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Previdência - Clipping de Notícias - 30.01.2018
Notícias dos principais jornais sobre o segmento de Previdência em seu e-mail diariamente
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Destaques do dia
Governo: Janela para reforma da Previdência está se fechando
Previdência: Menos intriga e mais reforma
Petros: Recadastramento - Campanha alcança 89% do público-alvo
Funcesp: O percentual de contribuição extraordinária da EMAE vai mudar
Fundação Copel: Plano família - Rentabilidade
OABPrev-SC: Novo instituidor e diretoria é empossada
ASCPrev: Nova diretoria inicia ações de 2018
SP: Deficit da Previdência se espalha como câncer
SE: Proposta de mudanças no Fundo de Previdência
Servidores: Temer negocia proposta alternativa para aposentadoria
Aposentadoria não se penhora
Fundos: Governo de SP aprova a retomada da privatização da Cesp
Fundos: Indicação política não é criminosa, afirma Temer
Fundos: Sem preconceito
Abrapp: Projeto Outros 50 - A nova imagem da longevidade
Anapar: Cursos de capacitação
IDS: Reforma da Previdência com Juiz Federal Fábio Souza
Livro: Curso Básico de Previdência Complementar - 2ª Edição
Livro: Previdência Complementar
Livro: Administração de Planos de Benefícios
Previdência: quase um século combatendo desigualdades
Marun diz não haver "plano B"
Temer: Sem reforma, Previdência vai quebrar
Temer: "Vamos batalhar dia e noite pelo voto no Congresso"
Termer: Reforma da Previdência pode sofrer mudanças
Reforma faz disparar aposentadoria por tempo de contribuição
Com mudanças na Previdência, pedidos de aposentadoria aumentam 15,5%
Projeto restringe bancos que podem operar recursos da Previdência
Direitos do aposentado que continua no trabalho são os mesmos dos demais
O desemprego no Brasil
Como ler os dados sobre criação de emprego?
Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência
Relação de bens garantidores dos seguros, títulos e planos
Banco público perde espaço no crédito
Confiança da classe DE sobe sete pontos em janeiro
Confiança da indústria registra estabilidade em janeiro
Ipea fala em alta de 2,5% na produção industrial
Rombo do governo vem R$ 34,6 bi menor do que a meta em 2017
Corte nos investimentos e receitas extras reduzem deficit do governo
Para secretária do Tesouro, não há o que comemorar
Ilan fala sobre as reformas e ajustes na economia
Inflação nos EUA desacelera e fica em 1,7% em dezembro
Banco Central Europeu: Ação pela inflação na meta
Bolsa cai, dólar tem alta
Bovespa fecha em queda nesta segunda
Ibovespa fecha em queda de 0,97%
Ação de banco reverte alta e bolsa perde os 85 mil pontos
Dólar sobe e fecha a R$ 3,16
UniAbrapp: Seminário Internacional 2018 nos EUA
Novas regras para plano de saúde por empresário individual entram em vigor
PL susta regra de discordância de procedimentos entre médico e plano


O Dia da Previdência - Nossa Leitura
Aposentados, pensionistas e outros beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm até o final do mês que vem para fazer a comprovação de vida referente ao ano de 2017.  O procedimento, chamado de "prova de vida" ou "renovação de senha bancária", é exigido pelo instituto todos os anos para manter o pagamento dos benefícios.  A comprovação é feita em uma agência do banco onde o beneficiário recebe a grana do INSS por meio de conta-corrente, conta-poupança ou cartão magnético.  Quando vai ao banco, o segurado não precisa trocar a senha que utiliza para acessar a conta-corrente.  A renovação, na verdade, é apenas a confirmação do código de acesso, e o aposentado pode manter o mesmo número.  Se tiver a impressão digital cadastrada no sistema de biometria (leitura da palma da mão), o aposentado que recebe o benefício no Banco do Brasil, Bradesco ou na Caixa Econômica Federal poderá fazer a prova de vida no próprio caixa eletrônico.   Fonte: Folhapress

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Sistema de Previdência Complementar
BB Previdencia

Governo: Janela para reforma da Previdência está se fechando
Em nova investida, Planalto quer mostrar a parlamentares que País tem pouco tempo para agir antes de mexer em direitos adquiridos?  ?  ?
Sem ter os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência a menos de um mês da data marcada para a votação, o governo pretende usar o buraco nas contas previdenciárias para tentar convencer os parlamentares de que o Brasil tem pouco tempo para promover alterações sem afetar direitos já adquiridos. A intenção é alertar para a necessidade de agir logo, antes que o País seja forçado a adotar uma postura mais radical e cortar benefícios, a exemplo do que fizeram no passado Grécia e Portugal.
A nova investida do governo tenta afastar o ceticismo crescente na aprovação da reforma antes das eleições. Há internamente um movimento para deixar a votação para novembro, quando deputados já não temerão mais um “julgamento popular” pelo voto. A saída foi sinalizada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a investidores em Londres. O discurso oficial, porém, é o de que a votação está mantida para fevereiro.
A Previdência teve déficit recorde de R$ 268,8 bilhões em 2017, ano marcado por sucessivos adiamentos na votação da reforma. O rombo é R$ 41,9 bilhões maior do que em 2016 e inclui os regimes do INSS e dos servidores da União. “É como se tivesse de criar uma CPMF por ano para manter o que temos hoje”, diz Paulo Tafner, especialista em Previdência.
Tafner estima que o governo tenha por volta de três anos até chegar ao limite de precisar mexer em direitos adquiridos. “Temos três anos antes de chegar à situação catastrófica de cortar benefícios. Não temos tempo para negociar mais ou esticar a transição, que já é longa, tem 20 anos.” Para ele, a velocidade com que o Brasil caminha para esse destino é ainda maior do que em Portugal ou na Grécia.
Déficit.
O alerta que será reforçado aos deputados é que a proposta em negociação não mexe com quem já está aposentado ou já tem direito ao benefício, mas a condição que o País tem agora de manter esses direitos pode se esgotar rapidamente. “É fundamental modernizar as regras previdenciárias para as próximas gerações justamente para garantir que os benefícios continuem sendo pagos em dia”, defende o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
O caso português, principal exemplo de “solução extrema” para uma Previdência com déficits crescentes, foi alvo de estudo acadêmico feito pelo procurador federal Bruno Bianco Leal, que atua como assessor especial da Casa Civil e ajudou a desenhar a proposta de reforma da Previdência. Em sua dissertação de mestrado, ele lembra que o próprio Tribunal Constitucional português (equivalente ao STF) passou de uma postura rigorosa na manutenção dos direitos já adquiridos para decisão de criar uma “jurisprudência de crise”, permitindo exceções para preservar o equilíbrio das contas públicas.
A Corte Europeia de Direitos Humanos também decidiu, em 2015, que a redução de benefícios promovida pelo governo de Portugal era válida diante da necessidade de garantir o equilíbrio das contas do país. Segundo a corte, a garantia representava um “interesse público”.
O consultor do Senado Pedro Nery lembra que no Brasil há outras amarras, como a chamada regra de ouro do Orçamento, que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes como salários e os benefícios previdenciários. Por conta dos sucessivos déficits, o governo já enfrenta dificuldades para cumprir a norma, que está prevista na Constituição. “Essa amarra poderia provocar corte nos benefícios.”
Apesar das investidas do governo, parlamentares – mesmo da base aliada – avaliam que dificilmente será possível aprovar a reforma ainda este ano.  (Idiana Tomazelli - Agência Estado)

Previdência: Menos intriga e mais reforma
A reforma da Previdência afeta todos brasileiros, especialmente gerações mais novas
É natural que surjam tensões partidárias em ano de eleição, quando as lideranças políticas se articulam para obter a melhor composição de chapa possível para seus quadros. Esse trabalho é um elemento absolutamente necessário da vida política, sem o qual as causas e as ideias de cada partido correriam o risco de ficarem sub-representadas no pleito popular.
Ter presente esse contexto pode ajudar a olhar com realismo as atuais movimentações de alguns postulantes a candidato à Presidência da República. Testar opções, avaliar espaços, medir forças – tudo isso é parte da política.
Não se pode, porém, perder de vista que há um tema urgente no País à espera de solução, a reforma da Previdência. Não fossem as idiossincrasias do sr. Rodrigo Janot, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que altera as regras para a concessão de pensões e aposentadorias, provavelmente teria sido votada pelo Congresso em maio do ano passado. O imbróglio envolvendo a delação da JBS atravancou a agenda do País. Basta lembrar que a Câmara dos Deputados, num intervalo de menos de três meses, foi obrigada a se pronunciar sobre duas denúncias contra o presidente da República. Ainda que inequivocamente ineptas, as acusações provocaram no ambiente político os presumíveis distúrbios que esse tipo de medida tende a despertar.
Depois de um intenso trabalho de coordenação política, acompanhado de um crescente esforço de comunicação – sempre aquém do necessário, mas que melhorou ao longo do tempo –, o governo federal criou as condições para que a reforma da Previdência fosse votada pelo Congresso. No fim do ano, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou que a PEC 287/2016 irá à votação no dia 19 de fevereiro de 2018.
Diante desse cenário, deve ser um consenso entre todas as autoridades minimamente preocupadas com o interesse nacional que a necessidade de aprovar a reforma da Previdência deve, no momento, prevalecer sobre qualquer possível divergência em torno da definição dos possíveis candidatos à Presidência da República. Não é hora de criar e tampouco de estimular a mais mínima dissonância capaz de eventualmente causar algum óbice ao andamento da PEC 287/2016.
O País merece esse cuidado com a reforma da Previdência. É um assunto que afeta todos os brasileiros, especialmente as gerações mais novas, que estão mais vulneráveis aos efeitos da eventual irresponsabilidade de manter as atuais regras. O déficit da Previdência é insustentável, com perversos efeitos sobre os atuais e os futuros beneficiários. O rombo crescente coloca sérias dúvidas sobre a capacidade do Estado de continuar arcando no futuro com as pensões e aposentadorias. No presente, afeta duramente a situação fiscal, pondo em xeque os esforços feitos nos últimos meses para retirar o Brasil da crise que o lulopetismo colocou. A crise da Previdência também afeta a atuação do próprio Estado, cada dia mais limitado em sua capacidade de investimento por força do rombo do sistema de aposentadoria e pensões.
Além disso, não é todo dia que surge no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição que enfrenta de forma tão direta os privilégios do funcionalismo como o faz a PEC 287/2016. Só faltaria que as eleições deste ano pudessem de alguma forma representar um ademão para conservação das benesses de alguns poucos. Cabe aos envolvidos no processo eleitoral a responsabilidade de não transformar as eleições em ocasião para preservar ou ampliar desigualdades, ao dificultar a reforma da Previdência.
Têm especial responsabilidade nessa questão os presidentes da Câmara e do Senado. É hora de união em favor das reformas, e o esforço de cada um nessa direção será a prova decisiva para saber quem está de fato a favor do Brasil.
Correção – A esquerda democrática a que se refere o editorial A esquerda e o esquerdismo, publicado no dia 29/1/2018, é a esquerda reformada da social-democracia e de outras correntes, que surgiu e se firmou na Europa após a 2.ª Guerra.   (O Estado de S.Paulo)

Petros: Recadastramento - Campanha alcança 89% do público-alvo
A campanha de recadastramento dos participantes ativos e aposentados do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) e Plano Petros-2 (PP-2) já atingiu 89% do público-alvo, formado por cerca de 105 mil pessoas. Entre os aposentados, a taxa de adesão foi ainda maior, 93%, e em relação aos ativos, 86% atualizaram seus dados.
Numa ação exclusivamente voltada para os aposentados que não se recadastraram pela internet, em dezembro do ano passado, após o término do recadastramento digital, a Fundação enviou, pelos Correios, o formulário impresso a um grupo de 5,6 mil aposentados. Destes, cerca de 1,8 mil já retornaram e concluíram o recadastramento, restando ainda em torno de 3,8 mil aposentados.
O objetivo da campanha é alcançar 100% de adesão. Por isso, a próxima etapa será entrar em contato por telefone com esses aposentados que ainda não devolveram o formulário impresso preenchido e a documentação exigida. Em relação aos ativos, será iniciado um trabalho junto às patrocinadoras para atingir aqueles que ainda não se recadastraram.
O recadastramento é obrigatório para todos os participantes do PPSP e do PP-2. Quem não atualizar os dados terá o acesso à área do participante do portal bloqueado, não poderá receber empréstimo da Petros e pode ter o pagamento dos benefícios suspenso temporariamente até que o recadastramento seja realizado.
Informações cadastrais atualizadas são fundamentais porque servem de base para os cálculos atuariais da Petros. Para os participantes, também é essencial que estejam corretas, porque isso garante atendimento ágil e preciso. Cabe destacar que o cadastro é dinâmico e, por isso, deve ser sempre atualizado pelo participante.
Se você ainda não se recadastrou e prefere utilizar o meio digital, o link continua ativo. Clique aqui e faça o seu recadastramento agora.
Documentação necessária
Ao fazer o recadastramento, o participante precisa enviar à Petros alguns documentos, como identidade, CPF, certidão de casamento ou de união estável ou certidão de casamento com averbação de divórcio. Para cada dependente, será necessário enviar documento de identidade, CPF dos que tiverem mais de 12 anos, ou certidão de óbito, em caso de falecimento.
Os participantes ativos devem enviar ainda o Extrato de Contribuições Previdenciárias, também conhecido como CNIS. Este documento é fornecido pelo Ministério da Previdência e pode ser acessado pela internet. Veja aqui como obter o CNIS.
Atenção: participantes que estão trabalhando, mas já são aposentados e recebem a aposentadoria pelo convênio Petros não precisam enviar o CNIS. Já aqueles que não recebem a aposentadoria pela Petros, isto é, não utilizam o convênio, também não precisam do CNIS, mas terão que anexar carta de concessão fornecida pelo INSS.
Em caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Relacionamento (0800 025 35 45).  (Petros/AssPreviSite)

Funcesp: O percentual de contribuição extraordinária da EMAE vai mudar
A partir do mês de janeiro de 2018, o percentual da contribuição extraordinária da EMAE, que é descontada do benefício dos participantes, vai diminuir. A redução deve-se ao término da cobrança retroativa que ocorreu de maio a dezembro de 2017.
Conforme informado em um comunicado enviado aos participantes da EMAE em abril do ano passado, em 2015 a modalidade Contribuição Variável (CV) apresentou um déficit, o que significa que o patrimônio deste subplano deixou de ser suficiente para dar cobertura à verba necessária para o pagamento dos benefícios de forma vitalícia. Por isso, houve a necessidade da contribuição extraordinária para todos os participantes, aposentados e pensionistas que recebem o benefício decorrente do CV, a fim de recompor as reservas e eliminar o déficit do plano.  (Fundação Cesp/AssPreviSite)

Fundação Copel: Plano família - Rentabilidade
Plano Família tem rentabilidade de acumulada de 2,56% até o dia 17 de janeiro
A rentabilidade acumulada do Plano Família da Fundação Copel, desde a sua criação, foi de 2,56%, valor que superou em 320% o principal referencial do mercado financeiro o CDI – Certificado de Depósito Interbancário.
Trata-se de um belo cartão de visita para o primeiro mês, no entanto vale ressaltar que, o Plano Família é um produto de previdência cuja estratégia de investimentos é voltada para o longo prazo buscando a maximização da reserva neste período, assim oscilações no curto prazo podem ocorrer, inclusive negativas.
Todos os participantes podem acompanhar seus investimentos através do acesso restrito (no portal), ou no aplicativo diretamente pelo celular  (Fundação Copel/AssPreviSite)

OABPrev-SC: Novo instituidor e diretoria é empossada
A Sicoob Advocacia, cooperativa de crédito dos advogados de Santa Catarina, aderiu como instituidora da OABPrev-SC. A instituição possui mais de 5,2 mil e está sediada em Florianópolis, além de ter postos de atendimento nas cidades de Itajaí, Videira, Concórdia, Criciúma, Blumenau e Joinville, bem como um dentro da OAB/SC.
A OABPrev-SC também deu posse aos novos integrantes dos conselhos deliberativo e fiscal e da diretoria executiva do OABPrev-SC. Ezair Meurer Júnior foi reconduzido ao cargo de diretor presidente, enquanto Jorge David Pacheco assume como presidente do conselho deliberativo. Yuri Carioni Engelke ocupa a diretoria administrativa e financeira e Luis Fabiano de Araújo Giannini, a diretoria de seguridade  (Agência Investidor Online)

ASCPrev: Nova diretoria inicia ações de 2018
A diretoria da Associação Catarinense das Entidades de Previdência Complementar (ASCPrev) se reuniu no dia 18 de janeiro para alinhar a condução das principais ações que serão realizadas em 2018. Foram definidas as prioridades do ano, rol de patrocínios, além da condução de rotinas.  O encontro aconteceu na sede da ASCPrev e contou com a presença do diretor presidente, Ezequias Candido de Paula, e dos diretores executivos, Karen Tressino  e Levi Nagano.
Após a primeira reunião entre os diretores, os coordenadores das comissões da Associação (Educação Continuada, Investimentos, Programa A Escolha Certa e Seguridade) apresentaram o contexto dos comitês, as ações realizadas no último exercício e a previsão de atividades para 2018. Na oportunidade, o diretor presidente reforçou que as comissões são a base da ASCPrev e que o padrão de qualidade de suas ações é uma das marcas da Associação.  (ASCPrev/AssPreviSite)

