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Encontro
da Região Sul debate cenário de mudanças e a necessidade
de reinvenção
Em um grande evento que
conta com a presença de cerca de 400 participantes, teve início
nesta quarta, 8 de maio, em Curitiba, o 10º Encontro de Previdência
Complementar – Região Sul. Organizado pela Previpar, com o apoio
da Abrapp, do Sindapp, ICSS, ASCPrev e Tchê Previdência, o
encontro traz como tema principal a “Previdência Complementar: a
arte de se reinventar no mundo 4.0.” e coincide com um momento de importantes
mudanças políticas e sociais impulsionadas pela Reforma da
Previdência e as discussões em torno à reestruturação
dos órgãos de supervisão e regulação
do sistema (leia mais). Pela parceria estabelecida e valorização
da ação regional, a Abrapp, Sindapp, ICSS e UniAbrapp
participaram do evento, apresentando temas que compõem a agenda
institucional da previdência complementar fechada.
“O sistema vive um momento
de reinvenção, de discussão e aprimoramento de seus
produtos e de sua governança. É um sistema que pode ajudar
o Estado brasileiro, em especial neste momento de Reforma da Previdência”,
disse o Diretor Presidente da Abrapp. Em sua palestra, o dirigente apresentou
as importantes conquistas capitaneadas pela Abrapp no último ano,
em especial, a criação do Fundo Setorial, o Prevsonho e a
Autorregulação. Um tema de especial importância apresentado
na palestra foi a importância da fase de operacionalização
do CNPJ por Plano. A Abrapp tem realizado uma série de ações
que procuram antecipar à norma, através da constituição
de Grupo de Trabalho (GT) Ad hoc, que tratará dos aspectos contábeis,
investimentos, previdenciários, assistenciais e tributários.
“Tenho a convicção
que o ano de 2018 representa um novo marco para nosso sistema com os avanços
que estão permitindo a retomada do fomento”, disse. Luís
Ricardo ressaltou o exemplo do Plano Família da Fundação
Copel que tem inspirado diversas entidades a lançarem novos planos
voltados aos familiares de participantes. E incentivou que as entidades
utilizem a estrutura do Fundo Setorial Abrapp para ampliar a abrangência
do grupo de participantes, chegando ao maior número possível
de pessoas.
O Diretor Presidente tem
destacado, em seus pronunciamentos, que o propósito da Abrapp, de
acordo ao seu estatuto, tem sido de colaborar com o poder público,
o que vale também para o processo de fusão da Previc com
a Susep. Luís Ricardo afirmou que as mudanças nos órgãos
de regulação e supervisão devem trazer de volta a
importância da Previdência Complementar Fechada para o foco
das atenções do governo, o que não tem acontecido
nos últimos anos. Com isso, o sistema volta à agenda prioritária
de governo e pode aproveitar a janela de oportunidade para o fomento.
Em seu discurso na abertura
do encontro, a Presidente da Previpar, Cláudia Trindade, também
enalteceu o objetivo de ampliar a abrangência do sistema para novos
públicos. “O importante é isso, estar pronto para a qualquer
momento sacrificar o que somos pelo que poderemos fornecer. Quero agradecer
nossos colegas da Abrapp e todas as associações em nosso
caminhada rumo ao bem para atender uma população cada vez
maior. Esse é o nosso propósito: fazer o bem aos outros”,
disse.
Antes do início do
encontro, na parte da manhã, ocorreu uma produtiva reunião
dos representantes da Abrapp, Sindapp, ICSS e UniAbrapp com os dirigentes
da região Sul. A reunião teve como resultado a ampliação
da agenda comum das entidades e o fortalecimento do engajamento associativo.
Fusão Previc e Susep
- A reestruturação dos órgãos supervisão
dos sistemas da Previdência Complementar Fechada e Aberta foi debatida
em vários momentos das palestras do primeiro dia de encontro. “É
um evento diferenciado que ocorre em um momento de grande mudança
para a Previdência Complementar, às vésperas de uma
provável mudança que promoverá a fusão da Previc
com a Susep. Temos a certeza que a criação de uma super agência
de Previdência Complementar será um fato muito favorável
para todos nós”, disse Luiz Paulo Brasizza, Vice Presidente da Abrapp
e Diretor Presidente da UniAbrapp. Ele reafirmou sua visão positiva
diante das mudanças. “Teremos grandes oportunidades, inclusive,
no desenvolvimento da educação financeira e previdenciária”,
comentou.
O Diretor de Licenciamento
da Previc, Carlos Marne, iniciou sua apresentação fazendo
referência ao contexto de forte mudança do processo de Reforma
que está atingindo o setor de Previdência Complementar Fechada.
Ele focou sua apresentação no Relatório de Estabilidade
– REP e destacou o índice de solvência e a criação
dos planos família. Além disso comentou os desafios da fusão
da Previc com a Susep e da concorrência das abertas com as fechadas.
Ele disse se sentir motivado para superar os desafios impostos pelas mudanças.
“Vivemos um cenário
de grandes mudanças políticas e econômicas. E isso
não poderia deixar de afetar a Previdência Complementar”,
disse Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho, Procurador da Previc.
Ele acredita que a fusão da Previc com a Susep permitirá
maior racionalização dos custos e do funcionamento das estruturas
administrativas.
O Diretor Presidente do
Sindapp, Jarbas Antonio de Biagi, também transmitiu uma perspectiva
positiva sobre as mudanças. “Estamos otimistas que poderemos aproveitar
as mudanças como uma oportunidade. É um momento importante
de fomento para o sistema, estou convicto que somos o melhor sistema de
Previdência Complementar para os brasileiros”, disse em sua palestra.
Autorregulação
- Em sua apresentação, o dirigente do Sindapp fez um incisivo
convite para que maior número de entidades efetuem a adesão
aos Códigos de Autorregulação desenvolvidos pelo sistema.
A Abrapp, Sindapp e o ICSS possuem dois Códigos em operação,
o de Governança de Investimentos e o novo, de Governança
Corporativa, que foi lançado neste mês de maio. “Somos um
sistema maduro e bastante consolidado, mas precisamos mostrar isso para
a sociedade e para nossos participantes. Para isso, precisamos que as entidades
encaminhem suas adesões aos Códigos de Autorregulação”,
disse Jarbas.
Carlos Marne, da Previc,
reafirmou o ponto de vista positivo do governo sobre a iniciativa de Autorregulação
do sistema. “É muito difícil que os órgãos
de supervisão e regulação criem regras para todas
as atividades do sistema e também não é desejável.
O ideal é que o sistema se autorregule e o Estado trabalhe o mínimo”,
disse o Diretor. O Encontro da Região Sul tem a duração
de três dias, com término previsto para a próxima sexta,
10 de maio (Acontece-09.05)
Previ:
Divulgado o Boletim de Desempenho de março
Acompanhe mensalmente os
principais números do seu plano
A Previ divulga mensalmente
os resultados dos planos de benefícios, com informações
fundamentais como a rentabilidade dos investimentos por segmento e as relações
completas dos ativos das carteiras de cada plano. É uma ação
de transparência da Entidade, já que a exigência legal
é de que essas informações sejam publicadas apenas
uma vez por ano.
Clique nos links abaixo
e faça o download do Boletim de Desempenho do Plano 1 e do Previ
Futuro:
http://www.previ.com.br/desempenho_plano1/boletim_desempenho_plano1_mar2019.pdf
http://www.previ.com.br/desempenho_previ_futuro/boletim_desempenho_previfuturo_mar2019.pdf
Previ Futuro
A rentabilidade de março
do Previ Futuro é de 0,61% e a acumulada em 2019 é de 4,87%.
O desempenho é bem superior à meta do período, que
está em 2,93%. Os segmentos que mais se destacaram nos primeiros
meses de 2018 são o de Investimentos no Exterior, com uma rentabilidade
de 13,43%, e o de Renda Variável, com uma rentabilidade de 8,66%.
No Previ Futuro, o associado
tem um papel fundamental na gestão do plano ao optar por um perfil
de investimentos. São quatro opções: Conservador (0%
em Renda Variável), Moderado (de 0% a 20% em Renda Variável),
Arrojado (de 20% a 40% em Renda Variável) e Agressivo (de 40% a
60% em Renda Variável).
Plano 1
A queda das ações
de Litel – a holding pela qual a Previ investe em Vale – após o
rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019, foi um dos fatores
que impactou negativamente o resultado de março do Plano 1. A rentabilidade
do plano no ano foi negativa em 0,06%. Ainda assim, é importante
ressaltar que o Plano 1 continua a ter um superávit de R$ 797 milhões.
Desde setembro de 2018 a
metodologia de avaliação de Litel, a holding pela qual a
Previ investe em Vale S.A., foi alterada. A mudança tornou a avaliação
mais aderente ao valor atual da companhia, já que reflete o preço
das ações na Bolsa mensalmente. Antes disso, a avaliação
acontecia uma vez ao ano. Com a nova metodologia, a precificação
é realizada ao final de cada mês, considerando uma média
ponderada das cotações dos três meses anteriores ao
último dia útil do mês corrente, que também
será ajustado pelos ativos e passivos constantes do balanço
da Litel. Em contabilidade, os ativos são considerados os bens e
direitos de uma empresa, enquanto os passivos são as obrigações
que a companhia possui.
Vale lembrar que o valor
das ações da Vale começou a se recuperar. Desde o
rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019, a Previ, na qualidade
de acionista, tem acompanhado os desdobramentos do caso, certificando-se
de que a Vale está dando todo o suporte possível para os
atingidos, e adotando as providências para apurar os motivos do acidente
(Previ/AssPreviSite)
Funcesp:
Encontro com Participante 2019
No dia 15 de maio, será
realizada a 8ª edição do evento Encontro com Participante,
destinado a todos os participantes da Funcesp.
Com o intuito de prestar
contas e esclarecer dúvidas aos nossos públicos, promovemos
anualmente o Encontro com Participante para apresentar os resultados obtidos
no ano anterior através do Relatório Anual.
Informações
gerais
Dia: 15/05/2019
Local: Auditório
Funcesp SP - 5º andar
Horário: 8h às
12h (Funcesp/AssPreviSite)
Libertas:
Prestação de Contas 2018
Libertas faz primeira apresentação
na Copasa
A Libertas deu início
na quarta-feira (8/5), na sede da Copasa, às 10h, às apresentações
da série ‘Prestação de Contas’ com a divulgação
do Relatório Anual de Informações (RAI 2018).
Na abertura do evento, o
diretor da Copasa, Francisco Cançado destacou três elementos,
que para a patrocinadora, demonstram a importância da prestação
de contas da Libertas: transparência, evidenciação
dos resultados positivos na administração dos planos e proximidade
com participantes, patrocinadores e aposentados.
O projeto itinerante da
Libertas, conta com a participação dos dirigentes Edevaldo
Fernandes, Eugenia Bossi e José Maria dos Santos e técnicos
da Fundação, que apresentam aos participantes das patrocinadoras
(Codemge, Cohab, Copasa, Libertas, MGS e Prodemge) os resultados da gestão
dos planos de previdência e de saúde no último ano.
Participaram, também,
os conselheiros deliberativos e fiscais, eleitos e indicados da Copasa:
Welinton Rais da Silva, José Geraldo Sant’Ana, Reginaldo Vicente
de Resende, Félix Vinícius Fróes Medeiros, Cesário
da Silva Palhares e Eduardo Andrade Oliveira Netto.
O Relatório Anual
de Informações 2018 é leitura obrigatória para
participantes ativos, aposentados e pensionistas e está disponível
no site da Fundação pelo link https://www.fundacaolibertas.com.br/downloads/categoria/rai---2018/10428
As apresentações
também serão realizadas para dirigentes, membros do COAUDI
e das equipes técnicas de assessoramento e das entidades representativas,
como sindicatos e associações de participantes.
A série ‘Prestação
de Contas’ presencial reforça o entendimento do Relatório
Anual de Informações (RAI), disponível via web, esclarece
dúvidas e qualifica as informações sobre rentabilidade,
perfil dos participantes, patrimônio, déficit, superávit,
gestão previdencial e assistencial, dentre outras, de cada plano.
