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O Dia da
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- Nossa Leitura
Descredenciamento de
hospitais: ANS define regras de descredenciamento de hospital por plano.
Novas regras de descredenciamento de hospital por um plano de saúde
preveem comunicação individualizada com antecedência mínima
de 30 dias, critérios para a exclusão parcial de serviços
hospitalares e portabilidade mais acessível para beneficiários
insatisfeitos com as mudanças na rede referenciada. A ANS definiu
regras para o descredenciamento de um hospital pelo plano de saúde,
que agora aguardam regulamentação e publicação
no Diário Oficial da União (DOU) para entrar em vigor.
Fonte: Agora
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Reforma da lei dos planos de saúde
emperra
Expectativa era de que o PL 7419 entrasse na pauta do plenário, mas
presidente da Câmara dos Deputados defendeu amplo debate com operadoras
antes da votação; professor de Direito Médico e Hospitalar
da USP comenta pontos criticados pelos planos de saúde no texto do
relator
Na terça-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL) afirmou, durante a abertura de um evento em Brasília (DF),
que não colocaria a reforma da lei dos planos de saúde na pauta
do plenário sem uma ampla discussão em torno do Projeto de
Lei 7419/2006. Em tramitação há 17 anos, o PL reúne
279 projetos de lei que podem alterar toda a estrutura legal do mercado da
saúde suplementar.
De acordo com Lira, a proposta trata de um assunto que tem incomodado os
setores de planos de saúde, cooperativas e operadoras. Por isso, defendeu
a necessidade de ouvir as operadoras de planos de saúde antes de colocar
o parecer do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), em votação.
Um dia depois da declaração, Lira e Duarte Jr. se reuniram e
acordaram fazer uma reunião com representantes do setor no dia 27 de
outubro. O objetivo seria desemperrar a tramitação do PL 7419
e colocá-lo em votação ainda este ano.
“A lei atual é de 1998 e, embora tenha sido reformada em alguns pontos,
a medicina mudou bastante e o setor também. Há questões
interessantes, como a possibilidade de desconto aos consumidores que participarem
de programas de saúde, e outras que são perigosas, como autorizar
que o consumidor possa atrasar o pagamento indefinidamente por 60 dias, o
que colocaria o setor em risco”, analisa o professor da pós-graduação
em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto e advogado
especialista em planos de saúde, Elton Fernandes.
Reforma da lei dos planos de saúde
O Projeto de Lei 7419/2006 tem como objetivo alterar a Lei 9.656, de 3 de
junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência
à saúde. Inicialmente, o PL foi apresentado ao Senado Federal
e dispunha sobre a cobertura de despesas de acompanhante de menor de dezoito
anos, inclusive quando se tratar de internação em unidade de
terapia intensiva ou similar.
Após aprovação do Senado, foi submetido à revisão
na Câmara dos Deputados e passou pelas comissões de Seguridade
Social e Família, Finanças e Tributação, Constituição
e Justiça e de Cidadania, Defesa do Consumidor e Especial. Durante
sua tramitação, o PL ganhou vários apensados, que tratam
de diversos temas relacionados à saúde suplementar, e foi tema
de ampla discussão em audiências públicas em 2017 e de
debates no plenário da Câmara, mas sem um consenso.
Atualmente, a reforma da lei dos planos de saúde conta com 279 apensados
e, desde maio de 2023, tem como relator o deputado Duarte Jr. que defende,
entre outros temas, a proibição da rescisão unilateral
de contratos pelas operadoras, a regulação dos reajustes dos
planos coletivos empresariais e por adesão, o estabelecimento de um
percentual máximo para a coparticipação e a obrigação
das operadoras fornecerem por escrito as razões da recusa de cobertura
ao beneficiário.
Debate em torno do PL 7419/2006
O entrave do debate em torno da aprovação da reforma da lei
dos planos de saúde está na preocupação das operadoras
sobre o texto do relator do PL 7419, segundo o presidente da Câmara,
que afirmou haver muitas reclamações sobre o parecer dele. Em
setembro, cinco entidades representativas do setor da saúde emitiram
um comunicado manifestando preocupação com as alterações
propostas para a lei dos planos de saúde que, conforme elas, podem
colocar em risco o atendimento de 50,7 milhões de brasileiros
“O relatório desconsidera peculiaridades do setor de saúde
suplementar e compromete pilares fundamentais de seu funcionamento, ao propor,
por exemplo, a proibição do cancelamento de planos coletivos
pelas operadoras, e instituir regras de reajuste de mensalidades que carecem
de mais especificidade, aperfeiçoamento técnico e análise
atuarial para conhecimento dos impactos”, disse o comunicado.
No entanto, o professor de Direito Elton Fernandes explica que justamente
os dois pontos alvos das críticas estão entre as situações
que mais trazem vulnerabilidade aos beneficiários. “Não há
como compreender que um plano com dois ou três beneficiários
de uma mesma família, apenas em razão de ter sido contratado
via um CNPJ, seguirá as regras de planos empresariais. Não há
simetria entre as partes”, pondera.
Em 2023, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estipulou
o limite de 9,63% para o reajuste dos planos de saúde individuais e
familiares. Em contraponto, os contratos empresariais e coletivos tiveram
aumentos superiores a 20%, conforme dados da ANS. Além disso, recentemente,
beneficiários tiveram seus planos de saúde empresariais cancelados
unilateralmente por uma grande operadora, sob a justificativa de que esta
é uma conduta válida. “A falsa coletivização parece
vantajosa à operadora num primeiro momento, pois permite reajustes
maiores e até a rescisão desses contratos, mas isso ao final
termina sendo discutido na Justiça, que historicamente tem entendido
em favor do consumidor. Se desejamos reformar a lei, é preciso também
pensar em pacificar nela os entendimentos já consagrados pelo Poder
Judiciário”, ressalta o professor de Direito. (Dino/Folha Vitória)
ANS define regras de descredenciamento de hospital por plano
Novas regras de descredenciamento de hospital por um plano de saúde
preveem comunicação individualizada com antecedência mínima
de 30 dias, critérios para a exclusão parcial de serviços
hospitalares e portabilidade mais acessível para beneficiários
insatisfeitos com as mudanças na rede referenciada
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu regras
para o descredenciamento de um hospital pelo plano de saúde, que agora
aguardam regulamentação e publicação no Diário
Oficial da União (DOU) para entrar em vigor. Dentre as mudanças
anunciadas em agosto deste ano estão a comunicação individualizada
com antecedência de 30 dias, o estabelecimento de critérios para
a exclusão de serviços hospitalares e a possibilidade de realizar
a portabilidade de carências com regras menos rígidas em caso
de insatisfação com a alteração na rede referenciada.
As novas regras foram estabelecidas após o aumento das reclamações
dos beneficiários sobre o descredenciamento de hospitais pelos planos
de saúde nos últimos anos. De acordo com dados da ANS, somente
até maio deste ano houve mais de 13 mil queixas relacionadas ao descredenciamento
de médicos, laboratórios e hospitais. Em 2020, foram 12 mil
reclamações durante o ano todo. Em 2021, o número passou
para quase 16 mil e, em 2022, atingiu 25 mil queixas.
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"Não pode o plano de saúde comercializar um contrato atraindo
clientes com a oferta de uma rede credenciada, mas depois alterá-la
retirando os principais e mais caros hospitais. Essa conduta tem sido entendida
como abusiva pela Justiça", explica o professor da pós-graduação
em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto e advogado
especialista em planos de saúde, Elton Fernandes.
Regras para o descredenciamento de um hospital
Conforme a lei, para realizar um descredenciamento de um hospital atualmente,
o plano de saúde tem que substituí-lo por um que preste o serviço
com a mesma qualidade. Além disso, tem que avisar os clientes com 30
dias de antecedência e comunicar a ANS sobre a troca. Caso não
haja uma substituição, mas sim uma redução da
rede conveniada, a operadora deve pedir autorização à
agência reguladora.
Até então, a ANS exige que os planos de saúde coloquem
em seus sites todas as informações sobre o descredenciamento
de um hospital, sob pena de pagamento de multa de R$ 25 mil e advertência,
caso não o façam. Para quem não cumpre as regras de equivalência
e não informa a substituição da rede hospitalar, a multa
pode chegar a R$ 30 mil.
Com as novas regras da agência reguladora, as operadoras terão
que fazer uma comunicação individualizada aos beneficiários
com 30 dias de antecedência. O objetivo é trazer maior transparência
e segurança para os consumidores, segundo a ANS. Além disso,
beneficiários insatisfeitos com o descredenciamento de um hospital
poderão fazer a portabilidade de carências sem as restrições
de prazo de permanência no contrato de origem e de faixa de preço
compatível.
"Além de ser informado oficialmente sobre qualquer mudança
na rede hospitalar da sua operadora, o consumidor terá maior mobilidade,
pois ficará mais fácil fazer a portabilidade de carências
caso o hospital de sua preferência saia da rede da sua operadora", ressaltou
o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, no comunicado sobre as novas
regras.