SP: Deficit da Previdência se espalha como câncer
A gestão João Doria (PSDB) acredita ter diante de si uma encruzilhada: fazer a reforma da Previdência municipal ou ver o Orçamento da Prefeitura de São Paulo ser tomado totalmente por gastos obrigatórios em cerca de sete anos.
Caio Megale, secretário da Fazenda, e Paulo Uebel, de Gestão, foram incumbidos pelo prefeito da espinhosa missão de elaborar o projeto da reforma, já submetido à Câmara Municipal –a perspectiva dos secretários é de que o texto esteja aprovado e sancionado até 31 de março.
O projeto tem três pontos principais: aumento da contribuição para os servidores (de 11% para 14%), uma nova Previdência pública com contas individuais para cada novo funcionário e um sistema complementar para quem ganha acima do teto de aposentadoria (R$ 5.645,80) do INSS.
A proposta é que o sistema de contas individuais (chamado de capitalização) seja obrigatório apenas para os funcionários admitidos depois da aprovação do projeto.
Para os secretários, que nesta terça (30) participarão do primeiro debate sobre o tema na Câmara Municipal, uma combinação de reformas das Previdências federal e municipal zeraria o deficit paulistano em 20 anos. Sem isso, preveem que o problema pode se arrastar até 2059.
Folha - Por que a prefeitura está indo à rua para falar sobre a reforma da Previdência?
Caio Megale - A gente estava numa fase de diagnóstico em 2017. Mandamos o projeto à Câmara no final do ano passado para poder pautar já na retomada dos trabalhos. Ninguém não vê como um problema. Mesmo os sindicatos reconhecem que há algo que precisa ser reequacionado.
Como?
Megale - Há três alternativas: a primeira é cortar gastos em outro lugar: ajusta, aperta, ganha eficiência. A gente ouve muito isso: se houvesse gestão melhor da saúde, da varrição, sobraria dinheiro para pagar a Previdência. Outra é aumentar impostos ou contratar mais gente para aumentar as contribuições.
E a terceira é fazer a reforma como estamos propondo.
Nas outras duas opções os contribuintes financiam.
A questão é quem vai financiar, o contribuinte ou o servidor? Na nossa proposta, há uma parte para o servidor.
Como passar uma reforma impopular em ano eleitoral?
Paulo Uebel - A primeira estratégia é abrir os dados, colocar todos os números na mesa, não só para os sindicatos, que já tiveram acesso inclusive à base atuarial.
E envolver a sociedade, mostrando o "trade-off" (custo-beneficio). Só para cobrir o deficit de 2017 foram R$ 4,6 bilhões que tivemos que tirar de melhorias em creches, vagas em postos de saúde.
No momento que a sociedade percebe esse trade-off, que tenho uma Previdência insustentável e tenho que tirar recursos que são fundamentais, isso pesa bastante.
Quando os vereadores forem votar o projeto, é preciso pensar que manter o sistema deficitário é continuar extraindo recursos da educação, da saúde. Esses R$ 4,6 bilhões são quase 10% do Orçamento de 2017, para beneficiar 0,08% da população [a prefeitura tem 122 mil funcionários ativos e 97 mil inativos e pensionistas]. É justo?
As pesquisas da prefeitura mostram que a população já entendeu essa troca?
Uebel - Não é fácil, é preciso repetir de forma enfática. As pessoas veem o Orçamento dividido em caixinhas, como se uma caixa não tivesse consequência na outra. Mas é um caixa só, e qualquer decisão implica em renunciar a investimentos em outras áreas.
Megale - Falta recurso para zeladoria, não é a política de zeladoria que tem problemas. Falta recurso para a cultura, para a segurança, para obras de drenagem. Parece que há problemas nessas áreas, quando na verdade isso é sintoma do problema central, que é a ocupação do Orçamento pela Previdência.
Mesmo aprovado o projeto, o Tesouro continuará tendo que cobrir o deficit. Por quanto tempo isso deve ocorrer?
Megale - Depende do federal. Se a reforma da Previdência federal for aprovada e nosso projeto também, o deficit zera em 20 anos.
Por que depende do federal?
Megale - Por causa da idade mínima.
Uebel - Na nossa proposta há gatilhos imediatos e outros que podemos ou não exercitar, como o aporte de imóveis. O projeto prevê, mas quantos serão aportados ainda será definido. No pior cenário, aprovando nosso projeto sem exercer todas as alavancas, seria 2059. No melhor, dando tudo certo, inclusive a reforma federal saindo na íntegra, são 20 anos.
Os srs. trabalham com que prazo para a aprovação da reforma municipal?
Uebel - Até 31 de março. Já sancionada.
Já costuraram esse compromisso com a Câmara? Parece muito pouco tempo.
Uebel - Esse seria o ideal. Tem que ser no primeiro semestre com certeza, para não entrar no calendário eleitoral e, em vez de a discussão ser técnica, virar política.
Os professores no ano passado ficaram 17 dias em greve, pedindo aumento de salário mas também contra a reforma federal. Estão esperando novas greves?
Uebel - Há rumores de que pode haver greve. Temos conversado com os sindicatos. A estratégia é sempre mostrar os dados e que estamos corrigindo uma distorção e tornando o sistema sustentável em favor dos servidores. Estamos garantindo que eles não vão ter atrasos de pagamentos nem cortes de benefícios.
Sem essa reforma, quando a Prefeitura chega a um momento em que a única opção é aumentar impostos ou cortar serviços?
Megale - Não gosto de fazer comparações com doenças, mas, se olhar para o país, o Brasil teve muitas crises cambiais e agora tem uma crise fiscal. Crise cambial é como um ataque cardíaco. De repente sofre um ataque e precisa fazer alguma coisa, senão pode morrer no dia seguinte. A crise fiscal é como um câncer, vai espalhando devagarzinho. Não dá para precisar um momento.
Nós temos quase 40% do Orçamento em temas da educação, de transporte escolar a merenda, uniformes, compra de materiais, reformas. É bastante coisa, e vai-se comprimindo ao longo dos anos. Mas não é o que se tem que fazer, na verdade tem que proteger essas áreas. Na saúde, a mesma coisa, você pode fazer um pouco menos, ajustar ali, comprar menos remédios. Mas não é o que a gente quer fazer.
Em 2025, o deficit da Previdência deve chegar a 20% do Orçamento. Subsídios de ônibus são 15%. Por lei, tenho que despender 31% com educação e mais 15% com saúde, mas hoje estamos em 20%. Mais o pessoal da ativa...
Então em 2025 já acabou o recurso, passa de 100%. A saída é cortar subsídio dos ônibus?
Megale - Até lá dá para cortar o subsídio do ônibus, reduzir o gasto em saúde para os 15% constitucionais, flexibilizar a lei orgânica do município que leva a 31% o gasto com educação. Nada disso é desejável. A gente não quer cortar dinheiro da educação ou da saúde. Dá para ganhar eficiência nessas áreas? Dá, claro, mas estamos falando de quatro linhas de Orçamento: Previdência, educação, saúde e transporte. E todo o resto? É para isso que estamos chamando a atenção. Por exemplo, na zeladoria, a gente pode fazer uma gestão melhor, ganhar mais eficiência, mas o que faz diferença mesmo é remanejar Orçamento para poder contratar mais equipes que trabalhem na zeladoria.
A lógica em geral é ganhar eficiência onde esse ganho seja relevante, não? Não é algo que dê para fazer no varejo, para ter pouco resultado. Na prefeitura, qual seria a área mais relevante?
Megale - Embora a cultura de ganho de eficiência, mesmo nas pequenas coisas, faz muita diferença. Aquela decisão do Diário Oficial foi sensacional. Em termos de Orçamento como um todo, é R$ 1 milhão por mês, mas o impacto de mostrar que a gente está olhando para as pequenas coisas, a cultura de tomar conta dos recursos, de gastar de forma cuidadosa.
Mas o grande ganho de eficiência em termos financeiros é na gestão de convênios e contratos. Convênios é R$ 9 bilhões, somadas as áreas. Aqui não entram terceirizados, limpeza, vigilância, seguranças.
Uebel - São só organizações sociais, convênios de assistência social, creches.
Como se ganha eficiência nesses contratos? Refazendo?
Uebel - Alguns tem que refazer, em outros tem que melhorar a fiscalização. E em outros a gente está ajudando a identificar como reduzir despesas. Na prefeitura a gente fez um esforço grande de reduzir água, luz, telefone, e em cada caso fizemos um manual do que pode ser feito, que estamos replicando para que eles façam o mesmo. Identificamos que muitos dos convênios grande parte do repasse é alimentação, e identificamos os itens mais consumidos, proteína, arroz, são cinco itens. Estamos fazendo uma grande negociação com distribuidores para reduzir esse valor.
Em alguns casos, por exemplo, a organização tem capacidade para atender 100 pessoas, e o pagamento era feito por 100 pessoas, independentemente do número de usuários. Não dá para ser assim. Se em determinado dia ela atende 80, tem que ser proporcional. Para dar incentivo a que ele tenha carga total.
Outras é consolidar, identificar as organizações que fazem um bom serviço e aumentar a escala dessas organizações.
Como saber se o serviço é bom? Vão incluir avaliação de impacto?
Uebel - Sim. E além disso, hoje há remunerações que criam incentivos perversos. A forma de remuneração não incentiva a eficiência. E tem muito incentivo perverso, precificado de forma errada.
Megale - E não se olhava de forma unificada. Há uma mesma empresa prestando serviço para dois órgãos diferentes, e cobrando preços diferentes de cada uma. Não tínhamos esse mapa claro da prefeitura. Agora temos. Nos aluguéis também, prédios com três ou quatro unidades, cada uma pagando um preço diferente por metro quadrado. Estamos tentando homogeneizar. É um trabalho longo. Mas nenhum deles é game changer. Não há um contrato que, se a gente arrumar, resolve o caixa da prefeitura. Tem que ser isso, mais isso, mais isso. A gente não está mais naquela fase em que uma pequena mudança, ou uma mudança pontual, gera um grande resultado. São todas mudanças que geram uma melhorazinha, que vai se somando.
O sr. falou em trabalho longo. A readequação dos contratos dá para fazer nesta gestão?
Uebel - Sim. Com certeza. Já começamos.
Megale - É que as decisões são descentralizadas.
Uebel - As resistências são descentralizadas. A gente tem na prefeitura pessoas que não querem mexer nos contratos.Tem um contrato x de segurança, e o cara não quer correr o risco de mudar o fornecedor. Pode ser legítimo, ou pode ser outro motivo que a gente desconhece.
O prefeito chegou a falar que a reforma da Previdência não afeta ninguém. Estava falando do 0,08% da população que representa os servidores?
Uebel - Não sei o contexto da fala dele, então é difícil saber. Mas acho que ele quis dizer que não afeta o cidadão não servidor, mas os benefícios com certeza vão ser para toda a sociedade.
Megale - Naturalmente a gente reconhece que os servidores estão trabalhando pela sociedade. Não é que eles sejam completamente desligados, desconectados do resto da cidade. O Orçamento se destina a eles por uma razão, a cidade está contratando essas pessoas para fazer a gestão da cidade. Há uma lógica aí, mas o que está ficando mais claro é que essa lógica está muito desequilibrada. Faz sentido ter a contribuição patronal, e faz sentido ir um pouco além porque a mudança demográfica suspendeu a todos. Faz sentido todo mundo contribuir um pouco mais.   (ANA ESTELA DE SOUSA PINTO e GUILHERME SETO - Folhapress)

Servidores: Temer negocia proposta alternativa para aposentadoria
Governo coloca deputado Rogério Rosso para buscar um acordo que acabe com impasse do funcionalismo público na proposta de reforma da Previdência
A pedido do presidente Michel Temer, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) costura proposta alternativa para os servidores públicos na reforma da Previdência. Ele foi incumbido de negociar com representantes do funcionalismo público uma proposta para a transição de aposentadoria para quem entrou no serviço público antes de 2003. Esse é um ponto de impasse da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência.
A proposta que será levada ao plenário da Câmara cobra que esses servidores cumpram as idades mínimas de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) para manter a integralidade (direito de se aposentar com o último salário) e a paridade (reajustes iguais aos funcionários da ativa). Rosso ficou responsável por abrandar essa regra.
O deputado, que tem reduto eleitoral nas categorias de servidores, foi um dos principais críticos da propaganda do governo para vender a reforma da Previdência, que teve como mote o fim dos privilégios dos servidores. Para ele, a propaganda foi “infeliz” ao tentar “demonizar os servidores”, o que acabou prejudicando a votação.
Rosso já conversou com representantes da frente nacional das carreiras de Estado e vai receber nesta terça-feira, 30, uma proposta dos procuradores. A partir dessas conversas, enviará uma proposta ao presidente Temer, ao relator da reforma, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O deputado também defendeu o aumento do teto para o acumulo de pensão por morte. A proposta de reforma prevê dois salários mínimos. Já Rosso propõe que seja o limite máximo da aposentadoria do INSS (R$ 5.645,80). Com essas duas mudanças, Rosso avalia que vai aumentar o apoio dos deputados à reforma para que a proposta seja votada em fevereiro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o fatiamento da proposta de emenda constitucional que muda as regras das aposentadorias, mas observou que, mesmo sendo aprovada agora, a reforma previdenciária terá de ser complementada no futuro.
“O ideal seria fazer a reforma do sistema inteiro, mas Previdência é um assunto polêmico no mundo inteiro, não apenas no Brasil. Não conheço país que tenha feito reforma da Previdência tudo de uma vez”, disse. Em sua visão, embora o ideal fosse aprovar a primeira proposta enviada pelo governo, será importante dar um “passo à frente”, com a aprovação de uma versão mais enxuta, para permitir uma situação fiscal “um pouco melhor” ao próximo presidente.
A primeira versão da reforma atingia as aposentadorias rurais e benefícios de idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, assim como equiparava idades mínimas de aposentadoria entre homens e mulheres. O texto teve de ser modificado diante da falta de apoio no Congresso.
Em Goiânia, antes de participar de palestra no Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (Siccob), nesta segunda-feira, 29, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse esperar que a decisão da Caixa de suspender financiamentos a Estados e municípios sem aval da União, operação mais arriscada ao banco, não atrapalhe a votação da reforma. “O importante é fortalecer a Caixa para que ela possa competir”, disse.
Ele acredita na aprovação da reforma dia 19 ou 20 de fevereiro, mas evitou comentar a estratégia do Palácio de colocar o texto em votação mesmo que seja para perder. “Tenho confiança na aprovação”, afirmou.  (Adriana Fernandes e Eduardo Laguna - Agência Estado)

SE: Proposta de mudanças no Fundo de Previdência
Entidade quer destinação de algumas receitas para o Fundo
Durante ato dos aposentados organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese), voltou a ser cobrado ao Governo do Estado o pagamento do salário dos inativos em dia. A entidade de classe encomendou um estudo sobre a Previdência em Sergipe e apresentou o resultado durante o ato, em tom de proposta, elencando uma série de mudanças na destinação de recursos para o Fundo Previdenciário para garantir a sua sustentabilidade.
A assessoria da Sefaz enviou nota ao Portal: "Sobre as propostas colocadas pelo Sintese e as questões do jornalismo, queremos afirmar que o assunto pode ser tratado no âmbito do governo sem qualquer restrição, envolvendo não somente a Sefaz, mas incluindo o Sergipeprevidência e a Seplag, por exemplo.
O governo não se nega a discutir as propostas e fazer uma análise cuidadosa de cada uma delas, avaliando os seus impactos".  (InfoNet)

Aposentadoria não se penhora
O Raul é empresário e quer blindar uma renda para a velhice. Me pergunta se fazendo um PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) estaria protegido. Vejam, o Código de Processo Civil torna impenhoráveis as aposentadorias e pensões, o dinheiro periódico que um possível executado receberia do Estado ou de Institutos de Previdência oficial ou privada.
Também, como tais benefícios são a fonte, presente ou futura, da sobrevivência do segurado, os recursos aplicados com essa finalidade, em instituição oficialmente autorizada, são intocáveis.
Resumo: um segurado pode perder tudo, menos o salário e o dinheiro da aposentadoria. Mas os Tribunais Superiores têm considerado os PGBLs e VGBLs como investimentos comuns, não protegidos pela regra da impenhorabilidade prevista no Código de Processo Civil.
É que esse tipo de previdência privada tem alta liquidez. A pessoa pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, como em qualquer outro investimento financeiro.
No caso do VGBL, então, na hora de receber ou sacar o dinheiro, somente o rendimento é tributado, o que o torna muito semelhante a qualquer aplicação financeira.
Muitos não sabem, mas, pela alta liquidez, até a caderneta de poupança pode ser penhorada em valores
superiores a 40 salários mínimos. Agora, se o Raul contribuísse para um Fundo de Pensão a situação seria diferente.
Fundos de Pensão não têm finalidade lucrativa e nunca foram penhorados. Primeiro, porque o regulamento do fundo de pensão exige periodicidade de contribuições. A pessoa guarda parte de sua renda habitual mensal para ter renda também mensal na velhice.
Segundo, não há liquidez imediata nos fundos de pensão. Os Regulamentos exigem carência mínima,
que normalmente ultrapassa os dez anos.
Outra vantagem de fundo de pensão: infelizmente, com tantos divórcios, é o único dinheiro não acessível
ao ex-cônjuge.
Minha opinião
A impenhorabilidade do PGBL é vulnerável, pois além do objetivo de lucro do gestor, não exige rotina de contribuições e tem grande liquidez, podendo ser sacado a cada 60 dias, diferente de
Fundos de Pensão nestes três aspectos.
Resumo
Quer dormir tranquilo, poupe em um Fundo de Pensão.  (Renato Follador - Tribuna do Paraná Online)