Participe ativamente do
seu fundo de pensão!
Leia o RAI 2018, acesse
aqui https://www.fundacaolibertas.com.br/downloads/categoria/rai---2018/10428
e envie sugestões, comentários e críticas, através
do e-mail atendimento@fundacaolibertas.com.br ou pelo 0800-704-3700 / (31)
2111-3700. (Libertas/AssPReviSite)
Fasern:
Sistema de Gestão da Qualidade é recertificado
Após auditoria realizada
pela certificadora QS - Quality Service, nos dias 29 e 30 de abril, o Sistema
de Gestão da Qualidade da Fasern obteve a recertificação
seguindo os requisitos da norma ISO 9001:2015. “A recertificação
é obtida quando todos os processos da entidades são auditados.
O certificado tem validade de três anos, sendo necessária
a auditoria de manutenção anual”, informa comunicado. A Fasern
possui a certificação desde 2010, o que atesta o compromisso
da equipe com o controle e a melhoria contínua dos seus processos.
(Acontece-09.05)
Fundação
Copel: O dia é das mães, mas o presente pode ser seu também
O Dia das Mães já
está aí e você mal acabou de pagar o coelho da Páscoa!
O início do ano geralmente é bem puxado com gastos extras
como material escolar, uniforme, viagens de férias, impostos entre
outros. Mas e se parte deste gasto retornasse para você na forma
de um aporte em sua poupança previdenciária?
É exatamente isso
que a Rede de Consumo Consciente faz! Você economiza enquanto consome!
Isso significa que se você utilizar a rede de parceiros para comprar
o presente de sua mãe ou levá-la para almoçar, parte
deste consumo volta como um aporte, ou seja, o dinheiro sai da sua conta
bancária e parte dele retorna para a sua conta previdenciária.
Legal, né?
Para poder utilizar a Rede
de Consumo Consciente você precisa fazer parte do Plano Família.
Entre agora mesmo em contato com a nossa consultora Ana, clique no link
para ser redirecionado (https://api.whatsapp.com/send?phone=55041991730873&fbclid=IwAR0h3ZS8KEudMi_D7KM_0OWRJkCqwwj28_yTxtu0IQqAtSzdvJO_EX3oAt4),
ou se preferir fale pessoalmente com um de nossos atendentes na Central
de Atendimento em Curitiba ou com o Agente Regional mais próximo.
Bom, se você é
participante do Plano Família então basta escolher o estabelecimento
credenciado (confira a lista completa no app PREVCASH), consumir e após
pagar, fazer a leitura da Nota Fiscal no aplicativo. O seu crédito
vai ficar acumulado e assim que atingir R$ 30,00 de retorno de seu consumo
já pode transferir o dinheiro para a conta previdenciária.
Nunca foi tão gostoso
economizar gastando! (Fundação Copel/AssPreviSite)
ASCPrev:
Novo diretor executivo
Em Assembleia Geral Extraordinária
realizada no dia 03 de maio, foi eleito o novo Diretor Executivo da ASCPrev,
Célio Peres, da associada SCPREV.
Peres é graduado
em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina
- UFSC. Pós-graduado com MBA em Gestão Previdenciária,
com ênfase em Previdência Complementar, e Pós-graduado
em Direito Previdenciário. Servidor público desde 1986. Foi
Consultor Técnico da Secretaria de Estado da Fazenda e responsável
pela estruturação da SCPREV. É certificado pelo ICSS
e atualmente é Diretor-Presidente da SCPREV.
No encontro, realizado na
sede da Fundação ELOS, em Florianópolis/SC, também
foi deliberado sobre o orçamento para a reforma da nova sede da
associação. (ASCPrev/AssPreviSite)
Funpresp-Jud:
Seu futuro começa aqui é o tema de nova campanha da Fundação
A Funpresp-Jud iniciou a
campanha “Seu futuro começa aqui”, com uma série de vídeos
produzidos para o canal da Fundação no youtube, sobre alguns
temas que são importantes para o planejamento da aposentadoria do
membro ou servidor do Poder Judiciário Federal e Ministério
Público da União.
O primeiro vídeo
entrou no ar no dia 9 de maio e é sobre a importância de aproveitar
100% da contribuição que a instituição na qual
o servidor trabalha para o plano de benefícios JusMP-Prev.
O vídeo está
disponível no canal da Funpresp-Jud no link: https://www.youtube.com/watch?v=PEjq15SscJM
A série tratará
de vários assuntos de interesse, como a importância de fazer
contribuições facultativas para aproveitar todas as vantagens,
os regimes de tributação do Imposto de Renda, a importância
de fazer contribuições facultativas para aumentar seu saldo
de conta e a portabilidade de outros planos de previdência para a
Funpresp-Jud.
Siga a Funpresp-Jud nas
redes sociais:
Facebook:@funprespjudiciario
LinkeDin: https://www.linkedin.com/company/funpresp-jud
Youtube: https://www.youtube.com/funprespjud
(Funpresp-Jud/AssPreviSite)
Guedes
promete plano de socorro aos estados para semana que vem
Governadores se reuniram
nesta quinta com presidente Bolsonaro e ministro da Economia
Em um segundo encontro com
o presidente Jair Bolsonaro (PSL), governadores do Nordeste receberam do
governo a sinalização de que o plano de auxílio financeiro
aos estados em dificuldade, apelidado de Plano Mansueto, será enviado
ao Congresso na próxima semana.
Segundo os governadores,
o ministro Paulo Guedes (Economia) prometeu apresentar o plano na semana
que vem aos secretários estaduais de fazenda e, em seguida, entregar
a proposta de lei complementar ao Congresso.
Guedes disse ainda, de acordo
com os presentes, que também está trabalhando no que chamou
de Plano Waldery (em referência ao secretário especial de
Fazenda, Waldery Rodrigues), de divisão dos recursos obtidos com
a exploração de petróleo do pré-sal.
Os governadores disseram
que o ministro pretende dividir a verba do petróleo que abastece
o fundo social e também os recursos obtidos com o leilão
de áreas excedentes da chamada cessão onerosa. Embora o governo
venha defendendo que o leilão poderá ser feito sem autorização
do Congresso, parlamentares e o próprio presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliam que é necessária a aprovação
de um projeto de lei autorizando o repasse dos recursos sem que seja desrespeitado
o teto de gastos.
A promessa de apresentação
do plano Mansueto nos próximos dias atende parcialmente os governadores.
Eles esperavam que o programa de socorro fosse mostrado ainda nesta quarta-feira
(8).
Segundo o governador de
Alagoas Renan Filho (MDB), Guedes indicou que o plano está pronto.
"O ministro comunicou aos
governadores que ele já estava pronto para apresentá-lo ontem
mas não teve como participar daquela reunião que contou com
os presidentes da Câmara e do Senado e com o presidente da República",
disse.
"A expectativa é
que nessa próxima semana o plano Mansueto seja definitivamente apresentado
aos estados para que ele possa seguir para o Congresso, ter a lei aprovada
e isso crie nova expectativa para os estados que estão precisando."
Alagoas tem nota B do Tesouro
e, por isso, não deverá participar do programa, voltado a
estados nota C, interessados em tomar empréstimos com aval do governo
federal. Hoje, eles são proibidos. Em troca, os governadores terão
que apresentar programas de ajuste fiscal com o horizonte de quatro anos.
Os governadores negaram
que o governo tenha condicionado a ajuda ao apoio pela reforma da Previdência
no Congresso.
Segundo Flávio Dino
(PCdoB), governador do Maranhão, há apoio pela reforma, porém
com mudanças no texto que foi apresentado pelo governo.
"Há consenso entre
os governadores que a reforma da Previdência é uma pauta necessária
para o país", disse. "Mas a proposta contém excessos antipopulares
e antissociais e nós reiteramos isso ao presidente. Para o Nordeste,
pontos que destroem o direito dos mais pobres são inadmissíveis".
Renan Filho disse que os
governadores, unidos, podem ajudar com até 60 votos favoráveis
no Congresso, o que faria diferença para aprovação
de uma emenda à Constituição, que demanda a aprovação
de dois terços da Câmara e do Senado em duas votações.
Os governadores do Nordeste
aproveitaram o encontro com o presidente para apresentar pautas na área
da educação e pedir que o governo reconsidere o corte de
verba das universidades e institutos de ensino federais, decisão
do MEC (Ministério da Educação) que foi rechaçada
pela oposição e pelo movimento estudantil.
A região é
administrada, em sua maioria, por políticos filiados a partidos
de oposição, como PT e PSB, e foi a única em que Bolsonaro
perdeu na eleição do ano passado.
Os governadores também
pediram que o governo proponha uma emenda constitucional tornando definitiva
a participação da União no financiamento da educação
nos estados e municípios por meio do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento
da Educação Básica). Pela legislação
em vigor, o fundo expira no ano que vem.
Os governadores também
reclamaram das obras federais paradas na região. (Mariana
Carneiro e Gustavo Uribe - Folhapress)
Fundos:
BB lucra R$ 4,2 bi no trimestre e avança com plano de vendas
O Banco do Brasil teve lucro
líquido de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, com alta
de 40,3%, ante o mesmo período de 2018. Em relação
aos três meses anteriores, o aumento foi de 10,5%.
Em relatório, o BB
destacou que o resultado do primeiro trimestre - o maior trimestral da
história, segundo Carlos Hamilton, vice-presidente do banco - foi
beneficiado, entre outros fatoers, pela redução das despesas
de provisão de crédito, pelo aumento de renda com tarifas
e pelo controle de custos. "Estamos mantendo uma trajetória extremamente
positiva de recuperação dos resultados", afirmou Rubem Novaes,
presidente do banco.
Como os concorrentes, o
BB emprestou menos para empresas.
A carteira de crédito
somava R$ 684 bilhões no fim de março, queda de 1,9% ante
dezembro.
Isso porque, enquanto na
pessoa física os empréstimos cresceram 1,7% no trimestre,
as operações para empresas encolheram 5,2%. Segundo Novaes,
o BB segue focando em linhas de crédito mais rentáveis e
que a economia "meio patinando" não tem ajudado. Além disso,
ele citou a entrada de novos competidores, que classificou como "molecada",
tem aumentado a concorrência no crédito e pressionado as margens.
De acordo com Novaes, o
banco já contratou assessores financeiros para vender quase todos
ativos dos quais planeja se desfazer. Os primeiros da lista são
Neoenergia, IRB Brasil, bem como o fechamento da BBTur, da área
de turismo e promoções.
"Será o primeiro
fechamento de fato de uma empresa estatal no governo", disse Novaes. Segundo
Marcelo Labuto, vice-presidente de negócios de varejo do BB, a BBTur
"tinha pouca ou nenhuma sinergia com a operação" do banco.
Na fila. Na lista de desinvestimentos
estão ainda o banco Votorantim, o BB Americas nos EUA e o argentino
Patagônia, no qual tinha um assessor - mas houve problema e um novo
deve ser contratado.
Além disso, conforme
Novaes, há um "bom encaminhamento" para a gestora do banco, a BB
DTVM, e o seu banco de investimento.
Os analistas gostaram dos
resultados. UBS, Credit Suisse e Bradesco BBI soltaram relatórios
positivos sobre o desempenho. "O BB continua como um dos nomes favoritos
entre os bancos latino americanos", escreveu o Bradesco BBI, em relatório.
O Credit Suisse foi na mesma
linha. "Atualmente é nossa melhor escolha entre os bancos brasileiros
e latinoamericanos", apontou o relatório.
Reorganização
"Estamos mantendo uma trajetória
extremamente positiva de recuperação dos resultados" "Será
o primeiro fechamento de fato de uma empresa estatal do governo (sobre
a BBTur)" Rubem Novaes PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
(Aline Bronzati - Agência Estado)
Fundos:
Em balanço, Vale estima perdas de R$ 19 bi com Brumadinho
Provisões e despesas
após rompimento de barragem levaram empresa a prejuízo de
R$ 6,4 bilhões
Em seu balanço do
primeiro trimestre de 2019, a Vale projeta perdas de R$ 19 bilhões
com o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em
Brumadinho (MG). A mineradora fechou o trimestre com prejuízo de
R$ 6,4 bilhões, ante lucro de R$ 5,1 bilhões no mesmo período
do ano anterior.