O que muda para os planos de saúde
Os planos de saúde também terão que seguir regras específicas
para a substituição de hospitais. Por exemplo, a avaliação
de equivalência deverá ser realizada a partir do uso de serviços
hospitalares e do atendimento de urgência e emergência nos últimos
12 meses. Isto porque se os serviços tiverem sido utilizados no prestador
excluído no período analisado, eles deverão ser oferecidos
no novo hospital.
O professor de Direito Elton Fernandes lembra que, ao escolher um plano
de saúde, os beneficiários consideram o valor do serviço,
principalmente, em função da rede credenciada oferecida. Por
isso, as operadoras não podem, simplesmente, alterar os locais de atendimento
sem manter o mesmo padrão do que foi oferecido na contratação.
"Um plano de saúde só pode descredenciar um hospital se ele
substituir esse hospital por outro equivalente. A lei prevê que o hospital
descredenciado deve ser substituído por outro equivalente, de modo
que se não for equivalente e não for um novo hospital que o
consumidor antes não tinha direito de usar, isto pode ser visto como
ilegal na Justiça", afirma o advogado especialista em plano de saúde.
Nesse processo, o impacto sobre os beneficiários deverá ser
considerado, segundo a ANS. Por isso, se o hospital alvo do descredenciamento
fizer parte do grupo de hospitais que concentram 80% das internações
do plano, não poderá haver a exclusão parcial de serviços
hospitalares.
As novas regras da ANS também reafirmam uma norma antiga, de que
o hospital substituto esteja localizado no mesmo município do prestador
descredenciado. Quando não houver um disponível, o substituto
deverá estar em um município próximo. "A regra traz alterações
benéficas ao consumidor e há avanços, mas será
preciso que a ANS fiscalize e puna eventual desrespeito a fim de evitar a
judicialização", completa Elton Fernandes.
Website: http://www.eltonfernandes.com.br (Terra Notícias)
Unidas: Congresso discute a sustentabilidade e o impacto da ...
... saúde suplementar, com moderação da Denise Eloi,
CEO no Instituto Coalizão Saúde. “O setor suplementar precisa
pensar no beneficiário como centro afinal...
Ver matéria através do link
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=newssearch&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjws5nu2fyBAxXtLrkGHdMLADUQxfQBKAB6BAgLEAE&url=https%3
A%2F%2Fsetorsaude.com.br%2Fcongresso-unidas-discute-a-sustentabilidade-e-o-impacto-da-tecnologia-e-inovacao-no-setor%2F&usg=AOvVaw1fdG39mvUBoGFwBH5zJ97q&opi
=89978449 (Setor Saúde)
Vivest: Fraude: não pague essa conta!
Reembolso sem desembolso, recibos duplicados, empréstimo de carteirinha...
Muitas são as fraudes cometidas contra os planos de saúde. E
quem paga essa conta? Claro, as operadoras, mas, você, como beneficiário,
também, quando as mensalidades dos planos são reajustadas.
Para combater essas práticas, a Vivest lança a campanha Fraude:
não pague essa conta!, conscientizando seus beneficiários, as
patrocinadoras e a rede credenciada sobre a importância de acabar com
essas más condutas.
Vamos juntos?
Conheça os impactos das fraudes
A gerente executiva de Gestão em Saúde da Vivest, Regina de
Arruda Mello Blanco, explica quais as fraudes mais comuns, os impactos no
setor de saúde e como afetam os próprios beneficiários.
Assista o vídeo através do link https://youtu.be/9xDCVyWEH8s
(Vivest/AssPreviSite)
Economus: Pesquisa de satisfação geral 2023 – Confira os resultados
Em agosto deste ano, o Economus realizou mais uma pesquisa anual de satisfação
com o objetivo de conhecer a opinião de participantes e beneficiários
sobre os serviços oferecidos pelo Instituto. Foram levantados quais
são os pontos positivos e aqueles que requerem ações
de melhorias. As entrevistas foram realizadas por uma empresa independente,
via telefone, com 380 pessoas selecionadas aleatoriamente e que representam,
estatisticamente, o público do Economus. O nível de confiança
é de 95%.
Veja abaixo os destaques:
– O índice de satisfação geral com os serviços
do Economus alcançou 79,2% entre “Muito Satisfatório” e “Satisfatório”.
O resultado é superior a 2022, quando esse mesmo índice foi
de 77,7%.
– A comunicação do Economus, considerando a frequência
de postagens, criatividade e conteúdo, obteve 82,9% de “Muito Satisfatório”
e “Satisfatório”.
– Quanto à clareza e facilidade de entendimento das notícias
publicadas, 82,3% dos entrevistados consideraram “Muito bom” e “Bom”.
– Em relação ao atendimento na Central de Relacionamento,
86,4% dos entrevistados avaliaram como “Muito Satisfatório” e “Satisfatório”.
Os bons resultados obtidos na pesquisa reforçam o compromisso do
Economus na busca por evoluir e melhorar os serviços oferecidos aos
seus participantes e beneficiários. (Economus/AssPreviSite)
Metrus e CDB: Parceria pela saúde das mulheres
Durante o mês de outubro, o Metrus e o laboratório CDB realizam
uma campanha para incentivo à prevenção e ao cuidado
com a saúde feminina.
Todos os exames de mamografia realizados de 1 a 31 de outubro nas unidades
do CDB credenciadas ao Metrus Saúde terão custo reduzido para
as beneficiárias do MSI, MSE e MSB.
Além disso, o agendamento poderá ser feito por um canal diferenciado,
que já conta com horários disponíveis para os próximos
dias!
A ação reforça a importância do cuidado periódico
para um diagnóstico precoce e faz parte da campanha de conscientização
do Outubro Rosa.
Converse com seu médico e agende seu exame.
(11) 4765-0333
http://www.cdb.com.br/
Lembre-se:
Para a realização do exame será necessário apresentar
o pedido médico, assinado e carimbado, seu cartão Metrus Saúde
e um documento de identificação com foto.
Se for utilizar a guia de exame peri (Metrus/AssPreviSite)
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Reforma Tributária:
Senado quer ‘trava’ ao Imposto Seletivo
Pela proposta em discussão, qualquer mudança futura de alíquota
do novo tributo terá de ser feita por meio de lei complementar – o
que exige quórum qualificado no Congresso
Um dos principais pontos de insegurança do setor produtivo em relação
à reforma tributária, a aplicação do Imposto Seletivo
deverá ser restringida durante a tramitação do projeto
no Senado. Pela proposta em discussão, qualquer nova taxação
ou mudança de alíquota terá de passar no Congresso por
meio de uma lei complementar, o que requer quórum qualificado – maioria
absoluta das duas Casas, ou seja, aprovação de 257 deputados
e 41 senadores.
O objetivo é evitar que o tributo – que também tem sido chamado
de “imposto do pecado” – seja usado pelo governo como instrumento arrecadató-rio,
sobretaxando produtos e serviços, como os alimentos ultraprocessados,
telecomunicações e energia.
O Imposto Seletivo será usado para taxar produtos que fazem mal à
saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas. Na reforma, porém,
seu uso está sendo estendido a produtos que afetem o meio ambiente
e para manter a vantagem competitiva da Zona Franca de Manaus. Isso colocou
em alerta a indústria de alimentos, de energia elétrica e até
de telecomunicações, que temem uma brecha para pagar mais impostos.
Um comando legal que requer a aprovação de uma lei complementar
também não poderia ser dado pelo governo por meio de uma medida
provisória, cujos efeitos são imediatos. A exigência do
aval de uma parcela maior do Parlamento deve, na visão de senadores,
desestimular o uso do tributo para fins arrecadatórios.
Na reta final da elaboração de relatório da Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) sobre a reforma, o senador Efraim Filho
(União BrasilPB) antecipou ao Estadão que a maioria dos seus
integrantes defende que seja imposta uma trava ao “uso indiscriminado” do
tributo. Efraim coordena o grupo de trabalho criado pela CAE para apresentar
recomendações ao relator, Eduardo Braga (MDB-AM) – e cujo relatório
será divulgado hoje. •
Senado discute a adoção de um teto para evitar alta da carga
tributária
Comissão de Assuntos Econômicos quer estabelecer limite para
que não haja aumento de impostos sobre o consumo
Os senadores que compõem a Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) vão recomendar ao relator da reforma tributária na Casa,
Eduardo Braga (MDB-AM), que deixe explícito no texto constitucional
um limite para que não haja aumento de carga tributária dos
impostos que incidem sobre o consumo.
Segundo Efraim Filho (União Brasil-PB), há consenso entre
os senadores que compõem a CAE de que o modelo atual de tributação
é “arcaico e obsoleto”, mas também é opinião corrente
entre eles que a reforma não pode ser feita para aumentar a carga
tributária.