Fundos de pensão:
Participações, investimentos e desempenho em empresas

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Fundos: Governo de SP aprova a retomada da privatização da Cesp
Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o edital da concessão da estatal deve ser publicado em março deste ano
Sem perder tempo, o governo do Estado de São Paulo decidiu nesta segunda-feira, 29, retomar o processo de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). No primeiro dia útil após a publicação de um decreto federal que favorece a venda da geradora paulista, o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) se reuniu para apreciar a retomada do programa de desestatização da companhia, informou ao Estadão/Broadcast o governador paulista, Geraldo Alckmin.
Nesta terça-feira, 30, Alckmin deve encaminhar ao ministro de Minas e Energia um ofício pleiteando o enquadramento da Cesp ao decreto 9.271/2018, que amplia o prazo de concessão de geração por 30 anos para o vencedor de um leilão de privatização.
"Pretendemos, se estiver tudo OK, publicar em março o edital", disse o governador, que deve se desincompatibilizar do cargo em abril para disputar a Presidência da República.
Como o governo de São Paulo costuma conceder entre 45 e 60 dias de prazo entre a publicação do edital e a realização do leilão, o certame deve ocorrer em maio, se o cronograma do governo paulista se confirmar.
Isso depende, no entanto, da esfera federal, já que o enquadramento da Cesp, ou mais precisamente de sua hidrelétrica Porto Primavera, de 1.540 MW de capacidade, ao decreto. Além disso, a minuta de contrato deverá ser apresentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Tribunal de Contas da União (TCU), para aprovação.
Mas no que depender do governo paulista, os trabalhos serão acelerados. Também amanhã deve ser publicada uma convocação de audiência pública, a ser realizada em 19 de fevereiro, sobre a privatização. "Queremos fazer rápido, estamos fazendo a nossa parte", disse a subsecretária de Parcerias e Inovação da Secretaria Estadual de Governo, Karla Bertocco Trindade, comentando que representantes do governo paulista também devem ir à Aneel para buscar celeridade no processo.
Esta será a quarta tentativa do governo paulista de privatizar a Cesp. Na tentativa anterior, realizada em setembro, a sinalização de que não haveria interessados fez o governo suspender o leilão às vésperas da sessão pública.
Dentre os motivos que teriam levado à falta do apetite dos investidores estaria justamente o curto prazo de concessão existente para os ativos da companhia - Porto Primavera, que responde por cerca de 90% da capacidade instalada da geradora, tem contrato de concessão atual até 2028. Com o decreto publicado na última sexta-feira, a concessão pode ser renovadas por até 30 anos, contados da data de sua celebração do novo contrato, ao novo controlador da empresa privatizada.
Na avaliação de Alckmin, a extensão do prazo vai aumentar o apetite de potenciais interessados. "Estamos bastante otimistas", disse. "Agora com 30 anos de concessão, entendemos que a procura será grande, o interesse tem sido alto", acrescentou o governador.
Ele evitou citar um número de potenciais interessados e não descartou a possibilidade de um novo roadshow para apresentar a Cesp a investidores estrangeiros, mas disse que isso ainda vai ser avaliado, especialmente para alguma região que não tenha sido visitada. "Talvez não precise." Em meados do ano passado, investidores europeus, norte-americanos e asiáticos foram visitados para apresentar a Cesp.   (Luciana Collet - Agência Estado)

Fundos: Indicação política não é criminosa, afirma Temer
Partidos governistas têm o direito de sugerir opções, disse o presidente
O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda-feira (29) não considerar "criminoso" que parlamentares da base aliada indiquem nomes para diretorias de empresas estatais.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele disse que partidos governistas têm o direito de sugerir opções. Nesses casos, cabe ao Palácio do Planalto dizer se aceita ou não as indicações.
Para Temer, é "um pouco exagerado" comparar o escândalo na Caixa, que levou ao afastamento definitivo de três vice-presidentes do banco, às denúncias de corrupção na Petrobras.
"Muitas vezes chegam sugestões. Se são inconvenientes, o governo dirá se aceitará ou não. O fato de indicar não é criminoso, é sensível na democracia", disse.
Segundo ele, a situação do banco não foi tão dramática como a da petroleira que, na opinião dele, voltou a ser uma empresa próspera.
Em meio a suspeitas de irregularidades, o Ministério Público Federal pediu ao presidente que afastasse os vices e que levasse em consideração critério técnicos para futuras nomeações.
O Palácio do Planalto queria manter atados à base aliada no Congresso os partidos que indicaram os diretores da Caixa –PP, PR e PRB–, visando a aprovação da reforma da Previdência neste ano.
IMPOSTOS
Na entrevista, o emedebista afirmou ainda que não cogita a criação de novos tributos neste ano. Ele lembrou que a arrecadação do governo federal começa a se recuperar e que sempre se evita elevar a carga tributária.
"Não creio que haja necessidade de novos tributos, especialmente se aprovarmos a reforma previdenciária."
Ele ressaltou também que não abrirá mão do controle da empresa brasileira Embraer, mesmo que a norte-americana Boeing aumente a sua participação na companhia.
"A Boeing pode aumentar sua participação na Embraer, mas não pode assumir o controle", disse Temer.O presidente reconheceu que a nova proposta da reforma previdenciária pode sofrer ainda mais modificações, mas que isso será feito pelo Congresso Nacional.
"Não é improvável que tenha um diálogo. O diálogo pode levar a uma ou outra modificação", disse.
Segundo ele, contudo, a ideia é "não ir além do que" já foi modificado, já que a projeção de economia gerada pela proposta em dez anos caiu de R$ 900 bilhões para R$ 600 bilhões.
"Se você diminui um pouco mais, vai depender do Congresso Nacional", disse. (Folhapress)

Fundos: Sem preconceito
Previdência, Eletrobrás e Embraer: não aos dogmas, sim ao debate real e maduro
Além das denúncias, da impopularidade e das quedas de braço com a Justiça, o presidente Michel Temer está decidido a enfrentar preconceitos e dar racionalidade aos debates sobre reforma da Previdência e pulverização de ações da Eletrobrás. A “combinação” Embraer-Boeing pode pegar carona na discussão. A ideia é resistir ao “não sei, não vi, não provei, mas não gostei”. Não é inteligente, não é razoável e não leva o Brasil a lugar nenhum. É preciso saber, ver, ouvir especialistas e versões divergentes para ser a favor ou contra, ou a favor só em parte.
“Reforma da Previdência? Sou contra.” Por quê? “Porque só prejudica os pobres.” Isso é efeito da campanha deseducativa, que finge estar defendendo “os pobres” quando, na verdade, embute a defesa de privilégios das carreiras mais bem pagas do Estado.
São elas, junto com partidos ditos de esquerda, que operam contra a reforma, não para proteger a aposentadoria e pensões de trabalhadores de baixa renda, mas sim aposentadorias de mais de R$ 30 mil de algumas categorias – caso de juízes e magistrados. A reforma é justamente para evitar que o sistema entre em colapso ao longo dos anos e a base da pirâmide – que é quem efetivamente precisa de aposentadoria – acabe ficando sem ela.
Defenda-se a Justiça, não boquinhas como aposentadorias milionárias de setores do funcionalismo, quando a grande maioria dos trabalhadores tem um teto de R$ 5.700, ou como auxílio-moradia irrestrito para juízes e altos funcionários dos três Poderes.
No caso da Eletrobrás, Temer e o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, fazem tudo para fugir da palavrinha maldita, “privatização”, e insistem que a intenção é pulverizar suas ações, arejá-la, atrair investimentos privados, estender a ela a chance dada, lá atrás, à Vale do Rio Doce, que passou a empregar nove vezes mais pessoas depois da... privatização.
O governo diz que pretende manter ações e parte do controle estratégico da empresa, num sistema “golden share”, mas a maior reação no Congresso vem principalmente do Nordeste e de Minas, que recorrem a um discurso “nacionalista” para disfarçar a importância da Chesf e de Furnas, respectivamente, como generosos cabides de emprego para apadrinhados políticos. Contra a reforma, o “interesse dos pobres”. Contra a modernização da Eletrobrás, “o interesse nacional”.
Fernando Filho cita, objetivamente, um dado do ministério: de 2004 a 2016, a União deixou de arrecadar em torno de R$ 165 bilhões por manter a Eletrobrás exatamente onde está, sem contar os grandes valores que a União teve de despejar na companhia.
Quanto à Embraer: é um orgulho dos brasileiros, campeã internacional no segmento de jatos executivos e produzindo aviões tanto para a área civil como para a área militar. Empresa moderna, com técnicos competentíssimos, especialmente após privatizada.
Temer já disse e repetiu que a União não vai abrir mão do controle da Embraer. E a sueca Saab já enviou a Brasília um alto representante alertando para a questão da transferência de tecnologia no jato Gripen para a FAB, em parceria com a Embraer. De gabinete em gabinete, a Boeing garante: qualquer acordo respeitará o controle da União e manterá a blindagem e a autonomia do programa dos Gripen.
Enfim, não se trata aqui de fazer campanha pela reforma, nem pela privatização (ou tenha lá que nome tiver) da Eletrobrás, nem pela “combinação” (novamente, tenha lá que nome tiver) entre a Embraer e a Boeing. Trata-se, sim, de defender um debate aberto, ponderado, maduro sobre o que é e o que não é melhor para o Brasil e os brasileiros, agora e no futuro. Ou seja: sem preconceito e sem dogmas que signifiquem apenas o atraso pelo atraso.   (Eliane Cantanhêde - Agência Estado)


Órgãos, Associações e Entidades do Segmento
iDS
Abrapp: Projeto Outros 50 - A nova imagem da longevidade
Um novo projeto da Abrapp promete transformar os conceitos e o estilo de vida de pessoas com mais de 50 anos de idade. Denominado “Outros 50”, a iniciativa consiste inicialmente na realização de um grande evento composto por uma ampla programação de palestras, uma feira multi-temática e atividades culturais variadas. O evento deve ser realizado no final do mês de junho (dias 28 e 29) em local a ser confirmado na cidade de São Paulo.
Além desta grande atividade, “a iniciativa propõe um movimento social a favor de um novo olhar para a longevidade”, diz material de apresentação do projeto. Com esta atividade, a Abrapp pretende ocupar um espaço importante na vanguarda deste mercado voltado para esta parcela da população que vem crescendo exponencialmente no Brasil e no mundo.
O projeto ainda faz parte de diretriz estratégica da Abrapp de proposição do Dia Nacional da Consciência Previdenciária. A ideia é instituir um dia de comemoração no calendário nacional com o objetivo de incentivar a cultura previdenciária.
”E um projeto com altíssimo potencial de expansão pois atenderá a população com mais de 50 anos de idade, que está crescendo rapidamente e ganhando importância cada vez maior”, diz Luís Ricardo Marcondes Martins, Diretor Presidente da Abrapp.
Grande atividade
O projeto Outros 50 prevê a realização de grande evento que abrigará uma feira com diversos espaços temáticos. Os principais espaços da feira devem contar com os seguintes temas: longevidade; saúde e bem estar; arte; empreendedorismo; reinvenção do trabalho; entre outros.
O ponto forte da atividade será uma ampla programação de palestras com renomados especialistas e personalidades. Os temas das palestras também serão diversificados, como por exemplo, sexualidade, finanças, moda, turismo, nutrição e saúde, tecnologia, trabalho e educação, entre outros. A atividade contará ainda com a apresentação de artistas, que realizarão apresentações culturais variadas.  (Acontece-22.01)

Anapar: Cursos de capacitação
Entidade fornece cursos de capacitação sobre previdência e fundos de pensão
Entender o funcionamento e a forma como os fundos de pensão são geridos é essencial para uma escolha adequada visando um futuro tranquilo. Por isso, a Anapar tem como uma de suas principais bandeiras promover a educação previdenciária dos participantes. Anualmente, a entidade fornece cursos de capacitação na área, que vão desde conceitos básicos e introdutórios de previdência a assuntos mais específicos, como finanças e aspectos atuariais. As aulas são ministradas presencialmente por especialistas e têm desconto para associados da Anapar. Além da representatividade política e da possibilidade de se inscrever como participante do AnaparPrev, o permanente acesso  ao conhecimento dos temas de previdência é uma das vantagens de ser filiado à entidade.
Em 2017, a Anapar ofereceu três módulos de curso aos participantes: I – Básico de Previdência, II – Estrutura de Governança de uma EFPC e III – Conceitos e Aspectos Atuariais. Os cursos tiveram carga horária de 16 horas e foram lecionados por dirigentes, assessores e parceiros contratados pela Anapar. Para este ano, a lógica deve ser mantida.
“É um assunto que não faz parte do dia a dia das pessoas e que, por isso, pode parecer confuso se não houver algum estudo específico. Os participantes precisam de uma base mínima para conseguirem acompanhar o funcionamento e a gestão dos fundos de pensão. A ideia dos cursos é justamente tornar isso mais claro”, aponta o presidente da Anapar, Antônio Braulio de Carvalho.
Outro papel fundamental das aulas é preparar os dirigentes que assumirão cargos de gestão em conselhos e diretorias nos fundos de pensão. Isso porque a própria legislação da Previc exige certificação para a atuação desses profissionais na área. Os conhecimentos obrigatórios estão na base dos cursos oferecidos pela Anapar.
A programação deste ano será disponibilizada na primeira quinzena de fevereiro, após reunião da diretoria. A divulgação será feita por meio do portal e das redes sociais da Anapar.  (Boletim)

IDS: Reforma da Previdência com Juiz Federal Fábio Souza
Reforma da Previdência: e seus Reflexos na Previdência Complementar
Palestra Gratuita irá acontecer no IDS América Latina, no dia 21 de fevereiro às 10h, com o Juiz Federal Fábio Souza.
O tema será Reforma da Previdência: e seus Reflexos na Previdência Complementar, essa é sua portunidade de se atualizar e entender um pouco mais sobre o assunto.
As inscrições podem ser feitas através do link
Presencial: http://idsamericalatina.bmetrack.com/c/l?u=78AF7E5&e=C4C84D&c=DC135&t=0&l=7ABDAC64&email=u1MB9TSL2etzh3T7gdZ6MFFmY5nTnNVOth6WnujKKNA%3D&seq=1
Online: http://idsamericalatina.bmetrack.com/c/l?u=78AF7E6&e=C4C84D&c=DC135&t=0&l=7ABDAC64&email=u1MB9TSL2etzh3T7gdZ6MFFmY5nTnNVOth6WnujKKNA%3D&seq=1  (IDS/AssPreviSite)


Leitura e cultura da previdência

CDI - Centro de Documentação e Informação
Oswaldo Herbster de Gusmão - Abrapp - Sindapp - UniAbrapp

Livro: Curso Básico de Previdência Complementar - 2ª Edição
Autor: Adacir Reis
Sinópse: Escrito por um dos maiores especialistas brasileiros na temática da Previdência Complementar, essa obra oferece um painel completo, com conceitos jurídicos complexos traduzidos em linguagem clara e direta, acessível não só aos iniciados no mundo do Direito, mas também àquelas pessoas que buscam entender o sistema previdenciário brasileiro de forma global; O autor examina minuciosamente os pontos fundamentais do regime jurídico da previdência complementar que, apesar de integrar o sistema previdenciário brasileiro, tem princípios e comandos específicos e cujo entendimento torna-se necessário à medida que vêm aumentando os conflitos judiciais decorrentes da incorreta compreensão do caráter plurilateral do contrato previdenciário.
Texto da Editora Revista dos Tribunais
• Este Curso Básico de Previdência Complementar, em sua nova edição revista e atualizada, permite ao leitor uma iniciação segura pelo vasto mundo da previdência complementar brasileira;
• Questões como autonomia do regime de previdência complementar, natureza jurídica das entidades gestoras, modalidades de planos previdenciários, gestão de riscos do passivo e dos investimentos, estrutura de regulação e supervisão, aspectos tributários da poupança previdenciária e responsabilidade dos administradores são apresentadas em linguagem simples e acessível.
Informações Técnicas
Título: Curso Básico De Previdência Complementar
Autor: Adacir Reis
Editora: Revista Dos Tribunais
Edição: 2
Ano: 2017
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 139 páginas
ISBN: 978-85-203-7341-5
Dimensões: 230mm x 160mm   (Reis Tôrres Florêncio Corrêa e Oliveira Advocacia/AssPreviSite)

Livro: Previdência Complementar
- Estudos em Homenagem aos 15 Anos da Legislação Federal
Autor: Adacir Reis (Coordenador)
Resumo do Livro:
As Leis Complementares nº 108/2001 e 109/2001, que disciplinam a previdência complementar brasileira, completaram 15 anos de vigência. A pretexto de registrar tal aniversário, esta obra aborda, sob diversos ângulos, a trajetória das entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como "fundos de pensão". Reunindo grandes profissionais do mercado, aqui são discutidos aspectos demográficos, atuariais, jurídicos e de investimentos do regime de previdência complementar. Alguns capítulos deste livro apresentam abordagens estruturantes, como os impactos demográficos e das relações de trabalho no sistema previdenciário brasileiro, a necessidade de reforma do atual modelo e a democratização da previdência complementar. Há também análises dedicadas à evolução das normas, tanto em relação aos investimentos (inclusive em uma perspectiva internacional) como em face das diversas modelagens de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar. Gestão e compartilhamento de riscos, regras de solvência dos planos de benefícios, regulação e supervisão, governança corporativa e desafios do mundo digital são outros tópicos tratados nesta obra. A previdência complementar dos servidores públicos federais (Funpresp-Executivo e Funpresp-Judiciário) é examinada por especialistas que têm ajudado a construí-la. Este livro apresenta também a evolução da jurisprudência da previdência complementar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Com esta Coletânea, o leitor tem a oportunidade de fazer um tour por alguns dos grandes temas da previdência complementar brasileira.
Esta publicação está disponível no maior acervo do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster de Gusmão" da Abrapp.
Veja essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx (Abrapp/AssPreviSite)

