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Previc
explica novas regras de investimento no exterior
Segundo comunicado divulgado
pela Previc, a nova “alteração da Resolução
CMN nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, tem o objetivo de ajustar
regras de aplicação no exterior das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (EFPC), facilitando o acesso a fundos de
investimento já existentes e consolidados no exterior.”
A primeira mudança
das regras para investimento dos fundos de pensão no Exterior ocorreu
em novembro de 2017, mas veio com várias exigências consideradas
inviáveis pelo mercado, como por exemplo a de que que os ativos
dos fundos estrangeiros tivessem rating no mínimo de grau de investimento,
conferido por agência de classificação de risco registrada
na CVM. Além dessa, outras exigências da resolução
de novembro simplesmente paralisaram esse mercado.
Após uma série
de consultas feitas junto a gestores de recursos o Conselho Monetário
Nacional (CMN) publicou hoje, com o objetivo de destravar o mercado, a
segunda revisão da Resolução nº 3.792. Caiu a
exigência de grau de investimento para os ativos dos fundos no exterior,
assim como o limite máximo de 5% de ativos emitidos por um único
emissor privado e a vedação de investimento em fundos alavancados.
De acordo com o comunicado
da Previc, “após a análise conjunta com o mercado verificou-se
a necessidade de ajustes adicionais", uma vez que as regras anteriores
limitavam o acesso dos institucionais "a uma grande quantidade de fundos
de investimento no exterior”. Segundo a Previc, a nova norma passa a exigir
do gestor experiência mínima de 5 anos e administração
de no mínimo 5 bilhões de dólares. Também foi
reduzido o limite de aplicação em um único fundo de
investimento de 25% para 15% e passou a ser exigida performance mínima
de 12 meses.
Para a Previc, “como as
regras impostas para fundos de investimentos constituídos no exterior
seriam muito restritivas para fundos de investimento constituídos
no Brasil, tais regras não foram replicadas para estes, mas, em
contrapartida, foi mantida a exigência de aplicação
em ativos com risco de crédito superior a grau de investimento e
impossibilidade de alavancagem”. (Agência Investidor Online)
Previc
preside Conef e mobiliza entidades para ações de educação
financeira e previdenciária
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
preside o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef)
no ano de 2018 e mobiliza as entidades fechadas de previdência complementar
na promoção de ações de educação
financeira e previdenciária.
As
principais atividades devem ocorrer na 5ª Semana Nacional de Educação
Financeira, de 14 a 20 de maio de 2018. O evento busca contribuir para
a melhoria da administração dos recursos próprios
dos cidadãos, o controle dos gastos, a capacidade de poupar, além
de aprimorar a compreensão sobre o planejamento financeiro. Em relação
à previdência, a iniciativa pretende estimular o planejamento
e a poupança de longo prazo de forma a assegurar uma renda adicional
para o período de aposentadoria.
Em
2017, a 4º Semana Enef contou com a participação de
3 milhões de pessoas e 101 instituições, em 3.781
eventos cadastrados. Clique no site do evento.
Além
da Previc, o Conef é composto por representantes do Banco Central
do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência
de Seguros Privados (Susep), Ministério da Fazenda, Ministério
da Educação, Ministério da Justiça, Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), Associação de Educação
Financeira do Brasil (AEF-Brasil), Associação Brasileira
das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), B3, Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida,
Saúde Suplementar e Capitalização (Cnseg), Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed).
(AssCom - Previc/AssPreviSite)
Previc
prepara normativos sobre governança e mecanismos punitivos de fundos
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
está preparando normativos para alterar regras de governança
de fundos de pensão e aperfeiçoar os mecanismos punitivos
da autarquia. A ideia é incorporar a supervisão nas regras
de governança do setor. Segundo o superintendente da autarquia,
Fábio Henrique Coelho, o aprimoramento precisa ser feito diretamente
nas instâncias estatutárias das entidades, e para isso, um
novo normativo da própria Previc ou uma resolução
do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) deve ser
elaborada. “Após diversas mudanças já realizadas,
como a definição de Entidades Sistemicamente Importantes
(ESI), habilitação de dirigentes e divulgação
de relatórios, agora está na hora de continuarmos com esse
viés de aperfeiçoamento”, explica.
Segundo
Coelho, as atuais regras colocadas nos estatutos das entidades não
possuem um comando para inibir alguns casos concretos de falta de governança.
“Vamos nos debruçar para trazer a visão estratégica
dos conselhos dentro dos fundos de pensão. Alguns episódios
de má gestão poderão ter regras mais claras, com o
papel dos conselheiros bem desenhado. Uma legislação trará
mais detalhamento sobre como o conselho deliberativo e fiscal devem se
relacionar”, destaca. “Também queremos colocar pesos e contrapesos
dentro das decisões das fundações, estabelecendo em
um normativo o que esperamos do papel dos dirigentes e conselheiros para
que essas instâncias funcionem de maneira harmônica”, complementa.
A
autarquia também prepara o aperfeiçoamento dos mecanismos
punitivos, que terão uma regra estabelecida por meio de Decreto,
e cuja minuta já está em fase de construção.
“Temos uma versão pronta e estamos articulando no próprio
Governo, conversando com associações do setor que trouxeram
várias contribuições, além de um grupo de trabalho
dentro da OAB. Vamos fazer uma minuta única que prevê ampliar
o leque de punições”, diz Coelho. Segundo o superintendente,
a maior parte das punições de fundos de pensão está
ligada às áreas de investimento. A Previc espera, por meio
de uma nova legislação, acrescentar outros tipos de penalidades
dentro do mesmo escopo, contendo desde punições mais brandas,
como advertência - o que hoje não existe dentro da autarquia
-, até penas mais ampliadas para casos mais graves. “Isso aumenta
o contexto de multas, por exemplo, que entendemos que hoje são moderadas
para algumas situações. Mas essas punições
mais ampliadas seriam em casos extremos, pois na maioria se consegue fazer
uma punição administrativa ou apenas utilizar uma advertência,
que falta no sistema atualmente”, explica.
Revisão
da 3.792
Outro
foco de trabalho da autarquia é a revisão das regras de investimento
das fundações por meio da Resolução do Conselho
Monetário Nacional nº 3.792. Uma primeira alteração,
que foi mais pontual, já foi realizada no ano passado. Se trata
da flexibilidade nas regras de investimento no exterior. O CMN publicou
em dezembro alterações que tinham como objetivo facilitar
as aplicações dos fundos de pensão em ativos internacionais,
um pleito que há muito tempo vinha sendo reivindicado pela indústria,
já que a regra anterior limitava os investimentos das fundações
no exterior. Contudo, junto com a flexibilização, a nova
regra trouxe outras limitações, que foram alteradas novamente
pelo CMN e divulgadas nesta sexta-feira.
Segundo
Coelho, a mesma equipe que atuou nas alterações de regras
de investimento no exterior está debruçada na revisão
de toda a Resolução 3.792, e novas mudanças devem
ser publicadas nos próximos meses. “Estamos incorporando algumas
sugestões da CPI dos fundos de pensão e entendemos que caberia
ajustes no normativo, além de um detalhamento maior da primeira
parte da resolução, que trata do dever de diligência,
gestão de risco e dever fiduciário dos gestores, deixando
mais claras as providências a serem tomadas em relação
a eventuais conflitos de interesse. Esses aspectos são carro-chefe
do nosso processo punitivo”, complementa Fábio Coelho (Agência
Investidor Online)
CMN
ajusta regra de aplicação no exterior das EFPC
A
alteração da Resolução CMN nº 3.792, de
24 de setembro de 2009, tem o objetivo de ajustar regras de aplicação
no exterior das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC),
facilitando o acesso a fundos de investimento já existentes e consolidados
no exterior.
Em
novembro de 2017, foi publicada a Resolução CMN nº 4.611,
que permitiu que as EFPC investissem em fundos brasileiros exclusivos com
sufixo “investimento no exterior", exigindo-se regras prudenciais para
tanto.
Após
a análise conjunta com o mercado, verificou-se a necessidade de
ajustes adicionais, objeto da presente resolução, porque
as regras existentes limitariam o acesso a uma grande quantidade de fundos
de investimento no exterior.
Foram
exigidas regras adicionais para os fundos de investimento constituídos
no exterior. Além da experiência mínima de 5 anos e
da administração de no mínimo 5 bilhões de
dólares, foi reduzido o limite de aplicação em um
único fundo de investimento de 25% para 15% e performance mínima
de 12 meses.
Tais
regras permitiram a exclusão da imposição de limite
máximo de 5% do montante de ativos emitidos por um único
emissor privado, a possibilidade de investimento em fundos alavancados
e a retirada da exigência de aplicação em ativos com
risco de crédito superior a grau de investimento para fundos de
investimentos constituídos no exterior.
Como
as regras impostas para fundos de investimentos constituídos no
exterior seriam muito restritivas para fundos de investimento constituídos
no Brasil, tais regras não foram replicadas para estes, mas, em
contrapartida, foi mantida a exigência de aplicação
em ativos com risco de crédito superior a grau de investimento e
impossibilidade de alavancagem.
Também
foram retiradas algumas das vedações da Resolução
CMN nº 3.792, de 2009, que se demonstraram de difícil aplicação
para os fundos de investimento constituídos no exterior, haja vista
tais fundos, em geral, não se sujeitarem a essas regras (AssCom
- Previc/AssPreviSite)
Funcef:
Fundação consegue evitar equacionamento de déficit
em plano CV
A
Funcef conseguiu evitar que os participantes assistidos do Novo Plano -
grupo pertencente ao antigo plano PMPP - equacionarem o déficit,
que em 2016 foi apurado em R$ 40 milhões. A fundação
firmou acordo com a Caixa Econômica para que a própria patrocinadora
assumisse a responsabilidade frente ao grupo de participantes assistidos
do plano de contribuição variável (CV).
