Oportuna
reunião no próximo dia 21, em SP, vai tratar da
derrubada
do veto da Lei do ISS e dos
aspectos,
impactos e sua abrangência para as
operadoras
de saúde tanto na operação como em seus custos!
Participe!
Informações e inscrições gratuitas pelo e-mail
encontro@assprevisite.com.br
AssPreviSite
Novas
multas em casos de corrupção vão ajudar fundos
A expectativa de quem participou
da CPI dos fundos de pensão é que novas multas em acordos
de colaboração ajudem as fundações a reverter
os rombos dos últimos anos. O envio de parte das multas, como aconteceu
no caso da J&F, traria alívio aos participantes dos planos.
Com o déficit, eles foram obrigados a colocar mais dinheiro. O caso
mais dramático é o do Postalis; para cobrir o rombo da fundação,
os funcionários, aposentados e pensionistas dos Correios estão
sofrendo desconto de quase 18% nos vencimentos.
O acordo de leniência
da controladora da JBS é o modelo a ser seguido nos novos casos.
Da multa de R$ 10,3 bi, Funcef e Petros receberão R$ 2 bi cada.
As delações
têm acelerado esse processo. A investigação feita pela
CPI nos fundos de pensão, diz uma fonte, vai sendo confirmada pelos
colaboradores. O relatório final apontou 14 casos de investimentos
irregulares. Um deles foi o aporte na Eldorado, empresa de celulose do
grupo JBS investigada na "Operação Greenfield". Os próximos
alvos do MPF seriam empresas que receberam recursos da Petros e, exatamente,
da Postalis. O fundo de pensão dos Correios foi aquele que sofreu
perdas ao investir em títulos da Venezuela e da Argentina.
(MARCELO LOUREIRO - G1)
Previc:
Reunião aberta da Comissão Nacional de Atuária
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
abriu as inscrições para a 27ª reunião ordinária
da Comissão Nacional de Atuária (CNA), aberta ao público
em geral. O evento será realizado no próximo dia 28 de junho,
de 9h30 às 17h15, no auditório da Fundação
Sistel de Seguridade Social, em Brasília.
As
vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas
até amanhã, dia 14 de junho, no formulário disponível
no hotsite http://27-reuniao-da-cna.webnode.com/ A participação
no evento contará 5 créditos para o Programa de Educação
Continuada (PEC) do Instituto de Certificação Institucional
e dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS).
A
pauta da 27ª reunião da CNA contará com apresentações
e debates sobre os temas: “Migração de assistidos de planos
BD”, “O papel do atuário no fomento da previdência complementar”,
“Proposta de Instrução Submassas”, “Perspectivas atuariais
para os planos de benefícios do Funpresp-EXE” e “Agenda Regulatória
Previc 2017”. (Previc/Abrapp/AssPreviSite)
Postalis:
Data de pagamento do Resgate PostalPrev foi alterada
A
Diretoria de Benefícios alterou a data de pagamento do Resgate PostalPrev.
A data passa do último dia útil do mês de requerimento
para o 5° dia útil do mês subsequente.
A
mudança visa otimizar o fluxo financeiro do plano PostalPrev fazendo
coincidir o repasse da parte patronal feito pelos Correios com os pagamentos
relativos aos Resgates.
A
alteração passa a valer a partir dos requerimentos processados
em junho/2017, e os depósitos serão realizados no 5º
dia útil do mês de julho (07/07).
Para
saber mais acesse: http://www.postalis.org.br/resgate-postalprev-data-alterada2/
? (Postalis/AssPreviSite)
ASCPrev:
Renovação do site
O
layout renovado trouxe modernidade e facilidade ao acesso dos conteúdos
no site da Associação Catarinense das Entidades de Previdência
Complementar (ASCPrev). O objetivo da reformulação foi deixar
as informações e diferentes seções disponíveis
mais fáceis de encontrar, como as notícias e eventos da Associação.
Mais
atrativo e intuitivo, o site é responsivo, ou seja, o acesso é
voltado também aos tablets e smartphones. Além das novidades,
o endereço também traz informações sobre a
ASCPrev, suas associadas, suas comissões e as formas de contato.
Acesse:
www.ascprev.com.br
Acompanhe
também a Associação no Facebook: www.facebook.com/ascprev
(ASCPrev/AssPreviSite)
Estados:
Temer vai discutir alívio financeiro
O
presidente Michel Temer deve receber cerca de dez governadores nesta terça-feira
(13), em um movimento para tentar demonstrar força política
e oferecer um alívio financeiro aos caixas dos Estados.
O
encontro está previsto para o Palácio da Alvorada, com a
participação do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e do
presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
A
reunião tem como pauta a negociação de dívidas
dos Estados com o governo federal, além da discussão sobre
as condições das linhas de financiamento do BNDES para os
governos locais.
Esse
movimento, entretanto, é articulado pelo Palácio do Planalto
como uma tentativa de reforçar a aproximação entre
Temer e governadores de diversos partidos, em busca de apoio político
para atravessar a crise que se abriu com as acusações feitas
contra o presidente por empresários da JBS.
Um
dos principais organizadores desse encontro é o governador de Goiás,
Marconi Perillo, do PSDB. O partido sofre pressões de deputados
e senadores para romper com Temer e entregar seus cargos na Esplanada dos
Ministérios, mas os governadores da sigla defendem a manutenção
do apoio ao peemedebista.
Segundo
aliados do presidente, 11 governadores já confirmaram presença
no encontro (BRUNO BOGHOSSIAN - Folhapress)
BA:
Recadastramento de servidores ativos
O
governo da Bahia deverá lançar em até 60 dias o novo
recadastramento de servidores ativos. Em entrevista da semana ao Bahia
Notícias, o titular da Secretaria da Administração
(Saeb), Edelvino Góes, explicou que a medida cumpre com a expectativa
de recadastramento a cada dois anos. A iniciativa começou em 2015,
quando 315 servidores ficaram de fora da folha de pagamento porque não
se recadastraram ou porque suas funções não foram
validadas pelas chefias. "Eles estão respondendo a processos administrativos,
mas essas despesas já foram retiradas de folha. [Foi] R$ 1,5 milhão
de economia", acrescentou. Na conversa, Góes ainda explicou o funcionamento
do Fundo de Previdência Complementar que incluirá os estados
do Nordeste, a partir do modelo desenvolvido pelo governo baiano, o PrevBahia.
Edelvino Góes é titular da Saeb desde o final da gestão
do governador Jaques Wagner, quando assumiu em definitivo a pasta com a
saída de Manoel Vitório para a Secretaria da Fazenda. Leia
aqui a entrevista completa!
Nesse
momento de grave crise econômica que a gente tem registrado no Brasil
e tem atingido a economia baiana, como a Saeb tem ajudado o governo do
Estado a minimizar os impactos desse momento tão delicado?
Sem
dúvida, temos uma conjuntura extremamente preocupante. São
dois anos de recessão, queda expressiva do PIB, acima de três
pontos percentuais, e esse ano, no processo ou de estagnação
ou de recuperação muito lento em cima de uma base muito reduzida
que aponta quadro bem crítico que impacta nas contas públicas
na medida que afeta a arrecadação. A Secretaria da Administração
tem trabalhado fortemente no acompanhamento das despesas de custeio de
pessoal do estado e a partir daí fazendo todos os esforços
de otimização desses gastos.
Como
tem sido esses esforços, como vocês têm procedido?
O
primeiro aspecto que eu acho importante é que o governo Rui de certa
forma se preparou para esse momento de adversidade. Claro que a rudeza
dele nesse nível não era esperado, mas na equipe de transição
ainda entre o governo Wagner e o governo Rui no final de 2014, foi feita
proposta de reforma administrativa, onde você teve o enxugamento
da estrutura do Estado com esses ganhos de otimização: foram
reduzidas três secretarias, três autarquias foram extintas,
duas empresas públicas foram extintas também. Isso possibilitou
uma redução e 1,7 mil cargos, com economia de R$ 200 milhões,
que foi ação extremamente importante. Se colocar essa economia
de R$ 200 milhões e colocar no plano do governador Rui Costa, tem
quase R$ 1 bilhão só na reforma administrativa, que foi aspecto
importante para enfrentar esse momento de adversidade. Além disso,
o governo saiu com alguns decretos de contenção de despesas,
que fazem com que toda requisição de material e serviço
do estado, para que se faça uma compra pública, todos esses
pedidos são analisados pela Secretaria da Administração
e pela Secretaria da Fazenda, verificando se aquelas despesas são
inadiáveis e essenciais. A partir daí a gente tem feito um
processo de evitar esses gastos desnecessários, sem comprometer
naturalmente a atividade finalística da máquina pública,
que tem que gerir políticas públicas, mas buscando otimizar
ao máximo esses gastos. Pra se ter uma ideia, em 2016 nós
fechamos com custeio - a Secretaria da Fazenda tem estrutura que controla
qualidade do gasto e faz estrutura de monitoramento - algo em torno de
R$ 6,3 bilhões. Aí entra material de consumo, terceirizados,
toda essa ordem. Em 2014 essa despesa era R$ 6,5 bilhões. Tem uma
queda nominal mesmo. Voltando ao custeio de 2014, isso é uma performance
muito significativa, mostra uma capacidade mesmo da máquina. E aí
movimento em todas as unidades do estado. Secretaria da Administração
e Secretaria da Fazenda fazem processo de coordenação, mas
um esforço desse é de todos pra chegar a isso sem comprometer
a máquina e a capacidade de investimento do estado, trazer custeio
para abaixo de 2014. Se pegar esses valores e colocar a inflação,
você vai ter economia de R$ 1,2 bilhão e monitoramento dessas
famílias de gastos.
E
quanto à questão do contingenciamento, a ordem é continuar
com ele?
Os
decretos ainda estão sob vigência. Na verdade, a gente tem
que acompanhar aí a performance da economia, alguma sinalização
de crescimento da atividade econômica para que venham perspectivas
mais concretas de receita, para que você reavalie esses decretos.
Desde
2015 a Saeb adotou a questão do recadastramento de servidores ativos,
como forma até de prevenir irregularidades, encontrar possíveis
servidores que não estivessem trabalhando. Quais são os resultados
desse processo até o momento?
Fizemos
o recadastramento de ativos em 2015, a gente fez com que todos os servidores
tivessem que lançar informações dos seus locais de
trabalho, carga horária, e depois tudo isso tinha que ser validado
por seus chefes imediatos. Esse trabalho teve resultado muito expressivo,
porque temos até hoje cerca de 315 servidores que estão fora
da folha desde 2015 por força desse processo de recadastramento.
São servidores que ou não se recadastraram ou não
foram validados pelas chefias. Eles estão respondendo a processos
administrativos, mas essas despesas já foram retiradas de folha,
com R$ 1,5 milhão de economia. Vamos fazer novo recadastramento
de servidores ativos em 2017. A ideia é que a cada dois anos se
faça recadastramento de ativos. A equipe está fechando planejamento,
é possível que será lançado nos próximos
60 dias.
No
último encontro de governadores acabou sendo acordada a criação
do PrevNordeste, um fundo para unificar as previdências complementares
dos servidores da região. Como está o processo de implementação?
Já se sabe como deve funcionar?
É
importante destacar que a Bahia foi o primeiro estado do Nordeste a ter
a sua instituição de Previdência Complementar aprovada
pela Previc. Você pode ter uma lei autorizativa de Previdência
Complementar, mas ela só tem efeito prático quando você
tem a instituição autorizada pela Previc, o órgão
regulador da Previdência Complementar. A lei autorizativa foi gerida
na própria transição, foi de dezembro, no bojo da
reforma administrativa, e tivemos autorização da Previc em
julho de 2016. A partir dessa data, os servidores que ingressam no Estado
já estão sob a égide da Previdência Complementar.
Se eles receberem até R$ 5,3 mil, recebem no regime próprio
e acima de R$ 5,3 mil, vai receber pela Previdência Complementar.
O Estado pode descontar 8,5% e entra também com 8,5% para fazer
poupança, que vai ser o elemento importante para aposentadoria.
Como a Bahia foi o primeiro estado a ter autorização de funcionamento
da sua entidade, os estados do Nordeste solicitaram ao governador Rui Costa
que verificasse a possibilidade de aceitar adesão de outros estados
ao nosso instituto. O governador não só concordou, como está
disposto a alterar o nome de PrevBahia para PrevNordeste. Depois da reunião
de governadores nós instalamos um grupo de trabalho com representantes
de todos os estados do Nordeste e já foram definidas algumas etapas
e atividades a serem cumpridas. A ideia justamente é essa, que a
gente tenha na PrevBahia a possibilidade dos estados do Nordeste aderirem
e a partir dali os seus servidores estariam também sob a égide
da Previdência Complementar.
Então
vai haver adesão dos estados, não se criar um fundo novo?
A
PrevBahia já existe e vai ter que ter alteração estatutária
para previsão desse ingresso dos estados, alteração
de nome de PrevBahia para PrevNordeste. Depois vendo com os estados qual
a estrutura de governança disso, nossa ideia é que cada estado
desse tenha um comitê gestor para acompanhar a performance de benefícios
e de seus investimentos. Esse comitê gestor terá membro de
cada estado que for fazer adesão à nossa entidade. É
nessa modelagem que estamos trabalhando pra viabilizar isso. Acho que vai
ser uma coisa muito importante, porque você acaba tendo na Previdência
Complementar reservas muito expressivas, que vão se acumular nesse
fundo. A governança nordestina sobre essa poupança é
algo bastante interessante pra região. De fato o governador Rui
Costa, como saiu na frente em viabilizar a entidade - antes da Bahia, só
os estados do Sudeste tinha Previdência Complementar autorizada pela
Previc. Agora temos oportunidade que julgo bastante interessante que é
ter adesão de outros estados formando poupança expressiva
e tendo sobre essa poupança governança nordestina.
Mas
esse fundo vai ter mudanças pra abarcar os outros estados ou deve
continuar com os mesmos trâmites do PrevBahia?
Cada
estado vai ter um plano de benefício próprio. Inclusive,
isso evita qualquer contágio de inadimplência de um estado
sobre o outro plano de benefício. Então o plano de benefício
será segregado por estados, terá comitê de acompanhamento
nos próprios estados. E aí esse plano de benefícios,
claro que vai facilitar muito o processo de implantação e
agilizar a aprovação na Previc, na medida que eles tenham
certo grau de padronização. Mas são planos de benefícios
separados por estados.
Como
estão esses grupos de trabalho? Já tem um prazo para mudança
desse nome e instituição dessas novas regras?
A
reunião da instalação do grupo ocorreu há duas
semanas e definiu algumas tarefas. A gente apresentou todo material nosso
em relação à PrevBahia - estatuto, legislação,
base normativa -, foi encaminhado para os estados esse material e vão
fazer algumas análises sobre isso. Também estamos nessa tarefa
de fechar o plano de benefícios padronizado, dialogando já
com a Previc para que a gente tenha esse plano padronizado. A próxima
etapa é justamente a discussão em cima desse plano de benefícios.
A
Assembleia Legislativa aprovou recentemente um projeto que tornou automática
a adesão dos novos servidores públicos ao regime de Previdência
Complementar. Essa aprovação foi criticada por algumas entidades,
que classificaram o projeto como um ataque aos servidores, pois criaria
diferença “abismal” à contribuição sindical.
Essa mudança realmente acaba tirando direitos dos servidores?
Em
hipótese alguma. Na verdade o que houve foi certa confusão
sobre o instituto da adesão automática. A entidade de previdência
do governo federal já trabalha com isso, que é o Funpresp,
já tem essa previsão. Não tira em hipótese
alguma o caráter facultativo da Previdência Complementar.