Livro: Administração de Planos de Benefícios
Autor: Abrapp
Resumo do Livro: Administração de Planos de Benefícios é uma obra destinada aos profissionais e estudiosos da Previdência Complementar brasileira, iniciativa do sistema associativo ABRAPP/ICSS/SINDAPP com o objetivo de documentar e disseminar o conhecimento técnico existente no país. O livro está organizado em nove capítulos, de autoria de destacados especialistas que militam no Sistema, abrangendo todo o amplo espectro de questões pertinentes ao plano de benefícios. Analisa a sua evolução histórica no Brasil e no exterior e apresenta os diferentes tipos de planos e os fatores que influenciam a escolha de cada uma das abordagens no contexto das especificidades do mercado de trabalho, do sistema regulatório e da realidade sócio-econômica do País. A estruturação de um plano de benefício não é tarefa simples. Ele precisa ser concebido para durar muito tempo - 30, 40, às vezes 50 anos - todo o tempo necessário para cumprir a totalidade dos compromissos que assumiu. Planejamento de prazo tão longo é tarefa complexa em países, como o Brasil, que se transformam de modo tão rápido e exigem dos empreendedores grande capacidade de adaptação a novas realidades. Este livro preocupa-se com esse desafio e esforça-se por auxiliar os profissionais a lidar com ele.
Esta publicação está disponível no maior acervo do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster de Gusmão" da Abrapp.
Veja essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx   (Abrapp/AssPreviSite)



Notícias de Interesse do Segmento Previdenciário

Previdência: quase um século combatendo desigualdades
A Previdência brasileira completou, no dia 24 de janeiro de 2018, 95 anos. São mais de nove décadas reduzindo as nossas profundas desigualdades sociais e redistribuindo renda no nosso País.
Criada pelo Decreto Legislativo 4.682, de 24 de janeiro de 1923, originário de um Projeto de Lei apresentado em outubro de 1921, pelo deputado federal Eloy Miranda Chaves, que propunha a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões dos Ferroviários, a Previdência Social ganhou dimensão e importância jamais imaginada, até mesmo pelos mais esperançosos cidadãos daquela época.
A Previdência Social está inserta na Seguridade Social que ocupa, no texto da Carta Constitucional, um dos principais capítulos do título relativo à Ordem Social, que tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem estar e a justiça social, fundamentais para uma sociedade democrática.
A Previdência Social foi fundada nos alicerces da solidariedade nacional, para produzir vida e dignidade social; sem ela se rompe a vida e vem a morte. Apesar de todos esses objetivos nobres, a Previdência Social brasileira tem sido vítima, ao longo dos anos, de todos os tipos de ataques perpetrados pelos piratas sociais de plantão, travestidos de arautos da modernidade, que a acusam de ser a causa dos rombos estratosféricos nas contas públicas.
Mas, o que os piratas sociais teimavam em esconder, agora, está escancarado em todas as pesquisas sobre pobreza, divulgadas nos últimos anos: a expansão da Previdência Social – Regime Geral de Previdência Social administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi um dos principais fatores da redução da pobreza nos últimos anos. Se não fosse a Previdência, teríamos mais de 23 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
A Previdência, a exemplo do que ocorre com muitos dos que são detratados, não é tão conhecida assim dos brasileiros. E quando falamos "brasileiros" não estamos nos referindo apenas ao iletrado, ao inculto ou àquele que se manteve ignorante por conta de outra estrutura, a educacional, que, de forma tão precária, tenta cumprir o seu papel.
Como participante de debates no Congresso Nacional sobre a reforma da Previdência Social, presenciei o gigantesco desconhecimento dos parlamentares em relação às questões previdenciárias relativas à importância da instituição na vida das pessoas, dos municípios e a extensão de sua influência na economia de milhares de comunidades.
Após extensa pesquisa que tive a oportunidade de coordenar (A Previdência Social e a Economia dos Municípios, 6ª ed. Brasília: ANFIP, 2011), com base nos dados de 2010, constatamos que: em 3.875 dos 5.566 municípios brasileiros avaliados (69,6%), o volume de pagamento de benefícios previdenciários efetuados pelo INSS supera o FPM - Fundo de Participação dos Municípios. Percorrendo inúmeras cidades do interior do País, verifiquei que o maior sonho dos trabalhadores e trabalhadoras rurais é completar a idade, exigida pela legislação previdenciária, para se aposentarem. O que demonstra, de maneira insofismável, que a Previdência Social é a última esperança dessas pessoas para viverem com dignidade, pois no Brasil, todos sabemos, infelizmente, que a dignidade está vinculada à renda.
Os dados aqui retratados demonstram, de maneira inquestionável, que a Previdência Social está cumprindo o seu papel no resgate da dignidade humana e na solidificação da estabilidade social em milhares de municípios que, muitas vezes, não fazem parte do mapa de preocupações das "elites pensantes" do nosso País, o que nos dá a certeza de que, se não fossem os benefícios pagos pela Previdência Social, a nação brasileira estaria na barbárie social. Isto, em um País onde pesquisa recente informa que os cinco maiores bilionários brasileiros concentram a renda de 50% da população mais pobre do Brasil, ou seja, cerca de 100 milhões de brasileiros.
Não pairam dúvidas que a Previdência Social está atendendo um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previstos nos Princípios Fundamentais da Constituição Federal, e estampado no Art. 3º., que é o de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Entretanto, na direção oposta das aspirações da sociedade brasileira, mas, em consonância com os ataques diuturnos praticados pelos piratas sociais, por meio das suas “consultorias”, regiamente pagas pela banca nacional e internacional, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que altera os artigos 37, 40, 109, 149, 167, 195, 201 e 203 da Constituição, para dispor sobre Seguridade Social, estabelece regras de transição e dá outras providências.
Essa PEC promove uma hecatombe no sistema previdenciário nacional, tanto do Regime Geral de Previdência Social quanto dos servidores públicos dos três poderes, pois atinge os seus pilares fundamentais, quais sejam: idade, tempo de contribuição e valor do benefício.
Entre tantas perversidades, a PEC propõe alterar a idade para aposentadoria para homens e mulheres. Assim como, estipula que para se obter a aposentadoria integral há que se trabalhar por 40 anos a fio. Além de afetar o acesso ao benefício de pensão por morte para órfãos e viúvas. É um verdadeiro desmonte da Seguridade Social, via ajuste fiscal e exclusão social, travestido de reforma previdenciária.
Em suma, a PEC 287/16 afronta o princípio da dignidade da pessoa humana que foi colocado pela Constituição de 1988 como norteador para todo o ordenamento jurídico, por estar elencado como Fundamento da República Federativa, no artigo 1º do referido diploma constitucional.
A Previdência Social não é propriedade do governo, nem dos partidos da base de sustentação do governo, nem dos partidos de oposição. Pertence à sociedade brasileira. Destarte, se você é trabalhador do campo e da cidade, servidor público, aposentado, pensionista ou pensa em se aposentar um dia, acorra ao parlamento brasileiro e reivindique a rejeição da PEC 287/16, até porque a democracia só é dignificada com a participação de todos. Os exemplos recentes demonstram que o Poder Legislativo, com a pressão da “voz rouca das ruas”, tem mais sintonia com os mais legítimos interesses da sociedade brasileira.
Utilizemos o nosso direito de cidadão, sob pena de sermos vencidos pelos piratas sociais travestidos de arautos da modernidade, mas, que, na realidade, estão a serviço do sistema financeiro nacional e internacional, até porque essa gente tem ojeriza a tudo que diz respeito à redução da pobreza, à soberania nacional e à solidariedade entre as pessoas e as gerações. É preciso deixar claro para os piratas sociais de plantão que: “Uma coisa é por ideias arranjadas, outra é lidar com País de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias...”   (Alvaro Sólon de França - Porto Gente)

Marun diz não haver "plano B"
Nesta segunda-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o Governo Federal não tem plano B sobre a reforma da Previdência. Ele afirmou que o governo está confiante de que até fevereiro alcançará o mínimo de 308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar no Congresso Nacional a emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria.
- Não existe B. Nosso plano é o plano "A", de aprovação da reforma ainda em fevereiro. A estratégia do governo é que no dia da votação teremos os votos necessários para aprovação. Não trabalhamos com essa hipótese - enfatizou Marun.
Depois de se reunir nesta segunda-feira com representantes de várias federações da indústria, instituições financeiras, de saúde, entre outros, Marun relatou que o setor empresarial reforçou o apoio à "modernização da Previdência". O encontro, segundo o ministro, é uma das ações preparatórias para a chegada dos parlamentares ao longo da semana para iniciar a discussão da proposta em plenário no próximo dia 5 de fevereiro.
Questionado sobre o que dá tanta segurança ao governo, Marun respondeu que a confiança vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade sobre a reforma. Para o ministro, as críticas à proposta estão localizadas principalmente em editorias de política dos jornais e em grupos que são privilegiados no sistema previdenciário atual. Ele destacou que o setor econômico já manifestou a importância das mudanças empreendidas pelo governo.
Marun afirmou ainda que a base aliada do governo na Câmara "voltou ao patamar de votos" de maio do ano passado, antes da chegada das duas denúncias de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa contra o presidente Michel Temer no Congresso Nacional. O governo trabalha com uma margem de apoio de cerca de 270 parlamentares e tenta convencer pelo menos 50 deputados.
- O que temos hoje de diferente? Primeiro, uma proximidade maior das eleições, que a princípio poderia atrapalhar, mas temos um fator positivo que é o fato de que a população, muito mais do que naquele momento, se predispõe a apoiar a reforma. Eu diria que, desde maio, não vivemos um momento tão positivo como hoje estamos vivendo para aprovação dessa reforma - disse.
Marun considerou que o presidente Michel Temer se saiu muito bem na defesa da reforma durante as recentes entrevistas concedidas para emissoras de televisão e rádio. O ministro sinalizou que iniciativas desta natureza poderão prosseguir ao longo dos próximos dias como forma de buscar apoio popular para a reforma.(Agência Brasil)

Temer: Sem reforma, Previdência vai quebrar
O presidente Michel Temer voltou a afirmar nessa segunda-feira (30), no programa do Ratinho, que sem a reforma, a Previdência vai quebrar. Ele respondeu a perguntas do apresentador e a outras gravadas na rua, por cidadãos comuns. Temer havia conversado também sobre a reforma da Previdência no programa Silvio Santos, exibido no domingo (28).
“A previdência quebra. Você veja o caso da Grécia e de Portugal. Há pouquíssimo tempo, foi preciso fazer [nesses países] uma reforma da Previdência e cortar pensões de aposentados e vencimentos de servidores públicos porque tardaram muito a fazer a reforma”, disse Temer. “Nós estamos pensando em impedir uma reforma muito mais radical. Porque se não fizermos agora, daqui a dois, três anos no máximo, teremos uma reforma radical que vai prejudicar os aposentados”, completou.
O presidente gravou sua participação no Programa do Ratinho no dia 18 de janeiro. A conversa foi exibida na noite de ontem (29) pelo SBT. Questionado pelo apresentador sobre as empresas com dívidas com a Previdência, Temer disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) está acionando judicialmente todas as empresas.
“A AGU moveu ação contra todos os devedores. As ações estão correndo. Algumas são pagas, outras demoram. Em outras, a empresa pediu recuperação judicial ou foi à falência”, disse ele, lembrando que a dívida da Previdência é de R$ 189 bilhões. “Para sairmos desse buraco, temos que fazer [a reforma]”.
A entrevista teve linguagem informal, típica do programa. O apresentador buscava uma resposta simples e direta. “Vai mudar alguma coisa para quem se aposenta por doença?”, perguntou Ratinho. “Não há nenhuma modificação em relação a esse tema. A aposentadoria por invalidez vai continuar da mesma maneira”, respondeu o presidente.
A uma pergunta de uma pessoa na rua, Temer disse que os aposentados e aqueles que já têm direito à aposentadoria não serão afetados pela reforma. Também respondeu que a reforma vai trazer igualdade de aposentadoria entre servidores públicos e inciativa privada, e também entre políticos e os demais trabalhadores.
Em seguida, fez um apelo à audiência do programa. “O que eu gostaria de pedir aos telespectadores é que mandem carta para deputado, senador, mostrando que é fundamental para a aposentadoria. O deputado vai fazer ecoar no Congresso a voz do povo. Se o povo estiver de acordo, ele se sente confortável para votar [a favor da reforma]”.
Votos
Dos 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara, o governo tem 275, nas contas do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA). Após reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, na semana passada, Maia afirmou que o governo tem pelo menos 275 votos favoráveis.
Segundo Marun, a votação vai ocorrer no dia 19 de fevereiro e o governo está confiante em conseguir os votos necessários.  (Agência Brasil)

Temer: "Vamos batalhar dia e noite pelo voto no Congresso"
Na semana passada, o presidente Michel Temer falou sobre a reforma da Previdência em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial.
- Cada vez mais o povo brasileiro percebe que o sistema atual é injusto e insustentável. Portanto, nós vamos batalhar dia e noite pelo voto no Congresso, para aprovar a proposta que ali está.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, se dirigiu diretamente aos parlamentares e falou em tom de convocação.
- Deputados federais precisam apoiar os aposentados, aprovando agora a reforma da Previdência. Isso vai garantir as aposentadorias, os salários dos servidores e o investimento do Estado - destacou.
Uma das mudanças sugeridas no texto é a equiparação dos regimes previdenciários dos servidores públicos aos do INSS. Além disso, a ideia é estabelecer uma idade mínima para conseguir o benefício. No caso, as mulheres se aposentariam com 62 anos de idade e os homens com 65.
Na avaliação do coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine, a manutenção desses dois pontos é indispensável para a Previdência não falir de vez.
- A proposta que foi encaminhada pelo governo seria a ideal. Mas entendo que, pelo menos nessa negociação política existem alguns pontos fundamentais que precisam ser preservados. A questão da idade mínima e de combater privilégios pela convergência dos regimes de Previdência dos servidores públicos para as mesmas regras e mesmo teto de benefícios do INSS, por exemplo - disse Nagamine.
A proposta inicial do governo pretendia incluir na reforma as aposentadorias rurais e o Benefício da Prestação Continuada (BPC). Porém, como se tratavam de temas polêmicos, as regras para adquirir esses benefícios permaneceram como estavam.
A leitura do relatório da reforma no plenário da Câmara e o início das discussões em torno da proposta estão previstas para semana que vem. A votação da reforma está marcada para depois do Carnaval, no dia 19 de fevereiro. Até lá, o governo tenta conseguir os votos necessários para a aprovação da matéria.  (Agência Brasil)

Termer: Reforma da Previdência pode sofrer mudanças
O presidente da República, Michel Temer, afirmou  em entrevista à Rádio Bandeirantes, que na volta do recesso parlamentar o texto da reforma da Previdência ainda pode sofrer alterações.
“Aconteça o que acontecer sempre haverá uma economia muito significativa ao longo de 10 anos. O governo não pretende abrir mão daquilo que está na reforma. Mas, evidentemente, o diálogo pode levar a uma ou outra modificação. Diante do projeto original, a economia de recursos seria de cerca de R$ 900 bilhões em 10 anos. Com este novo projeto amenizado, a economia seria de R$ 550 bilhões a R$ 600 bilhões, ou seja, vale a pena. Entre nada e R$ 550 bilhões, melhor esta economia, que garante os valores dos aposentados e servidores públicos.”
Ele disse estar otimista em relação à aprovação do texto e afirmou que “quem não votar pela reforma da Previdência estará fazendo um mal para o país”. Segundo o presidente, agora as pessoas estão mais esclarecidas sobre o tema.
“Conseguimos fazer uma comunicação com a população, esclarecendo o que é a reforma da Previdência”. O presidente destacou que, pela proposta, para os trabalhadores que ganham até R$ 5.645 nada muda. “Se não consertarmos a Previdência, daqui a dois ou três anos ela não resiste”, alertou.
Temer lembrou a situação de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, que enfrentam dificuldades para pagamento de servidores e tiveram socorro federal.
O presidente disse que, se a reforma for aprovada, “muito provavelmente a nota de crédito do Brasil será recuperada” e o país voltará a atrair investimentos. Temer ressaltou que o país já está aumentando sua confiança e que foram abertos, nos últimos meses, mais de 1,4 milhão de postos de trabalho. Ele espera que, até o fim de
seu governo, o Produto Interno Bruto volte a crescer mais de 1% e possam ser abertas mais de 1,5 milhão de vagas de trabalho.
Temer também defendeu a reforma da Previdência em entrevistas exibidas em emissoras de televisão, no fim de semana. No programa do Amaury Jr, veiculado no último sábado, na Band, e no programa do Sílvio Santos, no domingo, no SBT, reforçou os argumentos pela aprovação da reforma e apontou os riscos para as contas do Estado caso não haja nenhuma medida para conter o déficit previdenciário.  (Agência Brasil)