Com
isso, a Caixa fará um aporte de R$ 55,2 milhões para recompor
a reserva matemática do plano, evitando assim que o grupo de 600
aposentados e assistidos pagassem uma taxa de contribuição
extraordinária mínima de 26,12% pelo prazo de 11,37 anos.
Segundo a Funcef, a Caixa também assumiu a responsabilidade por
duas ações judiciais impetradas por assistidos do grupo do
antigo plano PMPP contra a fundação, que representam 96,83%
do déficit contabilizado em 2016.
Em
2008, o plano passou a contemplar o pagamento do benefício complementar
aos beneficiários do extinto plano PMPP, incluídos como assistidos
no Novo Plano em 2007. As reservas matemáticas do Novo Plano ficaram
prejudicadas após o INSS iniciar, em janeiro de 2016, um processo
de revisão dos benefícios. Isso fez com que houvesse um reenquadramento
dos assistidos do antigo PMPP a fim de manter o benefício integral
nos termos do regulamento do Novo Plano. (Agência Investidor
Online)
Petros:
Fundação esclarece processo de sugestões e contribuições
para normativos
Em
relação à disponibilização de documentos
normativos para sugestões e contribuições dos participantes,
a Petros esclarece que:
•A
iniciativa de disponibilizar o Código de Condutas Éticas
e a Política de Conflito de Interesses para sugestões e contribuições
dos participantes partiu do Conselho Deliberativo, que vislumbrou uma oportunidade
de coletar opiniões do principal público da Fundação
sobre temas de tamanha relevância. Embora os documentos já
tenham sido aprovados pelo Conselho Deliberativo, pode-se decidir por uma
nova revisão em curto espaço de tempo caso se identifique
que as sugestões e contribuições dos participantes
resultam em oportunidade de melhorias nestes normativos.
•Em
momento nenhum a Petros se recusou a fazer uma ampla divulgação
da consulta pública. Pelo contrário. A primeira comunicação
sobre a possibilidade de enviar sugestões e contribuições
para os referidos normativos foi feita no portal Petros em 26/12/2017 (IMAGENS
1 e 2), ou seja, um mês antes do prazo que foi definido inicialmente
para o encerramento da consulta, previsto para 25/1/2018.
•Desde
então, a notícia permaneceu acessível por meio de
link na home do Portal, de onde só saiu no dia 22/1/2018, apenas
porque foi substituída por nova notícia sobre o assunto,
chamando atenção para a proximidade do fim do prazo da consulta
pública. Numa estratégia de reforçar ainda mais a
comunicação sobre a consulta pública, no dia seguinte
a essa notícia do dia 22/1 veiculada no portal (IMAGEM 3) foi enviado
também um Informativo do Participante, por e-mail, sobre o assunto
(IMAGEM 4).
•Em
24/1/2017, para que os participantes pudessem ter ainda mais tempo para
contribuir, foi decidida e comunicada a prorrogação do prazo
até 31/1/2018, tanto por meio de notícia no Portal Petros,
com chamada mantida na home do portal desde então (IMAGEM 5), como
por envio de Informativo do Participante (IMAGEM 6) no dia seguinte.
•Portanto,
não é verdadeira a afirmação de que a Petros
está concedendo somente dois dias para os participantes enviarem
suas manifestações.
•É
imprescindível deixar claro que jamais houve, durante todo o processo
de revisão do Código de Condutas Éticas, aprovado
pelo Conselho Deliberativo em 8/11/2017 no âmbito do Programa de
Integridade, a intenção de suprimir itens que, na interpretação
de alguns, poderiam permitir uma conduta não ética por parte
da Petros. Portanto, não procede a insinuação de que
a Petros teria tido esta intenção ao excluir o item sobre
liberalidade, presente no documento anterior, para não realizar
cobranças perante as patrocinadoras, conforme vem sendo alardeado
nos últimos dias.
•Uma
vez que o propósito do Código de Condutas Éticas é
estabelecer diretrizes para um comportamento ético, está
claro – não só sob o aspecto ético, mas também
jurídico – que a Petros, assim como qualquer outra Entidade Fechada
de Previdência Complementar, não pode cometer ato ilícito
em nenhuma circunstância, seja por liberalidade ou não e esteja
esse item explícito no Código ou não. Adicionalmente,
a Política de Conflito de Interesses, que sequer existia até
então, é também de grande relevância para vedar
a Petros de ações de liberalidade que possam prejudicar a
entidade e seus participantes.
•Por
fim, a Petros volta a ressaltar que a decisão de disponibilizar
documentos normativos para sugestões e contribuições
de participantes foi tomada com a finalidade de oferecer ao seu principal
público um instrumento de participação, portanto o
processo está aberto a todo tipo de manifestação.
O e-mail para envio de críticas, sugestões e contribuições
é consultaparticipantes@petros.com.br. O prazo é até
31/1. (Petros/AssPreviSite)
Previ:
Como funciona o Empréstimo Simples?
Linha
de crédito pessoal proporciona retorno sobre o patrimônio
de todos os associados, mesmo com as taxas mais baixas do mercado
O
Empréstimo Simples (ES) da Previ é uma linha de crédito
pessoal, disponível apenas para os associados, que tem as menores
taxas do mercado. Os juros do ES são os mesmos da taxa atuarial
da Previ, que atualmente é de INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor) + 5% a.a.
Mas
o ES vai além disso: o benefício também é um
investimento importante, que proporciona um bom retorno com risco baixo
para a Previ, uma vez que as operações são cobradas
em consignação na folha de pagamentos do BB ou na folha de
benefícios de aposentados e pensionistas. A rentabilidade acumulada
do ES em 2017, até o mês de novembro, foi de 6,33% no Plano
1 e 6,30% no Previ Futuro.
Mas
será que a Previ não deveria rentabilizar mais do que o mínimo?
As boas condições oferecidas pelo Empréstimo Simples
só são possíveis porque a Previ é uma entidade
sem fins lucrativos, de caráter solidário. Um dos fundamentos
base da entidade é o mutualismo, uma forma de associação
solidária baseada na reciprocidade e na distribuição
de riscos entre os seus participantes. Ao contrário do que acontece
no mercado financeiro, em geral, onde os custos das operações
com empréstimos aumentam na mesma proporção do risco
dessas operações, na Previ este custo é suavizado
pelo efeito da solidariedade presente no mútuo.
Todos
ganham
No
atual cenário econômico brasileiro, em que os índices
de inflação como o INPC estão em queda, o Empréstimo
Simples acaba sendo bom tanto para os associados que utilizam o produto,
que pagam taxas mais baixas do que no mercado de crédito e também
em todo o segmento de previdência complementar fechada, quanto para
os outros associados da Previ, que têm no produto um investimento
com um risco baixo e retorno praticamente certo. Mais uma prova de que
a união entre os participantes da Previ produz melhores resultados,
além de permitir que a entidade cumpra a sua missão, de pagar
benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura
e sustentável.
Mais
informações sobre o Empréstimo Simples podem ser encontradas
aqui no site, em Soluções para você >> Empréstimo
Simples. (Previ/AssPreviSite)
Fundação
Copel: Você declara seu filho no Imposto de Renda?
Você
sabia que o CPF passou a ser obrigatório para crianças a
partir de oito anos, declaradas como dependentes no Imposto de Renda?
Se
o seu dependente possui CPF, envie o número com o nome completo
para cadastro@fcopel.org.br
Caso
o seu dependente ainda não tenha o documento, procure qualquer agência
dos Correios, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
(Fundação Copel/AssPreviSite)
Fusan
: Concurso aos aposentados
Em
homenagem ao Dia Nacional dos Aposentados, comemorado na última
quarta-feira, 24 de janeiro, a Fundação Sanepar de Previdência
e Assistência Social – Fusan, lançou um concurso aos aposentados
do FusanPrev.
Para
participar, é necessário que os aposentados encaminhem um
vídeo de 10 segundos a 01 minuto, com o tema: “a importância
da Fusan e da aposentadoria em minha vida”.
No
mês de março a entidade divulgará os vencedores do
concurso em seus canais de comunicação. O primeiro colocado
ganhará um tablet, um cofrinho e um livro. Já o segundo lugar,
ganhará um tablet e um cofrinho e o terceiro lugar, um cofrinho
e um livro.
O
concurso faz parte de uma das ações do programa Educa Ação,
Programa de Educação Financeira e Previdenciária da
Fusan. (Fusan/AssPreviSite)
Celos:
Diretoria é habilitada
A
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
emitiu atestado de habilitação para a diretoria da Fundação
Celesc de Seguridade Social (Celos). A autarquia havia recusado a habilitação
dos diretores em dezembro, baseada, segundo a própria fundação,
na existência de um auto de infração lavrado em junho
de 2016. A Celos apresentou a defesa das acusações, que passou
pela apreciação da Previc. Com a habilitação,
os diretores Ademir Zanella (presidente), Henri Machado Claudino (administrativo-financeiro)
e João Paulo de Souza (seguridade) poderão exercer os respectivos
cargos até o final de seus mandatos, em 31 de dezembro deste ano
(Agência Investidor Online)
Funpresp:
Mais de 480 servidores se inscrevem por meio do Sigepe
Entre
novembro e janeiro, 481 servidores públicos aproveitaram a campanha
de adesão eletrônica para se inscrever no plano de benefícios
ExecPrev. Quem optou pelo “sim” no Sistema de Gestão de Pessoas
do Governo Federal (Sigepe) na quinta etapa da ação garantiu
benefícios como paridade na contribuição e dedução
do Imposto de Renda. O opção esteve disponível entre
27/11/2017 e 12/01/2018.
