um
patamar diferenciado se apresenta e um posicionamento sobre este contexto
se faz necessário antes do Planejamento, Orçamento e Ações
das EFPCs para 2013 - O prazo de apresentação dos programas
é 31 de outubro.
Vamos começar já!
Afinal este assunto concorrer no segundo semestre com tantos também
relevantes em sua entidade.
A reunião de esclarecimentos,
interação e avaliação das tendências,
impactos e mudanças acontece em julho, com o tema "Reflexões
sobre Educação Financeira e Previdenciária - Mudanças
a Caminho". A reunião tem uma taxa de adesão de R$ 200,00
(duzentos reais).
Venha apurar a sua visão
e entendimento sobre este novo patamar e estágio da Educação
Financeira e Previdenciária. Compartilhe com várias entidades
e especialistas as bases que deverão nortear o planejamento das
ações do seu processo,
Informações
adicionais pelo e-mail assprevisite2@terra.com.br (AssPreviSite)
Previ
descarta vender fatia na Vale
O diretor de participações
da Previ, Marco Geovanne, afirmou que o fundo de pensão não
pretende vender qualquer percentual da participação que possui
na Vale para se adequar às normas da Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador
do setor. "Não vou vender papéis da Vale. Isso tudo é
um processo que tem de ser feito com as melhores práticas do mercado",
afirmou Geovanne.
De acordo com as regras
da Previc, nenhum fundo pode ter mais que 25% do capital de uma companhia
e nenhuma empresa pode representar mais de 10% do portfólio de um
fundo. No caso da Vale, a mineradora representa cerca de 36% do portfólio
de aproximadamente R$ 100 bilhões da Previ. Os fundos têm
até 2014 para se adequar às regras.
"Precisaremos negociar mais
prazo. Temos um acordo de acionistas na Vale que vai até 2017. Há
um descasamento [entre o prazo da Previc e nosso acordo de acionistas].
Temos um acordo de acionistas e estamos satisfeitos em fazer parte disso.
É fundamental para o nosso portfólio a participação
na Vale", acrescentou Geovanne.
O atual momento do mercado
de ações, que está em baixa, é um outro empecilho
para a Previ pensar em se desfazer das ações da Vale, na
avaliação do diretor.
"As condições
de mercado não são adequadas para pedir enquadramento. Tudo
depende muito do mercado. Uma das primeiras lições que aprendemos
em finanças é a de comprar na baixa e vender na alta. Tudo
será negociado com o regulador", disse ele.
Geovanne disse que a participação
da Vale no portfólio da Previ atingiu um alto percentual devido
à grande valorização dos papéis na mineradora
na bolsa.
"A Previ não pode
ser punida pelo sucesso da Vale", afirmou, depois de participar da Conferência
Anual da International Corporate Governance Network (ICGN), no Rio. (Valor
Online)
Previ:
Investimento de 6% em imóveis até fim do ano
A Previ, fundo de pensão
dos funcionários do Banco do Brasil (BB), tem como meta chegar ao
fim do ano com 6% de seu portfólio investido em imóveis,
segundo Marco Geovanne, diretor de Participações da instituição,
para quem não há bolha imobiliária no País.
Atualmente, investimentos imobiliários representam entre 4,5% e
5% da carteira da Previ. O alvo são prédios comerciais e
shopping centers. "Percebemos que o mercado (imobiliário) cresceu
muito, mas percebemos ainda demanda muito grande por espaço. Temos
muitos prédios que alugamos e esses prédios têm procura
bastante forte, principalmente no eixo Rio-São Paulo", afirmou Geovanne,
discordando da existência de bolha no mercado de imóveis,
após participar de conferência sobre governança corporativa,
nesta segunda-feira, no Rio. No mercado de ações, o planejamento
de investimentos da Previ foca em três setores: petróleo e
gás, consumo e infraestrutura. As participações em
consumo estão concentradas no setor de shopping centers. "Queremos
aproveitar o crescimento de renda do brasileiro, a queda do desemprego.
Apesar de todo o cenário conturbado lá fora, há oportunidades
na área de consumo", disse Geovanne, destacando galpões logísticos
como um investimento complementar. (Agência Estado)
Nucleos:
Recertificação ISO 9001
O Nucleos obteve a recertificação
da Norma ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade
para o período de 2012 a 2015. Entre os dias 13 e 15 de junho, o
Instituto passou pela terceira vez por auditoria da empresa Bureau Veritas
Certification – BVC, líder mundial em certificação
de Qualidade, e manteve a certificação, que abrange o escopo
Gestão de Planos de Benefícios de Entidades Fechadas de Previdência
Complementar.
Segundo o auditor líder
da empresa Bureau Veritas Certification – BVC Sr. Marcos Santos Vahia de
Abreu, cada vez que retorna ao Nucleos para realizar a auditoria, se surpreende
com a evolução do Instituto.
Este resultado demonstra
o esforço, superação, união e cooperação
não só da equipe do Nucleos, como também a compreensão
dos participantes e assistidos pelo bem comum que é construir uma
entidade cada vez melhor, com profissionalismo e competência. A excelência
nos serviços oferecidos é o foco do Instituto e, portanto,
a especialização e qualificação do seu corpo
técnico e da sua administração são características
que nunca poderão ficar em segundo plano. (Nucleos/AssPreviSite)
Banesprev:
Comunicados - Adequações de regulamentos
ADEQUAÇÃO
DOS REGULAMENTOS DOS PLANOS BANESPREV I
As adequações
efetuadas no Regulamento do Plano BANESPREV I, aprovadas pelo Conselho
Deliberativo ao Banesprev, em 13/12/2011, e disponibilizadas em nosso site
em 06/02/2012, foram submetidas a aprovação da PREVIC - Superintendência
Nacional de Previdência Complementar.
Analisando o expediente,
àquela Superintendência, para fins de aprovação,
solicitou/determinou ajustes de redação nas adequações
propostas.
Referidos ajustes serão
submetidos ao Conselho Deliberativo do Banesprev em reunião de 25/06/2012.
ADEQUAÇÃO
DOS REGULAMENTOS DOS PLANOS BANESPREV III
As adequações
efetuadas no Regulamento do Plano BANESPREV III, aprovadas pelo Conselho
Deliberativo ao Banesprev, em 13/12/2011, e disponibilizadas em nosso site
em 06/02/2012, foram submetidas a aprovação da PREVIC - Superintendência
Nacional de Previdência Complementar.
Analisando o expediente,
àquela Superintendência, para fins de aprovação,
solicitou/determinou ajustes de redação nas adequações
propostas.
Referidos ajustes serão
submetidos ao Conselho Deliberativo do Banesprev em reunião de 25/06/2012.
(Banesprev/AssPreviSite)
Fibra:
Pesquisa de opinião
Como faz todos os anos,
a Fibra acionou neste mês uma de suas principais ferramentas para
medir o índice de satisfação dos seus participantes.
Até meados de julho,
por meio de um instituto de pesquisasespecializado, a Fibra vai ouvir aleatoriamente
a opinião de seus participantes ativos e assistidos.
Conforme Silvio Renato Rangel
Silveira (diretor superintendente), “usamos a pesquisa de opinião
como uma ferramenta preciosa para detectar as melhorias e mudanças
necessárias; e seu resultado tem contribuído sobremaneira
para a busca da excelência na qualidade dos serviços prestados
pela entidade”. (Fibre/AssPreviSite)
Fundação
CEEE: Entidade conclui processo eleitoral
Com 6.772 votos válidos
apurados, a Fundação CEEE concluiu, nesta segunda-feira,
25 de junho, o processo eleitoral 2012. Cláudio Grimaldi Pedron
foi eleito
para o Conselho Deliberativo
com 3.697 votos (54,59%); Antonio de Pádua Barbedo recebeu 3.944
votos (58,24%) e ocupará uma das vagas no Conselho
Fiscal; Manuel Antonio Ribeiro
Valente foi eleito para compor a Diretoria Executiva com 3.971 votos (58,64%).
O edital com a relação
dos eleitos será publicado na imprensa no dia 28 de junho.