Reforma faz disparar aposentadoria por tempo de contribuição
Em meio aos debates para fixação de uma idade mínima para se aposentar no País, número de pedidos de benefício por quem já cumpriu tempo mínimo de pagamentos ao INSS subiu 5,5%, enquanto os benefícios por idade cresceram 3,7%
Em meio às discussões sobre a reforma da Previdência, disparou o número de pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição. Esses pedidos cresceram 5,5% no ano passado, enquanto as aposentadorias por idade, que exigem no mínimo 65 anos para homens e 60 anos para mulheres, subiram 3,7%. Em 2014, o ritmo de crescimento das duas categorias era praticamente igual.
Para se aposentar por tempo de contribuição no Brasil não é necessário cumprir uma idade mínima, algo raro em todo o mundo. Acabar com esse tipo de aposentadoria é um dos pilares da reforma da Previdência que está em tramitação no Congresso, embora a votação esteja passando por sucessivos adiamentos.
Essa modalidade de benefício é considerada pelo governo um dos privilégios concedidos pelas regras atuais porque permite que pessoas mais novas e em geral com maiores salários solicitem a aposentadoria cedo e com valor médio de benefício mais elevado, onerando as contas previdenciárias, que tiveram o rombo recorde de R$ 268,8 bilhões no ano passado.
Quem se aposenta por tempo de contribuição (de 35 anos para homens e 30 para mulheres) tem, em média, 54,9 anos e recebe quase R$ 2 mil por mês. Já quem se aposenta por idade tem, na média, 60,9 anos e recebe R$ 950. Os dados da idade média são de 2016. Apesar de serem menos numerosos (6 milhões de pessoas), os aposentados por tempo de contribuição custam mais para a Previdência que os 10,5 milhões de aposentados por idade. Em dezembro, o primeiro grupo recebeu R$ 11,8 bilhões, enquanto o segundo custou R$ 9,95 bilhões.
A avaliação de especialistas é que o crescimento dos pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição tem se dado porque, além da maior formalização do mercado de trabalho (um fator positivo, que eleva o número de pessoas que chegam aos 30 ou 35 anos de contribuição necessários), há o medo da aprovação da reforma, que eliminaria a possibilidade desse tipo de aposentadoria, e um avanço nos pedidos antes represados por conta do fator previdenciário – uma regra estabelecida no governo Fernando Henrique que punia com uma redução no benefício quem quisesse se aposentar muito cedo.
No fim de 2015, o Congresso aprovou uma regra de cálculo mais benéfica, que é conhecida como 85/95. Ela permite que os segurados obtenham o direito a receber 100% do salário como aposentadoria (respeitado o teto do INSS, de R$ 5.645,80) desde que o tempo de contribuição mais a idade some 85 anos (mulheres) e 95 anos (homens), e respeitado o tempo mínimo de contribuição de 35 anos para homens e 30 para mulheres.
“Sem dúvida é um alerta para as contas da Previdência e também sobre o 85/95. Se não aprovar a reforma, teríamos de no mínimo mudar a regra de cálculo do benefício por tempo de contribuição”, diz o ex-secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, hoje consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados.
O consultor do Senado Pedro Nery, especialista em Previdência, lembra que o 85/95 deixou a Previdência ainda mais desequilibrada. “O valor médio dos benefícios é maior e eles duram mais tempo, porque a idade mínima na concessão é menor e a sobrevida tende a ser maior”, observa. Pelos dados do IBGE, quem tem 54,9 anos tende a viver mais 26,2 anos. Já para quem tem 60,9 anos, a sobrevida média é de 21,5 anos.
Exceção. Um dos principais argumentos do governo em defesa da reforma da Previdência é que o Brasil ainda é um dos poucos países a manter a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. Mesmo onde ela é possível, os técnicos dizem que a exigência costuma ser maior, como de 40 anos de contribuição no Equador.
A aprovação da reforma da Previdência ainda enfrenta resistências no Congresso Nacional. Diante das dificuldades para convencer os parlamentares a apoiar a proposta, o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), acenou na semana passada com a possibilidade de novas flexibilizações no texto. Ele fez questão de ressaltar, porém, que não abre mão da fixação da idade mínima. “O que trouxer voto, e que não traga alterações nos pontos essenciais, fim dos privilégios e idade mínima, podemos sim absorver como mudanças”, disse.  (Idiana Tomazelli - Agência Estado)

Com mudanças na Previdência, pedidos de aposentadoria aumentam 15,5%
Em 2016, foram 42.769 pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição, contra 50.614 em 2017
A expectativa de mudança nas regras da Previdência Social provocou um aumento de 15,5% nos pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição na Bahia. Em 2017 foram realizados, na categoria, 7.845 requerimentos a mais do que o registrado em 2016 no estado. A aposentadoria por idade também recebeu um incremento de 11,80% nas solicitações, comparando os dois anos. O trâmite da Reforma da Previdência no Congresso Nacional foi o que provocou a corrida às agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em 2016, foram 42.769 pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição, contra 50.614 em 2017. Mesmo com o aumento, a Bahia é o 7º estado no ranking de solicitações. Com aumento mais tímido, a aposentadoria por idade na Bahia, que subiu de 100.105 em 2016 para 113.504 em 2017, é o 3º maior do país, atrás apenas do registrado em São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com a Secretaria de Previdência do INSS nacional, três pontos ocasionaram o aumento: o envelhecimento da população, que já é um fator de acréscimo do pedido esperado pelo INSS; o aumento por conta da implantação do sistema de pontos 85/95, que foi instaurado em junho de 2015 e ainda incide em um aumento de pedidos; além da Reforma da Previdência.
7,8 mil pessoas a mais pediram aposentadoria em 2017, na Bahia, em relação a 2016
Segundo a secretaria, muitas pessoas entram com o pedido de analise da situação para a aposentadoria. Querem tomar conhecimento sobre a quantidade de tempo que falta para se aposentar e qual seria a diferença com a reforma. Mesmo com os 15,5%, o INSS destaca que o aumento da Bahia é tímido diante da média nacional de 30%.
A costureira Cecília Soares, 65, é uma das trabalhadoras que foi buscar orientações no INSS. Ela conta que trabalha desde cedo. “Tão cedo que nem lembro quando”, diz. Apesar da quantidade de tempo de serviço e de ter mais 5 anos do necessário para se aposentar hoje, que é de 60 anos, Cecília só começou a contribuir em 2012, mas por conta do projeto de reforma, foi à agência em busca de informações.
“Sei que é muito pouco tempo. Não entendo muito de lei mas, pelo que ouço, essa reforma pode prejudicar muita gente. Hoje vim aqui (INSS Comércio) atrás de mais informações, mas a funcionária pediu que eu agendasse uma consulta para abril. Então, só daqui a 3 meses vou saber se tenho direito de me aposentar logo”.
A corrida de Cecília para saber mais informações até que tem fundamento: a Reforma da Previdência, proposta em dezembro de 2016, sugere alterações em requisitos como idade mínima, tempo de contribuição e o próprio cálculo matemático da aposentadoria.
Apesar da preocupação, o advogado previdenciário João Badari explica que por ter contribuído apenas durante 6 anos, a costureira não poderá se aposentar ainda – só quando concluir o mínimo de 15 anos de contribuição. Então Cecília ainda tem 9 anos de contribuição para o INSS pela frente para conseguir se aposentar. Pelo menos uma notícia é boa para ela: a reforma não deverá atingir o cálculo de sua aposentadoria.
Alterações
Com a reforma, a idade mínima para trabalhadores privados, por exemplo, passa a ser de 62 anos para mulheres e 65 para homens. O tempo de contribuição mínimo, porém, foi reduzido para 15 anos – na primeira proposta do governo, o tempo indicado era de 25 anos. Mas quem se aposentar após este período recebe 60% do valor da aposentadoria. A taxa aumenta de acordo com os anos de contribuição, até alcançar a aposentadoria integral, que só é obtida após 40 anos de trabalho.
As regras são diferentes para policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde; professores; servidores públicos; pessoas com deficiência; trabalhadores rurais; e para quem recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses têm especificidades em quase todos os pontos. E para quem já se aposentou, nada muda.
A contadora Sueli Soares, 55, é uma das trabalhadoras que quer adiantar a data de sua aposentadoria. Ela conta que trabalha desde 18 anos e que tem 37 anos de carteira assinada.
“Conheço amigos que escolheram adiantar a data da aposentadoria por conta da reforma. Essa mudança desfavorece muita gente que está próximo de aposentar. Caso eu não consiga realizar o adiantamento da aposentadoria vou estar entre os prejudicados”, lamenta.
A orientação da Federação de Aposentados da Bahia (Feasapeb) é que os trabalhadores realizem o cálculo de aposentadoria com o INSS, para saber qual é mais válido: esperar ou aposentar logo. Mas o posicionamento da federação é de que a aprovação da reforma deixará a concessão de benefícios mais difícil.
“O fato concreto é que com a reforma os benefícios vão cair. Acredito que vale quem reúna as condições para aposentadoria de imediato, deve assegurar esse direito. Mas não orientamos nesse sentido porque é uma decisão muito pessoal”, afirmou a presidente da Feasapeb, Marise Sansão.
Para protestar contra as condições, a Feasapeb irá liderar um protesto no dia nacional do aposentado, 24 de janeiro, na Praça da Piedade.
O ideal é reservar 10% do salário
“No segundo salário, a aposentadoria privada já deve ser feita. O primeiro (salário) é para comemorar”, brinca o economista Edísio Freire. A graça, obviamente, não é da dica. Quanto mais cedo, melhor para o futuro econômico do trabalhador.
Freire explica que três elementos básicos devem ser pensados na hora de realizar um planejamento financeiro: a criação de uma reserva de segurança, a destinação de uma quantia para a realização de projetos de vida e outra parcela para a aposentadoria. Ele conta que a última etapa costuma ser mais negligenciada pelos brasileiros.
“A reserva de segurança só deve ser utilizada se tiver emergência, um problema de saúde, por exemplo, ou um problema de desemprego. Ela deve ser suficiente para te manter de três a seis meses. Vai variar de acordo com o projeto de vida de cada pessoa, pode ser a construção de uma casa, a compra de um carro, a vinda de um filho. E a aposentadoria talvez seja a mais importante de todas. Ninguém sabe o que vai ser daqui a 30 anos, então, quanto mais cedo pensar em investimento para a aposentadoria, melhor e menos você destina por mês”, explica.
Ele dá o exemplo. Se uma pessoa de 20 anos começa a contribuir entre R$ 100 a R$ 150 por mês, em 40 anos o patrimônio estará próximo a R$ 1 milhão - uma renda mensal de R$ 5 mil. “Isso garante um padrão de vida, porque é uma boa renda complementar, para somar à aposentadoria”, diz. O valor ideal mínimo para previdência privada, de acordo com ele, é de 10% do salário.
“O que acontece atualmente é que, de cada dez brasileiros, apenas um ou dois chegam na aposentadoria estável financeiramente. A maioria depende de parentes ou continua trabalhando. Isso acontece porque não temos o hábito de planejar”, pontua.
Para quem vai se aposentar pelo INSS, o melhor a fazer na hora de decidir entre continuar trabalhando ou prar é fazer o cálculo previdenciário. É o que aconselha o advogado especialista na área João Badari. “Não dá para generalizar, não tem uma regra, tem que fazer um planejamento”, defende. Quem se aposentar com o mínimo de 15 anos de contribuição receberá 60% da média de todos os salários a partir de julho de 1994.  (Correio Online)

Projeto restringe bancos que podem operar recursos da Previdência
O projeto, em tramitação na  Comissão de Assuntos Econômicos, é de autoria da senadora Kátia Abreu
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve analisar neste ano um projeto com objetivo de combater a má gestão de recursos e as fraudes nos regimes de previdência de servidores públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 411/2014, da senadora Kátia Abreu (sem partido-TO), restringe as instituições financeiras autorizadas a operar recursos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Apenas carteiras e fundos geridos por bancos ou pela Caixa Econômica Federal poderão receber as aplicações. Para reduzir o risco dos investimentos, o texto exige que essas instituições tenham classificação igual ou superior à da Caixa.
Em caso de prejuízo decorrente da não observância das regras, o projeto determina a responsabilidade dos dirigentes do regime previdenciário, dos integrantes de seus conselhos administrativo e fiscal e da instituição financeira administradora da carteira ou fundo de investimento que recebeu a aplicação. Todos ficam obrigados a ressarcir integralmente as perdas.
A proposta também determina pena de reclusão de 8 a 16 anos, mais multa, para os responsáveis por gestão fraudulenta dos recursos. A gestão temerária (quando não há má-fé ou falsificação de informações) será punida com pena de reclusão de 4 a 12 anos e multa.
Depois de passar pela CAE, o texto seguirá para decisão final da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Fraudes
Na justificativa da proposta, Kátia Abreu argumenta que administradores irresponsáveis ou criminosos estão colocando em risco o RPPS, aplicando de forma inconsequente ou se apropriando, por meios fraudulentos, de recursos que pertencem aos servidores, que contribuíram mensalmente durante anos para garantir sua previdência.
A senadora ressalta que, quando um grupo se apropria de dinheiro desses regimes, o rombo será coberto no futuro pelo Orçamento do Estado. Por isso, o Congresso deve atuar para impedir o desvio.
— O dinheiro que foi roubado do RPPS terá que ser reposto pela população. Dinheiro que deveria ir para a educação, saúde e segurança terá que ser destinado ao RPPS para cobrir o rombo feito por meliantes que dilapidaram um patrimônio coletivo — afirma.
Emendas
O projeto recebeu parecer favorável do relator, Otto Alencar (PSD-BA). O senador incluiu uma emenda para determinar requisitos mínimos para o cargo de dirigente de RPPS. Pelo texto, o dirigente não pode ter exercido atividade político-partidária nos 24 meses anteriores à nomeação. Também não pode ter firmado contratos ou parcerias com a entidade de previdência nos três anos anteriores à nomeação. Entre outras vedações propostas pelo relator, está a proibição ao gestor de prestar serviços a instituições do sistema financeiro ou exercer atividade política-partidária enquanto ocupar o cargo.
Otto explica que a instituição de requisitos para gestores dos regimes previdenciários de servidores foi inspirada pela discussão, no Senado, sobre o aperfeiçoamento do marco legal dos fundos de pensão públicos. Em 2016, um substitutivo a dois projetos de lei sobre o tema (o PLS 78/2015 Complementar e o PLS 388/2015 Complementar) foi aprovado pelo Plenário e agora tramita na Câmara dos Deputados.  (Agência Senado)



Mercado de trabalho e benefícios
Mirador

Direitos do aposentado que continua no trabalho são os mesmos dos demais
Recentes pesquisas indicam que é alto o número de aposentados brasileiros que continuam no mercado de trabalho. Crise financeira, valores de benefícios insuficientes e o alto custo de vida com remédios, plano de saúde e outros são os principais motivos para os idosos continuarem na ativa. Segundo pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil, 42,3% dos brasileiros continuam a trabalhar depois de conseguir a aposentadoria, ou seja, quase metade não abre mão de exercer uma atividade profissional.
E o trabalhador que se aposenta não é obrigado a deixar o mercado de trabalho. Especialistas ressaltam que a pessoa que se aposenta pode continuar com o vínculo de emprego; os direitos trabalhistas são os mesmos dos demais empregados. Já os direitos previdenciários ficam mais restritos.
Antonio Carlos Aguiar, doutor em Direito do Trabalho pela PUC-SP, professor da Fundação Santo André e diretor do Instituto Mundo do Trabalho destaca que o simples fato de se aposentar em nada muda o contrato de trabalho, que continua vigente. “Não é necessário informar ao empregador que você se aposentou. Não existe qualquer reflexo jurídico, ou seja, a aposentadoria não tem qualquer influência junto ao contrato de trabalho. E a reforma trabalhista não alterou em nada essa relação”.
O advogado Vitor Carrara, do escritório Stuchi Advogados, observa que o trabalhador não está obrigado a informar o empregador que se aposentou. “Entretanto, ele deve respeitar os casos específicos em convenções coletivas que pontuam sobre estabilidade pré-aposentadoria e cláusula específica falando sobre a comunicação ao empregador quando se aposentar”, diz.
Carrara informa que o empregado só não pode continuar na empresa em caso de aposentadoria por invalidez, “pois esse tipo de benefício é concedido para trabalhadores que não têm condições de continuar trabalhando por causa de lesão ou enfermidade”.
Os especialistas ressaltam que a concessão de aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição não resulta em qualquer impedimento legal para continuidade do exercício de atividade remunerada.
Outra exceção é relativa ao trabalhador aposentado com o aproveitamento do tempo especial de serviço – tempo de serviço no qual permaneceu exposto a condições de trabalho que prejudicaram a sua saúde ou integridade física. De acordo com o advogado de Direito do Trabalho Pedro Mahin, do escritório Roberto Caldas, Mauro Menezes & Advogados, este empregado deverá ser afastado das atividades ou operações que que ensejaram a sua aposentadoria especial, sob pena de ter a aposentadoria automaticamente cancelada.
“Ele poderá continuar a trabalhar em outras atividades ou em operações que não causem danos a sua saúde ou a sua integridade física”, afirma.
Mahin alerta que os trabalhadores que forem aposentados por invalidez ou com o aproveitamento do tempo especial de serviço devem comunicar ao empregador sua aposentadoria, “para fins de adoção das medidas necessárias, respectivamente, ao seu afastamento do emprego e à suspensão do seu contrato de trabalho, e de seu afastamento das atividades ou operações nocivas a sua saúde e a sua integridade física”.
Demissão
Os especialistas ressaltam que a empresa não pode dispensar o trabalhador, nem exonerá-lo de cargo que ocupe ou, de função de maior responsabilidade que eventualmente exerça, em virtude apenas de sua aposentadoria.
O professor Antonio Carlos Aguiar explica que o empregador poderá demitir o trabalhador, já que ele pode rescindir o contrato de qualquer funcionário que não tenha estabilidade sem justa causa, desde que pague as verbas rescisórias pertinentes. “Todavia, se a rescisão se der única e exclusivamente em razão da aposentadoria (e houver prova desse fato), isso poderá ser caracterizado como um ato discriminatório, com os desdobramentos pertinentes: indenização por dano moral; reintegração no emprego”.
Pedro Mahin reforça que a empresa que comete este tipo de ato discriminatório está sujeita às penalidades legais. “Entretanto, caso essa prática se concretize, o trabalhador deverá receber a integralidade das verbas rescisórias, como, por exemplo, saldo de salário, aviso prévio indenizado, proporcional ao tempo de serviço, décimo terceiro salário proporcional, férias proporcionais, acrescidas de um terço, e multa de 40% sobre os depósitos do FGTS”, esclarece.
O advogado também pontua que, caso seja alvo de discriminação, o trabalhador poderá optar entre a reintegração no emprego, com o ressarcimento integral de todo o período de afastamento, com juros e correção monetária, e o recebimento, em dobro, da remuneração de todo o período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida de juros legais. “Por fim, o trabalhador terá direito à indenização pelos danos morais sofridos”. Outro direito do trabalhador aposentado que for demitido é que ele poderá sacar os valores existentes na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).  (Caio Prates - PrevTotal)