Observe, o servidor ingressa na Previdência Complementar não
de forma obrigatória, é facultativo. O que se tem aí
é processo de adesão automática da inscrição
dele e que ele pode em 90 dias pedir sua retirada do plano. Mas há
uma certa incompreensão da Previdência Complementar do ponto
de vista do benefício pro servidor, porque servidor sobre a égide
da Previdência Complementar, acumulando 35 anos em uma Previdência
Complementar, inclusive com incentivo tributário, porque reduz impostos,
o investimento de 1 para 1, está numa instituição
de previdência fechada, ou seja, sem fins lucrativos - todo recurso
aportado é pra investimentos - e ter ainda a possibilidade de mobilidade
- se ele sair do Estado por algum motivo, aquilo que ele acumulou, recebe.
Você não vê alguém entrar na Petrobras e falar
que não quer a Petros ou alguém entrar no Banco do Brasil
e falar que não quer a Previ*. Todos querem porque são ganhos
muito expressivos e a Previdência Complementar é a mesma coisa.
O
senhor disse que essa adesão automática não retira
o caráter facultativo da Previdência Complementar, mas por
que então essa medida?
Do
ponto de vista do processo da gestão, é muito mais fácil
trabalhar a gestão do servidor que não quer entrar do que
buscar fazer esforço enorme pra trazer servidores para a Previdência
Complementar. Está em linha com as práticas mais modernas
de instituição de Previdência Complementar fechada.
Inclusive tem servidores que quando fazem a adesão, demoram até
por certo desconhecimento deles, aí é muito mais fácil
que façam procedimento inverso. É ponto de vista mesmo operacional,
de gestão. Foi identificado como elemento que facilita a gestão.
E
com a tramitação da reforma da previdência o governo
do estado pretende fazer novas mudanças no regime de aposentadoria
e benefícios recebidos por servidores estaduais, já que o
próprio governo mesmo vem falando para questão de renegociação
das dívidas os governos estaduais deveriam fazer mudanças
no regime de previdência estadual?
Na
verdade, nós vamos acompanhar essa votação federal.
Vamos ver quais vão ser as características dessa reforma
previdenciária que está tramitando. Sabemos que de fato o
déficit previdenciário é um dos que mais impactam
no equilíbrio das contas públicas. Isso é inegável.
No governo Paulo Souto, o déficit previdenciário era na ordem
de R$ 386 milhões em 2006 e fechamos 2016 com R$ 2,7 bilhões
e a previsão é fechar esse ano de 2017 com R$ 3 bilhões.
Sair de R$ 386 milhões pra R$ 3 bilhões de déficit
demonstra que de fato é um problema grave. Temos clareza disso.
Nosso governo também não tem sido omisso a essa agenda. Fizemos
a própria Previdência Complementar, é uma demonstração
disso. Agora, nos moldes que está tramitando no governo federal,
a gente concorda com a doença, ser um problema pras contas públicas,
mas não concordamos com esse remédio. Sair de 35 anos de
efetivo exercício para 49 anos, um salto muito expressivo. Para
conseguir 100% da aposentadoria aos 65 anos, ter que trabalhar com 16,
é um processo muito forte. Tem também a questão de
gênero. Agora, concordamos que a questão previdenciária
é um problema. Vamos acompanhar essa reforma, vamos ver as características
para fazer avaliação da nossa posição em relação
isso.
Qual
o impacto dos benefícios recebidos pelos servidores nesse déficit
previdenciário na Bahia?
O
déficit surge em função de que os benefícios
previdenciários, ou seja, o servidor aporta com 12% e o Estado com
24%, esses valores são insuficientes para pagar os benefícios
previdenciários e há necessidade desse crédito adicional
que precisa ser feito. Na verdade, isso surge em função da
insuficiência dos benefícios para financiar os gastos previdenciários.
Os
municípios baianos têm solicitado aumento no repasse do ICMS
pelo governo do estado. Com a implantação da nota fiscal
eletrônica, o que se espera é uma redução das
irregularidades na emissão dessas notas, já que pode haver
controle maior por parte do governo estadual, o que pode ampliar a arrecadação.
Com isso, há alguma expectativa de aumento no repasse para os municípios?
Notas
fiscais eletrônicas na perspectiva da Secretaria da Administração
é o seguinte: estamos utilizando as notas fiscais, pegamos um sistema
que o governo do Amazonas desenvolveu, vamos utilizar as notas fiscais
eletrônicas para parametrizar preços daqueles bens e serviços
que o estado adquire. O Estado quando vai fazer licitação
de caneta, geralmente vai cotar essa caneta no mercado por ligações
telefônicas. A gente agora fez esse sistema do Amazonas e desenvolvemos
com Secretaria da Fazenda, Prodeb e Secretaria da Administração
a possibilidade de pegar esses preços com base nas aquisições
reais, como se o mercado privado estivesse comprando. Isso já está
permitindo economias expressivas, porque o preço referencial da
licitação vai ser baseado por essas notas fiscais que forem
emitidas. Então não tem nenhum impacto do ponto de vista
de redução do repasse do ICMS para os municípios.
Apenas é o estado verificando essas notas fiscais que já
estão no banco de dados e fazendo essa parametrização
para que sirva como valores referenciais nas suas aquisições.
Só para dar exemplo, o papel A4 tivemos redução de
10% nos preços referenciais usando notas fiscais. Já teve
licitações com preços referenciais mais baixos, trazendo
economicidade na aquisição.
A
criação do Conquali também foi uma novidade da gestão
do governador Rui Costa. Como tem sido a experiência com esse conselho?
Vocês estudam algumas mudanças para aumentar a efetividade
do Conquali?
Sem
dúvida. O Conselho da Qualidade do Serviço Público
é quando se discute a qualidade da prestação do serviço.
Primeiro precisa mensurar qual a visão que o cidadão tem
do serviço público. O primeiro ponto de partida é
ter clareza das necessidades do cidadão, porque o que é um
serviço com qualidade: é quando tem a prestação
daquele serviço superior à sua expectativa. Você foi
no hospital público, tinha expectativa sobre aquele serviço
e o que foi efetivamente entregue foi superior à sua expectativa.
Então, o Conquali agora estava se voltando nesse primeiro momento
para mensuração do grau do cidadão sobre o serviço
público. Fizemos parceria com Ouvidoria-Geral do Estado e com a
SEI, que trabalha com mensurações, vinculada à Secretaria
do Planejamento, para desenharmos amostras bem representativas dos usuários
do serviço público e utilizando ouvidoria para fazer contatos
telefônicos com esses usuários. Já fizemos isso nos
usuários de delegacias, unidades de Polícia Técnica,
hospitais e estamos no processo de ampliação para outras
áreas. A ideia é primeiro levantar essa percepção.
Temos registros do cidadão ficar bastante entusiasmado em receber
ligação e ter questionário querendo saber qual avaliação
dele no tempo de atendimento, nas condições das instalações,
do servidor público que fez o atendimento. A gente está agora
nesse processo de levantamento pra depois com algumas oportunidades de
melhorias. Identificando essas necessidades do cidadão, quais seriam
as ações pra gente aprimorar essa prestação
de serviço. Estamos no momento de levantamento desse grau de percepção
do cidadão sobre o serviço público e depois trabalharemos
com oportunidades de melhoria. Podemos dizer que o governo do estado hoje
tem programa de qualidade do serviço público. (Samuel
Celestino - Bahia Notícias)
Investimentos:
Um olhar além da volatilidade
Tomar
decisões num cenário volátil como o atual e, ainda
assim conservar a visão de longo prazo, é algo cada vez mais
essencial às Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Decisões
de investimento que envolvam maior tomada de risco passarão necessariamente
pela estabilização do juro real em patamar mais baixo e sinais
mais claros em relação aos fatores políticos e ajustes
macroeconômicos. “As recentes turbulências no ambiente político
trouxeram maior incerteza e menor visibilidade, há a percepção
de que o juro não mais chegará ao final deste ano abaixo
de 8%, como o mercado chegou a apostar, mas ainda há chance de que
caia para um dígito”, analisa o executivo-chefe da AZ Quest, Walter
Maciel.
Tomar
decisões num cenário volátil como o atual e ainda
assim conservar a visão de longo prazo, essencial às Entidades
Fechadas de Previdência Complementar, é um desafio particularmente
complexo, lembra o diretor executivo da Abrapp, Guilherme Velloso Leão.
“Manter as carteiras mesmo em conjunturas conturbadas é crucial
e vimos que depois de uma forte reação inicial aos acontecimentos
de maio, houve uma estabilização desses movimentos, o que
é um sinal de maturidade do investidor brasileiro”, aponta Maciel.
Variáveis
macroeconômicas - O ambiente ainda traz uma série de incógnitas
relevantes do ponto de vista macroeconômico, tanto a nível
doméstico como internacional, ressalta o estrategista e responsável
pela área de renda fixa da J.P. Morgan Asset Management, Júlio
Callegari. Em painel de debates promovido pela consultoria Luz Soluções
Financeiras, esses especialistas apontaram alguns dos fatores que irão
direcionar as decisões de investimento das EFPCs.
Na
avaliação de Callegari, o desempenho recente da economia
brasileira inibe maiores doses de otimismo. Ele observa que a evolução
real do PIB, incluindo o primeiro trimestre deste ano, tem sido um
desastre econômico mesmo comparada à de países como
a Turquia e África dos Sul. “O PIB brasileiro é equivalente
ao de uma economia de guerra, mas a taxa real de câmbio não
cai, mesmo comparada a de países que também são exportadores
de commodities como a Austrália”.
O
ajuste do setor externo não deve ser um fator de entusiasmo daqui
para a frente, diz Callegari, até porque o que havia para ser feito
já ocorreu, com a queda do volume de importações ocasionada
pelo colapso da demanda interna e pela explosão dos preços
de produtos exportados.
“Esse
efeito da alta dos preços internacionais já começa
a ser revertido na margem”. Em 2018, o saldo do setor externo
brasileiro tem grandes chances de ser negativo, até porque qualquer
movimento de normalização da demanda interna terá
efeito imediato sobre o aumento de importações. “O ajuste
registrado até aqui ocorreu por razões ruins porque não
se investiu em produtividade e não há um ajuste expressivo
na taxa real de câmbio”.
Para
Callegari, “estamos presos na esperança de um ajuste reformista
e, embora o governo tenha aprovado a PEC dos gastos, ela por si só
não resolverá o problema das contas públicas, tendo
em vista a trajetória esperada do crescimento”. Além disso,
cumprir a PEC ajudaria a baixar os juros mas seria muito ruim do ponto
de vista do crescimento econômico de curto prazo.
Fatores
como o desemprego e o alto nível de alavancagem das dívidas
das famílias jogam contra, avisa Calegari, e o setor externo não
vai contribuir para o crescimento. “Mesmo com as reformas pretendidas pelo
governo, a trajetória da dívida pública é de
alta progressiva”.
Comparado
aos níveis globais, o juro real brasileiro continua sendo uma jabuticaba
de tão alto, o que significa que há espaço para novos
cortes, mas Callegari enfatiza que o câmbio atua como um elemento
perturbador dessa equação porque não há o driver
da demanda doméstica, o único possível seria
o investimento. Em relação ao cenário externo, o horizonte
continua benigno, mas o mercado sabe que o fim da festa do juro baixo nos
EUA está chegando, deve demorar ainda para que haja um aperto monetário
pelo Fed (Federal Reserve) mas restam muitas dúvidas quanto ao cenário
global.
Cenário
desafiador - Nesse ambiente, acredita Callegari, qualquer decisão
de alocação de recursos dos investidores institucionais em
equities, fundos imobiliários ou private equity vai passar necessariamente
pela queda do juro real. “Se a taxa não cair, chegaremos a um cenário
de insolvência e é preciso lembrar que a trajetória
da dívida pública é explosiva”. Entre as possíveis
estratégias estruturais para enfrentar esse quadro turbulento, ele
sugere a diversificação de investimentos no exterior ou em
posições cambiais. Para aqueles que acreditam que a reforma
da previdência pretendida pelo governo será aprovada, o melhor
é comprar títulos a juros de 5,60% e apostar na queda do
juro, diz Callegari.
A
concentração dos investimentos das EFPCs em renda fixa em
março deste ano era de 73,6% de seus ativos totais, contra 17,2%
em renda variável (o mais baixo percentual em renda variável
nos últimos 15 anos), destaca o diretor-executivo de gestão
de ativos da BBDTVM, Carlos José da Costa André. Os investimentos
estruturados, que atingiram seu pico de 3,3% dos ativos totais em 2014,
hoje representam apenas 2,1% e já há escassez de matérias-primas
para algumas estratégias no mercado de capitais.
Até
os dias 18/19 de maio, a aposta para 2017 era de que o juro real caísse
abaixo de 6% e, diante desse quadro, não havia alternativa para
as entidades a não ser pensar em novas estratégias de alocação.
“Mas a turbulência política que se seguiu àquele dia,
que foi o pior da história dos indicadores IMA, trouxe uma piora
para o prêmio de risco Brasil”, afirma o gestor. Em ambiente desse
tipo, sublinha André, é preciso ter uma alocação
estrutural (estratégica) vis a vis uma alocação tática
com boa diversificação, que irá garantir proteção
contra eventos dessa magnitude.
Daqui
para a frente será necessário considerar a velocidade do
andamento das reformas e sua integridade, que dependerá do front
político, assim como o nível de atividade econômica,
que será o mais afetado por esse cenário, de maneira proporcional
ao nível de incerteza.
Caso
o cenário mais desafiador prevaleça, André vê
espaço para alocações interessantes em renda variável
mas apenas em posições defensivas em empresas com receitas
estáveis e exportadoras. Nos títulos públicos, a posição
será mais conservadora, na ponta média da curva, e muita
seletividade no crédito privado. “Investir no exterior pode permitir
tirar proveito do câmbio, com mais viés global e menos EUA”.
(Martha E. Corazza - Diário dos Fundos de Pensão-12.06)
Entidades
sugerem alternativas à reforma da Previdência
CPI
da Previdência realiza audiência interativa com a participação
de representantes de entidades sindicais
Representantes
de entidades ligadas aos trabalhadores propuseram, nesta segunda-feira
(12), sugestões para arrecadação de recursos e medidas
para impedir a continuidade da reforma da Previdência, que está
sendo analisada pela Câmara dos Deputados. Os representantes dos
trabalhadores participaram de audiência pública da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que investiga
a contabilidade da Previdência Social.
O
vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Flávio Werneck
Meneguelli defendeu a suspensão da tramitação do projeto
de reforma até que sejam esclarecidas algumas questões. Para
ele, o governo precisa indicar para onde foram os valores superavitários
arrecadados nos últimos 15 anos e mostrar qual é o impacto
dos seguidos parcelamentos de débitos tributários (Refis)
no pagamento e saneamento das dívidas com a Previdência.
O
que se sabe hoje é que, por conta dos seguidos Refis, nós
temos um insistente ? para usar um termo suave ? não pagamento de
débitos previdenciários no Brasil. O que era pra ser exceção
vira regra. Ninguém paga para esperar o próximo Refis. Qual
é a influência dessas empresas que devem seguidamente e que
aplicam seguidamente o Refis na aprovação desses refinanciamentos
aqui nas Casas parlamentares? - indagou
Meneguelli,
que é policial federal, se colocou à disposição
da CPI e sugeriu a colaboração de policiais aposentados nas
investigações. O presidente da comissão, senador Paulo
Paim (PT-RS), aceitou a sugestão e pediu que ele enviasse à
comissão todas as sugestões de perguntas que fez sobre a
situação da Previdência.
Contabilidade
O
Secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Aleir Ertle afirmou que a Previdência Social
e superavitária, se consideradas as contribuições
sociais que o governo não inclui na conta. Para ele, não
se trata de um problema contábil, mas sim de um problema político
e social, com a imposição de reformas de interesse da elite
e dos rentistas.
Aleir
Ertle sugeriu que, caso uma auditoria independente aponte a necessidade
de ajustes, há várias opções que poderiam ser
consideradas antes de uma reforma. Entre elas está a retomada
da cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, extinta
em 1995 pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Além disso, sugeriu,
poderia ser criada uma contribuição social sobre grandes
fortunas e sobre os rendimentos em aplicações financeiras.