Para
processamento da inscrição dos novos participantes, foi considerada
a data de 1º de fevereiro de 2018, com primeira contribuição
direto na folha de pagamento de fevereiro a ser paga no início de
março. Em breve, eles terão acesso à Sala do Participante,
área de acesso restrito para acompanhamento do plano de benefícios,
com emissão de extrato, rentabilidade das cotas e certificado de
adesão digital. Também será enviado, mensalmente,
por e-mail, o Informativo do Participante.
A
Funpresp já conta com mais de 4,2 mil participantes aderidos de
forma eletrônica, uma maneira simples e descomplicada de garantir
o plano de previdência complementar. Na ação realizada
pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
(MP) pelo Sigepe, o servidor visualizava uma mensagem exibida em pop-up.
Quem optou por não aderir ao ExecPrev pelo Sigepe pode se inscrever
futuramente e a qualquer momento por meio de formulário.
Regime
de tributação – A Fundação enviará e-mail
aos servidores aderidos com orientações para que façam
a opção pelo regime de tributação regressivo
ou progressivo até o dia 28/02/2018. Caso não se manifeste
dentro do prazo, o novo participante será incluído no plano
com regime progressivo. Entenda os regimes de tributação
aqui.
Em
caso de dúvidas, entre em contato com a Fundação pelo
0800 282 6794 ou pelo Fale Conosco. (Funpresp/AssPreviSite)
Fundos:
CEF - Passo correto
Em
que pese a lentidão do governo em fazer valer na Caixa Econômica
Federal (CEF) as restrições para indicações
políticas estipuladas na Lei de Responsabilidade das Estatais, de
2016, as decisões recentes relativas à reorganização
administrativa e à capitalização da instituição
são positivas.
A
CEF acaba de aprovar um novo estatuto, que visa alinhar, em tese ao menos,
suas regras de conduta e governança às melhores práticas
empresariais, em consonância com a Lei das Sociedades Anônimas.
Uma
das principais mudanças foi dar ao Conselho de Administração
o poder de nomear e destituir vice-presidentes, o que até então
era papel do Palácio do Planalto –facilitando o loteamento partidário.
Fixaram-se, ademais, exigências técnicas para o preenchimento
dos cargos.
Assim,
a Caixa destituiu três de quatro dirigentes se encontram sob suspeita
de vazamento de informações privilegiadas e negociação
de cargos (outro foi reconduzido por falta de evidências), conforme
recomendação do Ministério Público e do Banco
Central.
A
possibilidade de indicação de membros pelo presidente da
República está mantida, mas doravante os nomes deverão
ser aprovados em assembleia e passarão pelo crivo do Banco Central,
tal como ocorre nos bancos privados.
Precisarão,
além disso, cumprir requisitos como ter dez anos de experiência
no setor financeiro ou quatro como membros de conselhos ou comitês
de auditoria.
O
fato de ao menos 30 operações envolvendo a Caixa, sobretudo
referentes a financiamentos para grandes empresas, estarem sob investigação
do Tribunal de Contas da União demonstra os riscos da interferência
política.
Outra
boa notícia diz respeito ao modo de conduzir a capitalização
do depauperado banco estatal.
Em
vez de recorrer ao caminho fácil de buscar até R$ 15 bilhões
em recursos do FGTS (que pertencem aos trabalhadores, não ao governo),
o plano prevê o uso de instrumentos de mercado e a retenção
de dividendos que seriam pagos ao Tesouro nos próximos dois anos.
As
mudanças reforçam a condução técnica
e a transparência das decisões da instituição,
embora sua plena eficácia vá depender do abandono de vícios
arraigados na administração pública.
Recorde-se,
a esse respeito, a ironia liberal de Roberto Campos (1917-2001) sobre a
diferença entre a empresa privada e a estatal –a primeira, no Brasil,
seria controlada pelo governo intervencionista; a segunda, por ninguém
(Folhapress)
Anapar:
Ação coletiva para manter deduções no IR
Naesta
egunda-feira (29), a Anapar entrará com ação coletiva
para assegurar que as contribuições extraordinárias,
como as cobradas em planos de equacionamento, continuem a ser deduzidas
na declaração do Imposto de Renda, com isso diminuindo o
prejuízo do participante.
O
equacionamento tem impactado na remuneração líquida
dos participantes e nos benefícios dos assistidos. Além disso,
a postura da Receita Federal de tributar as contribuições
destinadas ao equacionamento, e de impor o limite de 12 % de dedução
no ajuste anual, acrescenta um peso maior no resultado final.
O
objetivo da ação coletiva é assegurar aos associados
o direito que está ameaçado pela Solução de
Consulta (Cosit) nº 354, emitida em julho pela Coordenação
Geral de Tributação da Receita Federal, a partir de uma consulta
recebida. O órgão emitiu o posicionamento de que apenas as
contribuições normais às entidades fechadas de previdência
complementar podem ser abatidas do Imposto de Renda. Alterou, assim, o
entendimento vigente até então, prejudicando sobremaneira
os participantes que já vêm sofrendo com o pagamento das contribuições
extraordinárias para cobertura dos deficits (Boletim)
Aepet:
Ato em defesa da Petros dia 21 de fevereiro
Petroleiros
realizam no dia 21 de fevereiro, no Rio de Janeiro, Grande Ato em Defesa
da Petros,
organizado
pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação
Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados
do Sistema Petrobras e Petros (FENASPE) e Grupo em Defesa dos Participantes
da PETROS (GDPAPE).
A
concentração será às 12h30, no Edisen, seguida
de passeata até o Edise. Os sindicatos e entidades devem disponibilizar
ônibus. Por isso, consulte o seu sindicato ou entidade. A participação
de todos é fundamental!
O
ato foi pensado durante reunião no dia 18, entre a FNP, conselheiros
eleitos da Petros, GDPAPE, FENASPE, e seus advogados para debater questões
relacionadas ao equacionamento da Petros.
Vale
lembrar
A
cobrança das contribuições extras para o equacionamento
do déficit do Plano Petros do Sistema Petrobrás (PPSP) será
realizada entre janeiro e fevereiro. Esta é a posição
da Petros.
Mesmo
aprovada desde setembro de 2017, antes de iniciar a cobrança a Petros
precisa aguardar aprovação da análise do plano de
equacionamento pela Secretaria de Coordenação e Governança
das Empresas Estatais (Sest).
Após
se reunir com a Petros no final do ano passado, o Grupo de Trabalho (GT)
criado para acompanhar o equacionamento da dívida, cobrou da Previc
o adiamento do equacionamento por 90 dias. Com nove pontos que justificam
o adiamento, o documento foi enviado no dia 16 de janeiro.
Dentre
os pontos levantados pelo GT, seguem dois: a inadequada forma de ajuste
atuarial utilizada, que sozinha está custando cerca de R$ 3,5 bilhões
a mais indevidamente, cobrado dos assistidos; e o recadastramento dos participantes
e assistidos do plano, definindo a Família Real, que tem impacto
sobre o déficit de R$ 5,2 bi e é outra forma de diminuir
o déficit e equacionamento.
Para
os assistidos não pagarem essa conta, a união é fundamental.
Neste sentido, a FNP reforça o chamado para que todos participem
do Grande Ato em Defesa da Petros. Nossos direitos estão em jogo!
(Aepet)
ASCPrev:
Comissão do Programa A Escolha Certa planeja novo site
O
planejamento de um novo site para ser lançado este ano, além
da criação de materiais para incentivar a adesão e
o cronograma para as ações que serão realizadas em
2018, foram pauta da reunião da Comissão responsável
pelo Programa de Educação Financeira e Previdenciária
A Escolha Certa. O encontro aconteceu no dia 25 de janeiro, na sede da
ASCPrev, em Florianópolis/SC.
A
Comissão A Escolha Certa é formada por profissionais das
Entidades que integram a ASCPrev e se reúnem frequentemente para
discutir as próximas ações do programa de educação
financeira e previdenciária, como produção de conteúdo
em texto, imagem e vídeo, concursos culturais, palestras e eventos.
(ASCPrev/AssPreviSite)
Livro:
Derivativos e Renda Fixa: Teoria e Aplicações ao Mercado
Brasileiro
Autor:
José Carlos de Souza Santos e Marcos Eugênio da Silva
Resumo
do Livro: Este livro nasceu da necessidade que os autores sentiram de ter
um livro-texto sobre Derivativos e Renda Fixa aplicado ao mercado brasileiro
que mesclasse de modo balanceado os conceitos teóricos fundamentais
e as características idiossincrásicas do mercado brasileiro.
Ele é fruto de vários anos de ensino dessa matéria
tanto em cursos regulares de graduação e pós-graduação
no Departamento de Economia da FEA-USP como em programas de MBA e pós-graduação
lato sensu e também de consultorias realizadas pelos autores ou
atividades supervisionadas por eles em bancos e gestoras de investimento.