O resultado do escrutínio
está publicado na internet no seguinte endereço eletrônico:
https://www.fundacaoceee.com.br/eleicoes_2012/resultados.php
(Fundação CEEE/AssPreviSite)
Fundos:
CVM aplica multa de R$ 20 mi
Caso é 1º de
prática desleal contra fundo de pensão
EM decisão inédita,
a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou ontem 12
corretoras e investidores suspeitos de práticas desleais de mercado
contra um fundo de pensão na BM&FBovespa.
Ao todo, foram aplicados
cerca de R$ 20 milhões em multas e a perda da habilitação
como operador de um dos envolvidos. Cabe recurso da decisão.
O processo envolvia 93 réus
(pessoas físicas e jurídicas). Eles foram apontados como
responsáveis por rombo de R$ 17,3 milhões no Prece, o fundo
de pensão dos funcionários da companhia de água e
esgoto do Estado do Rio de Janeiro.
É a primeira vez
que a CVM aplica punição por problemas envolvendo fundo de
pensão.
No processo, foram absolvidos
os empresários Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, e
Luis Felippe Índio da Costa, do banco Cruzeiro do Sul. (Folha
de S.Paulo)
Fundos:
CVM absolve Cavendish e Indio da Costa
Em resultado inédito
em julgamento sobre golpes contra fundos de pensão, a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) aplicou multas que ultrapassaram os
R$ 20 milhões. Em julgamento que levou 77 pessoas e instituições
ao banco dos réus, a autarquia considerou apenas 12 culpados, embora
tenha identificado diversas operações consideradas suspeitas,
mas que não tiveram indícios fortes o suficiente para uma
condenação.
Foram investigadas seguidas
operações realizadas entre 2002 e 2003 em diversas corretoras
de valores, em detrimento do fundo de pensão dos funcionários
da Cedae (Prece) - por conta do longo tempo decorrido, o valor das multas
ainda terá de ser atualizado.
Em operações
realizadas com derivativos no mercado futuro da BM&FBovespa com dólar,
juros e índice Bovespa, as operações feitas num mesmo
dia ('intraday') com lucro eram direcionadas para clientes e funcionários
da corretora, enquanto as perdas eram atribuídas ao Prece. Isso
só era possível porque na época as operações
não precisavam ser registradas no momento em que a ordem era dada
pelo investidor.
Entre os acusados que foram
absolvidos, estão o empresário Fernando Cavendish, Luis Felippe
Indio da Costa e a própria corretora Cruzeiro do Sul, além
de José Roberto Funaro e Lúcio Bolonha Funaro, envolvidos
no esquema do mensalão.
Entre os principais condenados,
estão investidores relacionados com a corretora Quality, que teria
operado em favor de clientes e funcionários. A corretora era também
a gestora e administradora de fundos de investimento em que a Prece aplicava,
o que permitia que as perdas fossem repassadas ao fundo sem que houvesse
questionamentos por parte dos gestores. Os responsáveis pela Prece
foram absolvidos porque a CVM entendeu que não teriam condições
de perceber as práticas desfavoráveis realizadas pontualmente,
já que a política de investimentos era de longo prazo.
A Quality terá que
pagar multa de R$ 2,089 milhões. Marcos Cesar de Cássio Lima,
um dos diretores da corretora, foi multado em R$ 5,301 milhões e
foi inabilitado de exercer qualquer função no mercado de
capitais por 10 anos, seja de gestor ou administrador de carteiras. Além
de ter permitido o esquema, ele chegou a atuar em nome próprio.
Pessoas ligadas à
corretora também tiveram multas expressivas, como David Jesus Gil
Fernandez, que precisará pagar R$ 2,459 milhões.
Um outro grupo de acusados
foi condenado por ter relações pessoais ou profissionais
com Carlos Eduardo Carneiro Lemos, que era gerente de investimentos da
Prece e também atuou em nome próprio no mercado, por meio
da corretora Novinvest, que acabou sendo absolvida. O executivo foi multado
em R$ 3,362 milhões.
Pessoas ligadas a ele e
que operaram na mesma corretora também tiveram multas milionárias,
como Rogéria Costa Beber, multada em R$ 3,008 milhões, além
de Ricardo Siqueira Rodrigues, multado em R$ 760,3 mil e Cristiano Costa
Beber, multado em R$ 591 mil.
A CVM já tinha julgado
casos parecidos, sobre prática não equitativa - em que alguns
clientes são tratados de maneira diferenciada - como o do Centrus,
fundo de pensão dos funcionários do Banco Central, e o Postalis,
dos Correios, mas nunca ninguém havia sido condenado. (Juliana
Ennes - Valor Online)
Fundos:
CVM pune 12 entre 77 no fundo Prece
Em julgamento envolvendo
77 pessoas e instituições, para apurar participação
em um suposto esquema operado com a finalidade de direcionar bons negócios
realizados no mercado a clientes específicos e maus negócios
a determinados fundos da Prece Previdência Complementar, a Comissão
de Valores Mobiliários aplicou, nesta segunda-feira penalidades
em 12 dos acusados, que vão de multas a suspensão de atividades.
A maior multa, no valor
de R$ 5,3 milhões foi para Marcos Cesar de Cássio Lima, na
qualidade de diretor da Quality CCTVM S.A., pela imputação
de efetuado negócios em nome próprio configurando-se práticas
não equitativas recebendo, também, a penalidade de inabilitação
temporária, pelo período de dez anos
Entre as instituições,
a Quality CCTVM S.A., na qualidade de intermediária, foi multada
em R$ 2,08 milhões por efetuar práticas não equitativas.
A multa é equivalente a 50% do valor das operações
irregulares por ela intermediadas. Rogéria Costa Beber, também
por práticas não equitativas, foi multada em R$ 3 milhões.
(Jornal Monitor Mercantil)
Fundos:
CVM multa 12 no caso Prece
Ontem a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) condenou, pela primeira vez, investidores
e gestores por golpes contra fundos de pensão através de
operações no mercado futuro. A xerife do mercado de capitais
aplicou multas que ultrapassam R$ 20 milhões em operações
entre corretoras e o fundo de pensão Prece, dos funcionários
da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), a empresa estadual
de saneamento e distribuição de água do governo fluminense.
Entre os 77 julgados constavam
os empresários Fernando Cavendish e Luís Felippe Índio
da Costa - que enfrentam denúncias de fraude em suas empresas, a
Delta Construções e o Banco Cruzeiro do Sul -, absolvidos
por insuficiência de provas de envolvimento no esquema, que beneficiava
clientes de sete corretoras em prejuízo de fundos que tinham a Prece
como cotista.
Também foram investigados
e absolvidos no processo Lúcio Bolonha Funaro e José Roberto
Funaro, envolvidos como doleiros no caso do Mensalão, em 2005. As
operações, que geraram prejuízos de R$ 17,3 milhões
ao Prece, ocorreram entre outubro de 2002 e outubro de 2003.
A CVM condenou dois grupos
de investidores por se beneficiarem das chamadas práticas não-equitativas,
que se configura quando há tratamento desleal de clientes por uma
corretora, em benefício próprio ou de outros clientes.
O primeiro grupo em um esquema
liderado pela corretora Quality e seus diretores Marcos César Cassio
Lima e David Jesus Fernandez. A condenação veio porque a
Quality era ao mesmo tempo administradora, gestora e corretora de sete
fundos da Prece que tiveram perdas com as operações.
No caso de Lima, ele recebeu
multa de R$ 5,3 milhões, a maior do caso, e foi proibido de atuar
como profissional do mercado financeiro por dez anos, por ter obtido ganhos
a título de remuneração com as operações.
A Quality foi multada em R$ 2 milhões.
O outro grupo condenado
operava em especial pela corretora Novinvest e era formado por sete pessoas
que tiveram uma relação profissional ou pessoal comprovada
com Carlos Eduardo Carneiro Lemos, gerente de investimentos da Prece no
período. Lemos foi multado em R$ 3,362 milhões individualmente.
Além de parentes, foi condenado Ricardo Siqueira Rodrigues, operador
da Novinvest e ex-sócio de Lemos na Six Flags Gestão e Participação.