“A reforma é emblemática. Por mais que o Eduardo (o relator)
esteja otimista, tem muitos pontos que precisam ser acertados. Eu não
estou vendo ambiente para conseguir essa aprovação tão
rápida”, disse Efraim, que coordena o grupo de trabalho criado pela
CAE.
Braga já indicou o desejo de fixar um teto para a carga tributária.
Para Efraim, o limite pode ser dado tanto pelo atual nível de arrecadação
quanto por um porcentual do PIB ou, ainda, por meio da fixação
de uma alíquota máxima de IVA a ser cobrada dos setores. “O
importante é criar uma forma de limitar o poder do governo de tributar.”
REAÇÃO. Governistas têm alegado, porém, que o
teto poderia brecar investimentos públicos no futuro. Efraim, por sua
vez, argumenta que o intuito de impor limites à arrecadação
seria justamente o de forçar o governo a rever os seus gastos de tempos
em tempos.
“A reforma não pode passar a mensagem de aumento de impostos. O equilíbrio
não se faz só pelo aumento de receita, mas também pelo
controle das despesas. O brasileiro não aceita pagar mais impostos,
por isso se justifica o teto (para a carga tributária) na Constituição”,
afirma.
Nesse sentido, os senadores argumentam que a restrição ao
Imposto Seletivo seria outra ação com a finalidade de impor
limites ao Executivo na cobrança de tributos. “Vamos propor um aperfeiçoamento
de redação que não permita o uso indiscriminado do Imposto
Seletivo, para que ele cumpra sua missão de ser um tributo extra-fiscal,
usado apenas para orientar hábitos de consumo”, diz Efraim.
O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSDGO), é um dos senadores
que apresentaram emenda para exigir que qualquer mudança no Imposto
Seletivo seja aprovada por lei complementar. “O governo pode editar medida
provisória e escolher os setores e produtos. Já tem várias
emendas nesse sentido, inclusive minha”, diz. “Se não tiver essa trava,
a pressão vai ser tão grande que vai levar para quanto (a alíquota)?”
A CAE ficou de fora da tramitação da reforma, mas se transformou
num espaço de discussão e de recebimento de críticas
dos setores que consideram que serão sobretaxados nesta fase final
das discussões. •
“A reforma não pode passar a mensagem de aumento de impostos. O equilíbrio
não se faz só pelo aumento de receita, mas também pelo
controle das despesas”
Efraim Filho - Senador (União Brasil-PB)
Reforma tributária continua provável mesmo com crise internacional
Aguerra no Oriente Médio piorou ainda mais o cenário geopolítico,
e trouxe novos riscos de curto prazo para o Brasil. Os próximos 12
meses devem trazer mais dificuldades para o governo Lula, encerrando um período
relativamente favorável para o presidente. Esse cenário, porém,
não diminui a probabilidade de aprovação da reforma tributária
pelo Congresso, com profundas implicações para a economia.
Mais que uma reforma, se trata de uma refundação do sistema
de impostos sobre o consumo. Como a implementação será
lenta, não há nenhum senso de urgência na população,
que ignora o assunto. Mas, para as empresas, é impossível evitar
o tema, pois o novo modelo, com tributação apenas no destino
da mercadoria, mudará a lógica de fazer negócios no Brasil,
além de aumentar ou diminuir impostos sobre praticamente tudo o que
se compra no País.
É importante interromper por alguns minutos a discussão internacional
para observar o andamento das negociações no Congresso. Após
dois meses de debates, o Senado se prepara para votar a reforma na primeira
quinzena de novembro. Alguns parlamentares ainda se opõem, mas reconhecem
as dificuldades de obstrução, e têm focado mais em extrair
concessões do que em travar o jogo. É muito provável
que, até o fim de 2023, o Congresso promulgue a emenda constitucional,
iniciando a transição para o novo modelo.
A força da proposta está no fato de que a elite política
brasileira concordou que o atual sistema está quebrado. Reformar os
impostos sobre consumo não é um tema que divide esquerda ou
direita; o governo contará, inclusive, com apoio de políticos
da oposição, como tem sido o caso do governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas. O risco de impasse ainda existe, mas é
pequeno, e está mais relacionado a desavenças entre os Estados
do que à relação entre Lula e o Congresso.
Estamos perto de um divisor de águas para a economia brasileira.
O novo sistema trará uma das maiores alíquotas de Imposto sobre
Valor Agregado do mundo, senão a maior, e também terá
ineficiências e inconsistências. Não será perfeito.
Mas, ao mesmo tempo, trará enormes ganhos de produtividade para várias
indústrias. Muitas empresas já têm monitorado os debates.
Em alguns casos, para aproveitar as novas oportunidades. Em outros, para se
proteger de prejuízos com as mudanças.
Com a provável aprovação da reforma, 2024 será
um ano crítico para essas empresas. Ao mesmo tempo que o governo deve
começar a sentir mais dificuldades no ambiente externo, o Congresso
começará a trabalhar na legislação complementar,
que trará os detalhes do novo sistema de impostos. Quem se preparar
mais cedo, sairá na frente. (Agência Estado)
‘Reforma Administrativa teria efeito pequeno’, diz secretário
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan,
disse ontem que a reforma administrativa está na agenda econômica
do governo, mas frisou que as medidas em debate não têm como
objetivo ajudar no esforço fiscal necessário para reequilibrar
as contas públicas.
“A reforma administrativa é importante, não podemos nos furtar
a esse debate. Mas devemos olhar da forma mais macro possível, com
o primeiro objetivo de melhorar a eficiência dos serviços ao
cidadão e, apenas em segundo lugar, (com o objetivo de) uma redução
de custos”, disse ele, em evento que debateu o futuro dos meios de pagamento.
“Até porque o efeito é pequeno diante da necessidade de ajuste
fiscal que a União tem hoje. Precisamos de um ajuste que a reforma
administrativa não consegue entregar.”
Embora as medidas fiscais apresentadas ao Congresso até aqui estejam
direcionadas apenas ao aumento da arrecadação – o que tem rendido
críticas de especialistas e do mercado à equipe econômica
–, Durigan afirmou que o governo também está fazendo o debate
sobre as despesas. “Devemos apresentar também medidas nesse sentido
de aprimoramento do gasto público.”
CARTÃO DE CRÉDITO.
Embora o Ministério da Fazenda não participe diretamente das
reuniões entre o Banco Central e o setor financeiro sobre uma nova
regulação para o rotativo do cartão de crédito,
Durigan disse que seria “equilibrada” uma solução que combine
um teto para os juros do rotativo e uma limitação de meses para
o parcelado sem juros.
“Isso precisa ser conversado. Talvez uma solução de composição
que limite dos dois lados, traga um equilíbrio para o mercado e vire
a página. Isso pode ser a melhor saída”, disse ele. •
(Agência Estado)
O Mercado de trabalho e benefícios
Trabalho & Renda: Brasil tem
25,4 milhões de pessoas trabalhando por conta própria, segundo
o IBGE
No Brasil 25,4 milhões de pessoas estão trabalhando por conta
própria. O número ficou estável frente ao trimestre anterior
e caiu 2,0% no ano — menos 509 mil pessoas. Os dados são da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE. Na opinião
do professor Riezo Almeida, coordenador do curso de Ciências Econômicas
do IESB, em Brasília, as pessoas estão em busca de maior flexibilidade,
principalmente no pós-pandemia. Segundo o especialista, além
de trabalhar as pessoas procuram ter equilíbrio na vida, com vida
social, cultura e lazer.
“Uma das coisas que mudou hoje é a forma de você trabalhar.
Então muita gente prefere estar trabalhando como autônomo para
conseguir ter uma renda nos dias e nos horários que preferem do que
estar no emprego formal. Eles querem mais independência e autonomia”,
observa.
O economista Aurélio Trancoso acrescenta mais um argumento: essa
informalidade começou ainda na pandemia, quando as pessoas foram para
dentro de casa e começaram a fazer coisas que sabiam fazer para ganhar
algum dinheiro.
“Infelizmente, nós ficamos mais pobres no pós-pandemia. A
situação é bem delicada. Você tem muita gente
procurando emprego, o índice de desemprego ainda é muito alto
no Brasil, você está aí com 7.8, se não me engano,
de desempregados e as pessoas têm que se virar. E elas começaram
a trabalhar lá na pandemia. Tiveram algum sucesso e passaram a exercer
isso”, avalia.
O especialista também destaca que o valor da contratação
está bem menor do que era na época da pandemia. Com isso, ele
diz que o empresário, além de ele estar contratando com valor
mais baixo, a procura também é muito grande. “A oferta de emprego
é menor do que a quantidade de pessoas que querem trabalhar, naturalmente
o preço cai, a remuneração cai. Então isso aí
está fazendo com que as pessoas comecem a ir para a informalidade”,
ressalta.