Como para os autores existe uma grande lacuna entre os bons livros teóricos
sobre a matéria e a forma como ela é aplicada no mercado
brasileiro, preencher essa lacuna não é uma tarefa fácil,
pois exige uma dosagem correta entre rigor analítico e aplicações
práticas.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link:http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Regulação dos Investimentos de Fundos de Pensão
-
Comentários à Resolução CMN 3.792/2009
Autor:
Emmanuel Rego Alves Vilanova - Guilherme Loureiro Perocco
Resumo
do Livro: O presente trabalho é uma análise dos artigos da
Res. CMN 3.792/2009, principal norma responsável pela regulação
dos recursos garantidores dos planos de benefícios das EFPC - Entidades
Fechadas de Previdência Complementar, incluindo as alterações
promovidas pela Res. CMN 4.275/2013 e com remissões às interpretações
veiculadas por meio do Ofício Circular Conjunto 001/2014/Diace/Difis/Ditec/Previc,
de 24.03.2014. A principal preocupação, ressaltada durante
toda a obra, é com as providências de ordem prática
voltadas para prevenir situações que possam ensejar responsabilidade
civil, administrativa ou penal de diretores e membros dos conselhos deliberativo
e fiscal, trazendo interpretações sobre sua aplicabilidade.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Guia
de Melhores Práticas em Avaliação Imobiliária
Autor:
Comissão Técnica Nacional de Investimentos Imobiliários
Resumo
do Livro: O guia destina-se às EFPC que, nos termos da regulamentação
vigente, demandam laudo de avaliação externo para balizar
operações de compra, venda e locação de imóveis
e para reavaliação patrimonial dos ativos imobiliários
de suas carteiras. Este guia visa apresentar as melhores práticas
em avaliação imobiliária requeridas pelas entidades,
sem caráter obrigatório e sem se sobrepor às normas
vigentes. Assim, as EFPC poderão utiliza-lo como referência
no relacionamento com os avaliadores contratados e demais agentes de mercado.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
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(Abrapp/AssPreviSite)
Maia
reafirma intenção de votar reforma em fevereiro
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu a votação
da reforma Previdência ainda em fevereiro e disse que espera ter,
a partir do dia 20, pelo menos os 308 votos necessários para a aprovação
do texto. Segundo Maia, apesar de o calendário estar mantido, a
base ainda está buscando apoio à proposta. O presidente destacou
que a resistência na sociedade à reforma está diminuindo
e que o maior desafio é convencer os parlamentares acerca da importância
da reforma.
“Essa
reforma é a reforma da igualdade, na qual o trabalhador que ganha
um salário mínimo vai ter o mesmo sistema previdenciário
daquele que ganha 30 mil ou o teto do INSS. Nosso desafio não é
mais apenas convencer parte da sociedade, nosso desafio é mostrar
ao deputado e à deputada que o nosso objetivo é ter um novo
sistema (previdenciário) com igualdade”, defendeu.
Contagem
de votos
O
relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA) afirmou que o governo ainda não tem os votos
para aprovar a proposta, mas que a base está empenhada para conquistar
os parlamentares indecisos. Ele disse que o ministro da Secretaria de Governo,
Carlos Marun, informou que há, no momento, 275 votos certos para
aprovar a reforma e, aproximadamente, 55 parlamentares indecisos.
(Agência Câmara)
Termer:
Certeza de que reforma da Previdência será aprovada em fevereiro
O
presidente Michel Temer disse, em entrevista ao apresentador Amaury Jr.
exibida no último sábado, ter "certeza" de que seu governo
conseguirá aprovar em fevereiro uma proposta de reforma da Previdência.
A
fala vem em um momento em que o governo tem prometido votar em 19 de fevereiro
sua proposta de reforma previdenciária, que enfrenta forte oposição
de sindicatos e partidos de oposição.
—
Eu acho que a esta altura, do jeito que está, a reforma da Previdência,
sem causar problema para ninguém, apenas cortando alguns privilégios,
já está sendo absorvida pela população... tenho
certeza de que em fevereiro nós vamos conseguir fazer a reforma
da Previdência — disse Temer.
Na
entrevista, transmitida pela TV Bandeirantes, Temer afirmou ainda que não
será candidato à reeleição neste ano e que
quer ser "lembrado lá na frente como o sujeito que fez as reformas
indispensáveis para o país".
Ele
também disse que o recente rebaixamento da nota de crédito
do Brasil pela agência Standard & Poors aconteceu justamente
devido às dúvidas em torno da aprovação da
proposta para a Previdência.
—
O que levou a essa nota de crédito foi a história de que
não vai se conseguir fazer a reforma da Previdência...isso
é fundamental para o Brasil — defendeu.
O
presidente disse ainda que um fracasso na aprovação das mudanças
agora resultaria em uma necessidade de "reforma radical" na Previdência
no futuro e citou exemplos de países que reduziram aposentadorias,
como Portugal e Grécia.
Na
semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marum, disse
que o governo contabilizava, naquele momento, 275 votos, dos pelo menos
308 necessários para aprovar a medida na Câmara dos Deputados.
(G1)
Temer
terá semana cheia dedicada à reforma da Previdência
Governo
precisa garantir os 308 votos necessários para aprovar a matéria,
prevista para ser votada em 19 de fevereiro
De
volta de sua viagem a Davos, o presidente Michel Temer terá uma
semana cheia e cancelou a viagem que faria a Portugal na próxima
sexta-feira (2), por ocasião da 13ª Cimeira Brasil-Portugal.
Segundo um assessor, o presidente decidiu não viajar para a cúpula
bilateral para dedicar-se à reforma da Previdência. O governo
precisa garantir os 308 votos necessários para aprovar a matéria,
prevista para ser votada em 19 de fevereiro.
A
reforma será assunto recorrente nos próximos dias. Na noite
deste sábado (27), foi exibida uma entrevista do presidente ao Programa
Amaury Jr, da Band. Dentre outros assuntos esteve a reforma da Previdência.
Este também será o foco da conversa entre o presidente e
apresentador e empresário Silvio Santos, que será exibida
na noite deste domingo (28). O presidente gravou na semana passada, sua
participação no programa do empresário.
Nesta
segunda-feira (29), o presidente participará de um programa na Rádio
Bandeirantes, às 8h30. Ele será entrevistado por três
jornalistas e um cientista político. O presidente tem se esforçado
para popularizar a reforma e garantir assim o apoio dos deputados. Dos
308 votos necessários para aprovação da reforma na
Câmara, o governo estima que tem 275, nas contas do relator da reforma
da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
Na
terça-feira (30), pela manhã, o presidente viaja para a cidade
de Rio Verde, em Goiás. Lá, ele anunciará a liberação
de recursos para financiamento do pré-custeio da safra 2018/2019.
No dia seguinte, quarta-feira (31), Temer participa de uma cerimônia
no Palácio do Planalto, para assinatura dos contratos referentes
ao último leilão do pré-sal (A Tribuna)
Só
idade mínima e regime geral para os setores público e privado
são intocáveis
O
ministro da articulação política do governo, Carlos
Marun, se reunirá nesta semana com o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes da base aliada para retomar
as discussões sobre a reforma da Previdência.
Marun
vai reiterar o discurso de que uma candidatura de centro ao Planalto só
será viável e se fortalecerá com a melhora da economia.
O Planalto apresentará a aprovação das mudanças
nas regras de aposentadoria como vetor desse caminho.
O
ministro vai formalizar a disposição do governo em fazer
ajustes no texto. Intocáveis, diz, só a idade mínima
e a adoção de um regime geral para os setores público
e privado (Folhapress)
‘Votação
da previdência ganha mais força’
A
condenação do ex-presidente Lula em segunda instância
favorece a votação da reforma da Previdência ainda
em fevereiro, segundo o economista José Roberto Mendonça
de Barros, sócio da consultoria MB Associados e secretário
de Política Econômica do Ministério da Fazenda no primeiro
governo Fernando Henrique Cardoso. “Se a gente admitir que o populismo
perdeu força, dá para pensar que a reforma terá mais
fôlego para ser votada em fevereiro”, disse em entrevista ao Estado.
Para ele, porém, ainda é importante que se faça uma
reforma incluindo os militares e que o próximo presidente reduza
as desonerações fiscais para melhorar as contas públicas.
Apontado como um dos possíveis formuladores do programa econômico
para uma eventual campanha do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB)
à presidência, ele diz apenas ter conversado com o político
este ano. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Analistas
dizem que a decisão da Justiça da última semana enfraqueceu,
na corrida eleitoral, tanto o nome de Lula como o de Bolsonaro, que ganhava
apelo justamente por ser o anti-Lula, um cenário que abriria caminho
para um candidato de centro-direita. Isso anima o investidor?
Anima
antes o mercado financeiro. Do ponto de vista de decisão de investimento,
anima alguma coisa. Mas a parte maior, de investimento em infraestrutura,
não muda. Se um candidato realmente reformista ganhar as eleições,
aí os investimentos melhoram a partir de 2019. E a grande fonte
de investimentos dos próximos anos tem de vir da infraestrutura.
Por enquanto, acho mais fácil algumas empresas anteciparem a recontratação
de funcionários. Esse tipo de decisão, sim, pode ser antecipado.
As
chances de a reforma da Previdência ser aprovada mudaram?
O
discurso de que não existe problema na Previdência é
populista e não se sustenta economicamente. Se a gente admitir que
o populismo perdeu sua força (com a condenação de
Lula) e sabendo que a questão da Previdência terá de
ser enfrentada, seja quem ganhe a eleição, me parece que
dá para pensar que, se bem encaminhada, a reforma terá mais
força para ser votada em fevereiro.
Os
candidatos ao Legislativo não continuam com medo de perder voto
por causa da reforma?
É
verdade, mas não tenho certeza de que quem votar a favor da reforma
perderá a eleição. O que tenho dificuldade de ver
é (uma votação da reforma) em novembro, depois das
eleições, quando todo mundo estará olhando quem ganhou
e qual será o novo governo. Ou é em fevereiro ou vai ficar
para o próximo (presidente).
O
julgamento de quarta-feira passada tem outras consequências para
a economia?
O
primeiro resultado é que o dólar esvazia e a Bolsa sobe com
a hipótese de que a candidatura do Lula e a agenda que ele estava
prometendo enfraqueceram. O que acho que menos muda é a questão
da privatização (da Eletrobrás). A tendência
é dizer que facilitaria, porque a polarização entre
esquerda (Lula) e direita (Bolsonaro) fica menor, mas não tenho
essa convicção porque a grande resistência (à
privatização) não está na esquerda, está
na política tradicional. O caso Petrobrás diminuiu o poder
da esquerda de se colocar contra a agenda da privatização.