De acordo com a CVM, todos
obtiveram ganhos sistemáticos nos negócios contra os fundos
da Prece. Além disso, começaram a operar ao mesmo tempo em
que foram abertos os fundos da Prece e encerraram as operações
junto com eles.
O esquema gerava ajustes
diários negativos (perdas) para fundos exclusivos da Prece e ajustes
positivos (ganhos) para certos clientes dessas instituições
financeiras em contratos futuros de dólar, juros e Índice
Ibovespa. A CVM aponta que o esquema só foi possível porque
à época "a especificação dos comitentes finais
junto à BM&F ocorria apenas ao final do pregão, podendo,
assim, ser realizada a distribuição dos negócios de
acordo com o que se mostrasse mais conveniente".
Na prática, as operações
eram feitas nas duas pontas (compra e venda)e, ao fim, os clientes das
corretoras ficavam com os ganhos, em prejuízo do fundo de pensão
dos funcionários da Cedae. Segundo o inquérito da CVM, Fernando
Cavendish teria participado como investidor e obtido "ganho contumaz" de
R$ 529 mil de fevereiro a julho de 2003.
Já Índio da
Costa foi acusado por operações semelhantes realizadas pela
Cruzeiro do Sul CM, da qual era o diretor responsável. A autarquia,
entretanto, considerou que, apesar de fortes indícios de irregularidades
no caso deles e de outros investidores e corretoras, "os indícios
não foram robustos o suficiente para sua condenação".
A CVM chegou a ter 93 acusados no caso, mas firmou acordos com alguns deles
para encerrar o processo.
O caso foi enviado pela
CVM ao Ministério Público Federal (MPF) em 2006, o que significa
que ainda poderá repercutir na esfera criminal. O advogado de Ricardo
Siqueira Rodrigues, Antonio Verzola, afirmou que recorrerá ao Conselho
de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). (Agência
Estado)
Fundos:
Petrobras revisa US$ 28 bi em projetos
Para reduzir custos operacionais
e aumentar a eficiência, a Petrobras anunciou que estão em
avaliação 147 projetos de exploração e de produção,
de um total de 980, segundo consta do Plano de Negócios 2012-2016.
O documento foi apresentado hoje pela presidenta da estatal, Graça
Foster, e pela sua diretoria, na sede da empresa.
De acordo com o documento,
os projetos somam US$ 236,5 bilhões, dos quais US$ 27,8 bilhões
passam por uma revisão. Mais da metade são da área
de Abastecimento e Refino (US$13,9 bilhões) e 21% são do
etor de Gás e Energia (US$ 6 bilhões). Mais 17% dos projetos
em análise são da área de Exploração
e Produção Internacional, que somam US$ 4,6 bilhões.
"Nenhum projeto foi retirado
[do plano de negócios], não teve corte", assegurou a presidenta,
Graça Foster. "Estamos reavaliando", completou, ao explicar que
não pode divulgar os cronogramas de instalação de
plantas como a da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj) previstos anteriormente para 2014.
"Não é avaliar
se vai fazer ou não. Isso não se discute. A gente vai fazer
sim porque precisa dessas refinarias", acrescentou. "As refinarias são
essenciais, mas eu preciso saber quanto custam e quanto eu já fiz.
Só depois dessa avaliação, teremos de forma detalhada
a entrada do primeiro trem [conjunto de plantas]. Até lá,
ninguém está autorizado a falar", enfatizou.
O Plano de Negócios
da Petrobras destaca que, na fase de avaliação, serão
levados em conta a viabilidade de cada projeto, a disponibilidade de recursos,
o alinhamento dos custos das novas refinarias e a disponibilidade de gás
natural para plantas de fertilizantes e novas termelétricas, por
exemplo. "Outras variáveis" de interesse da empresa não foram
descartadas.
Segundo a presidenta da
estatal, a prioridade no período do plano é a área
de óleo e gás, cuja meta de produção no Brasil
e no exterior, até 2016, é 3,3 milhões de barris por
dia. O maior crescimento é esperado entre 2014 e 2016, com a revisão
da eficiência operacional na Bacia de Campos e a entrada em operação
de novas unidades no pré-sal, principalmente.
Pela primeira vez com mais
recursos que o pós-sal, o pré-sal tem destaque na estratégia
da Petrobras no período do plano. A empresa receberá 49%
(US$ 43,7 bilhões) do total previsto para investimentos na área
de produção (US$ 89,9 bilhões), dos US$ 236,5 bilhões
totais do plano de negócios para serem gastos até 2016.
Perguntada sobre o impacto
das discussões da Conferência das Nações Unidas
sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, na política
da estatal, Graça Foster disse que está atenta às
questões ambientais. Ela, no entanto, não comentou sobre
a redução de subsídios para o petróleo, um
dos temas do encontro, pelo fato de o combustível ser considerado
poluente.
Hoje, o governo zerou o
imposto sobre combustíveis, a Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico (Cide), depois de a Petrobras reajustar
em 7,83% a gasolina e em 3,94% o diesel. A decisão do governo é
considerada uma forma de subsídio e busca evitar o impacto do aumento
no bolso do consumidor e, consequentemente, na inflação.
"Acho que a Rio+20 cumpriu
seu objetivo. Fui lá falar três vezes. A Petrobras tem uma
preocupação com a sustentabilidade, com a eficiência
energético e com o ambiente. Afinal, é dele que a gente vive",
disse a presidenta da petrolífera. (Agência Brasil/Estado
de Minas)
Fundos:
Novas concessões de aeroportos
Coincidindo com a assinatura
pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dia
14/6, dos contratos de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos
e Brasília, a agência de classificação de risco
Fitch Ratings apresentou um relatório nada animador sobre as perspectivas
de crédito ao setor aéreo brasileiro. A Fitch não
só afirma que companhias aéreas nacionais - sem mencionar
nomes - "continuam incapazes de melhorar a rentabilidade e manter as margens
de retorno em vista do aumento de custos", como considera que a concessão
dos três terminais à iniciativa privada permite apenas "margem
limitada de erro" - ou seja, pouca probabilidade - para poder atender à
demanda durante a realização da Copa do Mundo de 2014 e da
Olimpíada de 2016. Em vista disso, a agência disse esperar
que a qualidade do crédito global para o setor aéreo brasileiro
se deteriore em 2012, em razão do desequilíbrio entre a geração
de receitas e altos custos.
A Standard & Poor"s
também já havia focalizado o tema. Em março deste
ano, ela estimou que as companhias aéreas que operam no Brasil transportaram
180 milhões de passageiros em 2011, número que deverá
dobrar até 2030. A agência também enfatizou a urgência
de o Brasil eliminar "seu déficit de infraestrutura" para atender
grandes eventos esportivos.
Pode parecer uma visão
pessimista, mas não mais do que a da Iata, que considerou, em fevereiro,
que o valor pago pelas concessões dos três aeroportos (R$
24,5 bilhões), somado aos investimentos previstos (R$ 16,2 bilhões),
dificilmente proporcionaria um retorno adequado em tempo razoável.
Isso só seria possível, de acordo com a Iata, com o aumento
do preço das passagens e dos impostos.
Essas análises podem
servir como subsídio para a elaboração pelo governo
de um novo modelo de concessão de aeroportos. Como chegou a ser
noticiado, o governo aproveitaria a oportunidade de assinatura dos contratos
de concessão aos vencedores dos leilões realizados em fevereiro
para anunciar a realização de novas licitações,
ainda em 2012, para a concessão dos aeroportos do Galeão
e de Confins. Isso não ocorreu, o que faz supor que os editais vêm
sendo preparados com mais cuidado e que podem conter inovações
importantes.
Pelo que se informa, o governo
não tem a intenção de fazer concessões sem
a participação da estatal Infraero na proporção
de 49% do capital das novas concessionárias. Significativamente,
tanto a Standard & Poor"s como a Fitch classificam de parcerias público-privadas
as concessões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
A Fitch observa, a propósito, que a qualidade do crédito
para infraestrutura aeroportuária vai depender da capacidade de
cada terminal de atender uma maior quantidade de passageiros, da diversidade
das companhias em operação e da transparência da estrutura
regulatória. Este último ponto se refere à necessidade
de estabelecer uma distinção clara entre as atividades da
Infraero e as atribuições da Anac, que em muitos casos entram
em conflito ou se superpõem.