Trabalhadores na informalidade
De acordo com o levantamento, a taxa de informalidade foi de 39,1 % da população
ocupada — ou 38,9 milhões de trabalhadores informais —, contra 38,9%
no trimestre anterior e 39,7% no mesmo trimestre de 2022.
Júlia Carneiro é professora e moradora de Patos de Minas (MG).
No início da pandemia, ela ficou desempregada após não
conseguir fechar turmas para as suas aulas do Ensino Fundamental. “O trabalho
era pela prefeitura, eu sempre pegava aulas por contrato — e com a pandemia
não houve contratação”, explica.
A professora conta que, por morar com os pais, teve a sorte de não
ter passado por dificuldades financeiras em casa, mas que, por outro lado,
a situação não foi favorável à sua saúde
mental. “Foi angustiante, fiquei bem deprimida, sem saber o que fazer. As
minhas despesas pessoais eu fui pagando com as economias que eu já
tinha e decidi não ficar parada”.
Foi assim que a Júlia decidiu abrir o próprio negócio
de cosméticos. “É algo que eu amo, comprar e usar. Então
seria mais fácil começar por algo que gosto e conheço
bem. Hoje tenho o meu espaço em casa e trabalho com produtos a pronta
entrega, cestas, presentes”, conta.
Desemprego
Segundo o IBGE, existem hoje 8,6 milhões de pessoas desempregadas
no país. A taxa de desemprego corresponde a 8,0%, só no segundo
semestre de 2023. “O custo de vida aumentou e as pessoas passaram a ganhar
menos e essa informalidade ela tem tudo a ver com essas pessoas que realmente
precisam trabalhar, precisam sustentar suas famílias e acabaram indo
para a informalidade que eles acabam ganhando mais”, reforça Trancoso..
O professor Riezo Almeida, coordenador do curso de Ciências Econômicas
do IESB, em Brasília, faz um alerta. “Cada vez mais as pessoas querem
ter a sua autonomia. Então, autonomia e independência financeira
estão relacionadas diretamente com esse trabalho autônomo”. Segundo
Riezo, a pessoa precisa pagar os impostos para ter os benefícios de
aposentadoria, ter a renda dentro do seu estilo de vida. Ele diz ainda que
"muitos empregos hoje em dia têm uma precarização, principalmente
esses de plataforma, onde o trabalhador, mesmo sendo autônomo, trabalha
muito mais horas em relação ao trabalho formal”.
(Brasil 61)
Informações
sobre Seguros,
Economia e Finanças
Seguros: Projeto estabelece
normas para o Open Insurance
A senadora Soraya Tronicke (Podemos–MS) apresentou projeto de lei complementar
que regulamenta a abertura e o compartilhamento de dados no Sistema Financeiro
Nacional e no mercado de seguros (Open banking e Open Insurance). Segundo
a parlamentar, a finalidade da proposta é “proteger o consumidor e
estimular a concorrência” na oferta de produtos e serviços de
pagamentos, financeiros, de seguros, do mercado de capitais entre os entes
supervisionados pela Susep, o Banco Central e a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
O texto estabelece que as instituições devem conduzir suas
atividades com ética e responsabilidade, com observância da legislação
e regulamentação em vigor, bem como dos princípios de
transparência; segurança e privacidade de dados e de informações
sobre serviços compartilhados no âmbito desta Lei; qualidade
dos dados; e tratamento não discriminatório.
A Estrutura de Governança das Finanças Abertas deverá
ser composta pelo Conselho Deliberativo, o Secretariado e os Grupos Técnicos.
O Conselho Deliberativo será responsável por decidir as questões
estratégicas e propor os padrões técnicos. Será
também a instância responsável por definir o regimento
interno da Estrutura de Governança, deliberar sobre a convenção
das instituições participantes, aprovar orçamentos, determinar
as diretrizes para o Secretariado e para os Grupos Técnicos e orientar
sobre as demais questões do Sistema.
Deverão compor esse Conselho Deliberativo representantes do Banco
Central, da Susep, da CVM, da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério
da Justiça; do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência;
da Autoridade Nacional de Proteção de Dados; e de associações
ou grupos de associações do mercado financeiro, que incluem
segmentos como bancos, seguradoras, cooperativas de crédito, prestadores
de serviços de ativos virtuais, financeiras e instituições
de pagamento.
Será facultado às instituições participantes
incluir outros dados e serviços, desde que observados os princípios,
os requisitos para compartilhamento e as demais disposições
da lei.
Esse compartilhamento deverá abranger o último dado disponível,
com discriminação da data de sua obtenção; e os
dados fornecidos diretamente pelo cliente ou obtidos por meio de consulta
a bancos de dados de caráter público ou privado, exceto os dados
classificados como dado pessoal sensível pela legislação;
as notas ou pontuações de crédito; e as credenciais e
outras informações utilizadas com o objetivo de efetuar a autenticação
do cliente.
Deverá haver consentimento prévio do titular para esse compartilhamento
de dados.
Será vedado obter o consentimento do cliente por meio de contrato
de adesão; por meio de formulário com opção de
aceite previamente preenchida; ou de forma presumida, sem manifestação
ativa do cliente.
O projeto veda também a prestação de informação
para a sociedade transmissora de dados sobre as finalidades referidas para
o consentimento.
A instituição receptora de dados ou iniciadora de transação
de pagamento, previamente ao compartilhamento de que trata o projeto, deverá
identificar o cliente e obter o seu consentimento, que precisará ser
solicitado por meio de linguagem clara, objetiva e adequada; referir-se a
finalidades determinadas; ter prazo de validade compatível, limitado
a doze meses; discriminar a instituição transmissora de dados
ou detentora de conta, conforme o caso; discriminar os dados ou serviços
que serão objeto de compartilhamento, observada a faculdade de agrupamento;
e incluir a identificação do cliente.
No caso de transações de pagamento sucessivas, o cliente,
a seu critério, poderá definir prazo superior ao estabelecido,
podendo condicionar o prazo de validade do consentimento ao encerramento das
referidas transações.
As instituições participantes envolvidas no compartilhamento
de dados ou serviços devem assegurar a possibilidade da revogação
do respectivo consentimento, a qualquer tempo, mediante solicitação
do cliente, por meio de procedimento seguro, ágil, preciso e conveniente,
observado o disposto na legislação e regulamentação
em vigor. (Fenacor
Cai a projeção da inflação brasileira
A queda é acompanhada pela estabilidade do PIB, do câmbio e
da Selic
O mercado financeiro reduziu as projeções da inflação
brasileira pela primeira vez, após semanas de estabilidade. A inflação
oficial brasileira é mensurada pelo Índice de Preço ao
Consumidor Amplo (IPCA) e está cotada a 4,75% para 2023.
Já o produto interno bruto, o PIB, a taxa básica de juros
da economia, a Selic, e o câmbio do real em relação ao
dólar registram estabilidade de projeção.
A previsão de mercado para o crescimento do PIB é de, aproximadamente,
2,90% para 2023, enquanto a projeção do dólar é
de R$ 5,00. A taxa básica de juros, a Selic, segue cotada a 11,75%
até o final deste ano.
Para 2024, a projeção da taxa básica de juros é
de 9,00% — e de 8,50% para 2025.
Outros indicadores divulgados nesta edição do boletim focus
indicam crescimento da dívida líquida do setor público
brasileiro, manutenção dos volumes de investimento direto no
país e queda dos preços administrados.
As informações são do Banco Central do Brasil.
(Brasil 61)
Ataque a hospital em Gaza deixa centenas de mortos; Israel nega autoria
O hospital Al Ahli Arab, financiado pela Igreja Anglicana, abrigava feridos
pelos ataques aéreos de Israel nos últimos dias
Um suposto ataque aéreo de Israel a um hospital na Faixa de Gaza
matou ao menos 500 pessoas, segundo um porta-voz do Ministério da
Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas.
Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou
que o ataque tenha partido de Israel.
"Uma análise dos sistemas operacionais das IDF (Forças de
Defesa de Israel) indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas
em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento
em que foi atingido", escreveu Netanyahu no X (antigo Twitter).
"Múltiplas fontes que temos em mãos indicam que a Jihad Islâmica
é responsável pelo lançamento fracassado do foguete que
atingiu o hospital em Gaza", publicou o primeiro-ministro israelense.
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O grupo Jihad Islâmica é aliado do Hamas na Faixa de Gaza.
O grupo negou ter participação no ataque.
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Opositor do Hamas, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas,
classificou a explosão como um "horrível massacre de guerra".
Para ele, Israel “ultrapassou todas as linhas vermelhas."
A se confirmarem as afirmações das autoridades palestinas,
esse seria mais um da série de ataques aéreos que Israel vem
promovendo em Gaza em retaliação ao ataque do Hamas em 7 de
outubro, quando pelo menos 1,3 mil foram mortos por membros do grupo islâmico.