A
condenação do Lula dá força ao discurso liberal?
Sim,
mas, dentro disso, tem uma gradação: você tem a proposta
do Novo – um liberal stricto sensu – e uma proposta como a do Geraldo Alckmin,
liberal mas social-democrata. Pessoalmente, acho que a segunda vertente
é mais apropriada para um país com a distribuição
de renda tão ruim como a do Brasil. Nesse sentido, esse centro ainda
está muito disputado. Mas, nessa nova situação, o
populismo levou um tiro. O Lula não será candidato e, com
isso, deve se esvaziar a proposta do Bolsonaro.
O
sr. é apontado como um dos economistas consultados pelo governador
Geraldo Alckmin para se preparar para a disputa presidencial. Vocês
têm conversado?
Conversei
com ele (neste ano). O que falei para ele é o que estou falando
para você: qual caminho acho mais adequado, que é o (mesmo)
que ele imagina. Mas não se colocou ainda nenhuma coisa de programa.
Houve
convite para uma eventual equipe econômica?
Eu
conversei com ele. Só isso. Objetivamente, só isso.
Quais
perspectivas o sr. vê para o teto dos gastos? Muitos economistas
dizem que vai estourar já no ano que vem…
Não
tenho essa convicção. Em agosto, tinha muita gente boa dizendo
que estourava ainda neste ano. Agora isso sumiu do ar. Se a gente elege
um reformista, se cresce 3,5% neste ano e no ano que vem, a trajetória
que você constrói vai muito mais rapidamente do que se pensa
para uma coisa sustentável. Não necessariamente o teto vai
estourar no ano que vem, mas precisa haver a reforma da Previdência.
A crise fiscal é profunda. Têm de entrar na Previdência
os militares e o setor público, além de enfrentar coisas
como o excesso de desonerações, por exemplo.
O
próprio empresariado, que defende os candidatos reformistas, é
contra o fim da desoneração, que poderia reduzir o déficit.
Como resolver essa equação?
O
reformista vai ter de enfrentar oposição para duas coisas.
A primeira é que a economia brasileira tem de ser mais aberta, para
dar mais frente à competitividade. Portanto, (o empresário)
pedir socorro (proteção) de tarifas por causa das importações
não vai poder acontecer com a frequência a que boa parte deles
se acostumou. A segunda coisa: tem de resolver a parte fiscal. Tem de ter
uma redução disso (desoneração). O empresário
reclama com uma certa razão do sistema tributário, mas a
solução não é dar redução de
impostos, que aumenta o déficit. Porque aí a inflação
fica maior, e os juros, mais altos. (Agência Estado)
Mais
da metade do empresariado apoia reforma da Previdência
Pesquisa
realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
(CNDL) com líderes empresarias dos ramos do comércio e serviços
revela que a maior parte da classe empresarial avalia de forma positiva
as mudanças na política econômica do atual governo.
Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados consideram importante a aprovação
da reforma da Previdência, discussão que vem sendo tratada
como prioridade pelos poderes executivo, legislativo e por especialistas
na área fiscal. Para 27% a reforma não é importante,
ao passo que 7% não têm uma opinião formada a respeito.
De
modo geral, as mudanças recentes na política econômica
do governo são consideradas importantes para 79% dos empresários
consultados contra 13% que rejeitam a importância dessas ações.
Os que defendem que o próximo presidente dê continuidade a
agenda de mudanças na condução da economia formam
75% dos empresários, ainda que 70% considerem necessário
algum tipo de correção nas medidas.
O
mesmo estudo aponta ainda que 70% dos comerciantes e empresários
que atuam no segmento de serviços consideram importante a recente
reforma trabalhista contra 23% de reprovação. No caso da
Proposta de Emenda Constitucional que estipula um teto de gastos do governo,
são 73% que avaliam a medida como importante.
Para
o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a reforma da Previdência
é um tema que gera polêmica, mas que não pode ser tratado
como tabu.
-
A evolução da situação demográfica brasileira
e o orçamento deficitário público agravado nos últimos
anos já influenciam a opinião pública de que o Brasil
terá de fazer mudanças profundas, duras e necessárias.
Ainda que os empresários discordem de alguns pontos, a reforma da
Previdência é algo inevitável - explica o presidente.
Faltando
pouco menos de nove meses para o país escolher um novo presidente,
a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL também procurou investigar o
que os líderes empresariais esperam do novo político que
comandará o Brasil pelos próximos anos. De modo geral, os
empresários mostram-se divididos: 39% estão indiferentes,
27% otimistas e 20% pessimistas com o resultado que sairá das urnas.
A nota média para a esperança de que o Brasil vai melhorar
depois das eleições é de 5,6 pontos em uma escala
que varia de zero a 10.
Na
avaliação dos empresários consultados, as três
prioridades do próximo presidente eleito devem ser ampliar e apoiar
medidas de combate à corrupção (55%), promover políticas
de redução de impostos e da carga tributária (40%)
e redução dos juros (34%), medida que fortalece a concessão
de crédito e o consumo. Empresários desejam um candidato
voltado à realização de projetos, mas mostram-se divididos
entre político experiente e algum candidato do ramo empresarial
Quanto
às habilidades pessoais do candidato a presidente da República,
os empresários defendem um perfil de alguém que "ponha a
mão na massa" e toque projetos transformadores na saúde,
educação e obras de infraestrutura, opção citada
por 45% dos empresários ouvidos. Há ainda 25% de entrevistados
que defendem um presidente próximo do povo.
Se
por um lado, 24% dos entrevistados defendem que o próximo presidente
seja um político experiente, outros 21% optam por alguém
que seja do ramo empresarial e que tenha trajetória de sucesso em
seu segmento.
Indagados
sobre as características pessoais mais importantes que esperam do
próximo presidente, 58% defendem que ele seja honesto. Para 31%,
é importante que ele cumpra suas promessas de campanha e 30% têm
a esperança de que ele seja "pulso firme" e determinado em suas
convicções.
Em
sentido oposto, estar envolvido em escândalos de corrupção
(60%), ficar "em cima do muro" na hora de emitir opiniões ou não
ter opiniões próprias (22%), ser distante da população
(19%) e intolerante com minorias (16%) são os fatores mais pesam
para o empresário não votar em um determinado candidato.
Para
José Cesar da Costa, embora ainda haja muita incerteza associada
às próximas eleições presidenciais, os sinais
de recuperação da atividade econômica são animadores
e podem marcar o início de um ano melhor no país. “Eleições
costumam trazer um componente de imprevisibilidade sempre capaz de afetar
o humor dos mercados, em maior ou menor grau. Mas os sinais recentes de
recuperação da economia podem minimizar essa preocupação.
As projeções para o PIB em 2018 são positivas e a
confiança dos agentes econômicos está voltando, assim
como os níveis de consumo vêm mostrando reação.
O fundamental no momento, é que o Brasil se mantenha no curso das
reformas estruturais, pois essa será a base para voltarmos a ter
um ambiente de negócios de crescimento, gerando empregos e construindo
um novo ciclo de prosperidade”, afirma Costa.
A
pesquisa ouviu 822 líderes empresariais de todos os portes que atuam
nos segmentos do comércio e serviços nas 27 capitais brasileiras.
A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos percentuais para
uma margem de confiança de 95%.
Votos
não são prioridade no momento, diz Marun
O
ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun voltou a defender mudanças
no setor.
Faltando
cerca de um mês para a votação do texto, o articulador
político do governo afirma que a contagem dos votos ainda não
é a principal preocupação dos que defendem novas regras
para aposentadoria.
-
Contagem de votos não tem sido a nossa tarefa preferencial. Temos
que contar votos quando os deputados voltarem e tivermos a oportunidade
de dialogar pessoalmente com eles.
Ainda
segundo Marun, o governo está confiante e acredita que os parlamentares
vão compreender a necessidade de uma reforma na Previdência.
-
Nossa avaliação é de que o ambiente continua favorável
à aprovação da reforma e cada vez mais consistente.
Isso está refletindo positivamente no ânimo dos deputados
- ressaltou.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), já disse que a estimativa
é de que o governo deve ter uma base com aproximadamente 260 deputados.
Para o texto da reforma ser aprovado são necessários, pelo
menos, 308.
Para
o secretário da Previdência Social, Roberto Caetano, atualmente
o sistema previdenciário é injusto com alguns grupos de beneficiários,
o que também contribui para o rombo. Por esse motivo, ele acredita
que a reforma é fundamental.
-
A gente observa números do déficit da Previdência,
vêm crescendo de forma muito acentuada. Então é necessário
fazer uma reforma da Previdência para quebrar privilégios,
obter as economias por meio das pessoas com renda mais alta e preservar
os benefícios das pessoas de renda mais baixa - destacou Caetano.
(Agência do Rádio Mais)
Como
fica a população idosa na Reforma da Previdência
Uma
questão que preocupa, no seio do universo das mudanças que
estão sendo propostas pela Reforma da Previdência, é
aquela relacionada aos efeitos da imposição de uma idade
mínima para a aposentação. Não me refiro especificamente
ao acertamento ou não da medida, este não é o objetivo
do presente artigo, mas, sim, quais serão as consequências
sociais para a população idosa, no que tange ao retardamento
do direito de parar de trabalhar com a garantia de rendimentos por parte
do estado.
Também
não me preocupo com a experiência internacional; quero focar
minha abordagem na realidade brasileira, pois acredito que será
unicamente por meio dela que sentiremos as consequências, positivas
ou negativas, das mudanças que estão sendo propostas. A idade
mínima, adotada na maioria dos países do mundo, tem como
objetivo evitar aposentadorias precoces.