O essencial é separar
o processo licitatório da questão operacional. Uma das mudanças
em estudo, segundo O Globo (13/6), é a de retirar do edital a exigência
de que o operador aeroportuário privado faça parte dos consórcios
que disputarão os próximos leilões. Já está
estabelecido que os participantes da primeira fase não poderão
tomar parte na próxima. Passará a ser também obrigatório
que os vencedores de futuras licitações contratem, antes
mesmo da assinatura dos contratos, um gestor aeroportuário privado,
com experiência em terminais com trânsito de, pelo menos, 10
milhões de passageiros por ano, o que não representa nenhum
exagero - a capacidade atual estimada do Aeroporto de Guarulhos, segundo
a Infraero, é de 24,9 milhões de passageiros/ano. Acredita-se,
porém, que esse pré-requisito seja suficiente para evitar
que empresas ou consórcios, sem o know-how indispensável
para gerir grandes aeroportos, se tornem responsáveis pela parte
operacional. (Agência Estado)
Inclusão
previdenciária: 51 milhões de pessoas
Brasil atinge marca de 50
milhões de trabalhadores formalizados em 2011
Informação
foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério da Previdência.
Em 2010, 48,5 milhões de trabalhadores foram contabilizados pela
GFIP.
O Ministério da Previdência
Social informou ontem que o número de trabalhadores formalizados
(com vínculo empregatício, contribuintes individuais e servidores
públicos) no Brasil somou 51 milhões de pessoas no fim de
2011, um crescimento de 2,5 milhões de pessoas frente ao ano anterior
(48,5 milhões de trabalhadores).
Os dados estão no
boletim estatístico GFIP, documento de preenchimento obrigatório
para as empresas que permite a produção de estatísticas
sobre o mercado de trabalho formal.
Os números mostram
que cerca de 26% da população brasileira, isto é,
uma em cada quatro pessoas, contam com empregos formais. O Ministério
da Previdência informou que não foram contabilizados apenas
as donas de casa de baixa renda e as guias de Previdência Social
relacionadas com pessoas jurídicas.
No total, segundo os números
do governo, são 40 milhões de trabalhadores com vínculo
empregatício no Brasil no fim do ano passado, além de 5,7
milhões de contribuintes individuais e empregados domésticos
e outros 5,3 milhões de servidores públicos. No fim de 2010,
eram 37,8 milhões de pessoas com vínculo empregatício,
5,3 milhões de trabalhadores individuais e domésticos, e
5,3 milhões de servidores públicos.
Contribuintes individuais
se destacam
Os dados do Ministério
da Previdência revelam que o número de contribuintes individuais
e empregados domésticos foi o que mais cresceu: 6,47% em relação
a 2010. Foram 343.863 postos de trabalho a mais. Os contratados com vínculo
cresceram 5,8% - 2,2 milhões a mais. Já a nomeação
de servidores públicos caiu 0,18%, comparada a 2010, acrescentou
o governo.
Para o secretário
de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, os dados
mostram que o ano passado foi "bastante positivo" do ponto de vista da
geração de empregos. “Isso significa que mais pessoas estão
protegidas socialmente e que a Previdência Social está no
caminho certo para alcançar sua meta no Plano Plurianual, que é
de aumentar a cobertura previdenciária no Brasil”, afirmou ele.
Gênero e remuneração
média
De acordo com o boletim,
a maioria dos trabalhadores com vínculo empregatício é
do sexo masculino: 57,8%. As mulheres representaram 38,7% em 2011. A remuneração
média desses formalizados, por sua vez, ficou em R$ 2.244,00 mensais,
o que representa um aumento de 9,75% em relação a 2010.
Os dados também constatam
que quanto maior o tempo de serviço dos trabalhadores com carteira,
maior também a média de remuneração: 21,4%
deles têm de 2 a 5 anos de serviço e média salarial
de R$ 2.421,00. Outros 21% com mais de 5 anos de serviço recebem,
em média, R$ 3.856,00.
Faixa etária
Considerando-se a faixa
etária, 12,9 milhões dos empregados com vínculo têm
entre 20 e 29 anos, e uma média salarial de R$ 1.711,00. Outros
11,8 milhões têm entre 30 e 39 anos, com remuneração
média de R$ 2.423,00. “Houve aumento real da remuneração
média, acima do crescimento do PIB. E isso está relacionado
ao aumento da produtividade e à melhora da distribuição
de renda no país”, afirmou Rolim, do Ministério da Previdência.
Simples Nacional e atividade
econômica
Os dados do Ministério
da Previdência mostram que mais da metade dos cerca de 4 milhões
de estabelecimentos que entregaram a GFIP (57,2%) são optantes do
Simples Nacional, um total de 2,4 milhões.
Considerando-se a atividade
econômica, o governo informou que o setor de serviços foi
o que registrou o maior número de empresas que entregaram a GFIP
(3,2 milhões). O setor com menor participação foi
o da agropecuária, com 86,4 mil estabelecimentos. (VNews)
Aposentadoria
antes da análise dos documentos
A
demora na concessão de benefícios do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) está com os dias contados. A liberação
deve ocorrer antes mesmo da conclusão da análise dos documentos
do segurado. É o que prevê proposta que integra uma nova regulamentação,
que será apresentada ao ministro da Previdência, Garibaldi
Alves Filho, em até 90 dias.
O
objetivo da proposta é reduzir o número de ações
judiciais contra o instituto. Para se ter ideia, em abril, havia 477.021
pedidos sem resposta nas agências do INSS. Do montante, 427.130 por
pendências do instituto.
Em
casos urgentes como os de vítimas de acidentes que pedem aposentadoria
por invalidez, por exemplo, a solução é procurar a
Justiça, quando há rejeição ou lentidão
na análise do pedido. Nestas situações, são
expedidas liminares que liberam o benefício até o julgamento
da ação. A ideia é fazer o mesmo no âmbito previdenciário.
O
presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social, Manuel
Dantas, admite que muitos pedidos são indeferidos por falta de conhecimento
do servidor que analisa a concessão.
“Em
caso de dúvida, o funcionário opta por negar o pedido”, reconhece.
Dantas recomenda que, nestes casos, o segurado recorra da decisão
internamente, na Junta de Recursos da Previdência Social. “O problema
é que geralmente o segurado não leva adiante, porque tem
a impressão de que a Junta tenderia a manter a decisão do
INSS, o que não é real”, afirma Dantas. (Priscila Belmonte
- O Dia)
Atrasados
de até R$ 37 mil
O
INSS vai pagar, neste ano, atrasados de até R$ 37.320 a 358.371
aposentados e pensionistas no País. Dos R$ 4 bi liberados para 2012,
mais de R$ 2,4 bi são para essas RPVs (Requisições
de Pequeno Valor).
Segurados
que tiverem o dinheiro liberado em novembro e dezembro vão receber
em janeiro e fevereiro de 2013, respectivamente.
Neste
ano, o governo federal já liberou R$ 1,6 bi em atrasados.
TJ:
precatórios para idosos e doentes graves
O
Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) vai pagar, entre amanhã
e o dia 3 de julho, precatórios judiciais a portadores de doença
grave e idosos, referentes à quarta listagem de 2012. Desta vez,
o pagamento beneficia 199 credores, totalizando R$10.426.533. Os créditos
podem ser recebidos no Fórum Central, que fica na Avenida Erasmo
Braga 115, Centro do Rio, na sala 409, lâmina I, corredor F. Mais
informações por meio do site www.tjrj.jus.br. (Priscila
Belmonte - O Dia)
Revisão
para aposentadoria de 1988
O
TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que atende
os Estados do Sul, mandou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
pagar a revisão pelo teto para um benefício concedido em
1988.
A
decisão da Justiça entendeu que não há prazo
para pedir essa correção.
Já
o INSS queria a aplicação do prazo de dez anos para pedir
a revisão de benefícios, que foi criado em 1997.