Imagens do hospital Al Ahli Arab mostram cenas de caos - com vítimas
ensanguentadas e mutiladas sendo levadas às pressas em macas.
Corpos e veículos destruídos podem ser vistos nos escombros
espalhados pela rua.
Vídeos compartilhados pela internet, ainda não confirmados
pela BBC, mostram uma grande explosão pouco antes.
Centenas de pessoas feridas estavam abrigadas em um corredor nas dependências
do hospital, segundo moradores da região.
Autoridades da defesa civil dizem que a explosão foi resultado de
um ataque aéreo israelense e que centenas de pessoas estão presas
nos escombros.
O gabinete de comunicação social do governo do Hamas em Gaza
classificou o ataque ao hospital como um "crime de guerra".
"O hospital atendia centenas de doentes e feridos, e pessoas deslocadas
à força das suas casas", afirmou o Hamas.
O comunicado diz que "centenas de vítimas ainda estão sob
os escombros".
Ataque teria deixado pelo menos 500 mortos, segundo autoridades paletinas
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS),
Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “condena veementemente” o ataque ao
Hospital Al Ahli Arab.
Ele disse que os primeiros relatórios indicam centenas de mortos
e feridos no local.
“Pedimos a proteção imediata dos civis e dos cuidados de saúde,
e que as ordens de evacuação sejam revertidas”, postou ele no
X.
O hospital Al Ahli Arab é financiado pela Igreja Anglicana, e Richard
Sewell, reitor do St George's College – uma das principais figuras da igreja
em Jerusalém – postou nas redes sociais que o hospital foi “atingido
diretamente por um ataque israelense”. míssil".
Ele afirmou que centenas de mulheres e crianças foram mortas, e chamou
o ato de “assassinato deliberado de civis vulneráveis”.
“As bombas devem parar agora. Não pode haver nenhuma justificativa
possível para isso", disse Sewell.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) comentou o caso em
comunicado. A entidade disse estar “chocada e horrorizada” com os relatos
da explosão.
“Os hospitais deveriam ser santuários para preservar a vida humana,
e não cenas de morte e destruição”, afirmou a Cruz Vermelha.
"Nenhum paciente deveria ser morto em uma cama de hospital. Nenhum médico
deveria perder a vida enquanto tentava salvar outras pessoas. Os hospitais
devem ser protegidos pelo direito humanitário internacional", complementou
a instituição. (Reuters/BBC News)
Fed: Trajetória para a inflação nos EUA ainda não
está clara, diz dirigente
Tom Barkin, presidente do Fed, não enxerga conexão entre os
indicadores e a ral situação econômica da demanda
Presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de
Richmond, Tom Barkin, afirmou nesta terça-feira (17), que há
“progresso” na luta contra a inflação, que está na direção
correta, embora ainda não no ponto almejado pela instituição.
No evento Real Estate Roundtable, o dirigente comenta que vê um descasamento
entre dados mais recentes da economia dos Estados Unidos e o que ouve em seus
contatos com agentes econômicos, como dirigentes de empresas. Ele diz
que “ainda precisa ser convencido” de que a demanda está se ajustando
e que qualquer fraqueza está sendo transmitida à inflação.
Sem direito a voto nas decisões de política monetária
neste ano, Barkin afirma que não gosta de depender apenas dos indicadores,
mas tem como prioridade estar “em campo” toda semana para entender melhor
a economia.
Ele vê “uma certa desconexão” entre os indicadores e o que
escuta nessas incursões. “Vejo uma economia que está bem mais
avançada no caminho para normalização da demanda do
que muitos dos indicadores diriam a você”, compara. “Mas a questão
é quanto dessa desaceleração está passando para
a inflação”, avalia. “A trajetória para a inflação
ainda não está clara”, considera ainda.
Nesse contexto, Barkin nota que apoiou a decisão da última
reunião de manter os juros e esperar por mais informação.
“Temos tempo para ver se já fizemos o suficiente, ou se há mais
trabalho a fazer”, afirma.
Ele diz que há agora “uma história plausível” de que
a demanda mais fraca já atua para levar a inflação à
meta de 2%. Segundo ele, a demanda enfraquece pois as altas de juros atuam
com um atraso, conforme os juros de longo prazo avançam.
Ele diz que essa história é “plausível”, mas lembra
que não seria a primeira vez no quadro recente que uma narrativa que
levaria a uma inflação mais baixa não se confirmou. Desse
modo, o dirigente afirma que “ainda precisa ser convencido”, pois a inflação
segue elevada.
Os indicadores dirão que a demanda não está fraca,
com o Produto Interno Bruto (PIB) ainda sólido e expectativas de resultado
mais forte no terceiro trimestre. O mercado de trabalho “não está
fraco” conforme os dados, acrescenta ainda. Mas Barkin pondera que os dados
saem com atraso, sendo posteriormente revisados várias vezes. Por isso
ele diz que sua prioridade tem sido intensificar contatos em campo para entender
o cenário. “Estou ouvindo uma mensagem diferente”, afirma.
Seus contatos falam que a demanda desacelera, consumidores estão
revendo prioridades em gastos, os bancos estão sentindo a pressão
sobre as margens e reduzem presença em setores mais arriscados, por
exemplo. O mercado de trabalho em geral também se ajusta mais, relatam.
De qualquer modo, Barkin diz que, diante da falta de clareza sobre o rumo
da inflação, é positivo esperar para haver mais informações
antes da próxima mudança. Ele vê vários cenários
potenciais, de uma retomada a uma recessão ao retorno do normal anterior
à pandemia. E acrescenta que o Fed caminha sob um caminho estreito,
focado em evitar que a inflação retorne, mas também sem
querer provocar dano desnecessário à economia. Há ainda
o potencial de choques externos, como mostram as notícias recentes
do Oriente Médio, cita.
Barkin diz que, conforme fala com empresas, ouve motivos para acreditar
que, caso ocorra uma recessão, ela deve ser “menos severa”.
Segundo ele, o “preâmbulo prolongado” de risco de recessão
reduz esse custo, com empresas já preparadas para eventual contração.
(Reuters/Agência Estado)
Ibovespa cai 0,54%; dólar fica estável
Volátil, bolsa de valores de hoje termina pregão em queda
mesmo com alta de 2% de Petrobras (PETR3;PETR4) após recorde de produção
A bolsa de valores hoje encerrou o pregão no vermelho apesar de uma
forte alta das petroleiras e, em especial, da Petrobras (PETR3;PETR4). O Ibovespa
caiu 0,54% nesta terça-feira (17) para 115.908 pontos. O dia de negociações
na bolsa foi marcado pela repercussão de informações
operacionais da Petrobras, divulgadas ontem, e pela repercussão de
dados vindos dos Estados Unidos sobre a produção industrial.
Após o fechamento da bolsa de valores hoje, investidores voltam a
atenção para a Vale, que deve divulgar a prévia operacional
do terceiro trimestre.
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Além disso, a guerra no Oriente Médio continua no radar, à
medida em que o Brasil tenta intermediar um acordo para a abertura de um corredor
humanitário. Assim como as discussões sobre o rumos dos juros
nos Estados Unidos.
De acordo com Alexandre Nishimura, economista da Nomos Capital, o mercado
volátil de hoje reflete o aumento de rendimento nos títulos
de renda fixa americana, os Treasuries.
Dólar
Já o dólar hoje registrou estabilidade. A moeda norte-americana
teve leve alta de 0,04%, chegando a R$ 5,03, com máxima de R$ 5,09
e mínima de R$ 5,00.
No exterior, o dólar também teve queda pouco significativa
frente a outras moedas globais. O índice DXY, que mede outras moedas
importantes como o euro e o iene frente ao dólar, recuou 0,04% para
106,20 pontos.
Recorde de produção da Petrobras
A Petrobras divulgou fato relevante informando investidores de que bateu
a marca de 3,98 milhões de barris de óleo equivalente (boe)
entre julho e setembro. O número representa um avanço de 7,8%
acima do trimestre imediatamente anterior.
Além disso, a produção em setembro, de 4,1 milhões
de (boe), foi 6,8% maior do que em agosto – um recorde de produção
mensal.
As ações da Petrobras avançaram forte na bolsa de valores
hoje, refletindo a prévia recorde. Os papéis PN (PETR4) tinham
variação positiva de 2,70%. Já os papéis ON (PETR3)
subiram 2,27%.
Houve também alta do petróleo, com o contrato futuro do barril
Brent para janeiro de 2024 variando 0,7%. Ações das petroleiras
de menor porte na bolsa também subiram, com os papéis de Prio
ON (PRIO3) em alta de 0,80%. Já os ativos da 3R Petroleum (RRRP3) avançaram
2,11%.
Melhores ações da bolsa de valores hoje
Entre as melhores ações da bolsa de valores hoje (17/10),
o pódio ficou com a Oi. Os ativos ON da operadora, em recuperação
judicial, subiram 18,64% até 17h34.