A tragédia ocorreu
no dia 25 de janeiro, deixando um rastro de destruição na
região e levando a aumento nas restrições para a operação
de barragens de rejeito de minério no país. Até o
momento, as autoridades contabilizam 237 mortos e 33 desaparecidos.
No balanço, a Vale
provisionou R$ 9,3 bilhões para acordos de compensação
das vítimas e remediação das áreas atingidas,
R$ 7,1 bilhões para a descaracterização de barragens
e contabilizou despesas de R$ 2,5 bilhões com os trabalhos no município,
perdas de volumes e suspensão de operações, entre
outros.
A empresa ressaltou no balanço,
porém, que no estágio atual das investigações
não é possível determinar exatamente qual será
o custo total com reparações, compensações
e possíveis ações judiciais relacionadas à
tragédia.
“Os valores divulgados no
resultado do primeiro trimestre de 2019 levam em consideração
a melhor estimativa da administração e consideram os fatos
e circunstâncias conhecidos até o momento”, disse a Vale,
em comunicado ao mercado.
Os impactos financeiros
da ruptura da barragem levaram a empresa a fechar um trimestre com Ebitda
(indicador que mede a capacidade de geração de caixa) negativo
pela primeira vez em sua história. No primeiro trimestre, o indicador
foi negativo em R$ 2,8 bilhões.
Com a necessidade de captar
recursos após bloqueios judiciais de seu caixa após a tragédia,
a dívida bruta da companhia subiu 10%, para US$ 17 bilhões
(cerca de R$ 67 bilhões, pela cotação atual),.
O resultado do trimestre
também foi afetado por cortes na produção após
o acidente, que levou autoridades a determinar o fechamento de minas com
barragens semelhantes à que se rompeu em Brumadinho. A produção
de minério de ferro caiu 30% e a de pelotas, 20%.
No primeiro trimestre, a
mineradora teve receita de R$ 30,9 bilhões, 11% a mais do que no
mesmo período do ano anterior, mas queda de 17% em relação
ao trimestre anterior.
“Nós nunca esqueceremos
Brumadinho e não pouparemos esforços para aliviar o sofrimento
e reparar as perdas das comunidades impactadas”, escreveu o presidente
da companhia, Eduardo Bartolomeo, que substituiu Fabio Schvartsman, afastado
no início de março a pedido da força-tarefa que investiga
o caso.
Além de Schvartsman,
a força tarefa pediu o afastamento de outros três diretores
e dez funcionários da mineradora, que são alvo de investigações
sobre a responsabilidade pela tragédia. As autoridades acusam a
empresa de ignorar os riscos da barragem que se rompeu.
A companhia alega que a
estrutura tinha os certificados de estabilidade requeridos pela legislação
e decidiu questionar judicialmente a empresa responsável pelos documentos,
a alemã Tüv Süd, após funcionários desta
empresa afirmarem em depoimento à polícia que foram pressionados
a atestar a barragem.
Em ação impetrada
no início de maio, a Vale pede acesso aos documentos relativos aos
contratos que mantém com a fornecedora. A Vale afirma que, caso
os depoimentos sejam verdadeiros, a Tûv Sûd violou obrigações
contratuais (Nicola Pamplona - Folahpress)
Fundos:
Governo revê privatização da Eletrobras e quer arrecadar
mais
Valor após venda
de ações pode ficar 'alguns bilhões' acima dos R$
12,2 bi, diz secretário
O governo decidiu rever
a proposta de privatização da Eletrobras, em processo que
pode representar aumento da arrecadação com a venda de ações
da estatal, informou nesta quinta (9) o secretário especial da Fazenda,
Waldery Rodrigues Júnior.
Segundo ele, a expectativa
é que o valor fique “alguns bilhões” superior aos R$ 12,2
bilhões estimados pelo governo Michel Temer. “Acreditamos que essa
previsão está subestimada”, afirmou o secretário,
em entrevista após o 31º Fórum Nacional.
Em maio, o Ministério
da Economia excluiu da previsão de receitas para 2018 os R$ 12,2
bilhões com a privatização da estatal. Segundo Rodrigues
Júnior, a decisão foi tomada porque não havia garantias
de que a operação seria concluída este ano.
“A Eletrobras é um
dos ativos mais importantes em que temos trabalhado”, disse o secretário.
Ele adiantou que o modelo de venda terá diferenças em relação
ao proposto por Temer, que previa a pulverização do capital
da companhia por meio de aumento de capital.
Com o dinheiro arrecadado
pela venda das ações, a Eletrobras pagaria ao governo bônus
para rever o modelo de concessão de suas usinas hidrelétricas,
saindo do sistema de cotas, no qual as tarifas são reguladas
(Nicola Pamplona - Folhapress)
Fundos:
Governo impõe regras para a venda de refinarias da Petrobras
Resolução
visa promover o aumento da concorrência, aponta CNPE
O governo decidiu impor
à Petrobras regras para a venda de refinarias, sob o argumento de
que é preciso promover a concorrência na produção
de combustíveis no país. A estatal pretende se desfazer metade
de sua capacidade de refino.
Segundo resolução
aprovada nesta quinta (9) pelo CNPE (Conselho Nacional de Política
Energética), a Petrobras não poderá vender refinarias
potencialmente concorrentes para o mesmo grupo econômico.
O texto diz ainda que o
CNPE "considera importante" que a Petrobras venda também infraestrutura
de abastecimento das refinarias. Esse segmento, diz a resolução,
deve ser desverticalizado.
A venda das refinarias é
parte de um esforço do projeto do governo Jair Bolsonaro para reduzir
o monopólio estatal no setor. Com capacidade para refinar 2,2 milhões
de barris de petróleo por dia, a Petrobras detém 98% do parque
nacional de refino.
No fim de abril, a estatal
anunciou planos para vender oito de suas 13 refinarias. A empresa quer
permanecer apenas com as quatro unidades em São Paulo e com a Refinaria
Duque de Caxias, no Rio.
Aquelas localizadas em outros
estados serão oferecidas ao mercado.
A preocupação
do governo é que uma mesma empresa compre duas refinarias que disputem
mercados próximos, como por exemplo, as unidades do Rio Grande do
Sul e do Paraná. Também estão à venda refinarias
na Bahia, Pernambuco e Manaus, além da fábrica de lubrificantes
do Ceará.
"A resolução
estabelece que é de interesse nacional que as refinarias potencialmente
concorrentes sejam alienadas para grupos econômicos distintos e que
em nenhum caso seja mantida participação societária
do vendedor nesses empreendimentos", diz o CNPE.
A Petrobras ainda não
divulgou o modelo de venda das refinarias. A Folha apurou que a restrição
à compra de duas unidades próximas por uma mesma empresa
já estava em estudo dentro da estatal.
Com relação
à infraestrutura de abastecimento, que compreende terminais e dutos,
a empresa analisava duas opções: a venda de pacotes incluindo
cada refinaria e sua própria infraestrutura, ou a venda separada
dos ativos para diferentes empresas.
Segundo a nota divulgada
nesta quinta, o CNPE prefere a segunda opção. Nesse caso,
empresas especializadas na operação de terminais e dutos
cobrariam tarifa para transportar petróleo e derivados para o dono
das refinarias.
Refinarias dependem dessa
infraestrutura para receber o petróleo que será refinado
e, depois, escoar a produção. Em São Paulo, por exemplo,
esse processo é feito principalmente pelo terminal de São
Sebastião e a rede de oleodutos que o conecta às refinarias
do estado.
"A resolução
do CNPE é um marco na política energética nacional
e tem como objetivo estimular a entrada de novos agentes econômicos
no setor de refino com a atração de investimentos no segmento",
diz o conselho, que é coordenado pelo MME (Ministério de
Minas e Energia).
O governo defende que a
competição na produção de combustíveis
pode garantir ao consumidor "condições adequadas de preço
e qualidade". Já a Petrobras diz que a venda das refinarias garante
recursos para investir no pré-sal e reduz o risco de ingerências
em sua política de preços. (Nicola Pamplona
- Folhapress)
Fundos:
Sem retomada, siderúrgicas patinam
As principais siderúrgicas
do País, Usiminas, CSN e Gerdau, mostraram, em seus resultados do
primeiro trimestre, que a recuperação da economia ainda não
aconteceu. De forma geral, os números refletiram o enfraquecimento
do mercado interno.
Frustração
para especialistas e entidades do setor que, no fim de 2018, esperavam
forte avanço. Mesmo assim, o tom ainda é de otimismo.
Ontem, o presidente da CSN,
Benjamin Steinbruch, disse que o trimestre ficou no zero a zero.
"Não houve melhora
de mercado, mas não houve piora", disse.
"A recuperação
econômica ainda não veio, mas qualquer melhora vai ser imediata."
Gustavo Werneck, presidente da Gerdau, afirmou esta semana que o desempenho
da companhia ficou "abaixo do esperado".
No entanto, a expectativa
é por uma reação de setores como construção
civil e indústria, a partir do segundo semestre, sobretudo com o
desenrolar da reforma da Previdência.
Já o presidente da
Usiminas, Sergio Leite de Andrade, afirmou que, caso a economia brasileira
continue lenta, a empresa poderá rever seus planos. "Se o Brasil
continuar crescendo 1% ao ano, iremos rever investimentos para 2020, 2021...
Mas trabalhamos com a expectativa de crescimento de 2,5% neste ano ", disse.
Com o empresariado pisando no freio, a produção de aço
bruto brasileira somou 8,39 milhões de toneladas entre janeiro e
março, queda de 2,8% frente ao ano anterior, conforme o Instituto
Aço Brasil. (Agência Estado)
40º
Congresso: Tema central é escolhido
Em um cenário de
ampla discussão sobre mudanças no sistema previdenciário
brasileiro e a necessidade de as entidades fechadas se reinventarem para
alcançar mais pessoas, o tema “Protagonismo em um mundo sem fronteiras”
foi o escolhido pela Diretoria da Abrapp como mote para o 40º Congresso
Brasileiro da Previdência Complementar Fechada.
“Vivemos um momento importante,
pois o regime fechado de previdência complementar voltou a ser prioridade
no governo brasileiro. O tema do Congresso corrobora com esse momento,
em que o nosso setor se apresenta como parte da solução para
os problemas do país”, destaca o Diretor-Presidente da Abrapp, Luís
Ricardo Martins. “Vamos discutir a evolução do nosso sistema
nesse contexto da nova previdência”.
As inscrições
para o Congresso serão abertas a partir de 13 de maio. O evento
acontecerá de 16 a 18 de outubro, no Transamérica Expo-Center,
em São Paulo (SP), e já tem novidades confirmadas.
Para começar, a Palestra
Magna tem nome certo: Oscar Motomura, fundador do Grupo Amana-Key, considerado
um dos mais inovadores especialistas em gestão, estratégia
e liderança do país. Ele abrirá o programa com a explanação
“Protagonismo: Como você pode ser o catalisador da transformação”,
abordando questões como reinvenção estratégica
e preparação para o futuro.
Jornada do macro ao micro
- Outra novidade é que a programação do evento será
baseada em três grandes eixos temáticos, proporcionando aos
participantes uma jornada de reflexões que tratam desde as mudanças
no contexto social e as transformações do mercado ao novo
design organizacional da previdência complementar: Transformação
da Sociedade; a Nova Previdência; e Repensando nosso Modelo de Negócio.
Somando às inovações
preparadas para este ano, haverá a realização de insights
sessions entre as plenárias. São palestras curtas com especialistas
que discutirão temas atualíssimos como tendências de
tecnologia, modelos internacionais, estratégia de coopetição
(a cooperação aliada à competição) e
o papel do indivíduo na mobilização das empresas.
Construção
coletiva - A interação com os participantes, que será
provocada ao longo dos três dias de evento, culminará com
uma dinâmica especial nesta 40ª edição para ouvir
o sistema sobre os caminhos futuros neste momento de transformação
da previdência complementar.