A
decisão beneficia quem contribuía com valores altos à
Previdência e se aposentou entre 1988 e 1991, no período do
buraco negro.
Esses
benefícios tiveram uma revisão na década de 90, mas,
em alguns casos, o INSS não pagou os valores que ultrapassavam o
teto da época.
Para
conseguir a correção, o segurado tem que procurar a Justiça,
pois o pagamento não sai direto no posto.
Na
ação, o desembargador federal Rogerio Favreto, do TRF 4,
entendeu que não há prazo para a revisão do teto por
não se tratar de um erro no cálculo inicial da aposentadoria.
No
caso dessa revisão, os segurados foram prejudicados por mudanças
posteriores na legislação: eles já estavam aposentados
quando o governo aumentou o teto, mas não tiveram esse reajuste
em seus benefícios. (Fernanda Brigatti - Agora S.Paulo)
Dependência
econômica para pensão do filho
Recebimento de pensão
pela mãe de segurado falecido exige prova da dependência econômica
A condição
de dependência econômica da mãe do segurado falecido,
para fins de recebimento de pensão, não é presumida
e deverá ser provada. O entendimento é da Segunda Turma do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou recurso com o qual
a genitora pretendia ver reexaminada questão decidida no Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
A ação é
originária de Minas Gerais. Em primeira instância, o pedido
de pensão foi negado. Ao julgar o apelo, o TRF1 confirmou que, para
os dependentes que não integram a primeira classe (definida no artigo
16 da Lei 8.213/91), como é o caso dos pais, “é imprescindível,
além da comprovação do parentesco, a demonstração
de dependência econômica”.
No caso, o TRF1 considerou
que não há evidência da dependência econômica
da mãe em relação ao filho falecido – ele morava em
cidade diversa e recebia renda de valor mínimo, prestando apenas
auxílio eventual. A defesa da mãe insistiu em recurso ao
STJ, afirmando que “a exigência de comprovação de dependência
econômica não encontra respaldo legal”.
Para o TRF1, “especialmente
em relação aos pais, a regra é os filhos serem por
eles assistidos, de sorte que a situação inversa há
de ser densamente caracterizada”. No caso analisado, um termo de declaração
da mãe do falecido traria informação de que seu marido
receberia, à época da morte, aposentadoria de sete salário
mínimos. A própria mãe teria dois imóveis.
O relator, ministro Castro
Meira, rejeitou o recurso monocraticamente. A defesa da mãe recorreu
novamente, desta vez para que o caso fosse analisado pela Segunda Turma,
mas os ministros reafirmaram o entendimento de que a dependência
não é presumida.
Processo AREsp 136451
(Âmbito Jurídico)
Empresas
revertem cobrança do INSS
Apesar de a União
afirmar conseguir cerca de 75% de êxito nas chamadas ações
regressivas, muitas empresas já têm conseguido reverter o
quadro. Os processos, ajuizados contra empresas que descumpriram normas
de segurança no trabalho e com o objetivo de ressarcir os cofres
públicos dos benefícios previdenciários pagos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em casos de acidente de trabalho,
têm gerado vitória para as empresas quando são aceitas
as teses pela prescrição de três anos, a falta de provas
e argumentos contra a duplicidade da cobrança.
Segundo Wagner Balera, do
Moreau & Balera Advogados, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) já pacificou que a prescrição para as ações
regressivas é de três anos, enquanto o INSS afirma que o prazo
seria de cinco anos. "O TRF-4 é vanguardista e pioneiro e pode influir
na decisão do Superior Tribunal de Justiça, já que
os casos de lá chegam primeiro ao STJ", afirma.
A prescrição
de três anos leva em conta o disposto no Novo Código Civil
(de 2002) para seguros no geral. Já a outra teoria leva em conta
que o prazo para as ações da Fazenda contra uma empresa é
de cinco anos. "Os juízes veem a causa como sendo civil. E muitos
processos ajuizados podem já estar prescritos", afirma Balera. Segundo
ele, houve grande demora da Previdência em estruturar sua equipe
jurídica, já que a lei que prevê as ações
regressivas acidentárias é de 1991.
O advogado afirma que o
argumento que pode ter força no Judiciário é o da
duplicidade da contribuição. "A empresa já paga a
contribuição para o seguro acidente de trabalho [SAT] e,
no caso de risco, ele é obrigado a pagar, o que não tem sentido",
diz.
Outro ponto que continua
sendo explorado é a questão das provas. As regressivas são
ações de responsabilidade civil, que exigem provas para comprovar
que houve prejuízo ou dano. "No caso dos acidentes de trabalho,
as provas são difíceis de serem produzidas, já que
há o risco normal das atividades. A prova contra a empresa deve
ser muito bem feita. A própria Previdência tem tido cautela
e só ajuizado ações com provas sólidas. Caso
contrário, o processo é derrubado na Justiça", afirma
Balera.
O especialista destaca ainda
uma questão processual. Segundo Balera, quando o segurando vai ao
INSS, a autarquia não diz de cara que o caso é acidente de
trabalho ou aposentaria decorrente dele. Ao contrário, concede auxílio
doença comum, não acidentário. "Com o tempo, a perícia
muda a regra do jogo no meio do caminho e altera a qualificação
do benefício, dizendo que foi acidente, sem haver modificação
alguma no plano fático. Isso tem sensibilizado os juízes",
diz.
Em abril, a Advocacia Geral
da União (AGU) ajuizou em massa 226 ações regressivas
acidentárias com a expectativa de reaver mais de R$ 60 milhões.
Desde 2008 foram ajuizadas mais 2000 ações regressivas acidentárias,
com expectativa de ressarcimento superior a R$ 360 milhões. Foram
872 ações regressivas só em 2009 e 2010. Do total
que tiveram o mérito apreciado, de acordo com a União, o
índice de procedência atinge os 75%.
Até o final de 2012
a expectativa é de que a Procuradoria Geral Federal consiga restituição
de R$ 84 milhões. O Brasil é o 4º colocado mundial em
número de acidentes fatais do trabalho. De acordo com a Previdência
Social, no País ocorre cerca de uma morte a cada 3,5 horas de jornada
diária e são gastos mais de R$ 14 bilhões por ano
com acidentes de trabalho.
Para Balera, as empresas
agora estão mais preparadas para se defender nesse tipo de demanda.
"Esse tipo de ação é positivo para uma cultura de
prevenção", diz. (Andréia Henriques -
DCI)
Sinais do emprego
Não tem sido novidade
o bom desempenho do emprego no Brasil, um traço que nem mesmo a
fraqueza da economia nos últimos três trimestres foi capaz
de modificar.
A taxa de desemprego urbano
é atualmente muito baixa para nossos padrões (5,8%), praticamente
a metade do que era há dez anos, e o número de pessoas ocupadas
voltou a crescer de modo mais expressivo após ter desacelerado em
fins do ano passado.
Paralelamente, a menor inflação
vem permitindo uma evolução razoável do rendimento
médio.
Também concorreu
para os melhores resultados do emprego o menor crescimento da População
Economicamente Ativa (PEA), vale dizer, a parcela das pessoas em idade
de trabalhar que se apresentam no mercado de trabalho.
O principal determinante
disto talvez não seja o mais baixo crescimento populacional, mas,
sim, as melhores condições de vida do brasileiro, o que dá
às famílias um grau de liberdade maior no planejamento da
inserção de seus membros no mercado de trabalho, o que acaba
moderando a expansão da PEA.
Emprego em alta, menor aumento
da oferta de trabalho e consequente acréscimo real de rendimentos
levam ao maior dinamismo do mercado interno consumidor, este o principal
motor do investimento e do PIB nos últimos anos.
Atualmente, a massa de rendimentos
cresce 7,5% nas principais regiões metropolitanas do país,
o que faz do Brasil uma das mais atrativas economias do mundo.
Não tivesse sido
refreada a evolução do crédito às famílias,
o vigor do consumo familiar estaria nesse momento contribuindo para neutralizar
as expectativas desfavoráveis que vêm deprimindo o investimento
e a evolução do PIB brasileiro.