Segue abaixo a lista do top 5 de melhores ações da bolsa de
valores nesta terça-feira. Elencamos as principais ações
da Bovespa que movimentaram um volume igual ou superior a R$ 1 milhões
de reais no pregão.
Oi (OIBR3): 18,64%
NeoGrid (NGDR3): +5,47%
Gol PN (GOLL4): +4,28%
Recrusul (RCSL3): +3,64%
MarcoPolo (POMO4): +2,92%
Piores ações da bolsa de valores
A bolsa teve como destaque negativo do dia a imobiliária BR Properties
(BRPR3). As ações despencaram 14,37% no pregão desta
terça-feira.
Confira a lista das cinco das piores ações:
BR Properties (BRPR3): -14,37%
Log (LOGN3): -5,85%
Azevedo&Travassos PN (AZEV4): -5,84%
Azevedo&Travassos ON (AZEV3): -5,67%
Magazine Luiza (MGLU3): -5,59%
Bolsas Internacionais
No exterior, as bolsas de Nova York fecharam mistas. O dia foi positivo,
em contrapartida, para a renda fixa dos EUA. Os Treasuries avançaram
hoje, com o mercado apostando cada vez mais em um novo aperto monetário
do Fed, destaca o analista Fábio Louzada.
O índice Dow Jones
subiu 0,04%, aos 33.997 pontos, enquanto o S&P 500 cedeu 0,01%, aos
4.373 pontos. A Nasdaq fechou em queda de 0,25%, aos 13.533 pontos.
Na Europa, por outro lado, as bolsas encerraram o dia com viés positivo.
O movimento também refletiu a melhora no apetite por risco em Nova
York no início desta tarde.
No fechamento, o índice FTSE100, de Londres, teve alta de 0,58%,
a 7.675 pontos, conforme cotações preliminares. Em Frankfurt,
o DAX fechou em alta de 0,09%, aos 15.251 pontos, enquanto em Paris, o CAC
40 subiu 0,11%, aos 7.029 pontos. Já em Milão, o FTSE MIB caiu
0,09%, aos 28.367 pontos; em Madri, o Ibex 35 teve alta marginal de 0,02%,
aos 9.288,90 pontos. Por fim, em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,45%, aos 6.144,03
pontos. As cotações são preliminares. (Agência
Estado)
Atendimento,
Rede Hospitalar,
SUS e a Saúde
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Desafios para a equidade global
em vacinação é tema de seminário do Cris/Fiocruz
Evento acontece hoje (18/10), a partir das 10h, com participação
de Jarbas Barbosa, diretor da Opas, e Margareth Dalcolmo, embaixadora do movimento
nacional pela vacinação do Min. da Saúde
Os Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia
da Saúde abordarão na próxima quarta-feira (18/10), às
10h, o tema Vacinas e vacinação - Desafios para a equidade
global. E para falar sobre o assunto o webinário contará com
a participação de Jarbas Barbosa, diretor da Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas). O evento terá com transmissões
em português, espanhol e inglês.
Organizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde
(Cris/Fiocruz), os seminários discutem a cada quinzena um tema especial.
Jarbas Barbosa comentará os desafios no continente. Ele, que já
esteve em outros seminários do Cris, desta vez fará uma participação
gravada, porque estará deixando Berlim, onde esteve para a Cúpula
Mundial da Saúde, em direção a Washington.
Diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti abordará
o trabalho para aumentar a cobertura vacinal no Brasil. Vice-presidente de
Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz),
Marco Krieger contará as novidades em imunizantes. E a pesquisadora
do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC) da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), Claudia Gallardi, discutirá as fake news
em torno do tema.
Coordenador do Cris, Paulo Buss explica que o evento tratará não
só das lições aprendidas com a Covid-19, mas também
das inovações neste campo. “A Covid-19 mostrou uma concentração
das vacinas nos países ricos, enquanto pessoas em países em
desenvolvimento não conseguiam se vacinar. Não só isso,
o negacionismo em relação aos imunizantes na pandemia afetou
outras vacinas também”, observa Buss, que destaca novas perspectivas.
“Há toda uma revolução tecnológica no campo dos
imunizantes. E o seminário busca trazer luzes sobre isso.”
A introdução e mediação serão de Margareth
Dalcolmo. Pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio
Arouca (Ensp/Fiocruz), Dalcolmo é membro da Academia Nacional de Medicina
e, desde fevereiro, embaixadora do movimento nacional pela vacinação
pelo Ministério da Saúde. (FioTec)
Artigos,
Comentários, Entrevistas e Opiniões sobre o Segmento de Saúde
Novidade pode mudar como detectar
vários tumores
A aquisição da Labtest pela Virtue Diagnostics, uma empresa
com sede em Singapura, aconteceu oficialmente em setembro de 2022. Dentre
muitas novidades na área de diagnóstico, a Labtest anuncia que
traz para o Brasil a produção inédita de tecnologias
de ponta, e por isso entra definitivamente na disputa com multinacionais consolidadas,
como Abbott, Siemens, Roche e outras, de um mercado de aproximadamente US$
19 bilhões.
O fato tem implicações na oferta de inúmeras inovações,
como equipamentos e reagentes de última geração para
laboratórios de porte médio, uma oportunidade a custo acessível
que pode mudar o cenário no país de diagnóstico in vitro
de doenças infectocontagiosas, tumores, alterações hormonais,
dentre outras condições, de acordo com a Dra. Patricia Donado
Vaz de Melo, Project Management Director da Labtest Virtue.
“A linha de quimioluminescência (CLIA), compreende 61 produtos entre
reagentes e equipamentos. Diversas etapas do projeto já foram concluídas,
inclusive a publicação de registro sanitário de vários
produtos, pela Anvisa. Adicionalmente, há aqueles que já se
encontram na fase de validação da produção, que
consiste no escalonamento da capacidade de produção, para então,
lançá-los ao mercado.”, completou.
“Esse é um marco importantíssimo para a indústria de
diagnóstico in vitro do Brasil, pois o fato de internalizar a produção
envolve todo um processo de aprimoramento de recursos, aprendizado de mão
de obra superespecializada, construção de nova fábrica
e abertura de novos mercados, o que eleva o nível da nossa capacidade
técnica, equiparando a nossa indústria e pesquisadores aos que
detêm essa tecnologia em países desenvolvidos”, explicou Alexandre
Guimarães, CEO da Labtest.
A fabricação de reagentes de CLIA no país, com transferência
de tecnologia de ponta, é uma das maiores novidades no mercado de diagnóstico
in vitro, “é uma oportunidade imensa, tanto tecnológica, como
comercial”, resumem Guimarães e Vaz de Melo. “Nossa capacidade de
competir muda de forma significativa: estamos saindo de um potencial de atendimento
de 8% para mais de 50% do mercado, com um portfólio que inclui bioquímica,
hematologia, quimioluminescência e biologia molecular”, conta Guimarães.
Patricia contou que em apenas dois meses, o departamento de P&D foi
multiplicado por quatro com contratações de especialistas vindos
de outras empresas e instituições de pesquisa, como Fiocruz,
e de universidades de vários estados do país, para dar início
ao processo que garantiu que essa transferência de tecnologia acontecesse
com enorme sucesso. “Nossa equipe conta com biomédicos, biólogos,
farmacêuticos, bioquímicos, que tem sua pós-graduação,
seus títulos de mestre e doutor em biologia molecular, em Elisa, em
imunologia e bioquímica. Formamos um time multidisciplinar, muito
capacitado, com grande e rápida capacidade de aprendizado.
A aquisição da Labtest pela Virtue já veio com o propósito
muito claro de tornar a empresa o polo industrial e comercial do grupo para
a América Latina, e a linha Clia (chemiluminescent immunoassay) foi
escolhida como “carro-chefe” nesse processo de transferência de tecnologia.
O processo é complexo: Vaz de Melo esclarece que a transferência
de tecnologia significa “desenvolver todo um produto, que passa não
só pelo líquido que está lá dentro, uma suspensão,
mas também seu material de embalagem, seu frasco, sua caixa, rotulagem,
equipamento, informações técnicas de rótulo e
instruções de uso, etc. A transferência passa ainda, pelo
processo de como elaborar e produzir em grande escala. E mais: precisamos
conhecer os equipamentos responsáveis pela análise dos testes,
porque é uma linha fechada (equipamento e reagente). Esse domínio
total permite à Labtest Virtue fornecer tecnologia de ponta a custo
acessível, além de um suporte rápido e de qualidade técnica
excepcional aos laboratórios. Há ainda a possibilidade de treinamento
mais aprofundado de equipes totalmente especializadas, proporcionando mais
habilidade ao pós-vendas e à assessoria científica no
atendimento aos clientes”.