Programe-se e garanta a
participação da sua entidade em um dos maiores eventos mundiais
voltados para a previdência complementar! (Abrapp/AssPreviSite)
Livro
narra história da previdência no Brasil
Itinerários
da Primeira Previdência Privada no Brasil – De uma Iniciativa Eclesial
(1864) à Consolidação de uma Entidade Aberta de Previdência
Complementar, sem Fins Lucrativos (1993)” é o mais novo livro da
série Cadernos de Seguro – Teses, publicada pela Escola.
O
autor Everson Oppermann, presidente da Câmara de Comércio
Brasil-Alemanha do Rio Grande do Sul, conta a história das iniciativas
previdenciárias empregadas pela Igreja Evangélica de Confissão
Luterana, no período entre a chegada de pastores alemães
ao Brasil, em 1864, e a fundação da Luterprev, última
entidade aberta de previdência privada sem fins lucrativos a ser
autorizada a funcionar no País, em 1993.
“Num
contexto maior, esta também pode ser, dentre tantas, uma história
representativa da previdência privada no Brasil de outras e várias
organizações semelhantes, quer sejam ligadas a outras igrejas,
quer sejam vinculadas a outras classes de trabalhadores, que continuam
anônimas por esse Brasil afora”, explica o autor.
Enriquecem
a pesquisa – fruto do trabalho de mestrado de Oppermann – a contextualização
da história e da conjuntura das épocas analisadas e a apresentação
das vantagens e desvantagens dos modelos organizacionais escolhidos em
cada tempo. O autor aponta, ainda, os desafios do setor para os próximos
25 anos.
Mais
informações sobre esse e outros livros publicados pela Escola
podem ser encontradas no www.funenseg.org.br/livros.(Segs)
Livro:
Comentários à Lei de Benefícios da Previdência
Social
AUTORES
Daniel M. Rocha e José Paulo Baltazar Jr.
EDITORA
Atlas / 0800-171944
Em
sua 12ª edição, os autores comentam artigo por artigo
da lei. Os comentários são minuciosos e relacionados à
estrutura do sistema previdenciário. Análise sobretudo doutrinária
com algumas referências judiciais em nota de rodapé.
(Folha de S.Paulo)
Livro
Previdência Complementar - Coleção Prática e
Estratégia
Autor:
Adacir Reis; Lara Corrêa S. Bresciani e Ana Carolina Ribeiro de O.
Mendes
Resumo
do Livro: Hoje há milhões de participantes, aposentados e
pensionistas associados a planos de Previdência Complementar. Com
a expansão dos planos previdenciários e a ampliação
do acervo normativo, tem crescido o número de processo judiciais
relacionados às entidades fechadas de previdência complementar,
mais conhecidas como fundos de pensão. Nesta obra o leitor encontra
a melhor doutrina, a jurisprudência atual e a síntese dos
principais pontos que devem compor a estratégia e a prática
de defesa da legislação da previdência complementar
junto ao Poder Judiciário. Este livro trata-se de um trabalho pioneiro
e de grande utilidade para a defesa da Legislação Federal
da Previdência Complementar, contribuindo para que as entidades gestoras
possam honrar seus compromissos previdenciários de longo prazo.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Justiça
social é ponto forte em favor da reforma
Mais
uma sessão do longo calendário de encontros com parlamentares
para convencê-los da importância e dos termos da reforma da
Previdência demonstrou algum aprendizado por parte do governo.
Ao
contrário do que aconteceu na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ), houve um mínimo de precaução,
quarta-feira, na Comissão Especial, para que o ministro da Economia,
Paulo Guedes, não ficasse exposto a salvas contínuas de tiros
da oposição.
Bastou
que a situação conseguisse que as regras da sessão
intercalassem perguntas de ambos os lados. Houve mais organização.
Destacou-se,
ainda, o necessário cuidado com o didatismo. A questão da
Previdência, discutida no Congresso desde o primeiro mandato de FH,
de 1995 a 98, costuma ser rejeitada pelos políticos, pois tem relação
direta com o padrão de vida da população.
É
também um tema técnico, e nem todos conseguem entendê-lo.
Disso aproveita-se a oposição para bombardear os projetos
de reforma. Foi, portanto, uma decisão correta do governo escalar
o secretário da Previdência, Rogério Marinho, para,
antes dos debates, fazer uma apresentação com tabelas bem
produzidas para alertar todos da gravidade da situação.
Marinho,
político de fala mansa, deputado que não se reelegeu, tem
a rica experiência de haver relatado a necessária reforma
trabalhista aprovada pelo Congresso no governo Temer. Conhece a linguagem
dos políticos.
Os
parlamentares foram informados da equação demográfica
que estrangula a Previdência e toda a contabilidade pública,
porque, só na União, ela absorve mais da metade do Orçamento,
numa tendência inexorável de expansão. O incontornável
envelhecimento da população, fenômeno mundial, é
demonstrado pela queda no número dos mais jovens, os que sustentam
com suas contribuições o INSS: em 1980, havia a proporção
de 14 pessoas em idade ativa (de 15 a 64 anos) para cada idoso (mais de
65); no ano que vem, serão apenas sete. O sistema está condenado.
Mereceu
o devido destaque a grave injustiça social que a Previdência
promove, sendo uma usina eficiente de concentração de renda:
os funcionários do Legislativo federal têm uma aposentadoria
média de R$ 29,1 mil; os do Judiciário, R$ 19 mil; do Ministério
Público da União, R$ 18,2 mil; os do Executivo, R$ 8,8 mil;
e os segurados do INSS, apenas R$ 1,3 mil. A proposta da reforma unifica
os regimes previdenciários, acaba com isso.
Os
gastos descontrolados da Previdência chegarão este ano a R$
903 bilhões, em detrimento da saúde (R$ 122 bilhões)
e educação (R$ 132 bilhões). É o que explica
a falência da saúde pública e as carências no
ensino básico em estados e municípios.
Deputados
e senadores precisam entender que a penúria em seus estados tem
relação com a crise previdenciária. Bem como a persistente
concentração de renda no país. (G1)
Paulo
Guedes: Nova Previdência é reforma de Estado
Audiência
pública na Comissão Especial da Câmara dos Deputados
debateu mudanças propostas para o sistema previdenciário
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quarta-feira (8) que a Nova
Previdência é uma verdadeira reforma de Estado e que oferecerá
maior equidade e justiça ao país. “O sistema previdenciário
brasileiro é insustentável e injusto. É um buraco
fiscal que ameaça engolir o Brasil”, disse o ministro durante audiência
pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
As mudanças no sistema previdenciário constam da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, apresentada
pelo governo ao Congresso em 20 de fevereiro.
“O
sistema está condenado à quebra. Já está tecnicamente
em déficit, muito antes de a população brasileira
envelhecer. As disfunções são evidentes. A insustentabilidade
financeira é evidente em todas suas modalidades”, destacou Guedes.
No ano passado, o sistema previdenciário registrou um saldo negativo
de R$ 264,4 bilhões e o déficit de 2019 deve ser ainda maior,
de R$ 294,9 bilhões. “É um buraco fiscal que ameaça
ruir o Brasil”, destacou o ministro e complementou “A velha Previdência
quebrou. E é injusta, pois transfere renda perversamente dos mais
pobres para os mais favorecidos, sejam eles servidores públicos,
militares, legisladores”.
O
ministro da Economia salientou que um dos objetivos da proposta é
permitir que os jovens não caiam na mesma armadilha da atual geração,
que hoje convive com um sistema que opera com saldo negativo. Segundo Guedes
o movimento em direção à Nova Previdência é
para garantir os pagamentos previdenciários e da assistência
social e permitirá que o país cresça mais rápido,
gerando mais empregos. O ministro destacou que o novo sistema manterá
o compromisso fraterno do Brasil de que ninguém receba aposentadoria
menor que o salário mínimo, mas também evitará
que poucos ganhem muito e muitos recebam pouco.
Transparência
Após
a apresentação do ministro Paulo Guedes, o secretário
especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, apresentou
os detalhes do projeto da Nova Previdência aos parlamentares. “Todas
as informações, dados e estudos estão à disposição
da sociedade para que se mantenha a total transparência, essencial
neste processo, enfatizou Marinho. “De 1988 para cá, nenhuma proposta
de reestruturação previdenciária teve este grau de
detalhamento e transparência”, complementou.
Marinho
destacou que as mudanças do perfil da sociedade brasileira nos últimos
anos exigem a atualização do sistema previdenciário.
O brasileiro está vivendo mais e tendo menos filhos. A redução
na taxa de fecundidade tem um impacto direto sobre a receita futura do
atual sistema, que é financiado por repartição simples.
Nossos estudos mostram que a média cai de 4,1 filhos, em 1980, para
1,7 filho, a partir de 2030.
O
secretário especial observou que a proporção entre
os trabalhadores ativos e os aposentados também está diminuindo:
em 1980, a relação era de 14 trabalhadores em idade ativa
para um aposentado. Em 2060, essa proporção será de
apenas dois para um. Rogério Marinho destacou, ainda, que atualmente
a maior parcela dos brasileiros já reconhece a necessidade da Nova
Previdência para o ajuste das contas públicas e conseqüente
retomada do crescimento do País.
Marinho
salientou os problemas do regime atual, com um sistema de repartição
simples que precisa ser fortemente subsidiado pela União e gera
um déficit que dificulta a ação do Estado em outros
setores. Este ano, por exemplo, o gasto com Previdência e Assistência
é estimado em R$ 903 bilhões, ou seja, 64,8% do orçamento
da União. Já as despesas com saúde deverão
ser de R$ 132 bilhões e em educação, de R$ 122 bilhões.
Citou,
ainda, que o sistema é injusto pois no Regime Geral de Previdência
Social (RGPS), ao qual está vinculado a maior parte dos trabalhadores
brasileiros, 82% dos benefícios são de até dois salários
mínimos por mês. Isso significa que os aposentados pelo regime
geral recebem, em média, R$ 1.371,25 por mês. Já a
média de aposentadoria do Poder Legislativo é de R$ 29.195,40
por mês.
“O
regime atual subsidia quem tem mais e que isso vai mudar com a Nova Previdência”,
disse o secretário. “Hoje, os mais pobres se aposentam, em média,
dez anos depois dos mais ricos. É um sistema injusto, afirmou Marinho.
O
secretário de Previdência, Leonardo Rolim, forneceu aos parlamentares
esclarecimentos sobre o déficit do setor “Apenas no RGPS, em 2018,
tivemos R$ 195,2 bilhões de saldo negativo. Se somarmos isso aos
regimes próprios e às pensões e aos militares, temos
R$ 264,4 bilhões”, afirmou.
A
audiência pública também contou com a participação
do secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho,
Bruno Bianco, e do secretário adjunto de Previdência, Narlon
Gutierre. A proposta da Nova Previdência foi aprovada pela Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ). A tramitação
na Comissão Especial está prevista para ocorrer em 40 sessões,
até a aprovação do parecer. Depois, a matéria
segue para aprovação no plenário da Câmara e,
em seguida, seguirá para a análise no Senado Federal.
(Secretaria de Previdência)
O
didatismo do ministro
Em
audiência na Comissão Especial da Câmara que analisa
a proposta de reforma da Previdência, na quarta- feira passada, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, foi bastante didático ao expor
os riscos que o País corre se o Congresso não aprová-la.
Durante cerca de oito horas, Guedes e o secretário especial da Previdência
e Trabalho, Rogério Marinho, tentaram explicar aos parlamentares
que o rombo da Previdência, em resumo, "é um buraco fiscal
que ameaça engolir o Brasil e precisa ser atacado" - e, caso não
haja reforma, ou se a proposta for muito desidratada, há sério
risco de não haver dinheiro para o pagamento das aposentadorias
num futuro próximo.
Ou
seja, daqui em diante, ninguém que tenha ouvido o ministro Guedes
pode alegar ignorância a respeito do que está em jogo: votar
contra a reforma ou impor mudanças que a tornem branda demais significa
votar contra o Brasil. Não à toa, até mesmo o eleitorado
do País, naturalmente refratário a mudanças que representem
endurecimento das regras para as aposentadorias, já demonstra ter
compreendido o imperativo da reforma.