A última pesquisa
de emprego do IBGE para as principais regiões metropolitanas do
país traz outro resultado relevante. O mês de maio parece
indicar uma melhora ímpar da geração de empregos urbanos.
Em geral, os meses de maio
trazem resultados favoráveis para o emprego, mas em 2012 o avanço
foi excepcional. Por exemplo, em 2011, 117 mil pessoas a mais encontraram
trabalho nesse mês, mas, no corrente ano foram 275 mil.
A indústria contribuiu
pouco, já que aí foram criados 21 mil novos postos de trabalho,
a construção dispensou 55 mil pessoas e o comércio
passou a ocupar apenas 15 mil pessoas a mais.
Quem fez a diferença
foi o setor de serviços. Nele, o segmento de intermediação
financeira, atividades imobiliárias e serviços prestados
às empresas contribuiu com 68 mil novas ocupações
e em outros serviços (onde se destacam os serviços pessoais),
a criação de mais ocupações chegou a 89 mil.
Até no emprego doméstico,
que sistematicamente vinha registrando queda, houve aumento, no caso de
40 mil pessoas. Também o emprego público em atividades de
administração, defesa, educação e saúde,colaborou
destacadamente, com 100 mil pessoas, nesse caso, devido ao calendário
eleitoral de 2012.
Qualquer conclusão
é prematura porque os dados são limitados a seis regiões
metropolitanas, mas como em serviços a ocupação cresce
com maior presteza quando de uma aceleração da atividade
econômica, é possível que estejamos diante de uma reativação
da economia, ainda que tênue. (Julio Gomes de Almeida - Brasil
Econômico)
Moody's
rebaixa nota de 28 bancos espanhóis
A agência de classificação
de riscos Moody's rebaixou em até quatro níveis os ratings
de dívida de longo prazo e de depósitos de 28 bancos espanhóis.
A ação segue o rebaixamento da nota dos títulos do
governo da Espanha de "A3" para "Baa3", que ocorreu no dia 13.
Os rebaixamentos refletem
em maior ou menor grau, para todos os bancos, dois principais vetores,
segundo comunicado da Moody's. Primeiro, o enfraquecimento da credibilidade
do governo espanhol, que afeta não só a capacidade do governo
para apoiar os bancos, mas também pesa sobre os perfis de crédito
das instituições independentes. Segundo, a expectativa da
Moody's de que a exposição dos bancos ao setor imobiliário
comercial provavelmente causará perdas maiores, o que pode aumentar
a probabilidade de que esses bancos necessitem de apoio externo.
A Moody's avalia positivamente
as medidas de apoio anunciadas pelo governo espanhol para apoiar o sistema
bancário do país, mas ainda vai avaliar o impacto da recapitalização
sobre a solvência das instituições, uma vez que o montante
final, o calendário e a forma como os recursos serão repassados
pelos fundos de resgate ainda não foram definidos.
Os ratings de dívida
e depósitos foram cortados em uma escala em três bancos; em
dois níveis em 11 bancos; em três degraus em dez instituições;
e em quatro escalas no restante. Os ratings de curto prazo de 19 bancos
também foram rebaixados em um ou dois níveis.
Após a decisão,
o Santander se tornou o único banco do país com rating acima
da nota soberana da Espanha, devido ao elevado grau de diversificação
geográfica de seu balanço e de suas fontes receitas, além
de ter nível razoável de exposição à
dívida espanhola, inclusive em cenários de stress, segundo
o comunicado. A nota do Santander foi cortada de "A3" para "Baa2".
A classificação
de todos os outros bancos ficou igual ou abaixo do rating "Baa3" da Espanha.
(Valor Online)
Mercado
prevê PIB ainda menor em 2012
Analistas do mercado reduziram
pela sétima semana consecutiva a estimativa para o PIB (Produto
Interno Bruto) de 2012, de acordo com boletim do Banco Central divulgado
ontem. A previsão de crescimento caiu de 2,3% para 2,18%. A projeção
para a inflação medida pelo IPCA também foi reduzida,
pela sexta semana seguida, de 5% para 4,95%. (Folha de S.Paulo)
Mercado
financeiro reduz projeção de crescimento
Segundo pesquisa Focus,
do Banco Central, analistas acreditam que o PIB irá crescer 2,18%
em 2012; estimativa de inflação para do ano fica abaixo de
5% pela primeira vez desde março de 2011
O mercado financeiro reduziu
pela sétima semana consecutiva a previsão de crescimento
da economia brasileira em 2012, que caiu de 2,30% para 2,18%, de acordo
com a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Há quatro semanas, a projeção estava em 2,99%.
Para 2013, a previsão
de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) recuou pela terceira
semana e passou de 4,25% para 4,20%. Há quatro semanas, estava em
4,50%.
Um dos fatores que puxam
para baixo a expectativa de desempenho do PIB é o fraco crescimento
do setor industrial. A projeção para a expansão do
setor em 2012 caiu de 0,63% para 0,50%. Há quatro semanas, estava
em 1,58%.
Para 2013, economistas preveem
ritmo maior, com avanço industrial de 4,20%, projeção
que subiu em relação aos 4% estimados na semana passada.
Um mês antes, no entanto, a pesquisa apontava estimativa de expansão
de 4,25% no próximo ano.
Analistas ainda mantiveram
a previsão para o indicador que mede a relação entre
a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012,
em 35,70%. Para 2013, a projeção caiu de 34,25% para 34,00%.
Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente,
35,83% e 34,50% do PIB para cada um dos dois anos.
O piso para o crescimento
da economia projetado na pesquisa Focus recuou de 1,72% para 1,60%. O número
está próximo do 1,5% projetado na semana passada pelo Credit
Suisse, previsão que foi classificada pelo ministro da Fazenda,
Guido Mantega, como "uma piada". O teto para o crescimento neste ano continua
sendo de 3,5%, segundo a pesquisa. Para 2013 e 2014, as estimativas ficam
no intervalo entre 3% e 5,5%.
Inflação e
juro
O mercado financeiro reduziu
a projeção de inflação medida pelo IPCA para
2012 e para 2013. Para 2012, a mediana das estimativas recuou pela sexta
semana seguida e passou de 5,00% para 4,95%. É a primeira vez desde
a pesquisa realizada em 25 de março de 2011 que a projeção
para a inflação oficial no País fica abaixo de 5%
para 2012. Há quatro semanas, a estimativa do mercado estava em
5,17%.
Já para 2013, a projeção
recuou pela segunda semana consecutiva, de 5,54% para 5,50%. Há
um mês, estava em 5,60%.
A projeção
de alta da inflação para os próximos 12 meses também
caiu pela segunda semana consecutiva, passando de 5,49% para 5,48%, conforme
a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas,
estava em 5,52%.
Nas estimativas do grupo
dos analistas consultados que mais acertam as projeções,
o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA no cenário
de médio prazo se manteve em 5,02% para 2012 e em 5,50% para 2013.
Há um mês, o grupo apostava em alta de 5,18% e 5,80% para
cada ano, respectivamente.
Na pesquisa Focus, a mediana
das estimativas para o patamar da taxa Selic ao final de 2012 seguiu em
7,5%, abaixo da taxa atual de 8,50%. A expectativa dos analistas continua
sendo de corte na reunião de julho de 0,50 ponto porcentual, para
8%.
A taxa voltaria a subir
em abril de 2013, para encerrar o ano que vem em 9%, projeção
que foi mantida pela segunda semana. Quatro pesquisas antes, analistas
projetavam taxas de 8% e 9,5% para o fim de cada ano, respectivamente.
Câmbio
A taxa de câmbio para
o fim de 2012 se mantém abaixo de R$ 2,00 nas estimativas dos analistas
consultados na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. A mediana das
projeções para o preço da moeda estrangeira no fim
deste ano permaneceu em R$ 1,95, de acordo com a pesquisa divulgada hoje.
Para o fim de 2013, ficou em R$ 1,90. Há um mês, analistas
previam dólar a R$ 1,90 no fim de 2012 e a R$ 1,85 no fim de 2013.