Para
o representante do Instrumento de Luta e Organização da Classe
Trabalhadora (Intersindical), Antônio Carlos Cordeiro, várias
entidades já mostraram dados que comprovam a falácia do déficit
da Previdência. Na visão dele, não existe déficit,
mas sim um processo de sonegação brutal que envolve bilhões
de reais. Cordeiro também sugeriu que a tramitação
da reforma seja suspensa até que a CPI termine suas investigações.
Direitos
Humanos
De
acordo com Rosana Colen Moreno, representante da Nova Central Sindical
dos Trabalhadores e da Confederação dos Servidores Públicos
do Brasil, para quase 75% dos idosos brasileiros, a aposentadoria
e a pensão são as principais fontes de renda e, para 23,4%,
a renda ainda não é suficiente para atender todas as necessidades
dos aposentados. Em mais da metade dos casos (59,7%), eles são os
principais responsáveis pelo sustento financeiro da família.
Rosana
Colen Moreno apontou vários pontos em que a reforma fere convenções
relativas e direitos a humanos e ao trabalho e propôs que sejam feitas
denúncias a organizações como o Alto Comissariado
dos Direitos Humanos da ONU e o Comitê para os Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais.
Tanto
ela quanto Waldemir Soares, representante da Central Sindical e Popular,
afirmaram que é preciso promover a resistência civil, por
meio de greves. Os representantes dos trabalhadores anunciaram uma nova
greve geral para o dia 30 de junho. (Agência Senado)
Fundos de pensão:
Participações, investimentos
e desempenho em empresas
Fundos:
CVM marca julgamento sobre capitalização da Petrobras
A
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) agendou para o dia
11 de julho julgamento sobre suposta falha no processo de capitalização
da Petrobras, que captou R$ 120 bilhões em 2010.
Entre
os réus, além da companhia, estão os ex-presidentes
da estatal José Sérgio Gabrielli e Maria das Graças
Silva Foster e o Bradesco BBI, coordenador da operação.
O
processo investiga suposta indução do investidor ao erro,
ao não deixar claro que os compradores de ações preferenciais
não teriam direito a obter poder de voto em caso de não pagamento
de dividendos por três anos consecutivos, como é prevê
a Lei das Sociedades Anônimas.
A
Petrobras alega que a Lei do Petróleo, de 1997, determina que os
preferencialistas nunca terão esse direito. A acusação
alega, porém, que o prospecto da capitalização, lançado
em 2010, deixa margem de dúvidas neste caso.
O
texto diz que as ações preferenciais "não têm
direito de voto nas deliberações das nossas assembleias gerais
de acionistas, exceto em circunstâncias especiais, incluindo na eventualidade
de deixarmos de pagar a esses acionistas o dividendo mínimo prioritário
a que fazem jus, de acordo com nosso estatuto social, por três exercícios
consecutivos".
O
processo foi aberto em 2015 após questionamentos de minoritários
em assembleia de acionistas que avaliou o prejuízo de R$ 21,587
bilhões em 2014, provocado por baixas contábeis no valor
projetos investigados pela Operação Lava Jato.
No
encontrou, a estatal afirmou que não daria direito de voto caso
o prejuízo se repetisse pelos dois anos seguintes —o que, de fato,
aconteceu.
Em
2016, a CVM rejeitou proposta de acordo no valor de R$ 880 mil para extinguir
o processo.
Em
sua defesa, a estatal alegou que não teve o propósito de
induzir o investidor ao erro e que a informação sobre os
dividendos não era relevante, "pois os investidores levaram em conta
o histórico de rentabilidade das ações da companhia
e seu potencial de crescimento", de acordo com o parecer da área
técnica da autarquia.
Disse
ainda que a limitação aos preferencialistas consta de seu
formulário de referência, documento arquivado todos anos junto
aos órgãos reguladores do mercado acionário.
Argumento
semelhante foi usado pelos executivos da empresa —além de Gabrielli
e Graça, é réu o ex-diretor financeiro Almir Barbassa.
O
Bradesco, por sua vez, alegou que verificou que a informação
questionada no prospecto estava de acordo com o que era reportada pela
estatal aos reguladores. (NICOLA PAMPLONA - Folhapress)
Órgãos,
Associações e Entidades do Segmento
http://www.portoseguro.com.br/solucoes-financeiras/investimentos
Encontro
de Previdência Complementar - Região Sul
Reserve
as datas 03 e 04/07: VIII Encontro de Previdência Complementar -
Região Sul
Em
sua oitava edição, o Encontro de Previdência Complementar
- Região Sul já se tornou um evento referência para
o sistema, fazendo parte do calendário da Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O
VIII Encontro será uma das principais ações da Associação
Catarinense das Entidades de Previdência Complementar (ASCPrev) em
2017. O evento, que trará como tema "Previdência Complementar:
Oportunidades e Confiabilidade" reunirá as entidades fechadas da
região Sul do país para palestras, fóruns e painéis.
O público será composto de dirigentes, colaboradores e Conselheiros
das Entidades não só da região Sul, mas também
de outros estados brasileiros.
O
VIII Encontro será realizado entre nos dias 03 e 04 de julho, no
Centro de Eventos da FIESC, em Florianópolis/SC.
As
inscrições serão abertas em breve, confirme a sua
presença para receber as novidades sobre o evento: https://www.facebook.com/events/760376127465019/
São
patrocinadores do evento: Bradesco, BNY Mellon&ARX Investimentos, Franklin
Templeton e Itaú Unibanco. (ASCPrev/AssPreviSIte)
Mirador:
Evento de Saúde em SP
No
próximo dia 27, a Mirador Atuarial promove um dia de reflexão
sobre Gestão de Riscos no Mercado de Saúde Suplementar. Serão
abordados aspectos técnicos como Solvência, Precificação
e Provisões, mas com abordagem estratégica, discutindo o
impacto no resultado da operação. O evento é gratuito,
mas com vagas limitadas e será realizado no auditório da
Funcesp, na Alameda Santos, 2477 – São Paulo - SP.
Informações
e inscrições: www.mirador-atuarial.com.br/evento-saude
(Mirador-AssPreviSite)
38º
Congresso
As
123 associadas que participaram da campanha de atualização
cadastral - e atendem aos critérios estabelecidos - vão concorrer
agora a 5 inscrições no 38º Congresso Brasileiro da
Previdência Complementar Fechada, a realizar-se de 4 a 6 de outubro,
em São Paulo. O sorteio ocorrerá em 3 de julho, sendo que
as entidades ganhadoras terão até o dia 31 do mesmo mês
para informar quem as representará no evento, isto é, em
nome de quem a inscrição deverá ser feita. (Diário
dos Fundos de Pensão-12.06)
Leitura e cultura
da previdência
Livro:
Fundos de Pensão Instituídos na
Previdência
Privada Brasileira
Autor:
Juliano Sarmento Barra
Resumo
do Livro:
"Esta
obra tem como objetivo a análise jurídica dos Fundos de Pensão
e Planos de Benefícios denominados Instituídos. Tais entidades
são recentes em nosso sistema previdenciário privado, advindas
a partir da promulgação da Lei Complementar nº 109,
de 29 de maio de 2001. Fruto de anos de pesquisa e reflexão, este
livro traz a vantagem de reunir o ineditismo do tema, fundamentado em robusta
doutrina nacional e estrangeira, com a vivência profissional do autor,
em quase uma década, em uma das maiores e melhores bancas de advocacia
do país. Como todo bom trabalho acadêmico, a obra inicia-se
com o estudo da Teoria da Constituição, a Constituição
como Fonte do Direito Social, o valor social do trabalho. Em sua segunda
parte, são introduzidos o Sistema de Seguridade Social e seus princípios.
A partir de então, analisam-se a Previdência Privada como
forma supletiva de cobertura da Previdência Social, seu histórico
e características, o regime constitucional da Previdência
Complementar e sua previsão programática de regulamentação,
a norma constitucional e sua classificação. Ao se ingressar
no ponto central do trabalho, definem-se os Fundos de Pensão e Plano
de Benefícios Instituídos, suas características gerais,
os aspectos relevantes para se criarem tais entidades, a estrutura administrativa
no âmbito dos Fundos de Pensão Instituídos, o critério
pessoal e o material da norma. Além disso, são apreciados
os seguintes aspectos: os Sindicatos e os Fundos de Pensão Instituídos;
a possibilidade de previsão de aportes pelo empregador previstos
em Convenção ou Acordo Coletivo; a Súmula nº
290 do STJ e sua interpretação pela óptica dos Fundos
de Pensão Instituídos; a Competência Judicial da Justiça
Comum para dirimir os conflitos advindos; a não aplicação
do Código de Defesa do Consumidor e a não observância
da Súmula nº 321 do STJ; exemplos de Entidades e Planos de
Benefícios da modalidade Instituidor. Com ineditismo e precisão
conclui o autor que os Fundos de Pensão e Planos de Benefícios
Instituídos são instrumentos de universalização
da Previdência Privada Brasileira, uma realidade vivenciada nos dias
atuais e que deve ser privilegiada e incentivada, com o propósito
de auxiliar na concretização do Estado de Bem-Estar e na
diminuição das desigualdades sociais."
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp//AssPreviSite)
Livro:
Lei da Previdência Complementar Anotada
Autor:
Roberto Eiras Messina
Resumo
do Livro:
O
tema deste livro é atual. Centro das atenções de governos,
empresários, associações, formuladores de políticas
econômicas, estudiosos do direito e dos fenômenos sociais em
geral, sua relevância decorre da percepção de que as
sociedades modernas, preocupadas com o desenvolvimento social, não
podem abdicar da dignidade da vida humana. Sabe-se que o atual sistema
de proteção social, organizado e gerido pelo Estado, está
muito aquém do ideal, em razão das conhecidas limitações
orçamentárias. Nesse contexto, a previdência complementar
assume importância fundamental, por se tratar de um modelo mais flexível,
transparente, participativo e eficaz que implica dinâmica de ganho
por todos os interessados, do ponto de vista do Estado, dos instituidores,
dos participantes ou da sociedade. Enfim, a capacitação necessariamente
impõe a geração de negócios e, com estes, a
criação de oportunidades de emprego e arrecadação
de tributos. Certamente este livro contribuirá para a adequada interpretação
e fixação de conceitos trazidos pela Lei Complementar n.
109/2001 e para a disseminação da cultura financeira e previdenciária
em prol do desenvolvimento social no País.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp//AssPreviSite)
Livro:
A Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor
para
as Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Autor:
Ada Pellegrini Grinover - Adacir Reis - Lygia Avena - Maria da Glória
Chagas Arruda
Resumo
do Livro:
Nesta
obra os autores analisam os conceitos do Código de Defesa do Consumidor
(Lei 8.078/1990) e os compara com a legislação especial de
regência das entidades fechadas de previdência complementar
(Lei Complementar 109/2001). Como o nome evidencia, as entidades fechadas
de previdência complementar, também conhecidas como "fundos
de pensão", não são acessíveis ao mercado de
consumo, pois estão circunscritas a um grupo fechado de participantes,
com identidade comum; além disso, não possuem finalidade
lucrativa; tampouco pode-se falar em remuneração por serviços
ou produtos, pois o que existe é a conjunção de esforços
para o custeio dos benefícios previdenciários e despesas
com sua administração; os associados dessas entidades previdenciárias
obrigatoriamente participam das instâncias decisórias acerca
da gestão de seus próprios recursos. Tanto o CDC como a legislação
especial das entidades fechadas de previdência complementar são
normas legais modernas, cuja compreensão evoluiu muito nos últimos
anos. Para prestigiá-las, é preciso reconhecer suas diferenças
e as diversas realidades de que tratam, tarefa a que se dedicaram os Autores
deste livro.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Reforma
da Previdência não garante teto de gastos
Brasília,
13 - A aprovação da reforma da Previdência é
insuficiente para garantir a manutenção do teto de gastos,
aprovado em 2016 com vigência de duas décadas, apontou a Instituição
Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal. Pelo cenário base,
o governo teria de cortar R$ 300 bilhões em outras despesas obrigatórias
até 2030 para evitar violação do limite de despesas,
disse o diretor executivo da IFI, Felipe Salto.
A
estimativa tem outros cenários, o pessimista (segundo mais provável)
e o otimista (menos provável dos três). Em todos, as projeções
foram feitas levando-se em conta o fim da política de valorização
do salário mínimo a partir de 2019. Mesmo no cenário
otimista, o corte em despesas obrigatórias precisaria superar os
R$ 100 bilhões até 2030. Na pior conjuntura, a tesourada
teria de ficar próxima a R$ 500 bilhões no período.
Apenas o cenário pessimista não considera algum grau de mudança
nas regras de aposentadoria e pensões no Brasil.
"A
reforma da Previdência sozinha não é suficiente para
manter teto de gastos. Será preciso mexer em outras despesas obrigatórias
para sustentá-lo", disse Salto. "O desafio fiscal é maior
e provavelmente o mercado não está precificando bem isso."
O
cenário base prevê crescimento de 0,5% do PIB neste ano e
avanço de 1,9% em 2018. A taxa básica de juros, a Selic,
encerraria os dois períodos em 9,0%. Já no cenário
pessimista, as premissas são queda de 0,3% no PIB este ano, estabilidade
no ano que vem, além de Selic a 10,0% no fim de 2017 e a 11,0% no
fim de 2018. As estimativas mais otimistas (menos prováveis) pressupõem
PIB crescendo a 0,7% neste ano e 2,7% em 2018, com Selic a 8,0% no fim
de ambos os períodos.
A
IFI também estabeleceu outras projeções de acordo
com os cenários estipulados. No cenário base, o governo voltará
a ter superávit em 2023, de 0,2% do PIB. A dívida bruta do
setor público chegará a 92,4% do Produto Interno Bruto (PIB)
em 2023 e terá uma redução lenta até 2030,
quando atingirá 81,5%.
No
cenário pessimista, segundo mais provável, o País
retoma a trajetória de superávit primário em 2026,
de 0,2% do PIB, e a dívida bruta chega a 99,0% do PIB em 2021, sem
previsão de estabilização. (Agência Estado)
CPI
da Previdência: Nova reunião
CPI
realiza amanhã nova audiência sobre a reforma da Previdência
A
CPI da Previdência promove audiência pública amanhã,
no Senado Federal, com participação de sindicatos e confederações
de trabalhadores para discutir o déficit da Previdência Social.
Em funcionamento desde abril, a CPI já realizou 10 audiências
sobre o tema. Para o debate desta quarta-feira foram convidados o presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade
(Contratuh), Moacyr Roberto Tesch Auersvald; o diretor de Assuntos Legislativos
da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
(CNTS), Mário Jorge dos Santos Filho; e representantes da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (Cnttl), do
Fórum Sindical dos Trabalhadores e da Confederação
Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação
e Afins (CNTA). (JC Online)
Novas
regras aumentam carências para acesso aos benefícios
O
Senado Federal aprovou recentemente a Medida Provisória 767/2017,
que aumenta a carência para concessão de benefícios
previdenciários para aqueles que perdem a qualidade de segurado
junto ao Regime Geral da Previdência Social e retornam posteriormente.
O
advogado Celso Jorgetti, especialista em Direito Previdenciário
da Advocacia Jorgetti, destaca que a nova regra estabelece que o segurado,
que deixa de contribuir com a Previdência e perde a qualidade de
segurado, deverá cumprir toda carência para fazer jus a concessão
dos benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por
invalidez e salário-maternidade.
“Esses
segurados que perderam sua qualidade de segurado, a partir de uma nova
filiação à Previdência Social deverão
cumprir carência de 12 contribuições mensais para auxílio-doença
e aposentadoria por invalidez e 10 contribuições mensais
para salário-maternidade, no caso de seguradas contribuintes individuais,
especiais e facultativas”, informa.