Sem dúvida, completa Vaz de Melo: “isso é o que nos dá
muita competitividade em relação à outras empresas que
são todas multinacionais”. (Monitor Mercantil)
Notícias
de Interesse do
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Obesidade
cresce 7,2% entre beneficiários com planos de saúde
A obesidade, considerada uma epidemia pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), é uma condição complexa de saúde
pública, que está associada ao desenvolvimento de muitas outras
doenças. No Brasil, entre 2008 e 2021, a prevalência entre beneficiários
de planos de saúde saltou 7,2 pontos percentuais, foi de 12,9% para
20,1%, revela novo estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde
Suplementar (IESS).
O Texto para Discussão nº 98 – Evolução da obesidade
entre beneficiários de planos de saúde – usou como base dados
o Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2008
a 2021, do Ministério da Saúde. De acordo com as informações,
atualmente, um a cada cinco beneficiários de planos de saúde
está com obesidade. Para se ter uma ideia, em 2008 esse número
era de um a cada oito.
O estudo também mostra que o pico da obesidade durante o período
de 14 anos analisados ocorreu em 2020, quando a taxa no Brasil atingiu 21,1%.
No ano seguinte, no entanto, caiu um ponto (20,1%). Entre um ano e outro houve
queda de 5,3 pontos percentuais na região Sudeste, compensada por
alta de 5,1 pontos registrada no Sul. Já o Norte se manteve estável
com 21,7% e o Nordeste foi de 18% para 20,1%.
“Nota-se que o Centro-Oeste tinha a menor taxa de pessoas com obesidade
do País em 2008 (12%), porém foi a região que mais cresceu
ao atingir 21,7%, em 2021, um salto de 9,7 pontos percentuais – 2,5 pontos
a mais do que a análise geral”. observa o superintendente executivo
do IESS, José Cechin
A análise aponta que, em 2021, do total de beneficiários com
obesidade na saúde suplementar, a maior parte, 20,4%, eram homens e
19,8% mulheres, uma diferença de 0,6 pontos percentuais.
“De todo modo, a intenção é que as informações
desse estudo possibilitem um planejamento mais adequado com controle eficaz
de custos e identificação de tendências que possam exigir
estratégias de prevenção, bem como a criação
de políticas públicas direcionadas à redução
da obesidade”, conclui Cechin. (Medicina S/A)
Por uma política para os medicamentos de alto custo
Gastos com remédios para doenças raras crescem vertiginosamente,
e tornam-se inviáveis – inclusive devido a lucros exorbitantes. É
preciso reformular o papel do Estado, para que não permita que esses
fármacos sejam determinados pelas “forças de mercado”
Publicado 17/10/2023 às 10:46 - Atualizado 17/10/2023 às 10:47
A política de Assistência Farmacêutica do Ministério
da Saúde vem observando significativo aumento de suas despesas, principalmente
nos seus dois componentes de maiores gastos – Especializado e Estratégico.
Segundo a especialista do IPEA Fabíola Vieira, em 2013 foram despendidos
nestes componentes R$ 9,5 bilhões e em 2021, R$ 19,8 bilhões
(excluídas as despesas com o enfrentamento da covid-19) (1). Além
dessa tendência, deve ser ressaltada a persistente epidemia de ações
judiciais, que em 2019, ainda segundo Vieira, consumiu 25,2% dos recursos
do Componente Especializado, sendo 21% dispêndios referentes a dez medicamentos
(2), todos eles muito caros. A responsabilidade por esse aumento de despesas
tem várias razões, mas a incorporação nas listas
do SUS de novos medicamentos, principalmente produzidos por rota biotecnológica
e destinados a combater doenças crônicas não-transmissíveis,
raras e genéticas, é a principal.
A trajetória de medicamentos com preços cada vez mais insustentáveis
para os sistemas de saúde não é um fenômeno exclusivamente
brasileiro, incidindo com força também nos países do
Hemisfério Norte, com ou sem sistemas públicos universais. E
as estratégias para enfrentar o problema, que são várias,
têm incluído uma revisão nos mecanismos de avaliação
de novas tecnologias com vistas à incorporação das mesmas
em suas listas.
Essa discussão vai se tornando cada vez mais necessária porque
a frequência do registro de medicamentos com preços insustentáveis
é crescente e, embora atualmente eles representem ainda uma fatia minoritária
em valor no mercado mundial, a velocidade de seu crescimento é a maior
dentre todas as categorias de medicamentos. É para ela que se volta
a maior parte das energias e das estratégias do oligopólio farmacêutico
global.
O enfrentamento brasileiro da escalada de preços é um processo
que deve incluir medidas com metas, prazos e abrangência diferenciados,
com especial destaque para o fortalecimento da pesquisa, desenvolvimento e
produção locais de itens relevantes e de complexidade crescente.
O recente lançamento pelo Ministério da Saúde da Estratégia
para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde enfeixa e organiza
parte importante desse processo. Entretanto, há medidas de prazo mais
curto, como a que orienta este texto, cujo objetivo é sugerir uma ampliação
das estratégias de incorporação de tecnologias no SUS.
Recente matéria de divulgação da revista britânica
Nature (3) trata do seguinte assunto: medicamentos em desenvolvimento para
doenças raras são abandonados pelas indústrias por não
terem mercado que compense ir adiante. A matéria anuncia que entidades
privadas sem fins lucrativos – ONGs (no caso uma, situada em Milão)
estão propondo levar adiante esses desenvolvimentos (no caso, para
uma determinada doença).
É muito curiosa a abordagem da matéria, por duas razões.
A primeira é que não se comenta a ferida ética aberta
por uma indústria farmacêutica que interrompe o desenvolvimento
de um produto por não enxergar retorno comercial. A segunda é
que não leva em conta a possibilidade de uma solução
do problema com a intervenção do Estado, na qual os investimentos
estatais no desenvolvimento seriam contabilizados e descontados do preço
final em caso de sucesso. Inclusive, com um possível compartilhamento
na propriedade intelectual do produto no mercado nacional.
A precificação de medicamentos baseada em custo-benefício
(custos de desenvolvimento e produção, marketing, subsídios
cruzados etc. versus impacto sanitário potencial) é utilizada
há algumas décadas, tanto pela indústria farmacêutica
como pela maioria das agências que, em muitos países, trabalham
com avaliação de tecnologias (CONITEC no Brasil), sempre com
muitos debates e tensões. Com o crescimento do lançamento desses
medicamentos produzidos mediante rotas biológicas com preços
cada vez mais insustentáveis, essa metodologia tende a ser colocada
em tela de juízo.
A economista do University College de Londres, Mariana Mazzucato, é
uma das principais críticas desse modelo de precificação.
Há alguns anos, ela incluiu a saúde e os medicamentos em sua
pauta de reflexão. Em artigo de 2017 (4), Mazzucato (com Victor Roy)
sugere uma nova moldura conceitual na qual a criação de valor
em saúde deve considerar três questões:
1) Quais direções deve tomar a inovação em saúde
de modo a atingir necessidades da sociedade?
2) Como pode ser estruturada a divisão do trabalho inovativo de modo
a criar valor?
3) Como podem ser distribuídos os riscos e recompensas envolvidos
no processo de inovação de modo a sustentar uma criação
de valor em termos de saúde?
Mazzucato propõe que, em uma proposta diferente de criação
de valor, este seja visto como uma resultante de deliberação
estratégica com investimentos oriundos de várias fontes (públicas
e privadas). Em suas palavras, “…tanto o ritmo quanto a direção
da criação de valor sejam passíveis de contestação
e não determinadas pelas ‘forças de mercado’. Neste contexto,
vemos as organizações públicas e os seus investimentos
no processo de inovação em saúde não como uma
solução para as falhas do mercado, mas como uma forma ativa
de moldar e criar direções para a inovação” (tradução
livre).
Mazzucato e Roy sugerem que essas ideias conformam uma nova moldura para
pensarmos um tema que, no meu ponto de vista, tende a crescer conforme se
estendem as inúmeras variantes tecnológicas e produtivas que
utilizam plataformas biotecnológicas no campo da saúde. E penso
também que, a despeito da riqueza das propostas no texto, são
ideias ainda à procura de um caminho geral que as transformem em política
pública.
Mas, voltando ao texto do blog da Nature, com a explosão de preços
de medicamentos no mundo, já se nota um aumento da fricção
entre fabricantes e sistemas de saúde, mesmo que atualmente restritas
a medicamentos para doenças raras que utilizam técnicas terapêuticas
avançadas (terapias celulares e gênicas). Mas suspeito que essas
fricções são a ponta de um iceberg que tende a crescer
e chegar a enfermidades de mais alta prevalência, em particular os cânceres,
mas também outras doenças (5).
Por exemplo, terapias que se utilizam células CART-T (Receptor de
Antígeno Quimérico), uma das mais promissoras terapias celulares
avançadas para cânceres, mostram que os preços não
são sustentáveis para os sistemas de saúde e muito menos
para as famílias dos pacientes – entre 500 mil e um milhão de
dólares por aplicação (6).