Uma
pesquisa realizada pelo Ibope para a Confederação Nacional
da Indústria (CNI) mostra que 59% dos brasileiros consideram necessário
modificar o sistema das aposentadorias. Além disso, 71% entendem
que as regras da Previdência devem ser iguais para todos - e 68%
consideram que o conjunto da população é prejudicado
sempre que um grupo específico ganha privilégios no sistema
previdenciário.
Um
dos aspectos mais duros da reforma, o estabelecimento de uma idade mínima,
tem o apoio de 72% dos entrevistados, um aumento significativo em relação
aos 65% verificados em 2015. No geral, portanto, parece haver uma base
sólida na opinião pública sobre a qual é possível
construir o consenso em torno da aprovação da reforma no
Congresso.
O
problema, como mostra essa mesma pesquisa, é o desconhecimento da
proposta em si. Entre os entrevistados, apenas 36% dizem conhecer pelo
menos os principais pontos do texto encaminhado pelo governo ao Congresso
- e destes, 51% se dizem contrários ao que propõe o projeto.
Na
Câmara, o ministro Paulo Guedes aludiu ao problema do desconhecimento
sobre a proposta de reforma. "Temos esse problema de comunicação",
disse Guedes, salientando que, enquanto a base governista é novata
e desmobilizada, "a oposição é aguerrida, sabe bater,
criar coisas e se isentar de problemas".
Assim,
"até o governo contar a verdade dele, o tempo está passando",
acrescentou o ministro, que fez um apelo aos deputados: "Contamos com a
serenidade dos senhores".
O
próprio ministro reconheceu, contudo, que há adversários
da reforma da Previdência mesmo dentro do governo. "Acho que tem
gente do governo que pode até ficar feliz" se a reforma for desidratada,
disse Paulo Guedes, sem citar nomes. Afinal, até mesmo o presidente
Jair Bolsonaro já deu declarações sugerindo que a
reforma encaminhada por seu próprio governo pode e deve ser abrandada
- atitude coerente com uma carreira política marcada por franca
hostilidade em relação a qualquer endurecimento das regras
das aposentadorias.
Ciente
do exército bem organizado de inimigos da reforma, o ministro Paulo
Guedes e seu auxiliar Rogério Marinho foram à Câmara
munidos de números incontestáveis a respeito do problema
previdenciário a ser enfrentado: mostraram aos deputados que os
15% mais ricos acumulam 47% da renda previdenciária; que o número
de contribuintes por aposentado caiu de 14, há 40 anos, para 7 hoje,
e em breve serão apenas pouco mais de 2; e que os gastos previdenciários,
que representam metade dos gastos federais, são sete vezes maiores
do que os da educação, quatro vezes os da saúde e
três vezes a soma dos gastos de saúde, educação
e segurança pública.
Ou
seja, "o sistema já está condenado à quebra", disse
o ministro Guedes, e isso pode levar o País à bancarrota.
Nenhuma
dessas informações é passível de controvérsias.
São fatos aritmeticamente sustentados.
O
ministro Paulo Guedes fez bem em expor serenamente esses números
aos senhores deputados, para que compreendam a dimensão do problema.
Assim, se escolherem o caminho da oposição irresponsável,
eles o farão sabendo perfeitamente o que isso significará
para o País. (Agência Estado)
Para
Ramos, BPC, professores e rural caem na comissão
O
presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência,
deputado Marcelo Ramos (PR-AM), avaliou ontem que três temas já
estão "praticamente fora" da proposta: as mudanças na aposentadoria
rural, a alteração no benefício assistencial para
idosos (BPC) e as novas regras para professores.
Em
todos os casos, partidos fecharam questão contra as propostas do
governo. "Eu vejo uma capacidade (do governo) de articulação
para aprovar uma reforma com impacto fiscal importante, mas não
vejo o governo com capacidade de reverter posições já
tomadas por partidos", afirmou.
O
partido do presidente da comissão, o PR, fechou questão contra
a mudança nas regras atuais de aposentadoria dos professores. O
governo pretende exigir 60 anos de idade e 30 anos de contribuição.
"Sobre professores, PR e MDB fecharam questão. Governo não
vai ter folga de 60 votos. Quando saem dois partidos desse tamanho, quem
vai ficar para defender?", alertou.
Outros
pontos são "sensíveis", segundo o presidente, e devem ser
alvo de intenso debate, como a desconstitucionalização de
regras da Previdência, a capitalização (segundo a qual
o trabalhador contribuirá para uma conta individual de aposentadoria)
e a inclusão de Estados e municípios.
Segundo
Ramos, o governo deve ter margem de manobra em pontos que ainda não
foram alvo de nenhum partido, como regra de transição. Onde
já há fechamento de questão, porém, só
"algo muito extraordinário" para reverter.
O
presidente da comissão disse ainda que a proposta de restrição
do abono para quem ganha até um salário mínimo "vai
ser uma queda de braço" no Congresso. A proposta tem impacto significativo
na reforma, com economia de R$ 169,4 bilhões em dez anos.
(Idiana Tomazelli - Agência Estado)
Governo
acredita na aprovação da reforma ainda no 1º semestre
A
equipe econômica continua trabalhando com a expectativa de aprovar
a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ainda no primeiro
semestre de 2019. Para o secretário especial de Trabalho e Previdência
do Ministério da Economia, Rogério Marinho, se o relatório
sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma for votado em
junho na Comissão Especial, que analisa a matéria, é
possível cumprir esse prazo.
"Se
o relatório for votado em junho, há condições
de se resolver na Câmara no primeiro semestre", afirmou Marinho a
jornalistas ontem, ao deixar o 31.º Fórum Nacional, organizado
pelo economista Raul Velloso, no Rio.
Mais
cedo, em palestra no evento, Marinho havia dito que "não tinha dúvidas"
de que o relatório sobre a PEC seria votado na Comissão Especial
no fim de maio ou início de junho. Segundo o secretário,
esse cronograma foi apresentado pelo relator da PEC na comissão,
Samuel Moreira (PSDB-SP).
Marinho
também avaliou positivamente a articulação política
em torno da aprovação da reforma no Congresso. Segundo o
secretário, na audiência de quarta-feira da Comissão
Especial, com participação do ministro da Economia, Paulo
Guedes, o "ambiente mudou radicalmente", na comparação com
a participação do ministro em audiência na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ). "Discutimos o projeto",
afirmou.
No
dia seguinte à longa audiência, o secretário comparou
a reforma da Previdência a um remédio para crianças.
"A criança pode até não gostar do gosto do remédio,
mas aquilo vai fazer com que ela cresça, se restabeleça",
disse.
O
secretário especial disse ainda que o governo federal apresentou
"microdados e memórias de cálculo" da proposta de reforma
previdenciária "com transparência absoluta".
(Vinicius Neder - Agência Estado)
Acidente
de trabalho: Comissão aprova MP do pente-fino no INSS
Foi
excluído ainda o artigo que dificulta acesso a benefícios
para que voltar ao INSS após informalidade
O
governo conseguiu, nesta quinta-feira (9), fazer a MP (medida provisória)
do pente-fino nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) avançar no Congresso. O texto foi aprovado na comissão
formada por deputados e senadores para analisar o tema.
Para
reduzir as críticas ao texto, o Palácio do Planalto recuou
e decidiu retirar a proposta de que acidente a caminho do trabalho não
fosse assumido pela empresa.
A
equipe econômica usou o relatório da MP, apresentado pelo
deputado Paulo Martins (PSC-PR), nesta terça-feira (7), para incluir
um artigo que isentaria as empresas em caso de acidente no percurso do
empregado de casa para o trabalho ou no caminho de volta à residência.
Em
uma nova versão do parecer articulado com interlocutores do presidente
Jair Bolsonaro e técnicos do Ministério da Economia, Martins,
nesta quinta, manteve a legislação atual, cujas regras possibilitam
que acidentes ocorridos no caminho para a empresa ou para casa sejam equiparados
a acidentes de trabalho, que podem garantir benefícios e auxílios
a trabalhadores.
"É
ponderado. [Isso] não tira a alma da medida provisória",
disse a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP),
que negociou com partidos da oposição e independentes ao
Planalto.
A
equipe de Bolsonaro também cedeu na proposta de dificultar o acesso
a vários benefícios previdenciários, como auxílio-doença,
salário-maternidade e aposentadoria por invalidez, para quem, após
um período de informalidade, voltar a contribuir ao INSS.
Em
janeiro, quando editou a MP, o presidente endureceu regras para quem, depois
de uma pausa de até 36 meses, voltar a contribuir para a Previdência
Social. Isso teria efeito para aquelas pessoas que perderam emprego, foram
para informalidade e, agora, conseguissem voltar a contribuir para o INSS.
Pelo
texto de Bolsonaro, esses trabalhadores precisam cumprir novamente toda
a carência (exigência mínima de contribuições)
para que possam receber o benefício pago a quem está temporariamente
incapaz de trabalhar, quem se afasta por causa do nascimento de um filho
ou doença.
De
acordo com o novo relatório, que ainda precisa ser aprovado pela
Câmara e Senado, seria mantida a regra anterior à edição
da MP: ao voltar ao INSS, o trabalhador precisaria cumprir metade da carência
para ter direito a esses benefícios.
O
governo teve dificuldade para aprovar a medida provisória na comissão.
Metade dos deputados e senadores do colegiado são de estados do
Norte e Nordeste, onde há grande concentração de trabalhadores
rurais.
Além
disso, parlamentares ligados à atividade rural e sindical também
resistiram à mudança proposta no processo de pedido de aposentadoria
rural.
A
MP prevê o fim do uso de declaração de sindicatos rurais
e que, após uma transição, a comprovação
do exercício da atividade rural passa a ser feita exclusivamente
por inscrição nos órgãos do sistema do Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS), mantido pelo Ministério
da Economia.
Parte
da comissão queria manter prerrogativa dos sindicatos ou que, pelo
menos, os sindicatos possam continuar participando de alguma forma do processo
de pedido de aposentadoria rural.
A
Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)
estima que cerca de 60% das pessoas que trabalham no campo não estão
no cadastro do Ministério da Economia, o que dificultaria a comprovação
dos documentos necessários para pedir a aposentadoria.
“Temos
um ataque direto à região Nordeste quando você prejudica
a aposentadoria rural. O ataque tem que ser na fraude e não nos
aposentados”, argumentou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
A
disputa foi a voto e o governo venceu. Por 15 votos a 7, ficou mantida
essa parte do texto de Bolsonaro para que os sindicatos não sejam
mais responsáveis pela comprovação da atividade rural.
“Não
vamos fazer acordo para deixar sindicato. Não vamos fazer acordo
para fraude. A MP 871 é uma MP antifraude. Uma medida provisória
que combate fraude e que recebe uma emenda que é para manter a fraude
não tem a razão de ser. Então a gente vai para o voto”,
afirmou Hasselmann, no começo da sessão.
Martins
manteve os principais pontos do programa de análise de benefícios
do INSS com indícios de irregularidade e o endurecimento nos critérios
para recebimento do auxílio-reclusão, benefício pago
a familiares do trabalhador que for preso.
O
deputado, no entanto, excluiu o trecho —apresentado por Bolsonaro— que
obriga idosos carentes e deficientes a abrirem mão do sigilo bancário
ao pedirem o BPC, benefício pago a esses grupos. De caráter
assistencial, essa transferência tem valor de um salário mínimo
(R$ 998).
Martins
derrubou ainda a proposta de criar um prazo de seis meses após parto
ou adoção para que seja pedido o salário-maternidade.
Assim, será possível pedir o benefício com as mesmas
regras de antes: até cinco anos após o nascimento do bebê
ou da adoção.
Por
outro lado, o relatou voltou atrás e decidiu manter a possibilidade
de penhora de bens para pagar dívidas em caso de fraude ao INSS.
Durante a negociação da MP, ele quis retirar esse artigo.