Na
visão do advogado previdenciário Guilherme Chiquini do escritório
Chiquini & Lino Advogados Associados, os efeitos da nova MP impactarão
negativamente sobre o segurado do INSS. “A nova regra aumentou o prazo
mínimo de contribuição à Previdência
para o segurado que perde a qualidade segurado a ter direito ao auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez ou salário-maternidade. Pela redação
da MP 767, no caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência
para a concessão dos benefícios, o segurado deverá
contar o prazo a partir da nova filiação à Previdência
Social”, explica.
Originalmente,
segundo o advogado, a Lei 8.213/1991 – Lei da Previdência Social
– previa que havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições
anteriores a essa data só seriam computadas para efeito de carência
depois que o segurado contasse, a partir da nova filiação
à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço)
do número de contribuições exigidas para o cumprimento
da carência definida para o benefício a ser requerido. Ou
seja, a nova MP aumentou a carência que vigorava por lei.
O
professor da Universidade Federal do Paraná e autor de obras de
Direito Previdenciário, Marco Aurélio Serau Junior, também
defende que as alterações são nocivas ao segurado.
“Tratam-se de medidas que configuram um retrocesso social, principalmente
vinculados aos direitos do segurado do INSS”.
O
advogado João Badari, sócio do escritório Aith, Badari
e Luchin Advogados, observa que quanto maior o tempo de carência,
pior é para o segurado, “pois a Previdência Social deve proteger
os infortúnios que possam ocorrer na vida do trabalhador, e quanto
maior a carência, maior o tempo que ele ficará descoberto
do direito de acesso aos benefícios previdenciários em caso
de algum acidente ou doença”.
Definições
Guilherme
Chiquini pontua que a carência é a quantidade mínima
de contribuições vertidas ao INSS para a concessão
de um determinado benefício previdenciário. “Nem todo benefício
previdenciário necessita de carência”.
Já
a qualidade de segurado é a condição atribuída
a todo cidadão filiado ao INSS que possua uma inscrição
e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social.
“Todos os filiados ao INSS, enquanto estiverem efetuando recolhimentos
mensais estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição
de “segurado” do INSS. Entretanto, se o cidadão deixar de contribuir
com o INSS por muito tempo, haverá a chamada perda da qualidade
de segurado”, explica Chiquini.
E
ao perder a qualidade de segurado, o cidadão perde também
a cobertura e o acesso dos benefícios previdenciários.
Alta
programada
Outro
ponto negativo da nova medida, segundo os especialistas, é a chamada
“alta programada, que é o corte do benefício após
o prazo de 120 dias, contado da data de concessão, se não
for fixado o prazo estimado para a sua duração, exceto se
o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS.
“Essa
medida poderá obrigar o segurado a retornar ao trabalho, mesmo que
não esteja apto e deverá implicar em inúmeras ações
judiciais. Caso o empregado tenha qualquer complicação de
saúde em decorrência da volta antecipada a sua função,
poderá pleitear seus direitos na Justiça”, afirma Celso Jorgetti.
Segundo
João Badari, a alta programada estabelece um prazo pré-determinado
para que a doença tenha seu fim. “Isso está equivocado, pois
um computador não pode prever a data de recuperação
de uma pessoa. As pessoas possuem diferentes prazos para recuperação
e dependem de diversos fatores para estarem aptas ao trabalho. Como você
pode estipular, por exemplo, que um homem que quebrou seus dois braços
estará apto em até 120dias para suas atividades?”, questiona.
O
especialista ressalta que o Poder Judiciário tem um entendimento
reiterado que a alta programada é ilegal. “ Entende-se que os 120
dias estabelecidos como limite são ilegais. O governo alega que
existem pessoas aptas ao trabalho que continuam recebendo benefícios
por incapacidade. Ora, isso é culpa da má fiscalização
do Estado e não dos segurados que se encontram incapacitados realmente
e serão prejudicados”, defende.
Reabilitação
De
acordo com Celso Jorgetti, a MP traz um ponto positivo. “A medida que prevê
que o segurado em gozo de auxílio-doença, sem possibilidades
de recuperação para sua atividade habitual, deverá
submeter-se a processo de reabilitação profissional”.
Nesses
casos, revela o especialista, o benefício será mantido até
que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade
que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não
recuperável, seja aposentado por invalidez. (Caio Prates
- PrevTotal)
Segurados:
Consultas e agendamentos pela internet
Não
é mais necessário que os segurados do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) se desloquem às agências para consultar
o seu extrato mensal de contribuições. O órgão
previdenciário disponibilizou uma nova ferramenta pela internet
que facilita a vida de quem precisa de informações básicas.
O site Meu INSS - meu.inss.gov.br - pode ser acessado por meio de computador
ou celular.
Segundo
o gerente-executivo do INSS na Baixada Santista, Cláudio da Silva,
o acesso ao site permite ao segurado fazer agendamentos e realizar consultas.
“Não
é necessário que o segurado vá à agência
do INSS para fazer um agendamento ou solicitar o extrato atualizado de
contribuições previdenciárias. Basta acessar o Meu
INSS e lá clicar no link “extrato previdenciário”. Neste
link ele poderá visualizar as contribuições depositadas
pelo patrão, atualizadas até ao mês anterior”, alerta.
O
executivo do INSS ressalta que caso o segurado identificar algum problema
ou falta de depósitos de suas contribuições, ele deverá,
em primeiro lugar, questionar seu patrão.
“O
segurado deverá verificar em sua empresa qual o problema. Caso realmente
o patrão não tenha realizado os depósitos na data
correta, o trabalhador deve acionar à Justiça. Só
com uma ação judicial ele conseguirá comprovar o vínculo,
a falta do recolhimento da contribuição previdenciária
e do FGTS”, explica.
Cláudio
Silva também que para acessar o extrato o segurado deve ter em mãos
o NIT - Número de Inscrição do Trabalhador – que é
o número equivalente ao PIS/Pasep. “Os trabalhadores com carteira
assinada encontrarão este número em sua Carteira Profissional”,
informa.
De
acordo com o INSS, pelo novo endereço eletrônico o segurado
acessa e acompanha todas as informações da sua vida laborativa,
como dados sobre contribuições previdenciárias, empregadores
e períodos trabalhados. Na ferramenta também estão
disponíveis o histórico de crédito, carta de concessão,
declaração do benefício (Consta/Nada Consta), declaração
de regularidade do contribuinte individual e consulta à revisão
de benefício – Artigo 29. Além disso, é possível
encontrar uma agência do INSS mais próxima e agendar atendimento.
Aplicativo
O
aplicativo do Meu INSS está disponível para celulares Android.
Na loja Play Store (Google) é possível encontrar o App que,
em breve, estará disponível também para celulares
iPhone. O Instituto destaca que, embora haja outros aplicativos utilizando
o nome ‘INSS’ na loja, apenas o do Meu INSS – e o do e-Recursos – são
oficiais.
Documentos
Através
do site Meu INSS é possível o envio online de documentos.
Ao fazer o agendamento, o cidadão é avisado sobre a possibilidade
do envio de documentos diretamente pela Internet. No site estão
descritos os procedimentos de como devem ser o formato e o tamanho dos
arquivos. De acordo com o INSS, os originais dos documentos digitalizados
devem ser apresentados no dia do atendimento agendado.
Login
e senha
Alguns
serviços do Meu INSS precisam de senha e login para acesso. Para
fazer o cadastro, é preciso CPF, nome completo, data de nascimento,
nome da mãe e estado de nascimento. Algumas perguntas são
realizadas para conferir a identidade do usuário. Ao responder corretamente
as perguntas será gerado um código de acesso provisório
para que o cidadão possa acessar o site meu.inss.gov.br.
Com
o código em mãos, o segurado deve fazer login e senha. Logo
em seguida, aparecerá a mensagem “senha expirada” para que o cidadão
crie sua própria senha, que deve ser: alfanumérica, ter 9
dígitos, conter um caractere especial (#@$%!*-/+.), ter pelo menos
uma letra maiúscula e outra minúscula. Em caso de dúvidas,
o cidadão pode ligar no 135.
Segundo
o INSS, desde seu lançamento no início do ano, quase um milhão
de usuários já se cadastraram para acessar o portal.
(Caio Prates - PrevTotal)
Fraudadores
de aposentadorias na mira da PF
A
Polícia Federal realizou, ontem de manhã, em Montes Claros,
a “Operação Constrição”, que prendeu sete pessoas
envolvidas em fraudes para concessão de aposentadorias no Norte
de Minas. Os crimes teriam sido praticados em Catuti, Mato Verde, Montes
Claros, São João da Ponte e Varzelândia, com 97 pessoas.
Porém, na fase de ontem foram 51 pessoas. O esquema envolvia duas
funcionárias do INSS em Montes Claros, entre elas, Elen Rozana Veloso
Braga, que aprovava a concessão da aposentadoria a pessoa que não
se enquadravam nas exigências. Para isso, utilizavam de declarações
falsas dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais dos cinco municípios,
onde muitas vezes os sindicatos desconheciam a situação.
A
fraude começou em 2007, na cidade de Mato Verde, quando na época
a Câmara Municipal comunicou à Polícia Federal que
muitas pessoas estavam se aposentando com dados falsos fornecidos pelo
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, onde as pessoas beneficiadas recebiam
um atestado de que sempre atuaram como trabalhador rural. Porém,
segundo o delegado da Polícia Federal, Marcelo Eduardo Freitas,
nos últimos dois anos o INSS observou que várias pessoas
estavam se aposentando em Montes Claros, usando documentos supostamente
fornecidos pelos Sindicatos de São João da Ponte, Varzelândia
e Montes Claros. Os sindicatos negaram ter fornecido os formulários
e atestados.
As
investigações mostram que os membros da quadrilha tinham
ainda a participação dos irmãos Humberto e Marcos
Vinicius Mendes Ribeiro, cunhados de Rozana, que atuavam como aliciadores,
procurando e encaminhando pessoas na periferia de Montes Claros para o
atendimento de Elen, que aprovava a concessão da aposentadoria imediatamente.
Como forma de pagamento à quadrilha, os envolvidos obrigavam o novo
aposentado a fazer empréstimo consignado de R$ 9 a 10 mil, que ficava
com todo valor. O aposentado tinha que pagar a dívida em vários
meses. A estimativa é que o prejuízo acumulado é de
R$ 1 milhão, sendo R$ 540 milhões de pagamentos fraudados
e outro mesmo montante pelos empréstimos consignados. Somente um
dos membros da quadrilha residia em sítio no bairro Panorama, estimado
em R$ 1 milhão.
Também
foram conduzidas de forma coercitiva as funcionárias do INSS, Renata
Veloso Mota e Everaldina Souza Bastos, suspeitas de participação
no esquema; Aline Dayane Alves Veloso, que trabalha no Banco do Brasil
e que seria responsável por marcar as audiências no INSS para
as pessoas que receberiam o benefício, além de Jayni
Pereira Souza, funcionária de uma agência de empréstimos
consignados, que está sendo investigada pela possível aceleração
na liberação dos financiamentos. Por sinal, a Polícia
Federal constatou que as pessoas que sacavam o dinheiro na agência
do Banco Mercantil, repassavam os recursos aos membros da quadrilha em
garagem de veículos nas proximidades.
A
operação cumpriu 22 mandados judiciais, sendo dois
mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária,
sete mandados de condução coercitiva e 12 de Busca e Apreensão.
O valor do prejuízo que será evitado, considerando a idade
que cada beneficiário possuía em 2013, baseado na expectativa
de vida constante na tabela do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), estimou-se em R$ 13.061.686,30. Os investigados estão
sendo indiciados por estelionato, falsidade ideológica, organização
criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
Somadas, cumulativamente, as penas máximas aplicadas aos crimes
ultrapassam os 30 anos. A operação desta segunda-feira
contou com a participação de 61 policiais federais e 6 servidores
da inteligência previdenciária da Secretaria de Previdência.
(Gazeta)
Reforma
trabalhista: Texto será lido em comissão do Senado
Seguindo
um acordo firmado na semana passada entre oposição e governo,
o texto da reforma trabalhista deve ser lido nesta terça-feira (13)
na CAS (Comissão de Assuntos Socais) do Senado.
Essa
será a segunda etapa do projeto na Casa.
A
previsão do governo é de que a tramitação seja
concluída até o início do mês que vem, antes
do recesso parlamentar.
O
texto, que modifica as leis trabalhistas, foi aprovado na semana passada
pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) sem alterações,
seguindo a versão enviada pela Câmara. O projeto ainda precisa
tramitar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
e pelo plenário.
O
relatório analisado nesta terça será o mesmo aprovado
pela CAE e é de relatoria do senador, Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O
tucano seguiu o acordo feito pela base aliada com o governo e não
fez alterações no texto. Em troca, alguns pontos da proposta
devem ser vetados pelo presidente Michel Temer e corrigidos por meio de
medida provisória, evitando assim que a matéria volte à
Câmara.
Entre
os pontos que devem ser revistos, estão a possibilidade de gestantes
e lactantes trabalharem em locais insalubres; a possibilidade de acordo
individual para a jornada 12h X 36h; a criação do trabalho
intermitente; e a possibilidade de negociação do intervalo
para almoço. (Folhapress)
Mão
de obra: Canteiros sem movimento
O
ritmo de demissões perdeu força na construção
civil em abril deste ano. Na comparação com março,
houve estagnação, segundo o Sinduscon-SP (sindicato que representa
a indústria).
A
variação de 0,04% marcou o 31º mês sem uma variação
positiva registrada pela entidade. Na comparação com abril
de 2016, a redução foi de 12,94%.
Apesar
da desaceleração, o setor não projeta um crescimento
no número de postos de trabalho, afirma Eduardo Zaidan, vice-presidente
de economia do sindicato.
"Os
movimentos na construção são determinados pelas decisões
de investimento feitas há seis meses, um ano", diz o executivo.
"Como
não temos visto movimentações suficientemente grandes
para reverter este quadro, e com esse cenário de incerteza, fica
claro que não só não haverá recuperação
como deveremos continuar caindo." (Maria Cristina Frias - Folhapress)
Mercado e Economia Nacional
Previdência
aberta tem alta nas captações
Tida
como uma das categorias preferidas por quem vai investir no longo prazo,
os fundos de previdência complementar avançam a passos largos.
No primeiro trimestre, foi a terceira melhor captação líquida
de recursos da indústria de fundos no Brasil, com R$ 10 bilhões,
segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima). Perderam só para renda fixa e
multimercados. A reforma da Previdência Social, se aprovada, poderá
mudar o perfil da aposentadoria no país e tem sido vista como estímulo
extra ao avanço da indústria. Mesmo em detrimento da alta
volatilidade que os fundos vêm apresentando desde a delação
dos donos da JBS. Até a véspera das denúncias, os
fundos de previdência vinham exibindo bons resultados. Os multimercados
estavam entregando entre 120% e 130% do CDI. "E a Bolsa também estava
dando muito retorno, acima de 10% no trimestre", diz Francisca Albuquerque
C. Brasileiro, sócia e gestora da Tag Investimentos. O problema
é que quase todos os ganhos foram 'ralo abaixo', de lá para
cá, em todas as categorias. Mas um dos que mais sofreram foi a renda
fixa. "Uma carteira com 60% de CDI e 40% de NTN-B - IMA-B médio
com duration de oito anos -, rendia até o dia 17 cerca de 6% ao
ano mais inflação. Agora, devolveu quase tudo e está
próxima de 1,5%." É bem verdade que esse é um tipo
de investimento que desde 2013 vem se acostumando a intensas chacoalhadas.
Seja em consequência de mudanças de regras ou de fatos políticos
e econômicos inesperados que provocam inversão de indicadores
e títulos do mercado, os fundos de previdência, que possuem
mais de 93% de ativos atrelados à renda fixa, vivem na gangorra.