Uma dessas fricções já existentes, relatada pelo texto
do blog, é o já relatado abandono no desenvolvimento de produtos
por parte de farmacêuticas e o convite a que ONGs o retomem. Pela escassez
de ONGs capazes de enfrentar tarefas desse tipo, não vejo muito sucesso
nessa proposta, mas acho que a discussão de uma entrada do Estado,
através dos sistemas nacionais de saúde, em particular os universais,
é um caminho a ser discutido. Seja na coparticipação
no risco de produtos ainda em desenvolvimento, seja (principalmente) em produtos
de alto custo já registrados e candidatos a serem incorporados no sistema
público.
Na literatura, esse caminho tem sido chamado de “compartilhamento de risco”
(RSA no acrônimo em inglês) e há importante bibliografia
disponível, a maior parte dela olhando a questão do ponto de
vista dos interesses da indústria farmacêutica. Uma revisão,
não muito recente (2018), dá conta dos principais tipos e problemas
colocados (7). A RSA compreende dois modelos, a saber: compartilhamento financeiro
e compartilhamento dependente de resultado.
O primeiro modelo vincula-se a negociações para redução
de preços como critério de incorporação do produto
no sistema público, uma prática que o SUS utiliza há
muitos anos e mediante várias estratégias, aqui incluída
a possibilidade de decretar o licenciamento compulsório caso não
haja a redução de preços solicitada. Este modelo exige
uma competência tecnológica local habitualmente ausente no país
(e por vezes internacionalmente) para produtos elegíveis para o compartilhamento.
O outro modelo de compartilhamento, vinculado a um resultado clínico
pactuado, não conta com uma experiência local e penso que o SUS
deveria inclui-lo em sua pauta de negociações para a incorporação
de medicamentos. Não será uma panaceia, deve ser utilizado apenas
para alguns medicamentos novos e muito caros e, principalmente, os critérios
de pactuação e controle na implementação do acordo
devem ser rigorosamente respeitados, sempre em favor do SUS. Este último
componente é essencial para o sucesso da negociação e
é apontado como o mais difícil de ser gerenciado. No caso brasileiro,
será igualmente essencial estabelecer em um eventual acordo a participação
da saúde suplementar, de modo a evitar que o SUS venha a ser onerado
integralmente pelos tratamentos de pacientes detentores de seguros privados,
atualmente obrigados a fornecer os produtos incorporados no sistema público.
Está em estudo pelo Ministério da Saúde uma proposta
de compartilhamento de risco para um medicamento com preço insustentável
para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal – o Zolgensma, fabricado pela
empresa Novartis. Até onde eu saiba, ainda não há decisão
sobre se haverá um acordo e muito menos sobre os critérios caso
haja um. Em julho deste ano eu assinei um artigo que discute essa questão
(8), no qual, entre muitas outras considerações sobre o tema,
é informado que 84 pacientes com a doença vêm recebendo
o medicamento por via judicial, com preços muito maiores do que um
eventual acordo estabeleceria. Suspeito que este número crescerá
na ausência de uma solução formalizada entre o SUS, a
saúde suplementar e a empresa fabricante.
Referências:
1. Vieira, FS – Subsídios para a Transição – Saúde.
Nota 1, Assistência Farmacêutica (2022).
https://afipeasindical.org.br/content/uploads/2022/11/GT-Saude-Nota-1-Assistencia-Farmaceutica-Afipea.pdf
2. Vieira, FS. – Judicialização e direito à saúde
no Brasil: uma trajetória de encontros e desencontros. Revista de Saúde
Publica. 2023;57:1 https://www.scielo.br/j/rsp/a/VJQ34GLNDB49xYVrGVKgDVF/?format=pdf&lang=pt
3. Ledford, H. – Gene therapies for rare diseases are under threat. Scientists
hope to save them https://www.nature.com/articles/d41586-023-03109-z?utm_source=Nature+Briefing&utm_campaign=92a97c1689-briefing-dy-20231009&utm_medium=email&utm_term=0_
c9dfd39373-92a97c1689-45602242
4. Mazzucato, M; Roy, V. – Rethinking Value in Health Innovation: from
mystifications towards prescriptions. https://www.ucl.ac.uk/bartlett/public-purpose/publications/2017/nov/rethinking-value-health-innovation-mystifications-towards-prescriptions
5. Baker, D.J., et al. CAR-T therapy beyond cancer: the evolution of a living
drug. Nature 619, 707–715 (2023). https://doi.org/10.1038/s41586-023-06243-w
6. Robinson, KM – Navigating the Financial Aspects of CAR T-Cell Therapy.
WebMD. Medically Reviewed by Sarah Goodell on January 24, 2023. https://www.webmd.com/cancer/lymphoma/features/navigate-finances-car-t-cell-therapy#:~:text=Experts%20estimate%20that%20CAR%20T,cost%20between%20%
24500%2C000%20and%20%241%2C000%2C000 .
7. Gonçalves, FR et.al – Risk-sharing agreements, present and future.
Ecancermedicalscience. Published online 2018 Apr 10. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5931811/
8. Guimarães, R. – Novos desafios na avaliação de tecnologias
em saúde (ATS): o caso Zolgensma. Ciência & Saúde
Coletiva, 28(7):1881-1889, 2023. https://www.scielo.br/j/csc/a/PNLLwtPR477hCJYRd857YHD/?lang=pt
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O Poder da Educação
Financeira desde a Infância: Dicas para os Pais
Ensinar às crianças o valor do dinheiro e como gerenciá-lo
desde cedo é um presente que as acompanhará por toda a vida.
A educação financeira infantil não apenas ajuda as crianças
a compreenderem o conceito de dinheiro, mas também as prepara para
tomar decisões financeiras inteligentes no futuro. Neste artigo, vamos
explorar dicas práticas para ensinar finanças aos seus filhos
e envolvê-los no compromisso e entendimento do orçamento familiar.
1. Comece Cedo e Seja Exemplo
A educação financeira pode começar assim que a criança
é capaz de entender a moeda. Deixe-os lidar com moedas e notas e explique
o valor de cada uma. Seja um exemplo de como gerenciar o dinheiro de maneira
responsável, pois as crianças aprendem muito observando seus
pais.
2. Use a Mesada como Ferramenta de Aprendizado
Dar uma mesada é uma maneira eficaz de ensinar às crianças
sobre orçamento e responsabilidade financeira. Defina um valor apropriado
para a idade e explique que a mesada deve ser usada para pequenas despesas,
como doces ou brinquedos. Isso ajuda a criança a entender a necessidade
de poupar para alcançar objetivos.
3. Estabeleça Objetivos Financeiros Juntos
Inclua seus filhos no processo de estabelecimento de metas financeiras para
a família. Isso pode incluir economizar para férias, uma nova
bicicleta ou uma saída especial. Ajude-os a entender como o planejamento
financeiro ajuda a alcançar esses objetivos.
4. Ensine a Diferença entre Necessidades e Desejos
Ajude as crianças a distinguirem entre necessidades (roupas, alimentos,
educação) e desejos (brinquedos, doces). Explique que é
importante atender às necessidades antes de satisfazer os desejos.
Isso ajuda a desenvolver um senso de prioridade nas escolhas financeiras.
5. Incentive a Poupança
Ensine a importância de poupar dinheiro. Ajude as crianças
a criar um cofrinho para economizar parte de sua mesada. Você pode
até mesmo oferecer uma pequena “correspondência” para incentivar
a poupança.
6. Mostre Como Fazer Compras Conscientes
Leve seus filhos às compras e mostre como comparar preços,
qualidade e fazer escolhas conscientes. Explique que nem sempre a opção
mais cara é a melhor.
7. Explique o Uso Responsável de Cartões de Crédito
Conforme seus filhos crescem, explique como os cartões de crédito
funcionam e os riscos de dívidas excessivas. Enfatize a importância
de pagar a fatura integralmente para evitar juros.
8. Seja Paciente e Responda às Perguntas
Esteja disponível para responder às perguntas de seus filhos
sobre dinheiro. Seja paciente e explique conceitos financeiros de maneira
simples e acessível.
9. Crie um “Jogo” de Investimentos
Para crianças mais velhas, crie um “jogo” de investimentos, onde
eles podem acompanhar o crescimento de um investimento fictício ao
longo do tempo. Isso ajuda a entender o poder dos investimentos.
10. Celebre as Conquistas Financeiras
Celebre as conquistas financeiras de seus filhos, mesmo que sejam pequenas.
Isso os incentiva a continuar a tomar boas decisões financeiras.
Ao envolver seus filhos na educação financeira desde cedo,
você os prepara para um futuro mais seguro e consciente. Eles desenvolverão
habilidades valiosas que os ajudarão a administrar seu dinheiro com
sabedoria e a tomar decisões financeiras informadas ao longo da vida.
(Jonathas Roberge - Litoral Sul)
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