A
medida provisória agora segue para o plenário da Câmara
e, depois, para o do Senado. O texto tem que ser aprovado nas duas Casas
até 3 de junho. O governo espera economizar cerca de R$ 10 bilhões
nos primeiros 12 meses com o pente-fino no INSS e as mudanças nas
regras propostas pelo presidente (Thiago Resende - Folhapress)
Uma
reflexão sobre as relações sindicais
Fim
da contribuição obrigatória rompeu equilíbrio
Aprovada
no final de 2017, a reforma trabalhista se firmou como um avanço
na modernização das relações entre empregados
e patrões e foi crucial para o início da recuperação
da economia brasileira.
Em
2018, primeiro ano após a implantação da reforma que
tornou mais flexíveis os contratos de trabalho, foram gerados 529,5
mil empregos formais no país. A quantidade de vagas criadas ainda
é insuficiente para a superação definitiva da crise.
Mas é preciso levar em conta que, em 2015, foram perdidos 1,5 milhão
de empregos e, em 2016, outros 1,3 milhão. Já em 2017 foram
geradas apenas 11,9 mil vagas. Também houve expressiva queda das
ações trabalhistas no ano passado, em quase 40%. Portanto,
de maneira geral, a direção das medidas foi correta.
Mas
a reforma também trouxe algumas distorções que precisam
ser corrigidas. Entidades patronais e laborais sérias foram jogadas
em um mesmo balaio que organizações de gaveta. Instituições
idôneas, defensoras de interesses legítimos, foram prejudicadas
de maneira injusta.
Um
tópico bastante incisivo da reforma foi o fim da obrigatoriedade
da chamada contribuição sindical. Os resultados de tal medida
se deram imediatamente. Em um ano houve queda de cerca de 90% da arrecadação.
De R$ 3,64 bilhões, em 2017, caiu para R$ 500 milhões ano
passado —e a previsão é de nova retração para
2019. Os sindicatos estão precisando, literalmente, se reinventar
com muito menos recursos.
A
Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis
(Fenacon) não é contrária ao fim da contribuição
obrigatória. A medida caminha na direção das necessidades
e demandas da sociedade. Mas avanços são imprescindíveis.
O mais indispensável deles é que se aprimore a estrutura
de funcionamento dos sindicatos, por meio da chamada reforma sindical.
A
retirada da obrigatoriedade da contribuição ocorreu sem maiores
discussões sobre o arcabouço sindical brasileiro. Rompeu
abruptamente um equilíbrio que existia nas negociações
entre empregados e empregadores. Entre as consequências, hoje, mesmo
sem a exigência de pagamentos, todos os funcionários e patrões
continuam se beneficiando pelas convenções e acordos coletivos
que são, por força de lei, executados pelos sindicatos. É
algo justo não pagar e se beneficiar?
A
Constituição obriga a participação dos sindicatos
nas negociações coletivas de trabalho. Entendemos que as
convenções e os acordos celebrados são documentos
técnicos praticados pelos representantes patronais e laborais, sempre
no intuito de manter o equilíbrio das conquistas sociais, adequando-se
ao bom desempenho das empresas.
Essa
relação é de extrema importância para a estabilidade
da categoria econômica representada por essas instituições,
que demandam para execução equipes com técnicos de
diversas áreas de atuação, tempo e esforços
exaustivos, em acaloradas reuniões que ocorrem ao longo do ano,
tal a complexidade das discussões colocadas à mesa.
Esses
documentos produzem benefícios sociais e regras econômicas
que, ao nosso ver, são autorais. Só deveriam ser utilizados
pelos empregados e empregadores filiados aos sindicatos de suas respectivas
categorias econômicas.
O
caminho justo para garantir a estabilidade dos empregos e o bom desempenho
das empresas seria a aprovação de uma Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) que limitasse apenas aos filiados
o acesso aos benefícios desses documentos. Outro dispositivo desta
PEC penalizaria quem utilizasse os acordos indevidamente. Como exemplo,
quem se apropriasse dessa peça autoral para a confecção
de um acordo ou convenção independente, configurando-se,
desta forma, como plágio, receberia pesadas multas à prática.
A
Fenacon, hoje com mais de 400 mil empresas representadas e 6,5% do PIB
brasileiro, quer abrir o debate ao propor uma verdadeira reforma sindical,
com transparência em sua relação. Nossa preocupação
é com a segurança nas relações trabalhistas.
Não é interesse de ninguém uma legislação
inviável, a ponto de inibir a filiação. O que precisamos
é de segurança nas relações de trabalho para
estimular o empreendedorismo responsável no Brasil, de maneira que
todos ganhem juntos. (Sérgio Approbato – Folhapress)
Governo
reduz previsão do PIB e fará novos cortes
O
governo vai reduzir mais uma vez sua projeção de crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, o que deve levar a equipe econômica
a promover novo corte de gastos. Os cálculos estão sendo
finalizados, mas, nos bastidores da área econômica, a nova
previsão é de uma expansão em torno de 1,5% - até
agora trabalhavase com a estimativa de 2,2%.
Com
menor crescimento, as projeções para as receitas são
afetadas negativamente e novas reduções de gastos se tornam
necessárias. O quadro é complicado para o governo, já
que o corte de quase R$ 30 bilhões no primeiro bimestre já
deixou a máquina pública com sérias dificuldades de
gerenciamento sendo vislumbradas para o segundo semestre. "Algumas despesas
que eram vistas como intocáveis provavelmente terão que ser
contingenciadas", disse uma fonte ao Valor .
O
secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, confirmou que
o governo deve anunciar um bloqueio adicional de gastos no relatório
bimestral a ser divulgado no próximo dia 22. Ele disse que a situação
fiscal do país tem que ser tratada "como de fato é", com
déficits esperados para 2020, 2021 e 2022.
Diante
do quadro de dificuldades, a equipe econômica busca alternativas
para tentar dar algum estímulo ao nível de atividade, mas
a restrição fiscal dificulta a atuação do governo.
Estuda-se, por exemplo, a liberação parcial de recursos do
FGTS, o que poderia dar um alento à economia sem impacto fiscal.
Em 2017, a liberação de contas inativas do fundo injetou
R$ 44 bilhões na economia e foi vista como grande responsável
por garantir um crescimento do PIB naquele ano. Não há, ainda,
um acordo sobre isso no governo. Um interlocutor disse que modelos de liberação
parcial no curto prazo estão sendo considerados, no entanto, a área
econômica pretende privilegiar a solidez e a liquidez do fundo, que
tem um estoque de recursos de R$ 500 bilhões.
(Valor)
O
Copom também no escuro
Espante-se
quem quiser, mas o Banco Central (BC), assim como investidores, empresários
e consumidores, também se detém diante da incerteza política
e econômica. Também por isso a taxa básica de juros
foi mais uma vez mantida em 6,50%. Assim deverá ficar até
o futuro se tornar menos opaco e surgirem motivos claros para nova mudança
da taxa, para cima ou para baixo. Até lá, a palavra de ordem
continua sendo a cautela. Quanto menos onda, melhor.
A
decisão foi anunciada em nota no começo da noite de quarta-feira,
depois da reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom). A importância agora atribuída à incerteza
é a grande novidade embutida no último comunicado. Uma nota
anterior, emitida em 6 de fevereiro, havia mencionado esse fator, mas com
menor ênfase. A linguagem é um dos instrumentos mais importantes
da política monetária. Uma palavra a mais ou a menos, quando
se comparam dois informes, pode fazer muita diferença. Isso ocorreu
de novo nesta quarta-feira.
Os
próximos passos, havia informado o Copom no comunicado de fevereiro,
continuariam dependendo "da evolução da economia, do balanço
de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
A nota de março trouxe dois elementos novos: seria preciso observar
"o comportamento da economia brasileira (...) com menor grau de incerteza
e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado".
O
texto divulgado na última quarta- feira trouxe uma inversão
da ordem e, mais que isso, uma ênfase nova: será preciso observar
a economia "ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos
choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução
do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta".
Destacada
entre vírgulas, a expressão "em especial" acentua a importância
do fator incerteza como entrave a mudanças, a curto prazo, na política
monetária.
Três
palavras convertidas em mantra ainda na presidência de Ilan Goldfajn
aparecem no parágrafo seguinte: "O Copom avalia que cautela, serenidade
e perseverança nas decisões de política monetária,
inclusive diante de cenários voláteis, têm sido úteis
na perseguição de seu objetivo precípuo de manter
a trajetória da inflação em direção
às metas".
Recém-nomeado
para presidir o BC, Roberto Campos Neto mencionou esse lema em pronunciamento
público e deixou clara a intenção de segui-lo pelo
menos na fase inicial de sua administração. As três
palavras apareceram também nos comunicados de 6 de fevereiro e de
20 de março.
A
incerteza reforça a argumentação, já apresentada
em outros textos, a favor da manutenção da taxa básica,
a Selic, em 6,50%. As projeções apontam inflação
na meta ou perto dela neste ano e no próximo.
Segundo
o mercado, o cenário sem grandes problemas persistirá até
2022. Numa economia com baixo uso da capacidade instalada e alto desemprego,
pressões inflacionárias maiores parecem pouco prováveis.
Há
riscos externos e internos, mas nenhum parece impor mudanças urgentes
na política monetária.
Do
lado interno, o Copom ressalta a importância da pauta de ajustes
e reformas. Sem isso, a piora das expectativas poderá afetar os
preços de ativos e desatar a inflação. O comitê
vem repetindo essa advertência há meses.
Apesar
da advertência repetida, o Copom tem mantido, de forma implícita,
a expectativa de avanço nos ajustes e, de modo particular, na aprovação
e na implantação de uma reforma da Previdência. A ênfase
agora atribuída à incerteza parece acrescentar um toque de
urgência à pauta fiscal. A nota do Copom, embora mais enfática,
foi redigida com a cautela de sempre. Mas contém um claro recado
político. O governo e seus aliados deveriam considerá-lo
muito seriamente.
É
difícil, diante desse comunicado, levar a sério a aposta
de investidores e analistas numa redução da taxa Selic neste
ano. Poderá ocorrer, mas isso dependerá de um quadro político
e econômico bem mais claro e de pressões inflacionárias
ainda contidas no caso de uma aceleração dos negócios.
Qualquer previsão, hoje, é mero ensaio de adivinhação.
(Agência Estado)
Nelson
Barbosa: Que tal dar mandato sem bizarrices ao BC?
A
agenda de política econômica está intensa. Além
da reforma da Previdência , o governo também enviou um PL
(projeto de lei) de autonomia do BC (Banco Central) ao Congresso. A proposta
tem pontos positivos e negativos.
Começando
pelo positivo, o PL define que o Copom (Comitê de Política
Monetária) terá nove membros: o presidente do BC e oito diretores.
Todos os integrantes terão mandatos de quatro anos, com possibilidade
de uma recondução por igual período.
Os
mandatos serão intercalados, isto é, o governo indicará
dois diretores do BC por ano. Já o presidente do BC será
indicado no segundo ano de cada mandato presidencial (o ideal é
que fosse no primeiro ano).
Na
prática, a proposta do governo significa que, nos dois primeiros
anos de cada governo, será possível trocar 5 dos 9 membros
do Copom.
Essa
proposta dá continuidade e previsibilidade à política
monetária, ao mesmo tempo em que preserva o poder de quem for eleito
de trocar todo o comando do BC ao longo de quatro anos.
O
segundo ponto positivo é a criação de depósitos
voluntários remunerados na autoridade monetária. Com isso,
a administração da liquidez da economia poderá ocorrer
sem necessariamente aumentar o volume de operações compromissadas
e a emissão direta de títulos do Tesouro para o BC. Trata-se
de proposta do governo Dilma (PLP 257/2016), atrasada por Temer.
Agora,
os problemas. O PL do governo engessa o sistema de metas de inflação
, colocando em lei que o objetivo fundamental da política monetária
é a estabilidade de preços, com a estabilidade financeira
em segundo lugar. Nenhuma menção é feita ao emprego
ou ao crescimento econômico.
Como
dizem os americanos, não devemos consertar o que não está
quebrado. O sistema de metas de inflação funciona bem desde
1999 com base em um decreto presidencial de apenas duas páginas.
Levar o tema para lei gerará debate sobre a hierarquia de objetivos
do BC, quando isso pode e já é feito por decreto.