O desemprego no Brasil
Marcio Coriolano fala sobre um dos combustíveis da indústria de seguros, o emprego, na Rádio CNseg
O Brasil avança para uma retomada do crescimento econômico. A recuperação do número de empregos existentes antes da crise que eclodiu no biênio 2015/2016, no entanto, ainda vai demorar, pois o mercado de empregos não tem uma elasticidade tão forte capaz de recuperar com rapidez o número de empregos que o país precisa. O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, explica que “um dos combustíveis da indústria de seguros é o emprego, assim como a renda e o produto”, e reforça a importância dos seguros Educacional e Prestamista para proteção e organização das finanças dos brasileiros
Para ouvir a matéria na íntegra acesse: http://radio.cnseg.org.br/radiocnseg/entrevistas/fala-presidente-o-desemprego-no-brasil/   (CNseg/Segs)

Como ler os dados sobre criação de emprego?
Apresentamos o gráfico da criação líquida —admissões menos demissões— de empregos com carteira assinada no Brasil nos últimos 13 anos. Vide através do link:
www1.folha.uol.com.br/colunas/por-que-economes-em-bom-portugues/2018/01/1954151-como-ler-os-dados-sobre-criacao-de-emprego.shtml
A informação é produzida pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. E aí, gostou do gráfico? O quê? Não gostou?
O gráfico está péssimo, mas não por falta de cuidado artístico, cremos, e sim porque a partir dele você não consegue inferir nada de útil. Vamos bem ou vamos mal? Qual a tendência que ele indica? A crise foi de fato severa? Esse zigue-zague maluco impede uma visão mais clara da situação. Ah, já iamos esquecendo: o dado de dezembro, antecipado pela imprensa e depois confirmado pelo Ministério da Fazenda, não está incluído. Mas é só você aí na sua telinha meter um -300 bem vermelhão depois do último ponto.
O problema aqui é o seguinte: o dado tem sazonalidade, ou seja, um padrão que se repete em determinado período do ano, mas é passageiro, devido a alguma especificidade que importa pouco na análise sobre a tendência. Em dezembro as contratações do setor formal caem muito (e no informal as contratações temporárias sobem). Por isso esse monte de bico para baixo no fim de cada ano. Note que apesar da imprensa ter assustado muita gente com o desaparecimento de 300 mil vagas, esse resultado parece bem normal quando comparado aos anteriores!
O dado do saldo, além do mais, pode ser quebrado em demissões e admissões. O leitor deve imaginar que não haveria motivos lógicos para demissões em massa em dezembro, certo? Fim de ano ninguém contrata, é Natal, as decisões são adiadas, etc. Mas por que demitir adoidado em dezembro? De fato, veja só o gráfico de demissões: não tem sazonalidade!
A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
Mesmo esse gráfico tem seus probleminhas. O principal é que a formalização de um modo geral foi até pouco tempo crescente na economia, então tanto demissões como admissões têm viés de alta nos dados: mais gente no setor formal significa mais de ambos.
Voltando ao saldo. Para fugir daquele gráfico horroroso, o ideal é pegar uma medida que incorpore doze meses corridos - uma média acumulada. Porque aí a gente some com as esquisitices ocorridas em um mês em particular, que ficam submersas na média. Veja: quando usamos doze meses, sempre vai ter um dezembro lá dentro, e por isso os picos e vales desaparecem.
A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
Nesse gráfico ficam claros a crise de 2009, a forte recuperação de 2010, a tendência de piora depois de 2011 e o buraco profundo de 2015 e 2016, assim como a tendência de melhora que se inicia em 2017.  (Folhapress)



Mercado e Economia Nacional

CM Corp

Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência
Estão abertas as inscrições para o XII Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência, que será realizado nos dias 15 e 16 de março de 2018. O congresso terá como principal objetivo fomentar estudos, reflexões e debates sobre a dimensão jurídica dos institutos de seguro, resseguro e previdência privada, de forma a possibilitar a ampliação e divulgação de conhecimentos técnicos e jurídicos próprios dessas espécies contratuais.
"Assim como nos anos anteriores, esse Congresso será uma oportunidade única de troca de conhecimentos. Teremos a contribuição de juristas reconhecidos pela pesquisa e atuação no setor, para o debate de temas que contribuem para o desenvolvimento do seguro, do resseguro e da previdência privada, principalmente na busca da pacificação das relações com o consumidor e prevenção de conflito", afirma Ana Rita Petraroli, presidente da Associação Internacional de Direito do Seguro (Aida) Brasil.
O evento acontece na sede da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP): Rua Álvares Penteado, 151 - Centro - São Paulo. A realização do evento é da Aida Brasil e conta com o apoio da Escola Nacional de Seguros e da AASP.  (Monitor Mercantil)

Relação de bens garantidores dos seguros, títulos e planos
Seguradoras e empresas de previdência privada poderão ser obrigadas a publicar relação de bens
Proposta em análise na Câmara dos Deputados obriga seguradoras, empresas de previdência privada e de títulos de capitalização a publicar trimestralmente a relação de bens garantidores dos seguros, títulos e planos que emitem.
A medida está prevista no Projeto de Lei 8297/17, do deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO). Cruvinel argumenta que essas empresas já são obrigadas por lei a possuir bens que sirvam como garantia para os papéis que emitem (apólices, títulos, planos de previdência). Apesar de toda a preocupação do legislador em manter esse pilar do sistema de seguros, de capitalização e de previdência privada, o autor afirma que na realidade, infelizmente, isso nem sempre é cumprido, principalmente quando ocorrem quebras das empresas do setor.
“O objetivo do projeto é fortalecer o sistema de constituição e de cobertura de provisões técnicas, permitindo aos cidadãos, em especial aos próprios investidores, fiscalizar os recursos que confiam a essas empresas”, explica.
A relação de bens garantidores deverá informar, no mínimo, o tipo de bem, sua quantidade, seu valor de mercado, sua rentabilidade e o tipo e valor da provisão técnica que garante. No caso de títulos, ações, debêntures ou qualquer outro tipo de papel financeiro ou mobiliário deverá informar ainda a entidade emissora e a instituição onde se encontram custodiados.
Qualquer segurado, portador de título de capitalização ou participante ou beneficiário de plano de previdência privada, poderá solicitar cópia da relação de bens garantidores, devendo ser atendido no prazo de até dez dias. A fiscalização da nova regra ficará a cargo da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Ministério da Previdência. (Agência Câmara)

Banco público perde espaço no crédito
Os bancos públicos perderam participação no mercado de crédito em 2017 pela primeira vez em mais de uma década, revertendo a política de aumento da presença do setor público no sistema financeiro adotada nos governos Lula e Dilma. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a fatia de mercado no crédito do conjunto de bancos públicos encolheu de 56% em 2016 para 54% em 2017, em um mercado de R$ 3,086 trilhões.
Foi a primeira queda na participação dos braços financeiros do governo no crédito desde 2007, quando o conjunto de instituições oficiais controlavam 33,8% do mercado. Eles tiveram o seu papel ampliado depois da adoção de políticas anticíclicas na crise financeira mundial de 2008 e com o seu uso como instrumento indutor da queda dos juros e dos spreads bancários em 2012.
O encolhimento da participação de mercado dos bancos públicos em 2017 ocorreu em virtude, sobretudo, da queda na demanda por financiamentos por investimentos e da restrição na oferta de crédito por alguns bancos oficiais para cumprir as regras prudenciais de Basileia 3.
O presidente Michel Temer está promovendo uma reorientação das políticas creditícias do governo Lula e Dilma, procurando um maior equilíbrio entre as regras dos empréstimos com recursos direcionados e com recursos livres. Mas essas medidas, como reforma dos juros cobrados nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), só terão efeito de forma gradual a partir deste ano.
A maior parte da queda na participação de mercado dos bancos públicos foi causada pela retração do BNDES, que registrou recuo nas consultas e nas contratações de crédito. Foi um efeito da recessão ocorrida entre 2014 e 2016, que deprimiu os investimentos na economia. A carteira do BNDES encolheu 11,8% em 2017, fechando o ano em R$ 487,3 bilhões. Em dezembro, a queda foi de 1,8%.
Os demais bancos públicos, excluindo o BNDES, tiveram queda de participação de mercado em 2017, passando de 38,4% para 37,9%. A Caixa Econômica Federal registrou queda na demanda por empréstimos habitacionais e administrou o crescimento de sua carteira de crédito, num esforço para cumprir as regras de requerimento de capital mínimo de Basileia. O Banco do Brasil também tem focado a sua atuação para recompor a lucratividade, com o objetivo de alinhar a sua taxa de retorno à de seus competidores privados.
Logo depois da crise financeira de 2008, o Banco do Brasil e a Caixa foram orientados a expandir sua carteira de empréstimo para suprir o vácuo causado pelo racionamento de crédito feito pelos bancos privados nacionais e estrangeiros. A partir de 2012, ambos cortaram juros das operações de crédito para forçar maior competição no mercado.
As instituições oficiais aumentaram as suas carteiras de crédito nesse período, mas seus resultados financeiros ficaram aquém dos competidores privados - o que, junto com a forte distribuição de dividendos, enfraqueceu a sua base de capital. A partir de 2015, os bancos federais começaram a recompor as suas margens, aumentando os juros cobrados nas operações de crédito.
Apesar de perder fatia de mercado, os bancos públicos - excluindo BNDES - registraram uma expansão de 0,6% na carteira de crédito. Mas cresceram menos do que os concorrentes privados, que em 2017 aumentaram sua participação de mercado, passando de 44,3% para 45,8%. No caso dos bancos privados nacionais, o estoque de crédito cresceu 1,3% em 2017, para R$ 989 bilhões; entre os estrangeiros, o avanço foi mais forte, de 6,2%, para R$ 472 bilhões. Os bancos privados estão respondendo, com cautela, à melhora nas condições econômicas, com a retomada gradual da atividade, lenta queda do desemprego e redução dos juros básicos aos menores patamares da história.
As taxas de juros cobradas pelo sistema financeiro tiveram a maior queda anual da série histórica compilada pelo Banco Central, iniciada em março de 2011. A tendência é de continuidade da redução, com a perspectiva de queda adicional na taxa básica de juros e com o recuo dos índices de inadimplência.
A taxa de juro média do sistema encerrou 2017 em 25,6% ao ano, queda de 6,6 pontos percentuais em comparação com dezembro de 2016, quando estava em 32,2% ao ano. Os juros médios cobrados pelos bancos de pessoas físicas nas operações com recursos livres caíram 17,3 pontos, passando de 72,4% ao ano para 55,1% ao ano. Nas operações com empresas, a queda foi mais modesta, de 6,7 pontos, para 21,5%. O custo do dinheiro voltou a patamares vistos no começo de 2015.
Já o spread bancário caiu 14 pontos, considerando operações com recursos livres para as pessoas físicas, fechando o ano em 46,2 pontos percentuais. O spread médio do sistema caiu 3,8 pontos, para 18,9 pontos. Já a taxa de captação dos bancos cedeu 2,8 pontos, para 6,7% ao ano.
Essa redução de juros e spreads no último trimestre de 2017 impulsionou o crédito bancário no período, estimulando a contratação de empréstimos tanto por pessoas físicas quando por empresas. Entre outubro e dezembro, o estoque de crédito total do sistema financeiro cresceu 1,3%, dos quais 0,3% ocorreu no segmento empresarial e 2,3% nas operações com as famílias.
A reação no fim do ano, no entanto, não impediu que em 2017 fosse registrada nova queda nominal no estoque de crédito do sistema, que cedeu 0,6%, para R$ 3,086 trilhões, terceiro ano seguido de baixa. "No último trimestre, iniciou-se um processo gradual de recuperação que parece alinhado com a recuperação da atividade econômica", afirma o chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.  (Alex Ribeiro e Eduardo Campos - Valor)

Confiança da classe DE sobe sete pontos em janeiro
A menor inflação em quase 20 anos registrada no ano passado levou a confiança do consumidor do grupo de classes DE a subir neste início de ano, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em janeiro, o indicador marcou 78 pontos para o grupo socioeconômico em questão, contra 71 em dezembro do ano passado. Foi a única classe com melhora na confiança. No Brasil como um todo, o INC oscilou dentro da margem de erro (três pontos) e registrou 77 pontos em janeiro (74 em dezembro).
- A queda consecutiva dos preços dos alimentos no ano passado melhorou o poder de compra do consumidor brasileiro e permitiu ganhos reais de salários pelas correções baseadas nas taxas anteriores. Para a população de menor renda, o impacto foi maior, visto que ela é mais sensível à oscilação dos preços destes produtos, que pesam mais em seu orçamento doméstico - diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.
Ele acrescenta que a melhora gradual do emprego também contribui para a elevação da confiança.
Nas demais classes sociais, a confiança oscilou dentro da margem de erro na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018. O INC da classe C passou de 76 para 78 pontos. No grupo de classes AB, foi de 67 para 70 pontos - é o grupo mais cauteloso e o único abaixo da média nacional (77).
No Sudeste, a confiança saltou de 74 para 83 pontos entre dezembro e janeiro.
- Como é a mais urbanizada do país, a região tem se beneficiado da retomada da indústria e do emprego - frisa Alfieri.
O recuo dos preços dos alimentos e a melhora do emprego repercutiram na confiança dos moradores do Nordeste, onde o INC passou de 67 para 73. Na contramão, o índice da região Sul despencou de 93 para 80 pontos, provavelmente por impactos climáticos na produção agrícola. O grupo de regiões Norte/Centro-Oeste ficou estável em 65 pontos.
Para o economista da ACSP, a trajetória de melhora do humor de parcelas da população brasileira pode ser interrompida diante da menor safra agrícola em 2018 e dos primeiros dados deste ano apontando aumento da inflação de alimentos.
Em consonância com dados de melhora do emprego, componentes desta edição do INC sugerem que o brasileiro está menos pessimista quando o assunto é mercado de trabalho. Nos últimos três meses, caiu a insegurança no emprego. Em novembro de 2017, 65% dos entrevistados estavam inseguros; em dezembro, eram 62%; e em janeiro de 2018 eram 58%.
Já a média de pessoas conhecidas dos entrevistados que estavam desempregadas era de 5,11 em dezembro e teve leve melhora em janeiro (5,09).
- O consumidor projeta esperanças na passagem de um ano para outro. Aliado a isso está o cenário macroeconômico favorável, com inflação, juros e desemprego em queda e retomada do consumo.
Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos desde 2005, o INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do país, com base em amostra probabilística e representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014). Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.
O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e o de 100 a 200 o do otimismo. O levantamento foi realizado pelo Instituto Ipsos de 2 a 11 de janeiro, em todas as regiões brasileiras.
CNI diz que alta do início do ano é generalizada
Já levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas em 143 municípios mostra que melhoraram as expectativas da população em relação à inflação, ao emprego, à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira. O Índice Nacional da Expectativa do Consumidor (Inec) alcançou 102,9 pontos em janeiro. O indicador aumentou 2,4% na comparação com dezembro de 2017, mas está 4,7% abaixo da média histórica, que é de 108 pontos.
- Apesar da melhora das expectativas, a confiança do consumidor continua baixa, o que limita uma recuperação mais forte do consumo - destaca o economista da CNI Marcelo Azevedo. O aumento da confiança dos consumidores no primeiro mês do ano é resultado da melhora as expectativas em relação à inflação, ao desemprego e à renda pessoal na passagem de dezembro para janeiro. O indicador de expectativas sobre a inflação aumentou 4%, o de desemprego subiu 6% e renda pessoal cresceu 5,3% em janeiro na comparação com dezembro 2017. Quanto maior os índices, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do emprego e o aumento da renda pessoal nos próximos seis meses.
O indicador de expectativas em relação ao endividamento cresceu 1,2% e o de situação financeira cresceu 1,9% também na comparação de janeiro frente a dezembro. Isso mostra que cresceu o número de pessoas que espera a queda do endividamento e a melhora da situação financeira. Mesmo assim, os consumidores estão cautelosos com as compras. O índice de expectativas de compras de bens de maior valor caiu 0,7% na comparação com dezembro.
Consumidores com perspectivas positivas e com boa situação financeira tendem a comprar mais, o que contribui para a retomada da atividade econômica  (Monitor Mercantil)

Confiança da indústria registra estabilidade em janeiro
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas fechou janeiro de 2018 em 99,4 pontos, estável em relação ao mês anterior, quando havia registrado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6). Na métrica de médias móveis trimestrais, o ICI manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos.
- A estabilidade do ICI em janeiro resulta de movimentos de melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, piora das expectativas e estabilidade do nível de utilização da capacidade instalada. Essa combinação mostra que, apesar da evolução favorável dos meses anteriores, o ainda elevado grau de incerteza econômica torna o setor inseguro quanto à velocidade de recuperação da economia nos próximos meses - afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV)
Mesmo com a estabilidade da confiança industrial, 12 dos 19 segmentos industriais apresentaram alta. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,4 pontos, para 100,9 pontos, o maior desde setembro de 2013 (102,4). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos, para 98,0 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro passado.
A melhora na percepção sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA em janeiro. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4% do total, mas a parcela das que o consideram excessivo caiu em maior proporção, de 9,1% para 8,0% do total.
A principal contribuição para a queda do IE no mês foi das expectativas em relação à evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19,0% para 17,8% do total, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3% do total.
Assim como ocorreu com o ICI, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75,0%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,1 ponto percentual, também para 74,7%.
A edição de janeiro de 2018 coletou informações de 1.089 empresas entre os dias 2 e 25 deste mês. A próxima divulgação acontece no dia 28 de fevereiro; a prévia será divulgada no dia 23.  (Monitor Mercantil)