Segundo
estudos da própria Previdência Social, a média de idade
dos aposentados no Brasil gira em torno de 57 anos, considerando todas
as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e
por invalidez. Se analisarmos apenas a aposentadoria por tempo de contribuição,
a média de idade na aposentadoria é de aproximadamente 54
anos. Se levarmos em conta, ainda, as aposentadorias especiais, relativamente
aos trabalhadores que laboram em condições agressivas a saúde
e a integridade física, este patamar etário torna-se ainda
mais precoce.
Abstraindo
do debate acerca do acerto ou não da imposição de
uma idade mínima para o jubilamento, uma questão é
fundamental: com a aprovação da reforma, milhares de pessoas
alcançarão o direito a aposentadoria e não poderão
formular o pedido, pois não terão atingido a idade mínima
necessária para obter o direito - notadamente aqueles que almejarem
se aposentar por tempo de contribuição, portanto, com base
nas estatísticas, com aproximadamente 54 anos de idade.
No
caso de um homem, isto significará 11 anos de espera até
atingir a idade necessária. No caso de uma mulher, serão
oito anos. Como reagirá o mercado de trabalho na absorção
deste trabalhador que, frise-se, não terá ainda o direito
ao benefício previdenciário? Pessoas desempregadas, a partir
dos 50 anos de idade, encontram mais dificuldades para conseguir um novo
emprego em comparação às mais jovens. Não é
a toa que, gradativamente, os sistemas previdenciários foram compreendendo
a importância da proteção à velhice, em especial
considerando que, assim como a invalidez, ela ocasiona na incapacidade
para o trabalho, além de submeter o ancião a condições
econômicas difíceis.
Teremos
um grande número de idosos no mercado de trabalho, o que exigirá,
além de uma política de incentivo à contratação
deste público, a elaboração de políticas públicas
que protejam o acesso ao trabalho e que tenham ações voltadas
à promoção da saúde. Algo está sendo
feito pelo Governo nesse sentido? Muitas pessoas com faixa de idade avançada
sofrem preconceito ao procurar trabalho e também enfrentam a dificuldade
de conseguir um salário que corresponda a sua experiência
profissional.
No
Brasil, os idosos são vistos como trabalhadores menos produtivos
e mais caros porque têm salários maiores. Assim, muitos acabam
optando pela informalidade e tendo mais dificuldade em sobreviver, pagar
as contas e até contribuir com a Previdência Social. Apesar
do rápido aumento do número de idosos nos últimos
anos, o país não está preparado para o envelhecimento
de sua população. As empresas não estão preparadas
para empregar pessoas mais idosas.
Cada
profissão tem as suas particularidades. Para algumas atividades,
a idade conta a favor, como professores e advogados. Para outras, como
mineiros e metalúrgicos, ela trabalha contra. Tratam-se de atividades
mais desgastantes. Precisamos com urgência refletir sobre esse assunto.
Em poucas décadas, o Brasil se tornou um país de idosos,
hoje com mais de 20 milhões de pessoas nessa condição.
Todos seremos idosos um dia. O que estamos fazendo em prol desse contingente
populacional?
Achemos
acertada ou não a medida da idade mínima, seria sensato que,
junto com a proposta de reforma previdenciária, o Governo apresentasse
uma política remodelada para a população idosa. Do
contrário a reforma da Previdência Social ocasionará
uma transformação social preocupante. Entendo que ajuste
fiscal e austeridade econômica são fundamentais. Todavia,
não podemos esquecer por completo do ser humano. (Alexandre
S. Triches - Adminstradoes)
Reforma:
Aposentados protestarão em forma de desfile de Carnaval em SP
O
Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos anunciou que
no próximo dia 30 de janeiro realizará um desfile-protesto
na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). O tema central do Carnaval
de Protesto 2018 será contra a Reforma da Previdência. A concentração
acontecerá a partir das 9 horas na praça Osvaldo Cruz (próximo
ao Shopping Paulista e da estação Paraíso do Metrô),
ponto de partida para que os 2 mil aposentados sigam em ritmo de samba
até o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp),
onde o ato será encerrado.
Para
Marcos Bulgarelli, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, "Diante
de tanto descaso e omissão com os aposentados, resolvemos fazer
um carnaval em forma de protesto para ver se a sociedade olhe para as questões
da população idosa brasileira", destacou.
A
escola de samba "Unidos dos Aposentados" será composta por alas
temáticas, divididas em cores, com mínimo de 250 componentes
cada, que empunharão cartazes e bandeiras. Cada ala representa um
tema: saúde, custo de vida, injustiça social e "enterro da
Previdência.
Samba-enredo
O
samba-enredo "Quem lutou a vida inteira, exige mais respeito", composto
por Binho, Fábio Palácio, Fadico, Joadil Jr. e Totonho dará
o ritmo aos aposentados.
Abaixo,
a letra do samba-enredo:
Vem
pra rua, que essa luta é social... é carnaval !
Quem
lutou a vida inteira, exige mais respeito
Aposentado
tem os seus direitos
É
hora de união
Juntarmos
nossas forças na mesma direção
O
Sindnapi consciente e forte
Contra
essa Reforma lutarei até a morte
Avante!
Trabalhadores do Brasil
É
hora de valer a nossa voz
Hoje
é com o aposentado, amanhã será com todos nós!
Alô
seu deputado tenha consciência
Não
flagele o nosso povo reformando a Previdência
Alô
seus Governantes tenham consciência
Não
flagele a nossa gente reformando a Previdência
Farmácia
popular
É
um direito conquistado
Se
a Reforma passar
O
povo vai morrer e não irá se aposentar
Seguimos
cheios de esperança,
braços
fortes que não cansam, e não deixam de lutar
Tenham
consciência na hora de votar
Que
a voz do povo ninguém vai calar (PrevTotal)
Reajustes
saláriais do ano passado
8
em cada 10 reajustes salariais tiveram ganhos reais em 2017
Maior
parte dos acordos e convenções coletivas em 2017 resultou
em reajustes salariais com ganho real
Com
a queda da inflação, os reajustes salariais voltaram a ter
ganho real no ano passado, compensando em parte o poder de compra perdido
ao longo de 2016.
A
cada 10 reajustes concedidos, 8 ficaram acima do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado na data do acordo, de acordo
com a pesquisa Salariômetro, da Fipe.
O
INPC é usado como referência em acordos e convenções
coletivas entre sindicatos e empresas. O índice encerrou o ano acumulado
em 2,07%, enquanto os reajustes salariais foram em média de 5,1%
em termos nominais (sem desconto da inflação).
A
melhora é resultado da queda substancial da inflação
ao longo do ano passado, resultado da deflação dos alimentos
(que têm maior peso no orçamento dos mais pobres) em razão
de uma supersafra no início do ano.
Apenas
10% dos acordos e convenções definiram reajustes abaixo do
INPC, situação na qual o trabalhador tem perda real de salário.
Outros 10,6% foram equivalentes ao índice.
O
cenário contrasta com o observado em 2016, quando quase metade dos
reajustes (46,5%) ficaram abaixo da inflação. Outros 26,1%
foram iguais ao INPC e 27,4% ficaram acima.
O
piso médio acordado, por sua vez, subiu de R$ 1.162 para R$ 1.209
entre um ano e o outro.
Os
acordos com redução de jornada e salário ainda ocorreram
em 2017, mas o volume observado foi muito menor: 137, ante 390 em 2016.
Com
a recuperação dos salários, a massa real de rendimentos
do trabalho chegou a R$ 191,9 bilhões no trimestre encerrado em
novembro.
As
categorias de reparação de eletroeletrônicos e artefatos
de borracha foram as que tiveram maior ganho real (descontada a inflação)
em 2017, de 2,72% e 2,42%, respectivamente.
Na
outra ponta, telecomunicações e TI não tiveram ganho
real.
Na
análise regional, o Estado do Amazonas foi o que apresentou maior
ganho médio real (1,27%) enquanto o Acre teve o menor (0,06%). Em
São Paulo, o ganho real médio foi de 1,02% —aproximadamente
o dobro do Rio de Janeiro (0,52%).
Por
outro lado, o reajuste do salário mínimo determinado pelo
governo Michel Temer ficou abaixo da inflação. Embora o cálculo
também tome o INPC como referência, houve um desconto no previsto
para compensar reajustes acima da inflação em anos anteriores,
de acordo com o Ministério do Planejamento.
O
salário mínimo em 2018 está em R$ 954 (FERNANDA
PERRIN - Folhapress)
Mercado
do trabalho fecha com saldo negativo em 2017
Mas
queda de apenas 0,05% indica que pior momento já foi superado e
País recupera-se gradualmente
A
trajetória do emprego ainda manteve o viés negativo em 2017,
mas o ritmo menor de fechamento de vagas é um indicativo de que
o pior já passou. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) de 2017, pelo Ministério do Trabalho
nesta sexta-feira (26), constataram o fechamento de 20.832 vagas no ano
passado, redução de apenas 0,05% em relação
ao estoque de dezembro de 2016. “Para os padrões do Caged, esta
redução em 2017 é equivalente à estabilidade
do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado
na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário
otimista neste ano que está começando”, afirmou o ministro
do Trabalho substituto, Helton Yomura.
Olhando
para o passado, o comportamento de 2017 foi bem mais animador. Isso porque
o saldo acumulado de 2016 ficou negativo em 1.326.558 vagas, enquanto,
em 2015, houve queda de 1.534.989 postos de trabalho no País, na
série ajustada. “Aqueles foram os piores resultados da série
histórica do Caged, mas em 2017 o impacto positivo das medidas do
governo já foi sentido, alterando a tendência de retração
do mercado de trabalho formal”, disse Yomura.