O que não tem sido suficiente para espantar o investidor. Mesmo
em anos de crise, esse segmento vem avançando aceleradamente e com
fôlego cada vez maior. Em 2015, quando a economia encolheu 3,8 %,
e em meio às negociações do então ministro
da Fazenda Joaquim Levy para que a reforma caminhasse, os planos de previdência
engordaram suas reservas em 22%, conforme levantamento da Federação
Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Já em
2016, com a adoção de uma pauta ainda mais agressiva em relação
ao tema, a captação líquida de recursos do setor avançou
quase 24%. E só nos três primeiros meses de 2017, o resultado
líquido da previdência aberta saltou 55,3%, e seu patrimônio
superou os R$ 690 bilhões. Defensor da reforma, o presidente da
Bradesco Vida e Previdência, Jorge Pohlmann Nasser, admite que ela
cria uma janela de oportunidades e se não for endereçada
neste momento, irá gerar dificuldades que levarão o país
a ter que pagar um preço mais alto no futuro. "A expectativa é
que as pessoas se interessem mais pelo seu planejamento futuro, seja por
planejamento sucessória ou vantagem tributária", avalia Nasser,
que fechou 2016 com R$ 163,76 bilhões em patrimônio líquido
sob gestão e captação líquida de R$ 8,73 bilhões
- somadas as operações de previdência da Kirton (HSBC).
"As pessoas passam a perceber de forma mais evidente de que no longo prazo
o Estado tem capacidade limitada de manter os mesmo níveis de benefícios
que manteve até hoje", defende Edson Franco, presidente da Fenaprevi
e da Zurich no Brasil. Apesar da volatilidade dos ativos que compõem
esses fundos, a trajetória de queda dos juros deve continuar, na
opinião de gestores. "Quando diminuem os juros, outras opções
de investimentos em renda variável acabam aparecendo", avalia Raphael
de Carvalho, presidente da MetLife. (Roseli Loturco - Valor Online)
Só
reforma não basta para país acertar as contas, diz IFI
A
aprovação da reforma da Previdência que tramita no
Congresso Nacional ajudaria o Brasil a equilibrar suas contas e a cumprir
metas inflacionária e de crescimento. Porém, por si só,
essa reforma previdenciária não seria o suficiente para o
país enfrentar seu grande desafio de equilíbrio fiscal, que
é prejudicado pela frustração de receitas do governo.
São necessárias outras reformas estruturantes e maior rigor
fiscal. Essa foi uma das questões analisadas nesta segunda-feira
(12) durante a divulgação de estudos produzidos pela Instituição
Fiscal Independente (IFI).
O
diretor-executivo da IFI, Felipe Scudeler Salto, apresentou a Nota Técnica
nº 01, elaborada pelo analista da instituição Rafael
da Rocha Mendonça Bacciotti e que traz comentários sobre
o resultado do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2017.
Segundo o diretor-executivo, embora a meta quadrimestal fiscal do governo
tenha sido cumprida com folga, “a economia continua muito mal”, com o consumo
das famílias e o investimento público ainda em queda.
Felipe
Scudeler Salto disse que a arrecadação do governo depende
muito do consumo dos brasileiros e dos investimentos e gastos públicos,
três áreas que estão contraídas ou até
negativas. Assim, os números mostram que a frustração
de receitas é tão grande que ficou acima das projeções
do governo e até do mercado: foram R$ 19 bilhões de déficit
no primeiro trimestre.
A
primeira nota técnica da IFI informa que o IBGE registrou crescimento
de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2017 em relação ao
último trimestre de 2016. Já na comparação
com o primeiro trimestre de 2016, houve contração de 0,4%
no primeiro trimestre de 2017. A alta de 1% se deve principalmente, na
avaliação da IFI, ao aumento de 4,8% no volume das exportações
(em especial produtos agrícolas, veículos automotores, petróleo
e minerais metálicos).
A
produção agrícola teve alta de 13,4% nos três
primeiros meses de 2017 em relação aos três últimos
meses do ano passado. Com a mesma comparação, o PIB industrial
cresceu 0,9%, com destaques para o setor extrativo de minério de
ferro e petróleo e produção e distribuição
de eletricidade, gás e água. Já o setor de serviços,
segundo a IFI, interrompeu a trajetória de queda iniciada em 2015
e manteve-se estável.
De
acordo com a nota técnica, todo este panorama aponta “para um PIB
mais fraco no segundo trimestre - com a possibilidade, inclusive, de que
volte para o terreno negativo”. Além disso, as variações
negativas da indústria, comércio e serviços nos últimos
meses “faz com que a sustentabilidade do crescimento fique ainda mais desafiadora”.
O
documento também registra que a liberação de saques
de contas inativas do FGTS pode se configurar em estímulo adicional
positivo ao ciclo de recuperação nos próximos trimestres.
Entretanto, parte desses recursos será direcionada ao pagamento
de dívidas, não ao consumo, já que a renda das famílias
está comprometida. Outra preocupação constante é
a manutenção da taxa de desemprego em 13,6% da força
de trabalho.
Ainda
de acordo com nota técnica, “as turbulências no campo
político aumentaram a incerteza sobre o processo de aprovação
das reformas”, como a da Previdência. Isso poderá diminuir
o ritmo da queda da taxa básica de juros e desestimular o consumo,
o que pode afetar negativamente a rota de crescimento.
“Por
todo o exposto, parece prematuro atribuir ao desempenho do primeiro trimestre
o fim da atual recessão, sendo prudente observar os resultados da
economia nos meses que seguem. Por ora, a projeção para o
PIB de 2017 fica mantida em 0,46%, embora avaliemos que a probabilidade
de materialização de um cenário de crescimento mais
baixo aumentou”, finaliza o analista da IFI.
Já
o Estudo Especial nº 2 foi apresentado por seus autores, o diretor
Gabriel Leal de Barros e o analista Josué Alfredo Pellegrini. O
documento analisa a capacidade de pagamento dos estados, suas situações
fiscais e riscos de crédito
A
IFI foi criada no final de 2016 com o objetivo de ampliar a transparência
nas contas públicas. Suas funções, conforme a Resolução
42/2016, são divulgar estimativas de parâmetros e variáveis
para a construção de cenários fiscais e orçamentários;
analisar a aderência do desempenho de indicadores fiscais e orçamentários
às metas definidas na legislação; mensurar o impacto
de eventos fiscais, especialmente os decorrentes de decisões dos
poderes da República, incluindo os custos das políticas monetária,
creditícia e cambial e projetar a evolução de variáveis
fiscais determinantes para o equilíbrio de longo prazo do setor
público. A IFI prioriza estudos que mostrem o custo das políticas
públicas e avaliações da condução da
política fiscal e os efeitos sobre os gastos públicos oriundos
das decisões do Estado. (Senado Notícias)
Mudam
as regras de governança para empresas de capital aberto
A
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou ontem (08/06),
a Instrução CVM 586, alterando a Instrução
CVM 480, que dispõe sobre o registro de emissores de valores mobiliários
admitidos à negociação em mercados regulamentados.
A
principal novidade trazida pela Instrução CVM 586 consiste
na incorporação, à Instrução CVM 480,
do dever das companhias de divulgar informações sobre a aplicação
das práticas de governança previstas no Código Brasileiro
de Governança Corporativa – Companhias Abertas. A regra se aplica
aos emissores registrados na categoria A cujas ações ou certificados
de depósito de ações sejam admitidos à negociação
em bolsas de valores.
O
Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias
Abertas, que segue o modelo “pratique ou explique”, foi elaborado pelas
11 entidades de mercado que integram o Grupo de Trabalho Interagentes.
O Código contém um conjunto de práticas recomendadas,
abordando questões chaves de governança como a estrutura
acionária, composição da administração
e controles internos. Lançado em 16/11/2016, o Código foi
encaminhado à CVM para incorporação em sua regulação.
O
Presidente da CVM, Leonardo Pereira, destacou que o modelo “pratique ou
explique” reconhece que não há referência única
de governança, além de gerar uma reflexão e autoavaliação
das companhias sobre suas próprias práticas.
“A
assimilação do Código à Instrução
480 prevê o dever das companhias de esclarecer e explicar aos investidores
o seu grau de aderência às práticas, de forma completa,
verdadeira, consistente e sem induzi-los a erro. Caberá aos próprios
investidores avaliar se a estrutura de governança é ou não
adequada, com base nessas informações” – comentou Leonardo
Pereira, presidente da CVM.
A
CVM manteve a decisão de criar novo documento periódico para
a divulgação dos comentários dos emissores sobre o
Código, denominado “Informe sobre o Código Brasileiro de
Governança Corporativa”, em vez de incluir esses comentários
no formulário de referência.
A
decisão da Autarquia de incluir a divulgação de informações
sobre o Código em suas regras reflete a importância que a
instituição atribui a esse documento. A supervisão
da CVM sobre essas informações contribuirá, juntamente
com o acompanhamento que será feito pelo mercado, para promover
a qualidade e a visibilidade dos comentários dos emissores, e para
a difusão e consolidação das práticas constantes
do Código.
Novidades
decorrentes do processo de audiência pública
A
partir de sugestões encaminhadas na audiência, a CVM realizou
aprimoramentos adicionais na regra. Dentre as alterações
realizadas destacam-se:
–
prazo de entrega do informe foi aumentado de 6 para 7 meses após
o final do exercício social, com o intuito de conceder mais tempo
para a preparação desse documento aos emissores.
–
exclusão da obrigatoriedade de atualização do informe
no momento da apresentação de pedido de registro de oferta
pública para evitar a divulgação de informações
não sujeitas à diligência da instituição
líder da oferta.
–
redução da abrangência das informações
prestadas sobre a estrutura administrativa do emissor no item 12.1 do formulário
de referência, que passa a requerer as informações
relativas ao conselho de administração, órgãos
e comitês permanentes que se reportam ao conselho de administração,
e à diretoria estatutária.
Mais
informações
O
Grupo Interagentes é formado pelas seguintes instituições:
Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (ABRAPP), Associação Brasileira das Companhias
Abertas (ABRASCA), Associação de Investidores no Mercado
de Capitais (AMEC), Associação Brasileira de Private Equity
& Venture Capital (ABVCAP), Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC),
B3, Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN), Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa (IBGC), Instituto IBMEC e Instituto Brasileiro
de Relações com Investidores (IBRI), tendo a CVM e o Banco
Nacional de Desenvolvimento (BNDES) como observadores. (Portal Contábel
SC)
Há
retrocessos na agenda econômica do país
O
governo do presidente Michel Temer teve desde o início uma postura
ambígua em relação às contas públicas,
com medidas de ajuste fiscal de um lado e "retrocessos" do outro. Mas nos
últimos tempos a administração "só tem dado
passos para trás", tanto no campo fiscal quanto em relação
à atividade. A análise é de Marcos Lisboa, presidente
do Insper. "As medidas que são discutidas [atualmente] têm
mais a cara do governo anterior do que o que a gente assistiu há
um ano [no início do governo Temer]", afirma. Lisboa isenta de culpa
a equipe econômica, a quem chama de "muito competente", mas diz que
medidas como o novo Refis ameaçam tanto as contas públicas
quanto, em um segundo momento, a retomada cíclica da atividade.
O cenário para o crescimento do (PIB, no entanto, é, na visão
dele, muito complicado. "Da renda nacional que caiu 7%, podemos recuperar
uns 3% ou 4% nos próximos anos, o que é muito bom em comparação
com a situação em que a gente estava antes. Isso não
se confunde com o crescimento sustentável", diz Lisboa. Ele cobra
mudanças tributárias, investimentos em infraestrutura e melhoria
do ambiente de negócios. No curto prazo, a incerteza política
resulta em uma "economia mais fraca", o que permitiria ao BC manter "o
ajuste da política monetária". Mas "caso o agravamento fiscal
continue e seja retomada a agenda de medidas paliativas de estímulo,
o resultado pode ser ainda pior: podemos terminar retomando a trajetória
de 2015". A seguir, trechos da entrevista: Valor: Como fica o cenário
para a economia depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral? Marcos
Lisboa: É um debate mais para a política do que para a economia.
O que posso dizer é que a gente tem assistido nas últimas
semanas um retrocesso muito grande na agenda econômica, o que é
preocupante, tanto nos Estados quanto no governo federal. Valor: Quais
retrocessos? Lisboa: A discussão sobre a convalidação
dos incentivos fiscais. Será que, depois de décadas tentando
desenvolver as regiões menos favorecidas do país por meio
de incentivos fiscais, e o fracasso a que isso levou, as pessoas não
entenderam que deu errado? É surpreendente a insistência de
achar que desenvolvimento é levar indústrias com incentivos,
mesmo que essa indústria seja insustentável no longo prazo.
Isso é um exemplo da dificuldade que temos de aprender com os erros
do passado. "Estão fazendo o Refis de novo. É inacreditável.
A discussão sobre incentivo fiscal nos Estados. É um retrocesso
imenso" Valor: Quando começou esse retrocesso? Lisboa: Escrevi no
fim do ano passado, começo deste ano, que este era um governo que
trazia algumas medidas importantes de ajuste fiscal, mas também
muito retrocesso. É um governo ambíguo. A PEC do Teto, a
discussão da Previdência, mudanças da CLT [são
pontos positivos], mas também teve os reajustes salariais, um fracasso
no tratamento do tema dos Estados, um fracasso monumental, que pode gerar
uma crise talvez sem precedentes. E, pelo visto, as decisões mais
recentes vão nessa linha. É sempre um governo com uma relativa
ambiguidade, mas de um tempo para cá só tem dado passos para
trás. Parou a reforma da Previdência, e as medidas que são
discutidas têm mais a cara do governo anterior do que o que a gente
assistiu há um ano. Imaginar que a retomada da economia virá
com medidas de estímulo fiscal, com gastos, ampliando benefícios
para setores produtivos, é não entender o que trouxe o Brasil
à grave crise dos últimos anos. Valor: A quais estímulos
o sr. se refere? Lisboa: O FGTS ou a demanda do setor privado de retomar
incentivos, toda a reação que teve à ordenação
da casa do BNDES, ao fim do conteúdo nacional. Essas medidas podem
ter sido até benéficas para alguns interesses privados, mas
certamente fracassaram para o Brasil. Parte da grave crise que o país
vive vem dessa agenda de estímulo e de incentivos e da forma incompetente
como ela foi adotada. Não é à toa que Brasil gastou
o que gastou com crédito subsidiado, um Plano Marshall, e o resultado
foi ruim. Pelo contrário, você conseguiu criar uma capacidade
ociosa imensa em atividades produtivas e não aumentou o crescimento
da geração de renda. Valor: Então, esses problemas
já vêm de antes do agravamento recente da crise política?
Lisboa: Há uma equipe econômica muito competente que começou
a tentar enfrentar os problemas, mas sempre houve medidas ambíguas,
como reajustes salariais e derrotas imensas como a questão dos Estados,
a última versão do Refis. Entre decisões equivocadas
e derrotas, teve muito retrocesso. Mas eles se agravaram mais recentemente.
Valor: Diversas instituições revisaram projeções
de PIB para baixo, tanto as deste ano quanto as do ano que vem. O crescimento
menor está cada vez mais provável? Lisboa: É preciso
separar duas coisas, porque há uma confusão no debate. Há
um quadro de estabilidade e de trajetória fiscal que permite diminuir
juros sem aumentar a inflação e um pouco do que se perdeu
nos últimos anos. Uma coisa é ocupar trabalhador desempregado,
isso vai aparecer nos números como um crescimento. É bacana,
mas isso é recuperação do PIB. O Brasil tem o que
chamo de janela de oportunidade, pode recuperar um pouco do que perdeu
nos últimos anos. Da renda nacional, que caiu 7%, podemos recuperar
uns 3% ou 4% nos próximos anos, o que é muito bom em comparação
com a situação em que a gente estava antes. Isso não
se confunde com o crescimento sustentável. Se o PIB vai crescer
1%, 1,5%, 2% no próximo ano ou um pouco mais, isso não se
confunde com crescimento sustentável, que é aumento da capacidade
produtiva, investimentos em infraestrutura. Isso requer um futuro, uma
perspectiva que o Brasil hoje não tem, que é colocar a macroeconomia
em ordem de forma sustentável, acertar o caos tributário
que o país está vivendo. Valor: Não há uma
perspectiva de crescimento sustentável... Lisboa: Hoje é
muito difícil ter um investimento sustentável dada a complexidade
tributária no governo federal e nos Estados. Talvez depois da questão
fiscal, o tema mais relevante do país seja enfrentar essa complexidade
tributária. Como você monta um plano de negócio de
dez anos se não sabe como vai ser a estrutura tributária?