Ipea fala em alta de 2,5% na produção industrial
O Indicador de Produção Industrial do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê avanço de 0,2% em dezembro de 2017, na comparação com novembro. Com isso, no acumulado de 2017, o resultado estimado é um crescimento de 2,5%. O indicador é considerado uma prévia da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), do IBGE. Em relação ao mesmo mês de 2016, a produção projetada para dezembro de 2017 é 3,8% superior, o que representaria a quarta alta consecutiva.
Os destaques positivos referem-se à importação de bens intermediários - crescimento 1,7%, segunda alta seguida após a queda de 4,1% em outubro - e à produção de veículos automotores, com um avanço de 4,5%, encerrando o ano com expansão de 25,2%. Na comparação com dezembro de 2016, a exceção ao bom desempenho generalizado ficou por conta da queda de 4,2% no indicador de estoques, medido pela Fundação Getulio Vargas.
Leonardo Mello de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e autor do estudo, destaca que o diagnóstico permanece o mesmo, de recuperação gradual e constante da produção industrial.
- Percebemos uma trajetória regular ao longo de 2017. O crescimento da produção, que é uma consequência da melhora das vendas internas e das exportações, tem aumentado significativamente o emprego industrial. É um setor que já está empregando mais e à frente de outros setores, como comércio e serviços, no que diz respeito à recuperação da crise.  (Monitor Mercantil)

Rombo do governo vem R$ 34,6 bi menor do que a meta em 2017
Com a contenção de gastos e a recuperação da arrecadação no final do ano, as contas do governo fecharam 2017 com um deficit primário de R$ 124,4 bilhões, resultado negativo R$ 34,6 bilhões abaixo da meta para o ano, de R$ 159 bilhões.
O rombo ficaria abaixo inclusive da meta anterior de deficit, de R$ 139 bilhões, que foi ampliada em agosto do ano passado.
O resultado negativo, anunciado nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro, foi o segundo pior da série histórica, iniciada em 1997, já que em 2016 o rombo foi de R$ 161,3 bilhões.
A receita líquida somou R$ 1,154 trilhão no ano passado, alta de 2,5% em relação a 2016, e as despesas totalizaram R$ 1,279 trilhão, queda de 1% na comparação com o ano retrasado.
O Tesouro ressaltou que, entre agosto e dezembro, as receitas vieram R$ 11,4 bilhões acima do esperado, enquanto que as despesas foram R$ 6,4 bilhões abaixo da expectativa.
O desempenho das contas vem sendo influenciado pelo resultado da Previdência Social.
No ano passado, o deficit do Regime Geral de Previdência Social somou R$ 182,4 bilhões, montante 18% maior do que o registrado em 2016.
No mesmo período, o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram um superavit de R$ 58 bilhões, melhor resultado desde 2013.
Em dezembro, o deficit foi de R$ 21,1 bilhões, bem abaixo do registrado no último mês do ano retrasado, quando o rombo ficou em R$ 62,4 bilhões.
"Estamos falando de um deficit muito acentuado. Não há o que comemorar com um resultado de R$ 124 bilhões de deficit", afirmou a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, ao ser questionada sobre a diferença entre a meta e o resultado verificado. "Deveríamos estar falando de algum superavit para estabilizar nossa relação dívida PIB".
Vescovi frisou que o resultado negativo foi equivalente a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto), e que, com isso, o país voltou ao cenário de 2015.
A secretária afirmou que o resultado abaixo da meta foi possível principalmente graças a despesas menores e salientou a diferença de comportamento das contas públicas nos períodos de janeiro a julho e de agosto até o final do ano.
"Entre janeiro e julho, houve uma frustração de receitas de R$ 48,6 bilhões, e o risco de receitas extraordinárias, como os leilões de hidrelétricas, não acontecerem era grande. A partir de agosto,os leilões aconteceram e houve recuperação de receitas. Além disso, todos os órgãos fizeram um esforço para contenção de gastos e houve revisão de cadastros do governo, o que reduziu os gastos".
Como ocorre todos os anos, disse Vescovi, há uma reserva no Orçamento feita para despesas que só impactarão o Orçamento do ano seguinte.
"Isso ocorre todos os anos, mas como houve melhora da receita mais concentrada no final do ano, e a execução depende de projetos que levam tempo, isso leva a um compasso mais gradual de execução", disse. "Houve uma defasagem entre as programações financeiras e a própria execução".
O Tesouro destacou que o Brasil é o país com a maior rigidez orçamentária da América Latina, com 93% do total de gastos de execução obrigatória.
"É a maior rigidez da América Latina e muito provavelmente do mundo. Essa é uma agenda que vamos precisar discutir nos próximos anos", disse a secretária.
INVESTIMENTOS E CUSTEIO
As despesas com investimento e custeio da máquina pública foram, no ano passado, as menores desde pelo menos 2010, segundo os dados apresentados pelo Tesouro.
Os investimentos totalizaram R$ 117,5 bilhões no ano passado, enquanto que os gastos com custeio somaram R$ 70,1 bilhões.
De acordo com os números, o teto de gastos, medida que limita as despesas à inflação do ano anterior, foi cumprido, com gastos equivalentes a 96,21% do limite máximo estipulado.
A secretária frisou que, com a redução de despesas, os gastos sujeitos à regra do teto de gastos foram R$ 50 bilhões menores do que o esperado.
Como neste ano o teto estabelece um limite na comparação com 2017, essa é uma boa notícia para a limitação de despesas neste ano, segundo Vescovi.
REGRA DE OURO
O Tesouro informou ainda que elevou o descompasso esperado para a regra de ouro em 2018 de R$ 184 bilhões para R$ 208 bilhões, devido à revisão de índices de preços usados para o cálculo da dívida.
A norma proíbe o governo de emitir dívida em volume superior às suas despesas correntes.
Apesar desse aumento da diferença prevista para este ano, o órgão declarou que a regra será cumprida devido à devolução de R$ 130 bilhões do BNDES, à reclassificação de restos a pagar de anos anteriores que ainda não foram processados e à extinção do Fundo Soberano (e consequente liberação de recursos a ele vinculados).
No ano passado, também devido à devolução de recursos do BNDES, a regra foi cumprida com folga de R$ 28,8 bilhões, montante que será poderá ser usado para cumprir a norma neste ano  (MAELI PRADO - Folhapress)

Corte nos investimentos e receitas extras reduzem deficit do governo
O governo anunciou nesta segunda (29) um deficit primário (que exclui pagamento de juros) de R$ 124,4 bilhões em suas contas em 2017, o equivalente a 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto).
O resultado foi inferior ao rombo de R$ 159 bilhões projetado para 2017, mas seguiu um script bastante esperado em situações de penúria fiscal: foi alimentado por um corte brutal de investimentos e uma enxurrada de receitas extraordinárias -com concessões e programas de refinanciamento de dívidas, variáveis que podem não se repetir no próximo ciclo.
O crescimento econômico melhor do que o esperado também ajudou do lado da arrecadação tributária.
"Embora o resultado tenha sido melhor que o esperado, a qualidade dele não foi boa, baseada em efeitos atípicos e baixo investimento", diz Vilma da Conceição Pinto, pesquisadora do Ibre/FGV.
Seguindo os números, é possível dizer que o ajuste fiscal de fato ainda não foi feito. Além do volume expressivo de receitas atípicas e recuo do investimento, as despesas com pessoal subiram 6,5% em 2017, na esteira do aumento dado ao funcionalismo.
"No curto prazo, os resultados vieram melhores do que o esperado, mas o desafio de promover o ajuste estrutural permanece", diz Gabriel Leal de Barros, da IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão ligado ao Senado.
receitas atípicas
GASTOS E RECEITAS
Nas contas de Barros, as receitas atípicas somaram perto de R$ 80 bilhões em 2017, superando expectativas do mercado e do próprio governo. Só com concessões, foram R$ 32,2 bilhões, ou uma alta de 38% em relação a 2016. A questão é que esse é um tipo de receita instável, devendo cair pela metade neste ano, segundo projeções do IFI.
Outro ponto de preocupação dos analistas é que os gastos com investimentos, cruciais para a retomada da economia, estão no piso. Eles caíram 32% no ano passado, para um total de R$ 46,2 bilhões. Em percentual do PIB (0,7%), a rubrica fica abaixo do nível registrado em 2006.
Do lado positivo, a arrecadação de tributos veio melhor do que o esperado. Além disso, o governo conseguiu gastar cerca de R$ 5 bilhões a menos com subsídios.
Para Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro e economista-chefe do Banco Safra, há um mérito da gestão do gasto, embora a contenção do investimento tenha sido forte.
"A situação fiscal de curto prazo está melhor, desautorizando visões de que a dívida pública seria explosiva e implicaria alta substancial da carga tributária", diz.  (FLÁVIA LIMA - Folhapress)

Para secretária do Tesouro, não há o que comemorar
O governo teve despesas R$ 50 bilhões menores do que o previsto na regra do teto no ano passado, o que, além de ter sido crucial para um rombo R$ 34,6 bilhões menor do que a meta, permitirá ao governo gastar mais em 2018.
Desde o ano passado, o governo está sujeito ao teto de gastos, que limita os desembolsos à inflação do ano anterior. Em 2017, primeiro ano da regra, esse limite foi estipulado em R$ 1,309 trilhão.
Como a arrecadação de impostos só reagiu a partir do segundo semestre, entretanto, não houve tempo hábil para elevação dos gastos sujeitos à regra, que totalizaram R$ 1,259 trilhão em 2017.
Essa diferença entre o cálculo que entrou no Orçamento e o que foi efetivamente verificado possibilitará um alívio para as despesas deste ano, disse nesta segunda-feira (29) a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.
O órgão vinha alertando que, devido à necessidade de cumprir o teto, os investimentos, que já estão no menor nível em dez anos, poderiam ter que ser ainda mais compridos em 2018.
"A programação orçamentária sai nos próximos dias", disse a secretária, ao ser questionada se os R$ 50 bilhões a mais permitirão que os gastos não sejam bloqueados no início deste ano. "É um fator positivo para a regra do teto de gastos em 2018", disse.
O Tesouro divulgou nesta segunda que, no ano passado, as contas do governo fecharam com um resultado primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) negativo em R$ 124,4 bilhões, segundo maior rombo da história.
Apesar do tamanho do buraco nas contas públicas, o deficit veio mais de R$ 30 bilhões abaixo dos R$ 159 bilhões negativos estipulados para o ano. Foi menor inclusive do que os R$ 139 bilhões da meta anterior, ampliada em agosto do ano passado.
É o segundo ano que a meta não é totalmente atingida. Em 2016, quando o rombo foi de R$ 161,3 bilhões, o objetivo era R$ 170,5 bilhões.
"Estamos falando de um deficit muito acentuado. Não há o que comemorar com um resultado de R$ 124 bilhões de deficit", afirmou a secretária, ao ser questionada sobre a diferença entre a meta e o resultado verificado.
Ao analisar o comportamento das contas públicas no ano passado, Vescovi afirmou que houve dois períodos bastante diferentes: janeiro a julho e agosto até dezembro.
Nos primeiros sete meses do ano, explicou, a arrecadação veio R$ 48,6 bilhões abaixo do esperado, e a avaliação era de que receitas extraordinárias, como leilões de hidrelétricas, podiam não ocorrer.
"A partir de agosto, quando houve a ampliação da meta, houve recuperação de receitas, e os leilões ocorreram até com ágio em alguns casso", disse. "Além disso, todos os órgãos fizeram um esforço para contenção de gastos".
Em outras palavras, quando a arrecadação começou a reagir, o que permitiria aumentar as despesas, não houve tempo para a apresentação de projetos que permitissem a execução de recursos.
"Isso ocorre todos os anos, mas como houve melhora da receita mais concentrada no final do ano, e a execução depende de projetos que levam tempo, isso leva a um compasso mais gradual de execução", disse. "Houve uma defasagem entre as programações financeiras e a própria execução".
PREVIDÊNCIA
Os dados do Tesouro mostram que a receita líquida somou R$ 1,154 trilhão no ano passado, um aumento de 2,5% em relação a 2016. Já as despesas totalizaram R$ 1,279 trilhão, queda de 1% na comparação com o ano retrasado.
O desempenho das contas vem sendo influenciado pelo resultado da Previdência.
No ano passado, o deficit do Regime Geral de Previdência Social somou R$ 182,4 bilhões, montante 18% maior do que o registrado em 2016.
No mesmo período, o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram um superavit de R$ 59 bilhões, melhor resultado desde 2013  (MAELI PRADO - Folhapress)

Ilan fala sobre as reformas e ajustes na economia
Frustração com reformas pode elevar trajetória de inflação no horizonte relevante
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira que a frustração de expectativas sobre as reformas e ajustes na economia, além da reversão do atual cenário externo, podem elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.
Em palestra no Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), em São Paulo, Ilan disse ainda que a perspectiva para 2018 é de crescimento moderado da economia com inflação em direção às metas, mas ressaltou que "há riscos".
Em apresentação disponibilizada no site do BC, Ilan citou a reforma da Previdência em particular como uma das medidas fundamentais para o equilíbrio da economia, "com consequências favoráveis para a desinflação, para a queda da taxa de juros estruturais e para a recuperação sustentável da economia brasileira".
A votação da Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras para a aposentadoria está marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados, mas o governo ainda luta para mobilizar a base e garantir os 308 votos suficientes para aprovação da impopular matéria.
Antes dessa definição, o Comitê de Política Monetária do BC se reunirá em 7 de fevereiro para definir a taxa básica de juros, sendo que a expectativa majoritária do mercado é de corte de 0,25 ponto na Selic, que está hoje na mínima histórica de 7 por cento ao ano.
Para março, parte do mercado aposta em novo corte de 0,25 ponto nos juros, incluindo o Top-5, grupo de economistas que mais acertam as projeções dentro da pesquisa semanal Focus. As apostas da maioria, contudo, ainda são de manutenção dos juros no mesmo nível acertado em fevereiro.   (Marcela Ayres - G1)



Economia Global

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Inflação nos EUA desacelera e fica em 1,7% em dezembro
A inflação interanual nos Estados Unidos desacelerou levemente em dezembro de 2017, segundo o índice PCE, publicado nesta segunda-feira (29) pelo Departamento de Comércio.
O índice de preços baseado no gasto do consumidor - a medida preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para analisar a inflação dos preços - foi de 1,7% no último mês de 2017, contra 1,8% interanual em novembro, o nível mais alto desde março.
Desconsiderando os preços de alimentação e energia, o índice básico subiu 1,5% - o mesmo que o mês anterior.
A inflação mensal ficou em 0,1%, abaixo do 0,2% projetado por analistas.
O Departamento de Comércio publicou os dados logo antes da reunião monetária do Fed nesta terça e quarta-feira. Os mercados esperam que as taxas de juros não se alterem  (AFP)

Banco Central Europeu: Ação pela inflação na meta
BCE só vai parar de injetar dinheiro quando confiar que inflação ficará dentro da meta, diz economista-chefe
Programa do Banco Central Europeu de compra de títulos públicos para estimular economia é criticado por alimentar bolhas nos mercados imobiliário e de títulos.
O Banco Central Europeu (BCE) só vai parar de injetar dinheiro na economia da zona do euro quando estiver confiante de que a inflação caminha para sua meta mesmo sem ajuda extra, afirmou nesta segunda-feira o economista-chefe do BCE, Peter Praet. Atualmente, a inflação do país está abaixo da meta, de 2% ao ano.
Praet, um dos arquitetos e patrocinadores do programa de compra de títulos de 2,55 trilhões de euros, respondia a crescentes pedidos de algumas autoridades para que interrompa o esquema, que tem sido acusado de alimentar bolhas nos mercados imobiliário e de títulos.
Praet afirmou que antes de tomar tal decisão o BCE precisa estar confiante de que a tendência da inflação é de ir para sua meta de quase 2% e de que pode lidar com uma retirada do estímulo.
"Uma vez que o Conselho julgar que os três critérios para um ajuste sustentado foram atingidos, as compras de ativos acabarão, em linha com nossa orientação", disse Praet em evento em Bruxelas.
Ele também acrescentou que o BCE ainda não decidiu como encerrar o programa de compras de ativos, se gradualmente ou de uma vez.
As compras de ativos "podem acabar de uma vez ou de uma maneira mais gradual". "Acho que essa ainda é uma das coisas que o Conselho tem que discutir", disse ele.
O BCE confirmou na semana passada que continuará comprando títulos ao menos até setembro e enquanto a inflação estiver abaixo de sua meta. Também prometeu manter os juros nos níveis atuais baixos por muito tempo após o fim dessas compras  (G1)