Para
o Caged, em dezembro o estoque de emprego formal no Brasil teve retração
– situação historicamente normal para o período –,
com o fechamento de 328.539 postos de trabalho, queda de 0,85% em relação
ao estoque do mês anterior. Foram 910.586 admissões e 1.239.125
desligamentos no mês. “O resultado de dezembro veio dentro das expectativas
de mercado, que já esperava um saldo consolidado do ano próximo
da estabilidade”, disse o coordenador de Estatísticas do Trabalho
do MTb, Mário Magalhães.
Segundo
levantamento do Caged, a geração de empregos formais foi
liderada pelo Comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho
formais. Resultado bem superior aos de 2016, quando foram registradas perdas
de 197.495 vagas, e de 2015, quando foram fechados 212.756 postos. Também
houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 37.004 postos em
2017, contrapondo-se à queda de 2016 (14.193 vagas); e em Serviços,
com 36.945 novos postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574
e -267.927, respectivamente).
Por
sua vez, a Construção Civil e a Indústria de Transformação
tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos,
respectivamente). Ainda assim, os resultados foram melhores do que em 2016
(-361.874 na Construção Civil e -324.150 vagas na Indústria
de Transformação) e 2015 (-416.689 na Construção
Civil e -612.219 na Indústria de Transformação)
(Agências)
Ainda
o custo da corrupção
Na
coluna da semana passada, tratei dos custos da corrupção.
Afirmei que combatê-la não tem potencial para fazer aparecer
no caixa do Tesouro Nacional R$ 200 bilhões por ano, como tem sido
divulgado. Terminei a coluna afirmando que a ligação mais
forte entre receita do governo e corrupção é indireta,
por meio do desestímulo da corrupção ao crescimento
econômico e deste para o caixa do Tesouro.
Exemplifiquei
com o caso da Petrobras. Dos R$ 44 bilhões de perdas documentadas
com a construção das refinarias Abreu e Lima e Comperj, somente
R$ 6 bilhões deviam-se à corrupção.
Diversos
leitores apontaram que os R$ 38 bilhões restantes precisavam ser
contabilizados também como custo da corrupção. Segundo
esses leitores, seria muita ingenuidade minha atribuir esse desperdício
"à incompetência pura e simples e problemas de gestão
do Estado". Esses projetos foram desenhados com o objetivo de gerar oportunidade
para corrupção.
O
argumento dos leitores faz sentido. É possível que o desenho
desses e outros projetos tivessem como objetivo aumentar as oportunidades
de corrupção.
De
fato, diversos autores que investigaram as atividades caçadoras
de renda, "rent seeking", em inglês, notaram que as perdas que elas
produzem são bem superiores à transferência de renda
que promovem. No nosso exemplo, os R$ 38 bilhões ante os R$ 6 bilhões.
Atividades
caçadoras de renda são atividades que geram ganho privado
sem gerar nenhum ganho para a sociedade. Representam somente uma transferência
de uns para outros sem justificativa econômica ou social.
Roubo,
corrupção e excesso de burocracia (criar dificuldades para
vender facilidades) são exemplos típicos.
Os
estudiosos das atividades "rent seeking" notaram que, apesar de ser muito
mais eficiente entregar R$ 6 bilhões diretamente aos corruptos,
sem precisar executar a obra e perder os outros R$ 38 bilhões, não
é possível implementar essa solução. A sociedade
simplesmente não a aceita. O roubo fica explícito. Assim
ele precisa ocorrer de forma disfarçada.
E
o custo aumenta muito.
Concordando
com meus leitores, portanto, é possível colocar na conta
da corrupção os R$ 38 bilhões. Se fosse possível
eliminar a corrupção, não haveria a transferência
dos R$ 6 bilhões aos corruptos e a obra não seria executada
-portanto, não ocorreria a má alocação de recursos
produtivos, que custou R$ 38 bilhões.
No
entanto, se não houvesse a corrupção, os R$ 38 bilhões
não apareceriam imediatamente no caixa do Tesouro Nacional. A Petrobras
empregaria esses recursos para fazer bons investimentos.
Ao
longo do tempo, os investimentos maturariam e, em vez de eles se transformarem
em baixas contábeis, como foi o caso, produziriam maiores lucros
para a empresa. Lucros maiores geram maiores dividendos distribuídos
aos acionistas da Petrobras, entre eles, evidentemente, o Tesouro Nacional.
Ou
seja, o custo social da corrupção é superior ao seu
impacto direto sobre o caixa do Tesouro Nacional. O maior impacto da corrupção
é o seu efeito sobre a má alocação dos recursos
produtivos da economia, e não seu efeito direto na arrecadação
de impostos. (Samuel Pessôa - Folhapress)
Brasil
capta como se fosse grau de investimento
Juros
negativos ao redor do mundo, excesso de liquidez global e um movimento
de recomposição de portfólio de grandes investidores
levaram os emissores brasileiros a captarem recursos a custos similares
aos que conseguiam quando o Brasil ainda tinha o selo de bom pagador, o
chamado grau de investimento. Mesmo com rebaixamento recente dado pela
agência de classificação de riscos Standard & Poor's
(S&P), a prova contundente veio com a captação da Petrobrás.
A estatal emplacou uma emissão de US$ 2 bilhões em troca
de um prêmio (new premium issue) negativo aos investidores, ao se
comparar o retorno oferecido, de 5,95%, e as taxas dos papéis da
companhia que já circulam no mercado. E boa parte dos interessados
não conseguiu colocar sua ordem, uma vez que a demanda chegou ao
patamar de US$ 10 bilhões.
Favorável
Além
do cenário externo, o placar de 3x0 do julgamento do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4.ª
Região (TRF-4) também empolgou e reduziu o risco Brasil.
A
expectativa do mercado é de que, dada a atratividade, mais empresas
corram para aproveitarem a primeira janela de emissões externas.
Até agora, emissores brasileiros captaram US$ 7,15 bilhões
na primeira janela do ano, superando os US$ 5,95 bilhões emitidos
no exterior no mesmo intervalo do ano passado. (Agência Estado)
País
patina na guerra fiscal global e pode perder novos investimentos
Está
em curso uma espécie de guerra fiscal global. Um número cada
vez maior de países corta tributos para atrair empresas dispostas
a produzir em seus territórios. O Brasil -que amarga uma crise fiscal
e se esforça para não promover uma nova rodada de aumento
de impostos- corre o risco de ficar para trás, o que significaria
perda de investimentos e de empregos.
O
exemplo mais retumbante dessa competição vem do Norte. Em
dezembro, os congressistas americanos aprovaram a redução
da alíquota do imposto sobre o lucro das empresas de 35% para 21%.
Ao
Sul, porém, há movimentos na mesma direção.
Na virada do ano, a Argentina seguiu Donald Trump e também aprovou
um corte tributária progressivo.
A
lista de nações que já anunciaram a intenção
de reduzir os tributos corporativos nos próximos dois anos é
diversificada. Inclui Japão, Grécia, Bélgica e Reino
Unido. A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças
americanas, entre na fila.
COMPETIÇÃO
Dados
da consultoria EY indicam que o imposto médio corporativo no grupo
da OCDE (que reúne países em sua maioria desenvolvidos) era
de 32% em 2000 e caiu para 24% neste ano -bem abaixo dos 34% cobrados hoje
pelo Brasil. Na América Latina, já é certo que o país
vai perder espaço até para a Colômbia. Hoje a tarifa
total está em 37% e vai cair a 33% até 2019.
Se
quiser entrar na competição tributária mundial, o
Brasil terá que rever a cobrança sobre o lucro corporativo,
diz Bernard Appy, diretor do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal). "Não
é uma questão de o Brasil querer ou não mudar, mas
de ser competitivo como um polo de atração de investimentos",
diz Appy.
Na
reforma americana, além da alíquota menor para quem produz
internamente, os EUA isentaram o lucro obtido por empresas americanas no
exterior. Antes, quando empresas americanas repatriavam o lucro auferido
em outros países, pagavam a diferença em relação
à alíquota dos EUA, de 35%.
Assim,
uma empresa americana que produzia no Brasil pagava 34% por aqui mais uma
diferença de 1%, se enviasse o lucro aos EUA. Com a isenção
nos EUA, o peso de produzir no Brasil cresceu.
ARGENTINA
Na
Argentina, a alíquota caiu de 35% para 30% desde janeiro e será
de 25% a partir de 2020. Essa desvantagem fiscal pode resultar em deslocamento
de produção e perda de postos de trabalho para o país
vizinho, como, de certa forma, já ocorre com o Paraguai, diz Eduardo
Fleury, do escritório FCR Law.
Segundo
reportagem da Folha, 7 em cada 10 novas empresas abertas no Paraguai são
brasileiras em busca de um ambiente de negócios mais amigável,
o que inclui menos impostos.
A
percepção é que multinacionais, como montadoras de
veículos e fabricantes de proteína animal, podem transferir
parte da produção para a Argentina, aproveitando-se do imposto
mais baixo.
Depois
disso, essas empresas exportariam esses produtos para o Brasil, tirando
vantagem das tarifas diferenciadas do Mercosul, o tratado comercial entre
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Gustavo
Carmona, diretor-executivo da consultoria EY, diz que a Argentina se equipara
ao Brasil na qualidade da mão de obra, mas o imposto menor e um
governo mais confiável aos olhos do investidor externo podem colocar
os argentinos na dianteira.
Para
um executivo de uma grande montadora que atua no Brasil, a estratégia
argentina é um incentivo para empresas que estão no Brasil
produzirem mais lá. E pode ajudar a proteger a indústria
argentina no processo de abertura do mercado que virá com o acordo
da União Europeia. Para ele, enquanto o governo argentino reduz
encargos pensando no futuro, o brasileiro não sabe nem o que fazer
com o Inovar-Auto.