E se há dúvida até sobre a interpretação
da norma e se ela muda o tempo todo? Sem equilíbrio fiscal, não
vai ter estabilidade tributária. Então tem muita incerteza
para que o investimento de fato volte. "Em vez de uma agenda construtiva
para tirar os Estados da pobreza, insistem em uma agenda velha e que fracassou"
Valor: Mas há recursos entrando... Lisboa: O que temos hoje é
algum dinheiro estrangeiro entrando para comprar renda fixa, dinheiro para
comprar fábricas e concessão que já existe. Mas recursos
para construir novas fábricas, aumentar capacidade de geração
de renda, melhorar estrutura portuária, de transportes, estamos
nessa lenta decadência da capacidade produtiva há muitos anos.
Os bancos podem estar revendo o tamanho da recuperação de
parte do que foi perdido, que depende do cenário de curto prazo,
mas no longo prazo, de retomada da ampliação da capacidade
produtiva, de investimento em inovação e em infraestrutura,
isso sem a questão fiscal bem encaminhada e sem uma agenda de melhora
do ambiente de negócios, não vai ter. Com a volta do que
a gente viu nos últimos oito anos, crédito subsidiado, conteúdo
nacional, estímulo a grupos de interesses, o Brasil não vai
voltar a crescer. Essa foi a rota que trouxe o Brasil à crise. Se
essa agenda volta, volta a crise. Valor: O sr. vê um retorno a essa
agenda? Lisboa: Estão fazendo o Refis de novo. É inacreditável.
Depois de tantos fracassos, mais um Refis. A discussão sobre incentivos
fiscais nos Estados. Isso é um retrocesso imenso. É a visão
do Brasil velho, que acha que vai tirar Estado pobre da pobreza fazendo
fábrica de caminhão, de carro, de cosmético. Não
vai, não é isso que vai tirar Estado da pobreza. Um pequeno
grupo se beneficia, mas o saldo líquido para o país é
pior. Os Estados fazem isso em vez de políticas que promovam o desenvolvimento,
como melhorar a qualidade da educação, enfrentar as corporações
locais, melhorar o ambiente de negócios, criar condições
para jovens empreendedores. Em vez de uma agenda construtiva para tirar
os Estados da pobreza, eles insistem em uma agenda velha, que vem desde
a Sudene, desde os anos 60 e que fracassou. É uma pena. Valor: Qual
espaço o BC tem para ajudar pelo menos nessa recuperação
mais cíclica? Lisboa: No curto prazo, o efeito da incerteza política
pode ser prejudicar a recuperação cíclica, o que permite
a política monetária continuar o ajuste. A razão,
porém, não é boa: economia mais fraca! Aí é
preciso ter cautela. Infelizmente, com a agenda avançando, você
tem um espaço muito grande de corte de juros no curto prazo, porque
a economia estava em recessão e você conseguia fazer isso
sem aumentar a inflação. Caso o agravamento fiscal continue
e se retome a agenda de medidas paliativas de estímulo, no entanto,
o resultado pode ser ainda pior: podemos terminar retomando a trajetória
de 2015. Se a gente lembrar do fim do governo anterior, teve aquele momento
de uma grave recessão com inflação. Espero que a gente
não volte a isso. Valor: Esse risco está no horizonte? Lisboa:
Espero que a lição dada pela política econômica
entre 2010 e 2015 tenha sido suficiente. Mas dependendo do que for feito,
a gente pode voltar àquilo sim. A insegurança sobre o andamento
das reformas pode trazer aquela crise de volta. Esse é um ponto
importante. Qual a causa da crise fiscal lá atrás? Você
tinha uma agenda fiscal insustentável. O país caminhava para
uma dívida impagável, numa trajetória explosiva de
relação dívida/PIB, que levaria à moratória
ou inflação elevada, isso se traduzia em piora dos juros
de mercado e naquela combinação perversa de recessão
pesada com inflação. O que houve de um ano para cá,
foi que o país sinalizou um compromisso com uma agenda fiscal mais
sólida, o que permitiu a queda das curvas de juros de mercado e
que o BC reduzisse os juros com inflação em queda. À
medida que voltam as incertezas sobre o fiscal, os problemas do passado
voltam. E voltam em um momento em que o país está mais envelhecido,
com gastos de aposentadoria crescentes. Para estabilizar a dívida,
precisa de um primário de R$ 250 bilhões. Temos hoje um déficit
de R$ 135, R$ 140 bilhões, e essa agenda fiscal de curto prazo não
está avançando. Sem esse ajuste, o país vai continuar
se endividando, o cenário anterior retorna. Valor: E ainda há
a crise dos Estados... Lisboa: Quanto mais se demora a enfrentar problema
dos Estados, pior ele fica, pelo envelhecimento dos servidores. Estados
em vez de enfrentarem problemas fiscais, que é a aposentadoria,
ficam tomando medidas paliativas. Vários Estados podem chegar a
insolvência em 2019. É um cenário de preocupação.
Aquela agenda que estava andando, se ela para de andar, as coisas pioram.
As contas públicas do Brasil, se você não faz nada,
elas pioram. Isso é a inação combinada com volta das
medidas paliativas. Espero que essa seja só uma ameaça temporária
à agenda de reformas e que essas medidas paliativas não sejam
efetivadas. (Estevão Taiar |- Valor)
Busca
pela reforma tributária
Equipe
econômica tenta fazer reforma tributária avançar na
crise política
A
equipe econômica decidiu levar adiante a proposta de reforma do sistema
tributário desenhada pelo governo antes da crise política
provocada pela delação de Joesley e Wesley Batista, donos
da gigante de alimentos JBS.
A
meta do presidente Michel Temer é obter até o próximo
ano a aprovação da reforma, que seria executada em três
etapas, alterando regras do PIS, da Cofins e do ICMS, e unificando tributos
das três esferas de governo.
Uma
medida provisória com mudanças nas regras do PIS e da Cofins
deve ser enviada ainda neste mês ao Congresso. As alterações
no PIS, que representa 4% da arrecadação do governo federal,
serão implementadas primeiro. Viriam depois mudanças na Cofins,
que responde por 16%.
O
governo quer reduzir o número de alíquotas do PIS de cerca
de 30 para duas e simplificar o sistema para compensação
de créditos nas compras de matérias-primas e insumos pelas
empresas.
O
passo seguinte da equipe econômica é propor mudanças
no ICMS, principal fonte de receita dos Estados. A Câmara já
aprovou a extinção em cinco anos de benefícios concedidos
a exportadores e limitou a mais 15 anos a validade dos incentivos fiscais
a indústrias. E há acordo para manter a regra no Senado.
Agora,
o governo quer convencer o Senado a baixar resolução para
reduzir para 4% a alíquota nas operações interestaduais,
que hoje variam de 7% a 12%. A equipe econômica crê que a medida
vá pôr fim à guerra fiscal.
O
governo indicou que, depois de implementadas essas mudanças, poderia
promover mudanças mais abrangentes, aproveitando a discussão
de um projeto do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) que transfere para
a União a arrecadação dos principais tributos e muda
o regime de partilha das receitas com Estados e municípios.
O
projeto prevê que PIS, Cofins, ICMS e o ISS, cobrado pelos municípios,
sejam substituídos por um único imposto, arrecadado pelo
governo federal e com receitas divididas com as outras duas esferas de
governo.
Para
convencer governadores e prefeitos a apoiar a mudança no Congresso,
o governo estuda manter os fundos que hoje distribuem a Estados e municípios
parte dos tributos que a União recolhe.
Os
defensores da ideia acham possível fazer a unificação
dos tributos, que exige a aprovação de uma PEC (Proposta
de Emenda à Constituição), no primeiro semestre de
2018, às vésperas do início da campanha presidencial.
A
dificuldade, segundo os economistas que participam dos estudos, é
conseguir fazer com que a alíquota do imposto único fique
entre 18% e 20%. Simulações recentes indicam algo entre 25%
e 30%, ainda considerado muito elevado pela equipe econômica.
A
prioridade de Temer nas próximas semanas será derrubar a
denúncia criminal que a Procuradoria-Geral da República deve
apresentar contra ele em breve e que só poderá ser analisada
pela Justiça com aval do Congresso.
Ainda
assim, o governo acha possível aprovar neste semestre a reforma
trabalhista, que está no Senado. A reforma da Previdência
retomaria seu curso na Câmara em agosto e poderia ser aprovada até
outubro. (JULIO WIZIACK e GUSTAVO URIBE - Folhapress)
‘Sinais
para o 2º trimestre são negativos’
Será
muito difícil para o Comitê de Datação de Ciclos
Econômicos da Fundação Getulio Vargas (Codace/FGV)
determinar o trimestre em que a economia brasileira saiu de vez da recessão,
afirmou nesta segunda-feira, 12, a pesquisadora Silvia Matos, do Instituto
Brasileiro de Economia (Ibre), também da FGV. “Parece que a gente
saiu de uma recessão muito severa, deu um soluço e depois
parou. Será muito difícil para o Codace datar a saída
da recessão”, afirmou Silvia, em palestra durante o Seminário
de Análise Conjuntural do Ibre/FGV, no Rio.
Após
os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, o Ibre/FGV
revisou sua projeção de crescimento para a economia neste
ano para 0,2%. A projeção anterior estimava alta de 0,4%
no PIB este ano. Após a alta de 1,0% no PIB do primeiro trimestre,
na comparação com o quarto trimestre de 2016, a estimativa
é que, no segundo trimestres, a economia volte a se retrair, em
0,4% ante o trimestre anterior. “Todos os sinais para o segundo trimestre
são negativos”, afirmou Silvia. Para 2018, o Ibre/FGV estima alta
de 1,8% no PIB.
Para
Samuel Pessôa, também pesquisador do Ibre/FGV, o Brasil não
pode repetir erros de política econômica, insistir em “puxadinhos”
para impulsionar o crescimento, e usar apenas o “combustível monetário”
da queda dos juros básicos para lidar com a crise.
“Não
vamos repetir os erros do passado. Não vamos forçar puxadinhos
de nova matriz econômica”, afirmou Pessôa, em palestra durante
o seminário.
Para
o pesquisador, os dados mostram que a economia está fraca, mas como
o juro real está muito elevado, há espaço para estímulos
monetários. Nesse sentido, segundo Pessôa, houve erro na política
econômica em 2008 e 2009, quando o excesso de medidas contracíclicas
impediu um corte maior nos juros.
Na
visão de Pessôa, o único lado positivo da economia
atual é que “os livros texto de economia funcionaram”, ou seja,
com a atividade fraca, a inflação arrefeceu. “Isso é
uma novidade, porque antes tínhamos uma economia muito fraca e uma
inflação resiliente”, disse o pesquisador.
Reforma
Após
a revelação das delações premiadas de executivos
da JBS, que envolvem o presidente Michel Temer, o Banco Central deve encurtar
o atual ciclo de corte da taxa básica Selic (hoje em 10,25% ao ano)
e o chamado juro neutro da economia tende a ficar alto. A análise
é de José Júlio Senna, pesquisador do Ibre/FGV e ex-diretor
do BC.
“O
juro neutro subiu”, destacou Senna, em palestra durante o seminário.
“Diante da incerteza, o BC deve ir devagar”, completou o pesquisador.
Para
Senna, o BC agiu corretamente ao mudar o tom da comunicação
sobre a política monetária após o aprofundamento da
crise política, em vez de mudar o ritmo de cortes da Selic. Na última
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom),
o BC fez mais um corte de 1 ponto porcentual na taxa básica, mesmo
tamanho dos cortes mais recentes.
Embora
o arrefecimento da inflação corrente chame atenção,
Senna ressaltou que não está claro se o impacto de curto
prazo do “choque político” trará mais ou menos inflação.
Por isso, o BC deveria manter a trajetória de queda na Selic até
aproximar a taxa de juros real da taxa de juros neutra. Com a reforma da
Previdência ameaçando piorar o cenário da política
fiscal, o fim do ciclo de corte será num patamar mais elevado e
o juro neutro tende a subir nesse quadro. (Agências)
Juros
recuam com expectativa de Selic menor
A
leitura de que a crise política não impedirá cortes
de juros pelo Banco Central (BC) voltou a marcar os negócios no
mercado de renda fixa. Apesar do estresse no câmbio, as taxas de
juros futuros negociados na B3 conseguiram se manter em leve baixa ontem,
em meio à convicção de que a Selic poderá cair
para a casa de 8% até o fim do ano. Essa percepção
será colocada à prova hoje pelo dado de vendas no varejo
referente a abril - o primeiro de uma série de três indicadores
macro nesta semana que devem indicar atividade econômica ainda errática.
Ontem, as operações nos juros ocorreram em meio ao primeiro
dia de reuniões de diretores do BC com economistas do mercado financeiro.
Os membros do Copom se reúnem hoje com economistas no Rio de Janeiro.
LEIA MAIS Analistas cortam projeções para PIB e IPCA em 2017
e 2018 Recuo disseminado na inflação sanciona juro menor
Ilan diz que 'passou o dia ouvindo' que BC deveria baixar mais a Selic
Nos dois encontros realizados em São Paulo, os diretores Tiago Berriel
(Assuntos Internacionais), Carlos Viana (Política Econômica)
e Reinaldo Le Grazie (Política Monetária) ouviram dos participantes
que o efeito desinflacionário da crise política deve prevalecer
na economia. Segundo relatos de três economistas presentes nos encontros,
os participantes disseram aos diretores do BC que estão revisando
para baixo suas estimativas para inflação e PIB, na esteira
dos impactos negativos da turbulência política sobre o nível
de confiança dos agentes financeiros e dos empresários -
o que, na visão dos presentes, vai atrasar a volta do investimento.
A mais recente pesquisa Focus, divulgada ontem, corroborou esses comentários.
A mediana das estimativas para o IPCA 2017 caiu pela segunda semana consecutiva,
de 3,90% para 3,71%. O prognóstico para 2018 recuou de 4,40% para
4,37%. A projeção do mercado para o IPCA de junho recuou
de 0,20% para zero. E as previsões para o PIB caíram tanto
para 2017 quanto para 2018. Alguns participantes comentaram ainda que projetam
Selic até mesmo abaixo de 8,5% - mediana das expectativas colhidas
pelo BC no Focus. Às vésperas da reunião do Conselho
Monetário Nacional (CMN) que decidirá a meta de inflação
de 2019, os economistas questionaram os diretores do BC sobre o cenário
mais provável para a decisão. De acordo com os relatos, os
diretores responderam que não poderiam falar, já que o encontro
do CMN será ainda neste mês. O comportamento relativamente
calmo dos mercados também foi tema. Os economistas relataram, com
certa surpresa, a pressão limitada nos ativos financeiros, especialmente
levando em conta os riscos cada vez maiores em torno da reforma da Previdência
- que, na melhor das hipóteses, será aprovada com texto mais
diluído. Os próprios economistas disseram aos membros do
Copom que parte da calmaria do mercado pode estar associada à combinação
de fundamentos melhores - inflação na meta, menor déficit
em conta corrente - e cenário externo ainda benéfico para
emergentes. A expectativa de que alguma reforma da Previdência seja
aprovada também tem segurado os preços dos ativos, disseram
os presentes aos membros do BC, de acordo com relatos. "Mas, no geral,
o sentimento é que esse cenário-base está cada vez
mais sob risco", diz um dos economistas que participaram dos encontros.