Mercado Financeiro
(DivilgaImagem
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Bolsa cai, dólar tem alta
Bolsa cai com realização de lucros e perde os 85 mil pontos; dólar tem alta
Depois de acumular valorização de 5,3% na última semana, a Bolsa brasileira devolveu parte do ganho nesta segunda-feira (29) e caiu cerca de 1%, acompanhando também o movimento de realização de lucros no exterior. O dólar subiu para R$ 3,16, em linha com os mercados internacionais.
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, teve queda de 0,97%, para 84.698 pontos. O fluxo de entrada de investidores continuou nesta sessão, levando o volume financeiro a R$ 11,6 bilhões –a média diária de janeiro está em R$ 9,96 bilhões.
O dólar comercial teve alta de 0,79%, para R$ 3,166. O dólar à vista se valorizou 0,68%, para R$ 3,169.
A entrada de investidores estrangeiros na Bolsa brasileira permanece forte, avalia Aldo Moniz, analista da Um Investimentos. "Janeiro, historicamente, tem essa procura do estrangeiro por renda variável, não mudou muita coisa. É um mês de entrada significativa. Temos ainda todo o mundo melhorando a expectativa de crescimento global. Isso ajuda", complementa.
O mercado também acompanhou o resultado do governo central, que teve deficit primário de R$ 124,4 bilhões –resultado negativo R$ 34,6 bilhões abaixo da meta para o ano, de R$ 159 bilhões.
Apesar da notícia positiva, os investidores optaram por embolsar os ganhos de sessões recentes –foram três recordes nominais batidos só na semana passada. "O mercado esperou a sexta (26) e aproveitou nesta segunda o tom negativo do exterior. Lá fora, as Bolsas têm batido máximas, mas há dúvidas sobre o enxugamento de liquidez no exterior", ressalta Moniz.
Nesta segunda, o economista-chefe do Banco Central Europeu, Peter Praet, afirmou que o BCE só vai parar de injetar dinheiro na economia da zona do euro quando estiver confiante de que a inflação caminha para sua meta mesmo sem ajuda extra.
Aqui, começa a temporada de balanços de empresas, que será acompanhada pelo mercado. "Até o Carnaval, o mercado deve ficar mais de lado e de olho na temporada de balanços", diz o analista da Um Investimentos.
AÇÕES
Das 64 ações do Ibovespa, 41 caíram e 21 fecharam em alta. Duas encerraram estáveis.
A maior baixa do índice foi registrada pelas ações da BB Seguridade, com queda de 4%. A Qualicorp recuou 3,63% e a WEG perdeu 3,20%.
Do lado positivo, as ações da Fibria subiram 5,23%, impulsionadas por notícia do colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", indicando que o banco BTG Pactual teria sido procurado pelo grupo asiático-holandês Paper Excellence para comprar a companhia.
A Magazine Luiza subiu 2,17% e a Copel teve alta de 1,66%.
As ações ordinárias da mineradora Vale subiram 1,11%, para R$ 41,89, acompanhando a valorização do preço do minério de ferro no exterior.
A Petrobras fechou com leve baixa, em dia de queda do petróleo nos mercados internacionais. Os preços da commodity recuaram nesta segunda após o aumento da produção americana, considerado prejudicial aos esforços liderados pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e pela Rússia para reduzir a oferta. Ainda assim, o petróleo deve ter a maior alta para janeiro em cinco anos.
Os papéis preferenciais da Petrobras caíram 0,40%, para R$ 19,85. As ações com direito a voto fecharam estáveis a R$ 21,71.
Os bancos devolveram parte dos fortes ganhos registrados na semana passada. O Itaú Unibanco caiu 2,69%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram baixa de 2,91%, e as ordinárias se desvalorizaram 2,88%. O Banco do Brasil perdeu 0,56%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil caíram 2,64%.
CÂMBIO
O dólar ganhou força ante 30 das 31 principais moedas do mundo –ficou estável em relação ao dólar de Hong Kong.
Apesar da valorização, o dólar acumula queda mensal, reforçada após declarações do secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, de que uma moeda mais "fraca" ajudava a balança comercial americana.
O CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) do Brasil fechou em alta de 1,29%, para 144,5 pontos, após três quedas.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com resultados mistos. O DI para abril de 2018 recuou de 6,690% para 6,676%. O DI para janeiro de 2019 teve alta de 6,780% para 6,790%  (Folhapress)

Bovespa fecha em queda nesta segunda
O Ibovespa caiu 0,97%, aos 84.698 pontos.
O principal índice de ações da bolsa brasileira fechou em queda nesta segunda-feira (29), após superar o patamar de 85 mil pontos na sexta-feira (26), novo patamar recorde. O Ibovespa caiu 0,97%, aos 84.698 pontos.  No ano, há alta acumulada de 10,86%.
A bolsa brasileira refletiu na semana passada a reação do mercado financeiro com a decisão de quarta do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou por 3 votos a 0 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse resultado pode deixar o ex-presidente inelegível nas próximas eleições.
A leitura do mercado é de que isso aumenta as chances de eleição de um candidato favorável a reformas de ajuste fiscal e da Previdência, destaca a Reuters.
Nesta segunda, o quadro externo desfavorável, com fraqueza de bolsas europeias e futuros acionários nos Estados Unidos e queda do petróleo, endossava a correção negativa no pregão doméstico, ainda de acordo com a agência.
A segunda-feira marca o começo da divulgação de resultados das companhias que compõem o Ibovespa, com a fabricante de celulose Fibria apresentando seus números após o fechamento das operações na B3.
Agentes financeiros, contudo, mantêm a perspectiva positiva, dado o fluxo positivo de capital externo, que já supera R$ 7 bilhões em 2018 e pode seguir uma vez que o Ibovespa ainda não está exatamente caro para os estrangeiros.
"Levando em consideração o excesso de liquidez global, queda acentuada nos juros e a possível retomada da atividade econômica, podemos sim trabalhar em renovações de máxima no Ibovespa", afirmou Claudio Pacini, chefe de Brasil na área de ações da corretora INTL Fcstone nos Estados Unidos.
Ele ponderou, contudo, que o ano pode trazer um pouco de volatilidade devido às eleições e o condicionamento da aprovação da reforma da Previdência.
Destaques
BB SEGURIDADE caiu 4%, em meio a dados do setor de seguros, com analistas do JPMorgan avaliando que a empresa teve em dezembro um resultado consolidado fraco, conforme relatório distribuído a clientes.
BRADESCO PN perdeu 3%, com o setor bancário também passando por ajuste negativo na esteira de altas da última semana e pressionando o índice dado o peso relevante que as ações têm na carteira. BRADESCO ON caiu 2,9%.
WEG recuou 3,2%, entre as maiores quedas do Ibovespa, após analistas do Credit Suisse cortarem a recomendação dos papéis para 'undeperform', citando, entre outros fatores, que a ação está mais cara que suas concorrentes.
PETROBRAS PN recuou 0,4% e PETROBRAS ON fechou estável, após fortes ganhos na semana passada, quando acumularam elevação ao redor de 9 e 12%, respectivamente, tendo como pano de fundo o declínio dos preços do petróleo no mercado global.
FIBRIA subiu 5,2%, destoando do ajuste negativo, após informação da coluna online de Lauro Jardim no fim de semana de que o BTG Pactual está com mandato do grupo asiático-holandês Paper Excellence para comprar a companhia e tendo como pano de fundo a valorização do dólar ante o real.  (G1)

Ibovespa fecha em queda de 0,97%
O Ibovespa fechou em queda de 0,97% nesta segunda-feira, 29, aos 84.698,01 pontos, em um dia dominado pelo movimento de realização de lucros após sucessivos recordes que levaram o índice à vista a ganhar cerca de 12% neste mês. O ritmo de queda reduziu nos últimos momentos do pregão e a valorização no mês ainda está em 10,86%.
O recuo ocorreu em linha com a trajetória dos pares em Nova York. O giro financeiro foi de R$ 11,6 bilhões – em nível similar ao dia da véspera do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o índice à vista recuou 1,22% pela cautela dos investidores.
“O movimento de realização já era esperado, pois os mercados acionários, tanto aqui como lá fora, esticaram muito”, disse Carlos Soares, analista da Magliano Corretora, que acrescenta que há certa cautela dos investidores no exterior em uma semana com divulgação de indicadores importantes, como dados sobre emprego (payroll), nos Estados Unidos, e da produção (PMI), na China, além da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o juro básico americano. “Mas é importante ressaltar que as condições monetárias globais favoráveis estão mantidas”, afirmou.
Em um dia de agenda doméstica esvaziada, declarações de integrantes do governo sobre a reforma da Previdência chamaram atenção. Muito embora boa parte dos analistas já tivesse dado como precificada a não aprovação da reforma da Previdência agora em fevereiro, o tema segue no radar e o noticiário a esse respeito serve como mote para ordens tanto na ponta de compra como de venda.
O próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou esperar que a suspensão de empréstimos a Estados e municípios pela Caixa não atrapalhe a votação da reforma.
Em entrevista ao Grupo Estado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), disse que talvez seja melhor aprovar versão mais enxuta da reforma da Previdência, para permitir uma situação fiscal “um pouco melhor” ao próximo presidente. Mais cedo, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo não tem os votos necessários (308) para aprovar a proposta a três semanas da data marcada para votação. Mas rechaçou qualquer possibilidade de novo adiamento da votação.
Entre as blue chips, as preferidas dos investidores não-residentes, os papéis dos bancos, que conseguiram valorizações expressivas nos dois pregões anteriores, recuaram: Bradesco PN (-2,91%), Itaú Unibanco PN (2,69%), Santander Brasil Unit (2,64%) e Banco do Brasil ON (0,56%).  (Agência Estado)

Ação de banco reverte alta e bolsa perde os 85 mil pontos
Depois de protagonizarem na semana passada a alta que levou o Ibovespa acima de 85 mil pontos, as ações dos bancos deram uma pausa no ritmo forte de valorização e foram as principais responsáveis por um ajuste de preços de curto prazo na bolsa. Em um dia de influência do exterior também negativa, o Ibovespa cedeu à realização de lucros dos investidores, que preferiram embolsar ganhos na maioria dos papéis que acumularam importante valorização recente.
A tendência do mercado, porém, não mudou, e os investidores continuam focados nos ganhos da renda variável previstos para o ano. Para Ari Santos, gerente da mesa de operações da H.Commcor, vale enfatizar que altas muito fortes como as vistas nos últimos dias abrem chance para a bolsa brasileira buscar ajustes de curto prazo, mas o ritmo positivo ainda é bastante evidente por aqui.
No fechamento de ontem, o principal índice da B3 caiu 0,97%, aos 84.698 pontos, depois de bater na mínima durante o pregão de 84.341 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9,5 bilhões.
O movimento negativo das bolsas americanas colaborou para que o Ibovespa mantivesse a tendência de baixa durante a tarde, embora as quedas dos ativos financeiros em Nova York tenham sido menores do que no Brasil. Operadores citam que isso se deve justamente ao fato de que os papéis que mais andaram na semana passada foram os que mais abriram chance de acomodação, levando o Ibovespa a se firmar abaixo dos 85 mil pontos.
O setor bancário concentrou os maiores giros do índice ontem, com quedas nas ações preferenciais do Itaú Unibanco (2,69%), nas ordinárias e preferenciais do Bradesco (2,88% e 2,91%, respectivamente) e nos papéis do Banco do Brasil (0,56%). A ação de maior volume financeiro do Ibovespa, a preferencial da Petrobras, também encerrou em baixa, de 0,40%, enquanto o papel ordinário da estatal zerou perdas no ajuste final e fechou estável. Depois de ensaiar uma queda, a ação ordinária da mineradora Vale, que andou menos na semana passada, subiu 1,11% no fim dos negócios.
Os fatores que sustentam a aposta em um mercado ascendente continuam sendo o crescimento da atividade e também o ambiente externo favorável à tomada de risco, que vem beneficiando os países emergentes e garantindo forte entrada dos investidores estrangeiros na bolsa. Até o dia 24 de janeiro, os não residentes já ingressaram com R$ 7,3 bilhões - em somente 17 pregões desde o começo de 2018, portanto, os estrangeiros já colocaram mais da metade dos R$ 13,3 bilhões de todo o ano passado. Desde o início de 2018, não houve retirada de recursos.
A perspectiva de recuperação da economia brasileira também sustenta apostas positivas para os lucros das empresas. O tom da retomada começa a se desenhar a partir de agora, com a temporada de balanços do quarto trimestre de 2017. A gigante do setor de papel e celulose Fibria, que teve ontem a maior alta do Ibovespa, de 5,23%, dá largada à safra de resultados, com investidores precificando expectativas de resultado recorde. Na tentativa de antecipar melhora nos dados financeiros, a bolsa deve caminhar em ritmo forte, com a maioria das casas apostando em um Ibovespa em até 90 mil pontos no fim do ano.  (Juliana Machado e Lucinda Pinto - Valor)

Dólar sobe e fecha a R$ 3,16
O dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira (29), com movimento de correção após as recentes e fortes quedas diante da cena política interna e acompanhando também o movimento no exterior, segundo a Reuters.
A moeda norte-americana avançou 0,84% frente ao real, a R$ 3,1665 na venda, após ter encerrado a R$ 3,1402 na sexta-feira. Na máxima da sessão, a moeda foi a R$ 3,1728.
Na semana passada, a queda acumulada foi de 1,91%, somando 5 semanas seguidas de perdas, com desvalorização de quase 6% no período.
O dólar caiu com força na semana passada com o mercado apostando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mais distante da corrida eleitoral deste ano. O petista é visto pelos investidores financeiros menos comprometido com medidas de ajuste fiscal,.
Agora, o mercado foca nos esforços que o governo do presidente Michel Temer fará para aprovar a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem. A votação da reforma está marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados mas o governo ainda não possui os votos suficientes.
"O dólar se fortaleceu no mundo e, aqui, não foi diferente. Investidores agora vão monitorar a Previdência, embora as apostas de que ela passará sejam bem baixas", destacou à Reuters um profissional da mesa de derivativos de uma corretora local.
A votação da reforma está marcada para o dia 19 de fevereiro em primeiro turno na Câmara dos Deputados, mas o governo ainda não possui os votos suficientes.
"Muitos apontam que a divisa (norte-americana) pode ficar abaixo de R$ 3,10, especialmente se a (reforma da) Previdência caminhar bem em fevereiro", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.
Exterior
No exterior, o dólar operava em alta ante uma cesta de moedas, sustentado pela alta dos rendimentos dos títulos e por uma semana carregada de dados dos Estados Unidos, a começar pela decisão de política monetária do banco central do país na quarta-feira.
A moeda também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano  (Reuters)



Gestão, Produtos e Serviços
Mestra

UniAbrapp: Seminário Internacional 2018 nos EUA
A UniAbrapp já definiu a data e o país do Seminário Internacional de 2018, que será aberto para inscrições de dirigentes e profissionais das associadas da Abrapp.
O evento será realizado de 29 de maio a 7 de junho nos Estados Unidos. A cidade ainda não foi definida, mas tem grandes chances de ser Washington, pelo fato de abrigar as sedes de instituições internacionais de expressão como o Banco Mundial. “O seminário do ano que vem estará focado nas melhores práticas de organismos internacionais, entidades de previdência, empresas de gestão e consultorias globais”, revela Luiz Paulo Brasizza, Diretor Presidente da UniAbrapp e Diretor Vice-Presidente da Abrapp.
Evento tradicional realizado há mais de 20 anos, o Seminário Internacional contará com palestras de especialistas da OCDE, gestores de grandes fundos de previdência, representantes da academia e de instituições representativas internacionais. O seminário é referência no setor por proporcionar aos diretores das EFPC oportunidade única de participar de debates profundamente técnicos sobre temas de alta relevância para os desafios atuais da previdência complementar brasileira.
O programa inclui programas de integridade, gestão de investimentos em ambiente de juros baixos, comunicação com os participantes e nível de contribuição para os planos (educação previdenciária), solvência, impactos da longevidade, modelagens de planos, entre outros. Cabe destacar que muitos dos avanços normativos do sistema brasileiro tiveram como referência práticas internacionais conhecidas nesse evento.
O Diretor Presidente da UniAbrapp destaca ainda a abertura de maior número de vagas para dirigentes das associadas em relação às edições anteriores. I (Abrapp/AssPreviSiite)



Destaque do Segmento de Saúde
BRC Benner

Novas regras para plano de saúde por empresário individual entram em vigor
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a regra deve ajudar a coibir abusos relacionados a esse tipo de contrato.
As novas regras de contratação de plano de saúde coletivo empresarial por empresário individual entraram em vigor nesta segunda-feira (29). Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a regra deve ajudar a coibir abusos relacionados a esse tipo de contrato, como por exemplo a criação de empresas exclusivamente para esse fim. A Agência lançou uma cartilha para auxiliar beneficiários e novos contratantes dessa modalidade de plano de saúde, que pode ser acessada no link.
De acordo com a nova norma, para ter direito a esse tipo de plano, o empresário individual deverá apresentar documentos que confirmem sua inscrição nos órgãos competentes (Junta Comercial ou outro) e sua regularidade cadastral na Receita Federal pelo período mínimo de seis meses. A manutenção do contrato também depende da continuidade da inscrição nos órgãos competentes e da situação regular na Receita Federal. As operadoras e as administradoras de planos de saúde deverão pedir esses documentos no momento da contratação do plano e no aniversário do contrato, anualmente.
A ANS explicou que a operadora ou administradora de benefícios deve informar ao contratante as principais características do plano que está sendo contratado, esclarecendo o tipo de contratação e as regras relacionadas. Além disso, foi criada uma nova regra para os casos de rescisão unilateral imotivada pela operadora.
“A partir de agora, o contrato só poderá ser rescindido imotivadamente após um ano de vigência, na data de aniversário e mediante notificação prévia de 60 dias. A operadora deverá apresentar ao contratante as razões da rescisão no ato da comunicação”, informou a Agência. (Agência Brasil)

PL susta regra de discordância de procedimentos entre médico e plano
Tramita na Câmara dos Deputados proposta que susta resolução normativa (784/17) da Agência Nacional de Saúde (ANS) que determina a formação de junta médica ou odontológica sempre que houver divergência entre a operadora de plano de saúde e o profissional de saúde quanto à indicação de realização de determinado procedimento ou da utilização de órteses, próteses ou outros materiais.
A medida está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 784/17, apresentado pelo deputado Chico D'Angelo (PT-RJ). De acordo com a ANS, a regra busca dar transparência ao processo e promover agilidade no atendimento ao beneficiário, reduzindo casos de judicialização.
Porém, para o parlamentar, a regra "fere o direito do consumidor em benefício das operadoras de saúde".
De acordo com a resolução, a junta médica será composta por três profissionais: o médico ou dentista que solicitou o procedimento, a operadora e o mediador. "Para a escolha dessa terceira pessoa, o plano deverá sugerir quatro nomes, entre os quais um será selecionado, o que indica que essa escolha não será tão neutra quanto sugere a resolução", aponta D"Angelo.
"Nesse sentido, a operadora, via de regra, terá preferência na escolha do método para o tratamento, em vez de ser selecionado o mais adequado para o consumidor", completa.
A proposta será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo plenário.  (Monitor Mercantil)


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