Sugiro
ao Congresso tirar o tema do PL ou então estabelecer que os objetivos
do BC serão: estabilidade de preços, estabilidade financeira
e pleno emprego da força de trabalho, na forma definida pelo presidente
da República.
Outro
problema é dizer que o BC terá "autonomia técnica,
operacional, administrativa e financeira". Como perguntar não ofende:
isso significa que o BC poderá definir seu próprio orçamento
e salários? Se for isso, trata-se de erro grave, pois criaremos
mais uma casta burocrática, com poder de extrair renda da população
sob o pretexto de autonomia orçamentária.
Por
fim, a proposta do governo também estabelece que, ressalvada as
hipóteses de dolo ou fraude, os integrantes do Copom e das carreiras
do BC "não serão passíveis de responsabilização
por atos praticados no exercício de suas atribuições".
E, se isso não é audácia suficiente, o PL também
diz que o mesmo critério se aplicará a todos os que já
ocuparam cargos no BC.
Entendo
perfeitamente que muitas vezes os integrantes do BC sofrem contestação
administrativa e judicial sem fundamento. O mesmo acontece com todos os
membros dos demais órgãos da União. A solução
para isso é explicar e defender os atos da autoridade monetária,
não dar anistia retroativa ou preventiva a todos os integrantes
do BC.
Do
jeito que está o texto do PL, parece que todos no BC estarão
livres para praticar qualquer ato sob forte emoção na garantia
do controle da inflação e da estabilidade financeira, desde
que sem nenhuma preocupação com o emprego. O Brasil não
merece mais essa bizarrice do governo Bolsonaro . (Nelson
Barbosa - Folhapress)
Apoio
dos EUA à entrada do Brasil na OCDE é muito claro
O
assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe
Martins, afirmou nesta quinta-feira (9) que o apoio dos Estados Unidos
à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico) "é muito claro", mas que isso
ocorrerá em meio à discussão, entre os membros da
entidade, sobre quantas novas vagas serão abertas.
"Vai
ter uma reunião ministerial em breve [entre os países que
integram a OCDE], e isso vai ser decidido lá. E aí, depois
dessa etapa, o apoio dos EUA é muito claro: o Brasil e Argentina
devem estar nas vagas", disse Martins, depois de participar de uma palestra
no Instituto Rio Branco, a escola de formação de diplomatas
do Itamaraty.
O
chanceler Ernesto Araújo, à esq., com o assessor internacional
da Presidência, Filipe Martins
O
chanceler Ernesto Araújo, à esq., com o assessor internacional
da Presidência, Filipe Martins - Reprodução
"E
como os membros da OCDE veem o Brasil como o país a ser priorizado,
pelo peso econômico, eu acho que não tem muito motivo para
ser pessimista em relação a isso", disse o assessor.
"Nós
temos uma segunda etapa agora, que talvez seja muito mais difícil,
que é chegar ao consenso dos 35 membros da OCDE sobre o número
de países e vagas que serão abertas", disse.
"Mas
chegando a um consenso sobre isso, o Brasil fará parte do processo
de acesso."
O
assessor, que foi aluno do curso de filosofia do escritor Olavo de Carvalho,
ocupa um dos mais importantes postos de aconselhamento do presidente da
República.
O
apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, ao acesso do Brasil à
OCDE, uma espécie de clube dos países ricos, foi anunciado
durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington em março.
O
argumento do governo é que o ingresso do país na OCDE melhoraria
a confiança dos investidores internacionais no Brasil.
Em
troca da luz verde de Washington, as autoridades brasileiras aceitaram
abrir mão, em negociações futuras, do tratamento diferenciado
ao qual o Brasil tem direito na OMC (Organização Mundial
do Comércio) por se declarar um país em desenvolvimento.
A
reunião ministerial da OCDE à qual o assessor especial se
referiu está marcada para os dias 22 e 23 de maio, em Paris.
Nos
últimos dias, causou incômodo no governo brasileiro a notícia
de que os EUA não haviam cumprido o acordo de apoiar o acesso do
país ao clube dos países ricos.
Segundo
o jornal Valor Econômico, os EUA mantiveram o impasse sobre a adesão
de novos membros na OCDE durante reunião do conselho de representantes
da entidade, na terça-feira (7).
A
delegação americana mais uma vez teria dito que não
havia instruções para trabalhar pelo ingresso de novos países
na organização.
A
notícia fez com que o governo dos EUA reafirmasse publicamente o
compromisso assumido com Bolsonaro, de que o Brasil terá o apoio
da administração Trump para iniciar o processo de admissão
na entidade.
"Há
hoje uma discussão sobre como expandir a OCDE. Os países
europeus têm uma ideia de expandir um pouco mais, com um pouco mais
de liberalidade, e os EUA têm uma certa restrição sobre
como essa expansão vai se dar", disse Martins.
"Os
EUA acham que [vagas para] seis países é muita coisa, que
vai acabar entrando país que não tem os instrumentos adequados
para fazer parte", concluiu.
A
palestra dada por Martins aos diplomatas se chamou "Governança Global
e Autodeterminação Popular".
Nela,
o assessor especial da Presidência defendeu ideias do escritor Olavo
de Carvalho. Ele argumentou que a eleição de Bolsonaro, no
ano passado, se insere numa série de fatos políticos que
não foram antecipados pelas "elites políticas".
Como
exemplo, Martins citou a votação do brexit, a eleição
de Trump nos EUA e a chegada ao poder do direitista Matteo Salvini na Itália.
Felipe
Martins também abordou ao longo de sua palestra, por diversas vezes,
o termo globalismo. Embora frequentemente utilizado pelo chanceler Ernesto
Araújo, o conceito encontra pouco amparo na academia.
"A
grande disputa do século 21 será entre os defensores da democracia
liberal e os defensores da governança global", declarou.
Em
outro momento, Martins associou a chamada agenda globalista a uma "corrosão
da tradição religiosa e a proposta de substituição
por uma moral biônica." (Ricardo Della Coletta - Folhapress)
Em
nova etapa de crise, EUA e Coreia do Norte se provocam
Ditadura
faz novo teste de mísseis e tem cargueiro apreendido por americanos
Depois
de quase irem às vias de fato em 2017, surpreenderem o mundo com
uma calorosa aproximação em 2018 e se afastarem em 2019,
EUA e Coreia do Norte agora estão na fase das pequenas provocações
mútuas.
Nesta
quinta (9), a ditadura comunista fez o segundo teste de mísseis
em duas semanas, indicando que pode estar retomando o programa que havia
interrompido após a primeira cúpula entre Kim Jong-un e o
presidente Donald Trump, em 2018.
Já
os EUA anunciaram a retenção do segundo maior cargueiro norte-coreano,
que estava detido num porto indonésio desde o ano passado.
Em
seguida, Kim ordenou a realização de testes de mísseis
de longo alcance, segundo a agência estatal.
Resta
saber se dessa renovada hostilidade resultará uma reconciliação
ou uma ruptura mais radical, realimentando o temor de um conflito na península
coreana.
Ao
assumir em 2017, Trump encarou Kim com uma retórica fortíssima.
Recebeu de volta uma aceleração brutal do programa de foguetes,
que do ponto de vista de alcance já podem atingir os EUA.
As
estocadas pessoais de baixo nível e o renovado temor de que algum
erro de cálculo poderia levar à guerra chegaram a um ápice,
apenas para Trump ceder e fazer do “homem-foguete” um respeitável
interlocutor dirigente de potência nuclear.
A
cúpula de 2018 aliviou a tensão, que recomeçou a recrudescer
a partir do fracasso da mal planejada segunda etapa do encontro, em fevereiro
deste ano no Vietnã.
Trump
tento anunciar o fim formal da guerra que dividiu as Coreias nos anos 1950,
só para ver Kim abandonar a mesa de negociações. O
caminho pode ser o da força, mas ainda há passos anteriores.
Para
Kim, o que interessa é a manutenção de seu regime,
um misto de despotismo com toques místicos e stalinismo dos anos
1940. Então ele tende a fazer seus movimentos de forma comedida,
esperando a reação americana.
Trump
tem um problema duplo, que é lidar com essa renovada confusão
enquanto vê os tambores da guerra tocarem no Oriente Médio.
Os
EUA despacharam um porta-aviões e bombardeiros pesados para pressionar
o Irã.
O
país dos aiatolás redobra a aposta contra Washington e indica
que, se tudo seguir como está, retomará seu programa nuclear
—fazer a bomba lá é mais uma questão de tempo do que
de capacidade.
O
presidente americano, por todo belicismo de seus assessores mais diretos,
mais fala do que faz. Não é de seu interesse, e até
aqui ele tem evitado de fato, ampliar a participação dos
EUA em guerras.
Há
outras pressões, claro, como a de uma cada vez mais lucrativa indústria
de defesa. Em 2018, os EUA puxaram o gasto militar mundial —o país
despende mais que os 11 próximos integrantes do ranking do gênero
compilado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,
de Londres.
Naturalmente,
é algo fantasioso creditar ao “complexo militar-industrial” denunciado
há 58 anos pelo presidente Dwight Eisenhower todo o risco de guerra
envolvendo aos EUA. Mas um símbolo dessa simbiose é a confirmação
de um ex-executivo da Boeing, a segunda maior empresa de defesa do mundo,
para assumir o cargo de secretário da área no governo Trump.
No
caso norte-coreano, há um fator ainda não mensurado: a entrada
de Vladimir Putin no jogo. Os russos foram os fiadores do regime dos Kim
na Guerra Fria e perderam o posto para outra ditadura comunista, a China.
Só
que agora o presidente russo aproveitou o vácuo deixado por Trump
após a cúpula fracassada em Hanói, e fez sua própria
reunião com Kim. O quanto isso tem a ver com os sinais trocados
entre Pyongyang e Washington é o que reserva o próximo capítulo.
(Igor Gielow - Folhapress)
Ambiente
externo impõe perdas ao Ibovespa
O
temor de um acirramento da guerra comercial entre EUA e China voltou a
impor perdas ao mercado brasileiro de ações ontem. Declarações
do presidente norte-americano Donald Trump ditaram as oscilações.
O Ibovespa teve baixa de 0,83%, aos 94.807,85 pontos.
Em
comício na quarta-feira à noite, o presidente dos Estados
Unidos afirmou que a China havia quebrado o acordo comercial e que por
isso ele decidiu por ampliar a sobretaxação aos produtos
chineses. Na madrugada, a China respondeu com ameaça de retaliação
à imposição de novas taxas à importação
de seus produtos pelos EUA. Em meio ao tiroteio, as perdas foram generalizadas
e o índice VIX, que mede a volatilidade nos mercados, atingiu seu
maior patamar desde janeiro. No início da tarde de ontem, Trump
foi ao Twitter acenar com uma “alternativa excelente”, caso o acordo não
seja alcançado. A declaração acabou por afastar as
bolsas de Nova York das mínimas, com reflexos imediatos nos mercados
emergentes, incluindo o brasileiro. Por aqui, as quedas foram lideradas
por ações do setor financeiro, pela elevada liquidez, e pelos
papéis de empresas de commodities, devido à queda das matérias-primas
no mercado internacional. O petróleo oscilou em queda ao longo de
todo o dia e as ações da Petrobras caíram 1,97% (PN)
e 2,85% (ON). Vale ON perdeu 0,94% do seu valor. Entre os bancos, destaque
para Bradesco PN (-1,89%) e Itaú Unibanco PN (-1,24%). A exceção
foi Banco do Brasil ON, que subiu 0,89%, refletindo o resultado financeiro
trimestral acima das projeções.