O receio entre os agentes de mercado é que uma demora ainda maior
no andamento das reformas leve as votações para 2018, ano
de eleição. As próximas eleições presidenciais,
aliás, também estiveram na lista de preocupações
relatadas aos membros do Copom. "Todo mundo destacou o caráter binário
das eleições do ano que vem. E houve quem fizesse paralelo
com o que aconteceu em 2002", afirma uma das fontes, referindo-se à
intensa pressão nos mercados com o crescimento das chances de vitória
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquele pleito. Ontem,
o juro com vencimento em janeiro de 2018 - mais sensível às
expectativas para a política monetária neste ano - caiu a
9,15% ao ano, frente a 9,165% no ajuste anterior. Na curva de DI, o mercado
projeta Selic entre 8,50% e 8,75% ao fim do ano. O juro básico está
hoje em 10,25% anuais. (José de Castro e Lucas Hirata |- Valor
Online)
Renda
fixa pode ganhar atratividade
Alta
volatilidade. Esta tem sido a tônica dos fundos de renda fixa após
o endurecimento da crise política com as delações
dos irmãos Batista, da JBS. A forte instabilidade que se instalou
nos dias seguintes à divulgação das denúncias
envolvendo o presidente Michel Temer trouxe movimento de inversão
de apostas de agentes financeiros em relação aos juros futuros
negociados na B3. O que vinha em trajetória de queda se inverteu
rapidamente para movimento altista, o que obrigou os gestores a ligarem
o sinal de alerta. Isso porque no país dos juros altos, aplicar
em renda fixa tem sido uma garantia de rentabilidade há muitos anos.
Quando os juros estão em alta, os gestores costumam recomendar os
títulos pós-fixados. Quando estão em queda, é
a vez dos prefixados. Mas quando entra em cena um fato novo que estava
fora do script de projeções dos analistas, todos ficam na
zona cinzenta. "O melhor agora é ser mais cauteloso", diz Julio
Araújo Filho, sócio da BTG Pactual Asset Management, com
R$ 120 bilhões em patrimônio líquido entre gestão
e administração. E o movimento dos ativos mais negociados
nesta categoria de fundos comprova isso. As NTN-Bs, com vencimento em 2023,
que vinham rentabilizando o investidor em 7,79% ao ano até o dia
17 de maio - data da divulgação das delações
-, inverteu a trajetória e acumulou perdas de 2,64% do dia 18 de
maio até 2 de junho, segundo cálculos da Economatica. Já
o retorno do CDI com alta de 4,36% no ano até o dia 17 encolheu
para 0,50% no mesmo período posterior de avaliação.
Enquanto isso, a taxa de juros embutida entre os DIs de janeiro de 2020
e janeiro de 2023 marcou 11,74% ao ano no último dia 2, segundo
dados de mercado. Nível bem acima da Selic atual, de 10,25%. O resultado
bateu na rentabilidade dos fundos. O principal fundo de renda fixa do BTG,
por exemplo, de baixa volatilidade, vinha performando até o dia
17 em 130% do CDI, com cenário de juros em baixa - que não
mudou, mas desacelerou. "Estávamos aplicados em juros nominais.
Óbvio que depois do evento, sofremos um pouco. Mas por ser um fundo
conservador, hoje ele ainda está retornando 110% do CDI", aplica
Araújo. Os fundos de renda fixa sempre estiveram na preferência
dos investidores e se mantêm em primeiro lugar em patrimônio
líquido e em captação líquida de recursos na
indústria de fundos. Segundo dados da Associação Brasileira
das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no primeiro
trimestre, de R$ 108,6 bilhões de ingresso líquido, R$ 74,2
bilhões foram para as classes de renda fixa, seguido por multimercado,
com R$ 20,2 bilhões, e previdência, com R$ 10 bilhões.
E os fundos de renda fixa tendem a continuar subindo. "A renda fixa é
a maior parcela dos fundos e vem crescendo nos últimos anos. Mantém
atratividade em especial nos prefixados", defende Ernesto Leme, diretor
comercial da Claritas Investimento. Leme explica que a curva de juros futuros
depois dos eventos JBS colabora para isso, pois enquanto o boletim Focus
precifica a Selic em 8,5% para ao final do ano, "o mercado futuro, agora,
precifica em 9,6%. A atratividade continua". Crente também nas oportunidades
da renda fixa, a XP Investimentos alerta, no entanto, para a alta volatilidade
a que o mercado estará submetido neste período. "A volatilidade
desses fundos explodiu nos últimos pregões. Para se ter uma
ideia, no pregão do dia 18, alguns papéis pré indexados
ao IPCA caíram 10%. Na sexta, subiram 5%. Muitos ficam desconfortáveis
e resgatam os recursos", avalia Fausto Filho, gestor de renda fixa da XP
Gestão, do Grupo XP. Já para o Santander, a combinação
perfeita para o momento seriam os fundos de renda fixa de baixa duração
com papéis de crédito privado, as debêntures, de empresas
com rating (classificação de risco) elevado. "Os estrangeiros,
por exemplo, estão entrando na renda fixa com posições
importantes", diz Eduardo Castro, superintendente executivo da Santander
Asset Management. (Roseli Loturco - Valor Online)
Concentração
de ativos caracteriza mercado brasileiro
Uma
rápida comparação entre a indústria de fundos
de investimento no Brasil e no mundo evidencia bem o efeito dos juros elevados
sobre a composição dos nossos investimentos: enquanto a renda
fixa representava 65,3% do patrimônio da indústria brasileira
em dezembro de 2016, a mesma categoria respondia por 24,6% no mundo, segundo
dados da Anbima. Já a renda variável era a maioria da indústria
mundial, com 47% do patrimônio, mas representava apenas 5,1% no país.
A categoria já chegou a patamares bem mais expressivos por aqui:
15,2% em 2007, ano de pujança no mercado de capitais. De lá
para cá, os juros altos e a piora do cenário econômico
inibiram as aplicações em bolsa. "A manutenção
de juros elevados por muito tempo dificultou a correta análise de
risco e retorno. Os investidores são conservadores porque o CDI
rende bem, com pouca volatilidade", diz Carlos Eduardo Eichhorn, diretor
de gestão da Mapfre Investimentos. A aproximação do
Brasil aos padrões mundiais depende da queda dos juros - que está
relacionada à melhora das condições fiscais do governo.
Só quando (e se) isso ocorrer de forma sustentável, os brasileiros
devem diversificar mais. A expectativa é que esse processo de diversificação
seja liderado pelos investidores institucionais (fundos de pensão,
entidades abertas de previdência, seguradoras) - hoje os principais
aplicadores da indústria, com cerca de 34% do patrimônio.
"As fundações vêm discutindo a migração
para investimentos de mais risco, por conta da queda nos juros. Mas elas
se movem lentamente, até por questões de governança",
diz Guilherme Benites, sócio da consultoria Aditus, voltada a esse
segmento. Desde a segunda metade de 2016, os institucionais vinham aplicando
em fundos multimercados e de ações por conta da redução
dos juros no mercado secundário de títulos públicos.
O rendimento das NTN-Bs caiu até chegar a pouco menos de 5% além
do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no início
de maio. Tendo que bater metas atuariais que giram em torno de IPCA acrescido
de 4,5% ou 5%, eles já buscavam ativos com maior potencial de retorno
do que as NTN-Bs. Mas, após a divulgação da delação
de Joesley Batista, da JBS, os papéis voltaram a pagar taxas melhores,
de 5,7% a 6% além do IPCA. Com isso, a migração para
ativos de mais risco fica por ora suspensa, diz Benites. William Eid Junior,
coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação
Getulio Vargas-SP, diz que a busca por investimentos de mais risco não
depende apenas da queda dos juros, mas de mudanças no mercado de
capitais: "A nossa bolsa tem poucas opções de investimento
e grande volatilidade. Além disso, as corretoras precisam mudar
a abordagem dos clientes, deslocando o foco do curto prazo para o longo
prazo." No que diz respeito aos investidores de varejo, ele advoga outras
medidas em prol da diversificação, como uma classificação
mais simples dos fundos, que tornasse os produtos mais compreensíveis.
Ele também considera necessária a busca pela diversidade
- não de indicadores de referência para os fundos, pois destes
já dispomos, mas sim de produtos baseados nos objetivos dos investidores.
Ele cita como exemplo a criação de fundos para receber recursos
destinados à educação dos filhos, com foco no longo
prazo - são poucos os existentes, que trocam a possibilidade de
liquidez diária por uma expectativa de retorno superior. Outra vertente
possível de diversificação, e que tende a ganhar força
num possível ambiente de redução sustentável
dos juros, é a geográfica, considera Marco Bismarchi, sócio
da TAG Investimentos: "Os investidores brasileiros não se expõem
a ativos no exterior, mas a queda dos juros deve mudar isso", acredita.
Para ele, após uma primeira onda de produtos que não ofereciam
proteção cambial, a nova moda deve ser de produtos com proteção,
de forma que o investidor esteja exposto somente às variações
do ativo investido, e não da moeda - o que facilitará a comparação
entre o desempenho do ativo no exterior com os locais. (Luciana Del
Caro - Valor Online)
Estratégia
reformulada
Até
meados de maio, a indústria de fundos de investimento brasileira
estava pronta para pisar no acelerador. A perspectiva de retomada do crescimento
econômico e a esperada redução de juros para a casa
de um dígito criavam um cenário bastante favorável
para este ano, tanto em termos de captação quanto da migração
da renda fixa para produtos mais arriscados. Mas, desde a divulgação
da delação premiada dos controladores da JBS, os gestores
de recursos reduziram a marcha. Eles continuam acreditando na continuidade
da queda da taxa de juros básica e no aumento da diversificação,
mas em menor velocidade. O processo de diversificação das
aplicações já estava em curso desde o ano passado,
quando os fundos multimercados voltaram a captar por conta da expectativa
de redução dos juros. O mercado trabalha com a estimativa
de meta de taxa Selic de 8,5% até o fim de 2017 (a taxa está
em 10,25% ao ano), de acordo com o relatório Focus, do Banco Central.
Alguns profissionais, no entanto, estavam bem mais otimistas até
a delação e projetavam juros de 7,5% no fim deste ano. Posicionados
para um cenário mais benigno, comprados em títulos prefixados,
títulos atrelados à inflação ou em ações,
muitos multimercados registraram perdas expressivas. As desvalorizações
nas cotas, ocorridas um dia após a delação vir a público,
em 18 de maio, foram fortes: da ordem de 3% a 7% para os multimercados
mais conservadores e de 8% a 12% para os mais arrojados. "Os gestores reduziram
ou zeraram posições e estão trabalhando para recuperar
o dinheiro perdido", afirma Erick Scott Hood, gestor da Guide Investimentos.
Ele não considera que é hora de entrar no risco: "É
necessário esperar a poeira baixar". Um levantamento feito pela
TAG Investimentos mostrou que, na semana em que a delação
veio à tona, de 25% a 30% dos multimercados com patrimônio
superior a R$ 100 milhões apresentaram os piores desempenhos de
suas histórias. No entanto, os prejuízos não dispararam
resgates relevantes. Dados da Anbima, associação que representa
o setor, mostram que a captação líquida em maio foi
positiva, da ordem de R$ 12 bilhões, elevando a entrada líquida
de recursos no ano para R$ 105 bilhões - montante significativo,
se for levado em conta que em 2016 inteiro a indústria captou R$
129 bilhões. A pequena magnitude dos saques num momento de virada
brusca do mercado mostra a resistência do setor. "A resiliência
da indústria decorre em grande parte da oferta diversificada de
produtos e estratégias, que ajuda a enfrentar os diversos cenários",
afirma Carlos Ambrosio, vice-presidente da Anbima. Ou seja, quando os juros
estão elevados e o cenário econômico não é
muito promissor, os fundos de renda fixa acabam por receber aportes. Quando
a situação é a oposta, os recursos vão para
fundos multimercados e ou de ações. "O cenário está
nublado, mas há clareza de que os juros devem baixar para um dígito
e que os investidores deverão tomar mais risco. Se as reformas forem
à frente, os fundos de renda variável ganham apelo. Se não
forem, serão os multimercados macro e long/short que ganharão
apelo", diz Walter Maciel, presidente da AZ Quest. Para ele, o cenário
negativo, de descontrole fiscal, valorização do dólar
e aumento da inflação - que aniquilaria a queda dos juros
- é o menos provável. Em seu cenário base, a fraqueza
da economia prolonga a desinflação e mantém o espaço
para a queda das taxas, beneficiando a diversificação das
aplicações. Este último seria um ambiente benéfico
para a indústria de fundos, que enfrentou uma forte concorrência
de produtos incentivados ao longo de 2014 e 2015, quando registrou captação
líquida de apenas R$ 1,2 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.
A concorrência com Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)
e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que isentam o
investidor do Imposto de Renda (IR), se mostrou baixa em 2016 porque os
bancos emitiram e remuneraram menos esses títulos, seja por conta
da recessão, que reduziu as necessidades de captação
de recursos, seja por uma mudança na regulamentação
que reduziu as possibilidades de lastro das letras. Além da concorrência
com os produtos isentos, outro empecilho para a indústria é
a questão fiscal, que impacta o dólar e os juros, considera
Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos: "Se
um cenário negativo para o país se materializar, com elevação
dos juros, todo o fluxo vai para a renda fixa e o investidor passa a se
preocupar com a taxa de administração dos fundos, em vez
de olhar para a sofisticação dos produtos", afirma. Do lado
dos vetores de crescimento, além das condições macroeconômicas
adequadas, está a previdência privada. Só no ano passado,
os fundos de previdência (PGBLs e VGBLs) registraram captação
líquida de R$ 48 bilhões. "Mesmo num ano de PIB negativo,
as pessoas mantiveram as contribuições para a previdência
privada. Isso é fruto de mais educação financeira
e da preocupação em manter o padrão de vida após
a aposentadoria", afirma Carlos Eduardo Eichhorn, diretor de gestão
da Mapfre Investimentos. A expectativa é que o segmento mantenha
o ritmo de crescimento, ainda mais num ano em que a reforma da Previdência
não sai das manchetes. Atualmente, os fundos de previdência
somam patrimônio de cerca de R$ 640 bilhões, ou 17% da indústria.
Outra tendência é a da ampliação da arquitetura
aberta, que é a venda de produtos de vários gestores por
meio de plataformas digitais (como as da XP Investimentos, BTG Pactual
Digital, Investimento 360, do Itaú) ou da rede bancária.
"O modelo de arquitetura aberta veio para ficar. É um nicho do nosso
mercado, mas não deve dominá-lo", diz William Eid Jr, coordenador
do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio
Vargas - SP. A compra de 49,9% do capital da XP pelo Itaú Unibanco,
anunciada no início de maio, é vista por profissionais como
uma evidência de que esse tipo de estrutura deve crescer e atrair
clientes que ainda não tinham confiança para investir fora
do ambiente das agências. Resta ainda acompanhar as intenções
do Itaú com relação à XP - se, de fato, irá
manter a arquitetura aberta, como propalado após a compra. Para
o mercado, o fortalecimento da arquitetura aberta seria positivo, considera
Eichhorn: "O investidor ganha mais opções e a indústria
de fundos se desconcentra". Hoje, a indústria é bastante
pulverizada quando se trata de números de participantes: são
cerca de 540 gestores, mas o patrimônio é concentrado em poucos.