Para o fim de junho, a estimativa
subiu de R$ 2,03 para R$ 2,04. Para o fim de julho, ficou em R$ 2,00 pela
segunda semana seguida. (Eduardo Cucolo - Agência Estado)
Selic
pode cair abaixo de 7% até dezembro
Luiz Fernando Figueiredo
prevê que a crise na Europa ainda deve piorar e projeta uma expansão
entre 1,7% e 1,8% para o Brasil em 2012
O ex-diretor do Banco Central
e atual sócio da Mauá Sekular Investimentos Luiz Fernando
Figueiredo afirmou em entrevista exclusiva à Agência Estado
que a crise na Europa ainda deve piorar nas próximas semanas, o
que trará mais efeitos negativos para a economia do Brasil. "O PIB
continuará abaixo do seu potencial até o quarto trimestre,
pelo menos", disse. "Nesse contexto, no qual a economia continuará
no decorrer do ano, pois acho que o PIB vai crescer entre 1,7% e 1,8% em
2012, e o BC continuará a agir na redução da Selic,
que poderá ficar ao redor de 7% ou até pouco abaixo disso
até dezembro", destacou.
Segundo Figueiredo, devido
à lentidão da tomada de decisões políticas
das autoridades da zona do euro, ele acredita que a crise vai piorar tanto
no curto prazo que os dirigentes dos principais países da região
só vão tomar medidas vigorosas para começar a corrigir
seus problemas quando virem que a união monetária estará
bem perto de ruir.
"Até lá, a
corrida a bancos na Espanha e na Itália ficará muito forte
no curto prazo e vai migrar para a Alemanha", disse. "Só aí
que autoridades da Europa vão despertar que a união monetária
vai ruir e vão agir para salvar o Euro a qualquer custo. Por isso
acredito que o Euro vai se salvar", disse.
Na avaliação
do ex-diretor do Banco Central, a única salvação do
Euro passa por duas ações politicamente difíceis de
serem adotadas, mas que serão inevitáveis: a garantia de
depósitos de correntistas para toda a zona do euro e união
fiscal. Para Luiz Fernando Figueiredo, enquanto as autoridades da zona
do euro não se entenderem e adotarem "esses dois remédios"
o mundo continuará sofrendo muito, o que vai requer ações
extraordinárias de coordenação de política
monetária dos principais BCs do planeta, mesmo que não sejam
as tradicionais, como as relacionadas a afrouxamento quantitativo, para
mitigar os impactos do prolongamento da crise.
"Neste ano, o Fed deve implementar
o QE3, enquanto o Banco Central Europeu deve anunciar uma terceira rodada
de operações de empréstimos de longo prazo (LTRO,
na sigla em inglês) e até swap de moedas entre países
da Europa", afirmou. (Ricardo Leopoldo - Agência Estado)
Mercado
vê IPCA baixo de 5% este ano
Pela primeira vez em 15
meses, o mercado acredita que a inflação ficará abaixo
de 5% em 2012. Divulgado ontem pelo Banco Central, o boletim Focus mostra
que a mediana de projeções para o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 5% para 4,95%, sexta
redução consecutiva. O movimento acompanha perspectivas mais
pessimistas em relação ao crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB), que estão sendo ajustadas para baixo há sete
semanas.
Divulgado na semana passada,
o IPCA-15 de junho - que subiu 0,18%, muito abaixo do esperado pelo mercado
- provocou uma onda de revisões para o resultado do fim do mês,
mas economistas avaliam que o ritmo mais fraco da atividade está
por trás de expectativas mais alinhadas ao centro da meta de 4,5%
para a inflação. A mediana das apostas para o aumento do
PIB recuou de 2,3% para 2,18% entre a semana passada e a atual, segundo
o Focus.
A estimativa de 2,3% da
Rosenberg & Associados para a alta do PIB este ano está com
"forte viés de baixa", segundo o analista Daniel Lima. Ele lembra
que o IPCA tem surpreendido para baixo desde o início do ano, desencontro
que, em sua opinião, é reflexo da economia praticamente estagnada
há três trimestres.
Desde abril, a Rosenberg
trabalha com aumento de 4,9% para o indicador oficial de inflação
este ano. "Tivemos uma surpresa bastante positiva com a inflação
no primeiro trimestre", diz Lima, que espera prorrogação
do corte do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) para automóveis
e artigos de linha branca até o fim do ano, como ocorreu em 2009.
No IPCA-15 de junho, os veículos novos ficaram 3,5% mais baratos
com o impacto da desoneração fiscal.
Thiago Carlos, da Link Investimentos,
colocou sua projeção de alta de 5,2% para o IPCA em análise,
mesmo contando com o fim dos incentivos fiscais nas datas definidas pelo
governo. Ele ressalta, no entanto, que os efeitos da volta do imposto não
devem ser sentidos com força na inflação já
neste ano. "O varejo geralmente faz estoques para conseguir continuar com
promoções. O impacto de alta ficará concentrado em
2013". Para o próximo ano, os analistas de mercado preveem elevação
de 5,5% para o IPCA, de acordo com o Focus. Há um mês, a aposta
era de 5,6%.
Mais pessimista frente à
evolução dos preços, o economista Thiago Curado, da
Tendências, projeta alta de 5,1% para o IPCA neste ano, a despeito
da fraqueza da atividade econômica. A consultoria estima que o PIB
irá subir apenas 1,9% em 2012. Para Curado, a retomada do crescimento
esperada a partir do segundo semestre irá jogar para cima os preços
dos serviços, que vinham desacelerando no início do ano.
Ele também espera que o IPI para automóveis volte em 31 de
agosto, o que irá anular as deflações que devem ser
registradas até então.
"Ainda temos uma hipótese
otimista para o PIB, que conta com crescimento de 0,5% nos dois últimos
trimestres do ano [frente aos trimestres anteriores, feito o ajuste sazonal].
Se não houver essa recuperação, a inflação
pode ser menor", explica.
Outro fator que permitiu
a desaceleração do IPCA em 12 meses no primeiro semestre
e não estará mais presente a partir de junho, segundo Curado,
é o efeito base de comparação. Nos primeiros quatro
meses de 2011, o IPCA havia registrado altas superiores em relação
ao mesmo período de 2012. Como a Tendências espera taxas próximas
às apuradas no ano passado para os próximos meses, a perda
de fôlego do indicador em 12 meses deve ser estancada (Arícia
Martins e Ana Conceição - Valor Online)
Inflação
e erros do "mercado"
Apesar da histeria de 2011
sobre 'estouro de preços', inflação cai; mas ninguém
teve razão nessa história
A inflação
deve fechar o ano em menos de 5%, dizem agora os economistas "do mercado",
os que trabalham para bancos e consultorias, ouvidos semanalmente pelo
Banco Central para uma pesquisa publicada no boletim Focus.
Na metade final do ano passado,
havia histeria na praça. Muito economista dizia que viria o "descontrole
inflacionário", ainda mais depois que o BC baixou os juros "de surpresa",
em agosto.
As médias e as medianas
das estimativas desses economistas para indicadores macroeconômicos
(inflação, PIB) são chamadas de "expectativas de mercado".
Mas se trata apenas de médias
de estimativas feitas por economistas. Muitas vezes elas não são
compatíveis mesmo com algumas das expectativas do "mercado real",
que dá sua "opinião" por meio de suas operações
financeiras.
No fim de agosto, a julgar
por alguns tipos de contratos de juros, o "mercado real" acreditava que
os juros cairiam muito. O pessoal das "expectativas de mercado", porém,
na média ainda estava noutra, de estimar inflação
e juros ascendentes ou no mínimo estáveis.
Isso quer dizer que o "BC
acertou, o mercado (no Focus) errou"? Isso não quer dizer nada.
Isso quer dizer apenas que a gente se pela e se pega por detalhes meio
irrelevantes.
A meta oficial de inflação
é 4,5% ao ano (a inflação para o consumidor, medida
pelo IPCA, do IBGE). Talvez a inflação não chegue
à meta, como ainda acredita o BC. Talvez vá a 4,8%. Ou a
4,74%. E daí? E daí, nada. Não faz diferença.