Mercado
cambial O dólar, por sua vez, bateu em R$ 3,98 na sessão
de ontem, mas a valorização perdeu fôlego na parte
da tarde e a moeda terminou em R$ 3,9519, em alta de 0,48%. O cenário
externo foi o principal fator a pressionar o mercado de câmbio, por
conta do impasse nas negociações comerciais entre a China
e EUA. No exterior, o real foi uma das moedas que mais perderam valor ante
o dólar.Operadores relatam que o aumento da aversão ao risco
levou à saída de dólar no país, sobretudo pela
manhã, quando a moeda chegou a bater em R$ 3,9812. “Enquanto não
tiver um cenário mais claro de para onde vai a questão comercial,
vai ter bastante volatilidade no mercado”, disse o chefe da mesa de câmbio
da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.Outro fator que contribui para deixar
o investidor mais cauteloso é a consolidação da visão
de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve piorar. Na quarta-feira,
o Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu a
fraqueza da atividade e ontem, fontes do governo admitem que o governo
pode revisar para baixo a projeção do PIB. Em última
instância, essa piora das projeções pode dificultar
ainda mais a situação fiscal do governo, por causa da menor
arrecadação, ressalta Velloni.
Os
dados considerados fracos das vendas do varejo potencializaram a reação
do mercado de juros ao comunicado do Copom, conferindo queda às
taxas futuras, mais pronunciada nos vencimentos curtos e intermediários.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020,
fechou com taxa de 6,405%, de 6,430% no ajuste anterior. A do DI para janeiro
de 2021 caiu de 7,001% para 6,93%. A do DI para janeiro de 2023 fechou
a 8,06%, de 8,102%. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou a etapa
regular em 8,58%, de 8,612%. (Agência Estado)
Disputa
EUA-China derruba bolsas; novas conversas começaram nos EUA
Investing.com
- A disputa comercial entre EUA e China novamente esteve no radar dos investidores
na avaliação do prêmio de risco no preço dos
ativos. A intensa divulgação de balanços corporativos
e a tramitação da reforma da Previdência menos tumultuada
na Comissão Especial em relação à CCJ não
foi suficiente para o Ibovespa destoar da cautela e incertezas que pairam
sob o exterior.
O
Ibovespa fechou em queda de 0,83% a 94.807,85 pontos, após ficar
parte do pregão abaixo dos 94 mil pontos. O dólar também
subiu 0,52% a R$ 3,9536. No meio da sessão, a moeda americana chegou
a R$ 3,9821.
EUA-China
O
vice-primeiro-ministro da China Liu He chegou a Washington para uma nova
rodada de negociações com o secretário de Tesouro
Steve Mnuchin e o representante do Comércio Robert Lightzier. É
o primeiro encontro dos funcionários de alto nível após
a ameaça do presidente dos EUA ameaçar a elevação
de tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas.
Trump
disse novamente ontem à noite, durante comício a simpatizantes
na Florida, que vai manter o aumentar a sobretaxa de 10% para 25% após
os chineses, segundo ele, não cumprirem o combinado e prejudicar
os trabalhadores americanos. A reversão das tarifas ocorra caso
os chineses “parem de enganar nossos trabalhadores e roubar nossos empregos”.
O
Ministério do Comércio da China respondeu que a escalada
da fricção comercial não era do interesse dos dois
países ou do mundo. Além disso, prometeu retaliar se os EUA
avançassem com o aumento das tarifas.
Há
uma pequena esperança de que um acordo possa sair nesta sexta-feira,
mas ela é pequena. Por isso, os índices acionários
em Nova York tiveram o quarto dia consecutivo de queda. Dow Jones perdeu
0,54%, Nasdaq cedeu 0,41% e S&P 500 caiu 0,3%.
Reforma
da Previdência e Congresso
Os
investidores avaliaram positivamente a participação do ministro
da Economia Paulo Guedes na Comissão Especial na quarta-feira. Diferentemente
de audiência com Guedes na CCJ, desta vez os deputados governistas
blindaram o ministro.
No
entanto, os investidores mantêm a cautela a respeito da desidratação
da proposta original do governo, que prevê uma economia de R$ 1,2
trilhão em 10 anos. É quase certa a retirada das novas regras
para aposentadoria rural, Benefício de Prestação Continuada
(BPC) e o regime para os professores. Além disso, o regime de capitalização
tampouco deve ser aprovado.
Em
outras pautas de interesse do governo no Congresso, houve a aprovação
da reforma administrativa que reduziu o número de ministérios
na administração Bolsonaro. Uma vitória relativa,
pois houve perdas do desenho inicial, como o retorno do Coaf ao Ministério
da Economia ao invés de ser encaminhada ao Ministério da
Justiça sob o comando do ex-juiz Sergio Moro.
A
aprovação da reforma administrativa trouxe uma modificação
do desenho inicial que vai ajudar o Centrão a se aproximar do governo
Bolsonaro: a divisão do Ministério do Desenvolvimento Regional
em Cidades e Integração Regional. Uma das duas novas pastas
criadas será encaminhada a um partido do Centrão, mas os
próprios parlamentares do grupo já afirmaram que a “concessão
ainda é insuficiente”.
Ações
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Braskem (SA:BRKM5) PNA desabou 7,36%, após a petroquímica
decidir paralisar extração de sal e de fábricas de
cloro-soda e dicloretano em Maceió, após relatório
geológico ter mostrado que a atividade está comprometendo
solos de bairros da cidade. A companhia também divulgou balanço
trimestral na véspera.
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GPA PN (SA:PCAR4) recuou 4,32%, em meio a receios com o anúncio
do controlador Casino de que está analisando "opções
estratégicas" para seus ativos na América Latina. Via Varejo
(SA:VVAR3), controlada pelo GPA, subiu 4,64%. O presidente-executivo do
GPA disse que os planos de vender a participação na Via Varejo
não devem ser afetados pelo anúncio do Casino.
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Petrobras PN (SA:PETR4) recuou 1,97%, em sessão de fraqueza do petróleo
no exterior, pesando no Ibovespa. A empresa deve lançar oferta secundária
de ações em 24 de maio, disse à Reuters uma fonte
a par do assunto. A operação envolve a venda de até
241,3 milhões de ações detidas pela Caixa Econômica
Federal, com valor estimado em R$ 9 bilhões.
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Banco do Brasil (SA:BBAS3) subiu 0,87%, na contramão dos bancos
listados no Ibovespa, após resultado do primeiro trimestre agradar
analistas, conforme uma combinação de controle das despesas
com maiores margens nas operações de crédito ajudou
no salto de mais de 40% no lucro no período. Bradesco PN (SA:BBDC4)
e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) PN recuaram 1,75% e 1,24%, respectivamente.
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Suzano (SA:SUZB3) avançou 6,98%, antes da divulgação
do balanço trimestral, tendo de pano de fundo a previsão
da companhia de que o volume de produção de celulose de mercado
da companhia em 2019 deve alcançar entre 9 milhões e 9,4
milhões de toneladas, o que implica uma redução gradual
de até 12 por cento em relação ao volume produzido
em 2018 pelas duas empresas que formaram o grupo neste ano.
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MRV (SA:MRVE3) valorizou-se 4,49%, após divulgar na quarta-feira
crescimento de dois dígitos no lucro líquido do primeiro
trimestre, marcando um recorde para o período, apoiado na diluição
de despesas em meio a receitas maiores.
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VALE (SA:VALE3) cedeu 0,94%, antes da divulgação do resultado,
prevista para após o fechamento do mercado, acompanhando declínio
de ações de mineradoras na Europa. (Reuters)
Dólar
fecha em alta, de olho em tensão comercial e Previdência
No
dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,93%, vendida a R$ 3,933.
China
diz que está pronta para guerra comercial com EUA
O
dólar fechou em alta nesta quinta-feira (9), acompanhando a cautela
no exterior em meio às renovadas tensões comerciais, e tendo
a reforma da Previdência no radar.
A
moeda norte-americana subiu 0,48%, vendida a R$ 3,9519.
Guerra
comercial
Do
lado externo, permanece forte o sentimento de cautela ligado às
negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que
serão retomadas em Washington nesta quinta-feira, com a delegação
chinesa afirmando estar totalmente preparada para defender seus interesses.
O
acordo foi posto em dúvida nesta semana após Trump anunciar
elevação das tarifas sobre produtos chineses de 10 a 25%
a partir de sexta-feira.
De
acordo com a Reuters, a incerteza com relação ao comércio
mantém agentes locais na defensiva, o que deve se prolongar na sexta-feira,
dia em que autoridades chinesas e dos EUA ainda estarão reunidas,
avaliou o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Os
principais índices acionários da China recuaram nesta quinta-feira
(9) para perto das mínimas em 11 semanas, em meio à intensificação
das tensões comerciais.
Cenário
local
No
panorama doméstico, o mercado segue tendo a reforma da Previdência
no radar, após participação do ministro da Economia,
Paulo Guedes, em audiência na comissão especial da Câmara
na véspera.
Guedes
defendeu a reforma da Previdência, mas não detalhou, num primeiro
momento, a economia que o governo prevê com a proposta.
O
ministro afirmou ainda que seria uma irresponsabilidade deixar Estados
e municípios de fora da Previdência, relatando que percebeu
que muitos governadores e prefeitos querem ser incluídos na reforma.
Na
avaliação de participantes do mercado, Guedes se saiu bem
na comissão especial, mas ainda há uma preocupação
ligada à atuação do chamado centrão, destaca
a Reuters.
"O
problema maior é que o centrão ainda não vai ficar
contente só com esses dois ministérios, vai querer mais com
certeza, isso vai causar uma certa instabilidade e o Bolsonaro vai começando
a fazer a velha política", disse Cavalcanti à Reuters, referindo-se
à decisão do presidente Jair Bolsonaro de recriar os ministérios
das Cidades e da Integração Nacional na terça-feira,
cedendo à pressão de parlamentares.
Atuação
do BC
O
Banco Central vendeu nesta quinta-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais
tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho.
Em seis operações, o BC já rolou US$ 1,515 bilhão,
de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho.
O
estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões
(G1)
UniAbrapp
oferece 10 cursos EAD
Atendendo
à crescente demanda de profissionais que desejam adquirir novas
habilidades, com a flexibilidade de escolher o horário e local de
sua preferência para estudar, ou ainda entidades que querem capacitar
novos talentos com conhecimento de qualidade a valores acessíveis,
a UniAbrapp investe no ensino à distância (EAD).
O
recém-lançado curso “Aspectos Jurídicos Fundamentais
da Previdência Complementar” foi a novidade que passou a integrar
esse robusto portfólio, que já soma 10 treinamentos sobre
as diferentes áreas da previdência complementar fechada. Há
capacitações em Atuária, Governança, Gestão
de Riscos, Contabilidade, Comunicação e outras. Acesse os
cursos e invista em qualificação através do link
http://www.uniabrapp.org.br/Cursos-Online/Paginas/default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Plano
de saúde não cabe no bolso
Estudo
feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado
esta semana, aponta que a variação dos preços dos
planos de saúde foi quase o dobro da inflação nos
últimos 18 anos. Isso reforça por que o consumidor não
tem como manter seus contratos. O pior é que, diante de um sistema
público de saúde falido, o cidadão fica sem saída.
Caberia
à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cumprir
o seu papel, ou seja, reconhecer o lado mais fraco nesta relação
de consumo, e atuar para que os planos de saúde individuais voltassem
a ser oferecidos no mercado. Hoje, só resta ao consumidor contratar
planos coletivos, cujos preços não são controlados
pela ANS.
Para
oito milhões de pessoas que têm plano individual, o reajuste
deste ano terá novos critérios. O novo índice se baseará
na variação das despesas médicas das operadoras com
os planos individuais, e na inflação geral da economia. Mas
ainda não se sabe se resultará em percentuais inferiores
aos aplicados em anos anteriores.
Em
2018, o reajuste anual foi 10%. A ANS afirma que a nova metodologia resultou
de ampla discussão, envolvendo inclusive as entidades de defesa
do consumidor. A agência reguladora não demonstrou, comparativamente,
quanto ficaria o aumento deste ano em relação aos critérios
aplicados anteriormente.
O
índice de reajuste a ser anunciado pela ANS valerá para o
período de maio de 2019 a abril de 2020, e deverá ser aplicado
na data de aniversário dos contratos individuais firmados a partir
de janeiro de 1999, ou adaptados à Lei nº 9.656/98 (que regulamentou
os planos de saúde). (Claudio Considera - Agência
Estado)
Brasília - DF
- (61) 3327-0615
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