Aproximadamente 400 gestores têm menos de R$ 1 bilhão sob
gestão - este seria o patamar mínimo, segundo alguns, para
atingir o ponto de equilíbrio entre receitas e despesas. Os cinco
maiores representam 73% do patrimônio, e os dez maiores, 64%, de
acordo com a Anbima. Como a regulamentação vem se tornando
cada vez mais restritiva e elevando os custos para os gestores, muitos
esperam um enxugamento do mercado. A velocidade desse processo de consolidação,
acreditam os profissionais, será ditada pelo crescimento da arquitetura
aberta e pela migração para produtos mais sofisticados, que
são tipicamente o foco dos gestores independentes. (Luciana
Del Caro - Valor Online)
Ilan:
Faltou "oportunidade e ousadia" para reduzir meta de inflação
O
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que conduz o seu trabalho
de forma técnica e apartidária, independentemente da atual
crise política enfrentada pelo Brasil, e que o país não
teve "oportunidade e ousadia" para reduzir a meta de inflação.
Desde
que a crise política atingiu o governo do presidente Michel Temer,
houve mudança na projeção de redução
da taxa básica de juros diante da expectativa de que haverá
mais dificuldade para aprovar reformas importantes, como a da Previdência.
Sem
as reformas, que podem levar a piora do quadro fiscal, o BC pode ser obrigado
a ser mais duro na condução da política monetária.
Atualmente, a Selic está em 10,25 por cento ao ano.
"Continuo
trabalhando da forma como comecei. Procuro ser o mais técnico possível.
Não vou questionar se o cenário é melhor ou pior politicamente",
disse Ilan ao participar de evento em São Paulo na noite de segunda-feira.
Em
meio ao ambiente de inflação cada vez mais distante do centro
da meta oficial --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual
para mais ou menos--, Ilan disse ainda que o país não conseguiu
discutir reduzir o objetivo. Faltou "oportunidade e ousadia" para tanto,
afirmou, sem entrar em detalhes.
Neste
mês, o Conselho Monetário Nacional (CMN) terá de fixar
uma meta de inflação para 2019 e há defesa dentro
da equipe econômica que ela deve ficar abaixo de 4,5 por cento. A
inflação tem rodado abaixo de 4 por cento em 12 meses, abrindo
espaço para esse movimento.
O
presidente do BC também disse que está satisfeito no comando
da autoridade monetária e que tem se preocupado em jogar tanto na
defesa como no ataque, sem especificar quais são as ações.
"A
gente joga tanto na defesa como no ataque. Mas o que é da defesa
ninguém vê. Em muita coisa a gente joga no ataque, fazendo
agendas".
Desde
que assumiu, Ilan tem tentando levar o adiante uma série de medidas
para, por exemplo, reduzir o custo do crédito, por meio da Agenda
BC+. (Reuters)
Desconfiança
com o País afeta investimento externo
A
bolsa fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo em um pregão
marcado pela preocupação dos investidores em relação
aos desdobramentos domésticos do imbróglio político,
mas também influenciado pelos maus ventos vindos do exterior. O
Ibovespa encerrou a sessão com perdas de 0,82%, aos 61.700 pontos
ontem. O operador da mesa institucional da Renascença Corretora
Luiz Roberto Monteiro lembra que, ainda no ano passado, o investidor estrangeiro
havia feito duas grandes apostas: a saída de Dilma Rousseff da presidência
e a perspectiva de que o governo de Michel Temer colocaria a economia novamente
nos trilhos. "Foi com base nisso que os estrangeiros colocaram R$ 5,36
bilhões aqui no acumulado deste ano", assegurou o profissional.
No entanto, complementa, o que existe agora é uma desconfiança
geral. "O mercado está particularmente preocupado com as medidas
para a retomada da economia nesse contexto. Afinal, para aprovar a reforma
da Previdência, precisa de tranquilidade na cena política."
Segundo ele, o volume financeiro não melhora, pois o estrangeiro,
grande comprador, parou de comprar. "Aí, enquanto não se
resolve aqui, os olhos se voltam para o exterior em busca de outras oportunidades."
O giro de hoje foi de R$ 6,872 bilhões, mantendo a média
de junho abaixo dos R$ 9,5 bilhões de maio. De acordo com informações
da B3, o saldo acumulado de recursos estrangeiros neste mês está
negativo em R$ 291,699 milhões. De acordo com Pablo Spyer, diretor
Mirae Asset, o mau humor dos investidores ainda reflete a votação
no TSE, que manteve a chapa Dilma-Temer, por causa do prosseguimento de
uma situação de indefinição. Além disso,
diz, há outras questões que não param de surgir, como
a suposta investigação da Abin sobre o relator da Operação
Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin. "Dado o imbróglio de temas
exógenos à economia, a probabilidade de aprovação
das reformas cai muito. Com isso, vai se distanciando do grau de investimento."
Como se não bastassem os problemas domésticos, hoje, o exterior
ajudou a piorar. De acordo com a equipe de analistas da Guide Investimentos,
da Ásia à Europa, o setor de tecnologia foi destaque negativo,
puxando as bolsas para terreno negativo. Rafael Passos, um dos analistas,
lembra que, do ponto de vista das commodities, principalmente, do petróleo,
houve avanço baseado no compromisso do Catar com o corte da produção
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep). Reflexo disso, por aqui, as ações da Petrobras passaram
a maior parte do pregão em alta, fechando com sinal levemente positivo.
Ainda entre as blue chips, o comportamento negativo das ações
dos grandes bancos influenciou na queda do índice. O temor de uma
possível delação do ex-ministro Antonio Palocci ainda
ronda as mesas de operação. Os papéis do Banco do
Brasil - tido como termômetro da crise política - recuaram
2,48% (ON), seguidos de Bradesco (PN), que recuaram 1,72%. (JC Online)
Economia Global
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França:
Revolução partidária
Guardadas
as proporções e circunstâncias, a França vive
seu momento "Que se vayan todos!", o mote que movia protestos de rua na
Argentina durante o colapso político e econômico de 2001.
Nos
comentários sobre o resultado do primeiro turno das eleições
legislativas deste domingo (11), era frequente chamar-se a atenção
para a onda de "dégagisme" —algo como "saiforismo"— que deve apequenar
os partidos tradicionais na Assembleia Nacional.
A
reviravolta liderada por Emmanuel Macron continua. Seu movimento, agora
partido, "La République en Marche", deve eleger mais de 400 deputados,
ou 70% das cadeiras da Assembleia —apesar de ter recebido não mais
de 32% da votação total, resultado possível em eleições
distritais.
Há
menos de um ano, Macron ainda era ministro econômico do impopularíssimo
governo socialista. Apenas em abril de 2016 fundou seu movimento político.
Então
pequena reunião de dissidentes dos partidos de centro-esquerda e
centro-direita, o "En Marche!" logo atraiu noviços da política
partidária. Cerca de metade dos candidatos da agremiação
são oriundos do que se pode chamar de sociedade civil.
A
eleição de Macron já evidenciava os sintomas de descrédito
da política tradicional; agora, sua provável vitória
parlamentar reduz dramaticamente a relevância das legendas históricas.
O
Partido Socialista, majoritário na legislatura que se encerra, pode
ver seu número de cadeiras reduzido a menos de um décimo,
25 representantes, o pior desempenho em pelo menos seis décadas.
Já
a direita tradicional, liderada por "Les Républicains", corre o
risco de encolher pela metade ou mais, para cerca de 90 deputados.
Tais
projeções precisam ser consideradas com certo cuidado. No
domingo, a taxa de abstenção em eleições parlamentares,
de 51%, foi recorde na Quinta República francesa, iniciada em 1958.
Das 577 cadeiras, 573 ainda estão em disputa; a composição
dos votantes pode mudar daqui a alguns dias.
Os
derrotados começaram campanha intensa para que não se dê
vitória acachapante ao presidente.
Qual
seja a dimensão da maioria, Macron e seu partido estão perto
de obter os votos suficientes para levar adiante, sem alianças,
seu programa. No topo da pauta estão tabus para a sociedade francesa,
como a flexibilização das leis do trabalho, com diminuição
do poder dos sindicatos, e o endurecimento de leis antiterrorismo.
(Folhapress)
Mercado Financeiro
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Bolsa
em queda, dólar em alta
Exterior
e crise política pesam e dólar sobe para R$ 3,31; Bolsa recua
0,8%
A
absolvição do presidente Michel Temer no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) não acalmou o mercado nesta segunda-feira (12). A soma
da crise política com o aumento da aversão ao risco no exterior
provocou a queda da Bolsa brasileira e levou o dólar a R$ 3,31.
O
Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas
da Bolsa brasileira, teve queda de 0,82%, para 61.700 pontos. O volume
financeiro foi de R$ 6,84 bilhões, pouco abaixo da média
diária do ano, de R$ 8,27 bilhões.
O
dólar comercial teve alta de 0,63%, para R$ 3,312. O dólar
à vista, que fecha mais cedo, subiu 1,24%, para R$ 3,318.
A
avaliação de analistas é de que a decisão do
TSE de absolver a chapa Dilma Rouseff-Michel Temer não trouxe alívio
aos investidores. "Havia uma expectativa de que, se o Temer permanecesse
no cargo, tudo se acalmaria. Ou o mercado estava avaliando erroneamente,
ou os investidores encararam a decisão como um fator de descrédito
para o país", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da
Treviso Corretora.
Para
ele, o resultado do julgamento levanta questionamentos sobre a segurança
jurídica do país. "Há uma perda da credibilidade política
e, agora, da credibilidade no judiciário. Vale a pena investir num
país e, num revés, mudarem tudo? A decisão do TSE
tira a fé nas instituições."
Paulo
Gomes, economista da gestora Azimut Brasil Wealth Management, afirma que
o mercado agora volta as atenções para as reformas. "A cada
dia está mais distante de a reforma da Previdência ser aprovada
e votada. A questão do TSE acaba postergando qualquer tipo de tramitação
de reforma no Congresso", diz.
"A
gente vai ter que conviver por tempo indeterminado com volatilidade gerada
por fatos políticos. Cada vez que se falar de delações,
o mercado vai reagir a esse tipo de informação", complementa.
Os
investidores se preocupam ainda com o apoio que o governo tem no Congresso.
Estava marcada para a tarde desta segunda reunião do PSDB que poderia
determinar a saída do partido político do governo Temer.
"A
vitória no TSE estava sacramentada, três semanas antes o placar
estava dado. Mas o Temer parece mais preocupado em arrumar 172 votos para
evitar que o STF (Supremo Tribunal Federal) abra um processo contra ele
do que em fazer uma reforma", diz Alvaro Bandeira, economista-chefe do
home broker Modalmais.
"Ele
vai abrir o saco de bondades para deputados, para a classe média
para tentar angariar apoio e obter governabilidade", diz.
Além
do fator doméstico, houve um mal estar generalizado no exterior,
mesmo com a vitória do presidente francês, Emmanuel Macron,
nas eleições legislativas. As preocupações
com a política britânica, após a premiê Theresa
May perder maioria, e a instabilidade vivida pelo presidente americano,
Donald Trump, pesaram nesta segunda-feira.
No
radar também está a reunião do Federal Reserve (Fed,
banco central americano), que começa nesta terça-feira e
vai até quarta. A expectativa é que a autoridade monetária
americana eleve a taxa de juros para a banda entre 1% e 1,25% —atualmente,
está entre 0,75% e 1%.
Para
conter a valorização da moeda, o Banco Central manteve as
atuações no mercado financeiro e vendeu 8.200 contratos de
swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado
futuro) para rolagem dos contratos que vencem julho. A autoridade monetária
já rolou US$ 2,050 bilhões do total de US$ 6,939 bilhões
que vence no mês que vem.
O
CDS (credit default swap), termômetro de risco para o país,
teve leve alta de 0,08%, para 237,3 pontos.
AÇÕES
A
Bolsa brasileira testou novas mínimas nesta segunda e chegou a recuar
1,5%, abaixo dos 61.597 pontos do fechamento de 18 de maio. Nesse dia,
a notícia de que o empresário Joesley Batista havia gravado
áudio com Temer fez o mercado acionário desabar 8,8%.
"Já
começa a haver uma destruição de valor na Bolsa. Não
é mais especulação, havia se estabelecido um piso
para recuperação, com entrada de fluxo de capital estrangeiro.
Agora esse ponto começa a ser perdido e se dá o início
de outro cenário, com perspectiva ruim para o mercado", diz Raphael
Figueredo, analista da Clear Corretora.
As
ações da Petrobras se beneficiaram da valorização
dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais
negociados da estatal subiram 0,39%, para R$ 12,90. As ações
que dão direito a voto ficaram estáveis em R$ 13,78.
Os
papéis da mineradora Vale desconsideraram a alta dos preços
do minério de ferro no exterior e fecharam em baixa. Os papéis
mais negociados da mineradora caíram 1,94%, para R$ 25,22. As ações
que dão direito a voto perderam 1,68%, para R$ 26,84.
A
maioria das ações do setor financeiro fechou em baixa. Os
papéis do Itaú Unibanco terminaram o dia estáveis.
As ações preferenciais do Bradesco recuaram 1,61%, para R$
26,34, e as ordinárias caíram 1,28%.
As
ações do Banco do Brasil recuaram 2,37%, e as units —conjunto
de ações— do Santander Brasil se desvalorizaram 0,37%.
(DANIELLE BRANT - Folhapress)
Aspectos
da nova Lei do ISS tem reunião em SP
Sua
operadora não pode deixar de ser representada na oportuna reunião
da próxima semana, dia 21, das 14h00 às 17h30, no Auditório
do Instituto Metrus, Alameda Santos, 1827, 1° andar, em São
Paulo.
Nela
iremos proceder uma avaliação e reflexão da questão
jurídica e operacional e seus impactos para a gestão das
operadoras de planos de saúde frente a tributação
do ISS na nova realidade advinda da decisão do último dia
30 de maio, no Congresso Nacional, com a aprovação
da quebra do veto do presidente Michel Temer em um dos trechos da lei que
regulou o ISS (Imposto Sobre Serviços, de competência dos
municípios).
Importantes
nomes de nosso segmento vão abordar estes aspectos com observações
e comentários frente a este novo contexto da relação
dos serviços e os municípios em que estão presentes.
O
tema interessa a todos que se envolvem com as questões jurídico/operacionais,
tributárias e a gestão de custos dos planos de saúde
em suas diversas modalidades.
Este
encontro, sem custos, conta com o apoio da Mirador Atuarial e do
Instituto Metrus. Informações pelo e-mail encontro@assprevisite.com.br
(AssPreviSite)
Plano
coletivo não pode reajustar prestação de forma arbitrária
A 4ª Turma Cível
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios
(TJDFT) acatou pedido de revisão de reajuste da contribuição
para custeio do Programa de Coberturas Especiais (PCE) e do Plano de Assistência
Médica ao Aposentado (PAMA), geridos pela Fundação
Sistel de Seguridade Social (Sistel). A corte entendeu que o Código
de Defesa do Consumidor (CDC) se aplica aos contratos de planos de saúde,
independente da qualificação da instituição
que ofereça o serviço assistencial.
Para o advogado Leandro
Madureira, sócio do escritório Roberto Caldas, Mauro Menezes
& Advogados, que representou os autores na ação, o Tribunal
reconheceu a irregularidade e a ilegalidade do aumento unilateral praticado
pela operadora, ensejando o desequilíbrio contratual, o que fere
o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
“Importante salientar que,
recentemente, o Superior Tribunal de Justiça alterou o seu entendimento
para afastar a aplicação do CDC nas relações
que envolvam as entidades fechadas de previdência complementar, com
a reedição da Súmula 563. O TJDFT, no entanto, dando
provimento à apelação neste caso, afastou a aplicação
desse enunciado para prevalecer a Súmula 469, que prevê a
aplicação do CDC nas relações com os planos
de saúde”, explica o advogado.
A Sistel havia aplicado
um aumento de 61,01% no plano de saúde, passando de R$ 729,11, em
dezembro de 2014, para R$ 1.173,94, em janeiro de 2015. A corte reconheceu
a inadmissibilidade do reajuste, utilizou a tabela da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) como base analógica de imputação
de percentual de reajuste máximo, determinou a readequação
dos percentuais e, ainda, a devolução do que fora cobrado
indevidamente. (TJDF)