Muito economista ouvido
pelo BC acha que esse indicador de inflação está meio
"subfaturado". Não, pelo amor de Deus, não estão dizendo
que houve fraude. Estão apenas dizendo que alguns fatores pontuais
contribuíram para a baixa do IPCA além da conta deles.
A mudança do peso
de alguns dos itens da cesta de compras que define o IPCA por sorte (para
o governo) reduziu a inflação medida -se os pesos fossem
os mesmos do ano passado, o IPCA seria algo maior. O IBGE fez a mudança
por motivos técnicos (a cesta de compras média varia ao longo
dos anos).
O governo de resto reduziu
impostos para bens duráveis (linha branca, carros), entre o de outros
itens. Mantém, na prática, congelado o preço da gasolina.
Etc.
É tudo verdade. Mas,
ainda assim, uns décimos para cá e outros para cá
no IPCA continuam a não fazer diferença essencial.
Mais importante é
lembrar que:
1) o Brasil vai crescer
pouco durante dois anos, uns 2,3%, na média de 2011-12, e a inflação
demora para cair a uns 4,5% ou 5%. Alta? Mais relevante é observar
que ela é resistente;
2) houve grande terrorismo
no "mercado" sobre o "descontrole inflacionário" que viria, assim
como em 2011 o "mercado" errou ao dizer que as medidas do governo não
"esfriariam" a economia. Erro demais para quem leva tão a sério
as suas expectativas;
3) economistas sérios
disseram que o BC "apostou" na baixa da inflação, quando
deveria ter sido cauteloso, jogar na retranca, manter juros altos, evitar
o risco. Risco de quê? De mais inflação. Pode ser.
Mas, ao evitar tal risco, teria jogado provavelmente o país numa
recessão desnecessária. Qual risco é pior? (Vinicius
Torres Freire - Folha de S.Paulo)
Mercado Financeiro
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Falha
na Bovespa deixa investidor às cegas
lnvestidores enfrentaram
ontem pregões de perdas pelo mundo
O pânico voltou aos
mercados ontem, com os investidores pessimistas em relação
aos resultados do encontro de líderes da união europeia,
que acontece no fim desta semana. Por aqui, o clima de nervosismo ganhou
força com as ações da Petrobras, que despencaram quase
9% após a decepção do mercado com o reajuste dos combustíveis.
Para arrematar, uma falha nos sistemas da Bovespa deixou a maior parte
do mercado às cegas, sem receber cotações atualizadas
durante toda a tarde. Os negócios não foram suspensos, mas
tiveram de ser feitos por telefone, diretamente com as corretoras.
O Ibovespa encerrou em baixa
de 2,95%, aos 53.805 pontos, com volume fraco de R$ 4,6 bilhões.
O sinal de cotações deixou de ser distribuído pela
BM&FBovespa a partir das 13h13 devido a um problema técnico
no "componente de divulgação de market data", segundo informação
da bolsa. Apenas o sistema de negociação das corretoras,
o Megabolsa, funcionou normalmente.
A falha de sinal afetou
inclusive o "home broker", sistema via internet, usado pela maior parte
das pessoas físicas que investem em ações. Todos os
sistemas eletrônicos de compra e venda de ações, usados
pelos grandes investidores, inclusive estrangeiros, também pararam.
As operações,
segundo relatou o diretor da Fator Corretora, Rodrigo Moliterno, tiveram
de ser feitas com os clientes por telefone. "Voltamos ao fim dos anos 80,
quando os sistemas ainda não eram automatizados", afirmou. Um operador
de outra corretora relatou que passou "a tarde toda pendurado no telefone
com um cliente, passando as cotações e executando ordens
como nos velhos tempos".
A BM&FBovespa informou
em nota que "o componente de divulgação de market data, fornecido
pela NYSE (Bolsa de Nova York), foi corrigido às 16h40 e a transmissão
das cotações do segmento Bovespa foi restabelecida a partir
deste horário". No entanto, o Valor tentou consultar cotações
de mercado atualizadas por meio de dois "vendors" (empresas de informação
que distribuem as cotações da Bovespa) pouco depois do fechamento,
às 17h15, mas não obteve sucesso. O site da Bovespa apresentou
o fechamento do mercado atualizado apenas por volta das 18 horas - as cotações
informadas nesta reportagem foram obtidas diretamente com as corretoras.
Apesar da assimetria de
informações que ocorreu ao longo do dia, a bolsa alega que
"o problema ocorreu somente na distribuição das informações
do Megabolsa para uma parte dos usuários do mercado. As informações
de market data foram recebidas normalmente ao longo do dia pelas mesas
de operações das corretoras e, por isso, não foi necessária
a paralisação das negociações".
"As operações
são muito automatizadas hoje. É difícil afirmar que
esse problema não afetou o mercado", avalia Moliterno, da Fator.
Pelos seus cálculos, a bolsa brasileira deixou de movimentar cerca
de R$ 2 bilhões ontem devido ao problema. "Sem os sistemas automatizados,
a liquidez minguou." Ele estima que a BM&FBovespa deixou de arrecadar
cerca de R$ 700 mil apenas em emolumentos por causa do volume menor de
negócios.
Por outro lado, a paralisação
das operações poderia causar ainda mais dor de cabeça
aos investidores, na avaliação da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). "A suspensão das negociações
traria custos para o mercado como um todo, até a regularização
do sistema de market data. Tais custos superariam os benefícios
trazidos por tal medida, uma vez que as mesas de operações
e o sistema Megabolsa funcionaram normalmente", disse o órgão
regulador em nota.
Entre os papéis mais
negociados, Petrobras PN despencou 8,95%, a R$ 17,80; Vale PNA perdeu 1,49%,
a R$ 38,23; e OGX ON caiu 5,94%, para R$ 8,70. Na lista de maiores baixas,
além de Petrobras PN, figuraram Brookfield ON (-9,17%, a R$ 3,27)
e Petrobras ON (-8,33%, a R$ 18,48). Entre as poucas altas do dia apareceram
Light ON (2,49%, a R$ 24,70); Klabin PN (1,95%, a R$ 8,90); e Cielo ON
(1,67%, a R$ 57,15).
"Foi um pregão de
muita volatilidade. E deve continuar assim pelo menos até o encontro
de líderes europeus, na quinta e na sexta", alerta Pedro Galdi,
estrategista da SLW Corretora.
No fim do dia o clima azedou
um pouco mais com a Moody's, que anunciou o corte da nota de 28 bancos
espanhóis. A redução da nota ocorre logo após
a Espanha formalizar junto à União Europeia o pedido de ajuda
financeira ao sistema bancário. (Valor Online)
Apimec:
22º Congresso em agosto
A Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC)
vai promover o 22º Congresso Apimec nos dias 30 e 31 de agosto, em
São Paulo, tendo como tema-central “O Brasil no Longo Prazo” e a
ABRAPP como uma das apoiadoras do evento.
Veja a programação:
http://www.congressoapimec.com.br/programa.html (Diário
dos Fundos de Pensão)
Encontro
Nacional de RI
Estão abertas as
inscrições para o maior evento das áreas de relações
com investidores e mercado de capitais da América Latina. Pelo 14º
consecutivo, a ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias
Abertas e o IBRI – Instituto Brasileiro de Relações com Investidores
realizarão, nos dias 2 e 3 de julho na cidade de São Paulo,
o Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado
de Capitais.
Esse tradicional e consolidado
evento, cujas edições anteriores obtiveram grande sucesso
em termos de público e de avaliação, contará
com renomados palestrantes do Brasil e do exterior e reunirá cerca
de 700 participantes, no total, entre Diretores e Gerentes Financeiros
e de Relações com Investidores de companhias abertas, além
de autoridades, dirigentes de entidades e demais profissionais ligados
ao mercado financeiro e de capitais, propiciando aos participantes a atualização
técnica e o networking entre seus pares. Paralelamente ao evento
acontecerá uma exposição composta de 20 (vinte) estandes,
onde as empresas/instituições poderão expor seus produtos/serviços
destinados a esse público.
Veja o programa:http://www.encontroderi.com.br/14/download/Programa_Preliminar.pdf
(Diário dos Fundos de Pensão)