João
Manoel Pinho, secretário do Ministério da Fazenda, diz que
as mudanças estimulam o Brasil a repensar o sistema tributário,
o que, segundo ele, é imperativo.
Para
ele, talvez seja menos importante rever a carga tributária e focar
na redução da complexidade do sistema -o principal atrativo
para as firmas manterem operações e domicílio fiscal
no Brasil. (FLAVIA LIMA, colaborou TATIANA VAZ - Folhapress)
Argentina:
Medo de reprovação leva Macri a parcelar reformas
O
presidente da Argentina, Mauricio Macri, pôs o pé no freio
de seu ambicioso projeto de reformas devido a uma queda de aprovação
popular, diagnosticada por pesquisas realizadas após os protestos
violentos que marcaram a votação da reforma da Previdência,
em 18 de dezembro.
Dados
dos institutos DAlessio IROL/Berensztein mostram que o índice de
aprovação a Macri caiu de 58%, registrado logo após
a vitória do governo nas eleições legislativas de
outubro, para 45%.
Outro
estudo, do instituto Ipsos, mostra queda parecida, de 54% para 44%. "É
o pior momento do melhor momento de Macri", resume o analista político
Sergio Suppo.
Segundo
a Folha apurou, a Casa Rosada quer evitar o que chama de "efeito Brasil,
ou seja, um desgaste ainda maior da popularidade do Executivo devido a
uma agenda de ajustes -termo evitado por ministros e pelo próprio
mandatário, que preferem falar em "reformismo permanente".
Porém,
o objetivo do presidente de que o Congresso aprovasse uma reforma trabalhista
em fevereiro foi frustrado. Não apenas pelo temor do desgaste mas
também por conta de um embate com os sindicatos.
No
começo da semana, o chefe de gabinete, Marcos Peña, anunciou
que o governo iria "parcelar" as mudanças na legislação
trabalhista. "Não é um caso de vida ou morte para o governo
aprovar tudo em uma só lei."
Há
dois conjuntos de sindicatos grandes no país, a CTA (Central de
Trabalhadores da Argentina) e a CGT (Confederação Geral do
Trabalho). Em gestões peronistas, costumam apoiar o governo.
RESPALDO
SINDICAL
Em
gestões não peronistas, como é o caso, são
necessárias negociações para obter respaldo de cada
um. O sindicalismo é muito forte na Argentina, a ponto de suas greves
serem capazes de parar o sistema de transportes e outros serviços
no país.
Com
relação à reforma trabalhista, a CTA se mostrou contra
desde o princípio. Já a CGT disse aprovar alguns pontos,
mas é contra qualquer tipo de alteração nas regras
que regem os contratos de trabalho e as indenizações a trabalhadores
demitidos.
"Podemos
discutir qualquer ponto, menos aqueles que significam um avanço
sobre esses dois temas", disse o líder sindical e deputado peronista
Facundo Moyano, da cúpula da CGT.
Apesar
do recuo na reforma trabalhista, o presidente e seu gabinete permanecem
duros com relação aos sindicalistas, que o mandatário
já chamou de "máfia". Macri tem estimulado a Justiça
a investigar a procedência dos bens de lideranças de sindicatos,
entre elas o veterano Hugo Moyano, pai de Facundo, que responde a processo.
"Se
eu for preso, que seja [para ficar] na cela ao lado da do pai de Macri",
disse Moyano na quinta (25), referindo-se às suspeitas que cercam
a renegociação de uma dívida milionária das
empresas do parente do mandatário.
Do
lado das associações, há os dispostos a dialogar e
outros mais agressivos, como Luis Barrionuevo, líder dos trabalhadores
da indústria turística e gastronômica. Há pouco,
disse que "os ex-presidentes [Raúl] Alfonsín e [Fernando]
De La Rúa tentaram enfrentar os sindicatos e não concluíram
seus mandatos".
Os
sindicatos exercem pressão sobre peronistas. Miguel Pichetto, senador
peronista que tem feito a ponte com o Executivo, é um dos que convenceram
o governo a parcelar a reforma.
Por
fim, outro fator que dificultou a implantação de reformas
foi o episódio protagonizado, na semana passada, justamente pelo
ministro do Trabalho, Jorge Triaca.
Enquanto
ele conversava com líderes dos sindicatos, sua ex-empregada doméstica,
que trabalhara anos para a família sem ser registrada, divulgou
um áudio em que seu ex-patrão a insulta.
TRABALHO
SEM REGISTRO
Com
o parcelamento da reforma trabalhista na Argentina, o que deve ser votado
em fevereiro são os pontos em que não há diferenças
entre governo, oposição e sindicatos.
São
eles: um plano para a formalização dos empregados sem carteira
assinada, a ampliação de licenças, a criação
de uma agência de saúde para acidentes de trabalho e a implementação
de um sistema de capacitação.
O
estímulo para que empregadores formalizem seus trabalhadores contratados
de forma irregular será uma anistia. Os patrões não
responderão a processos nem terão de pagar multas.
O
governo arcará com os custos das contribuições previdenciárias
que não foram feitas pelas empresas. A ideia é diminuir a
informalidade, que hoje atinge 30% dos trabalhadores argentinos, ou cerca
de 4 milhões.
Já
os pontos que o Executivo adiará são os ligados à
flexibilização de contratos e à regulamentação
de bancos de horas, além da mudança no cálculo de
indenizações para quem é demitido.
Embora
não haja cronograma ou datas definidas para o avanço do projeto,
a intenção de Macri é conseguir aprovar toda a reforma
até o final do ano. (Folhapress)
EUA:
Economia cresce 2,3% em 2017, apesar de ritmo menor no 4º tri
A
economia dos Estados Unidos cresceu 2,3% em 2017, mostrando aceleração
ante os 1,5% de 2016, de acordo com a primeira leitura do Departamento
de Comércio norte-americano em seu relatório sobre o PIB
(Produto Interno Bruto) divulgado nesta sexta-feira (26).
No
quarto trimestre, no entanto, a economia desacelerou inesperadamente, com
o PIB expandindo-se a uma taxa anual de 2,6%. Economistas ouvidos pela
agência Reuters projetavam avanço de 3%. No terceiro trimestre,
o PIB cresceu a um ritmo de 3,2%.
O
avanço do quarto trimestre foi contido por um ritmo modesto de acúmulo
de estoques e pela alta nos gastos do consumidor em três anos resultando
em um aumento das importações.
Uma
medida da demanda doméstica saltou 4,6%, ritmo mais forte desde
o quarto trimestre de 2014, destacando a força da economia.
Os
gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade
econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 3,8% no quarto trimestre.
Esse foi o ritmo mais forte em três anos.
O
aumento dos gastos do consumidor foi saciado com importações,
que cresceram 13,9% no quarto trimestre, nível mais rápido
desde o terceiro trimestre de 2010, compensando o aumento das exportações.
A
forte demanda doméstica é parte de uma recuperação
global sincronizada que inclui a zona do euro e a Ásia. A demanda
também aumentou diante da promessa do presidente Donald Trump de
fortes cortes de impostos, cumprida em dezembro quando o Congresso dos
EUA aprovou a maior reforma do código tributário em 30 anos.
Para
2018, economistas projetam que o crescimento anual do PIB atingirá
a meta do governo americano de 3%, impulsionado em parte pelo dólar
fraco, alta dos preços do petróleo e fortalecimento da economia
global. (Reuters)
Para
Trump, é 'América primeiro' ou 'América fora'
A
manchete inescapável para o discurso de Donald Trump nesta sexta-feira
(26) em Davos foi, mundo afora, tirada da frase "América primeiro
não quer dizer América sozinha".
À
primeira vista, parece desmentir o isolacionismo que se atribuiu ao presidente
americano, já durante a campanha eleitoral e, muito mais, após
a posse.
Mas
é só à primeira vista, porque todo o resto do discurso
foi uma reafirmação de que os Estados Unidos de Trump só
se envolverão (comercialmente) com o resto do mundo se for nos termos
definidos por Trump –ou seja, se prevalecer o interesse americano.
Disse
Trump: "Nós apoiamos o livre comércio, mas ele precisa ser
justo e precisa ser recíproco, porque, no fim, comércio injusto
prejudica todos nós. Os Estados Unidos não fecharão
mais os olhos para práticas econômicas injustas".
Antes
do discurso, um alto funcionário americano, falando aos jornalistas
na condição de que o nome não fosse citado, especificou
o que o presidente considera "práticas injustas" : "coisas como
o roubo de propriedade intelectual, transferências de tecnologia
forçadas, subsídios industriais, planejamento econômico
estatal, dumping".
No
discurso propriamente dito, Trump mencionou apenas três itens (roubo
de propriedade intelectual, o controle estatal da economia e os subsídios
industriais; os dois primeiros, no passado, ele vinculara à China,
não mencionada nesta sexta-feira).
O
Brasil também entra frequentemente na lista de países que
não respeitam a propriedade intelectual.
É
forçoso reconhecer, goste-se ou não do discurso de Trump,
que foi coerente com suas práticas: ao retirar os Estados Unidos
da TPP (Parceria TransPacífico), o presidente alegou que a maneira
como foi concebida é injusta para com os Estados Unidos. Tanto que
acena aceitá-lo agora, desde que nos seus termos.
Vale
idêntico raciocínio para a renegociação do Nafta
(o acordo entre EUA, Canadá e México).
Coerência
à parte, Trump faz questão de ignorar que as regras comerciais
vigentes foram desenhadas essencialmente pelos próprios Estados
Unidos, com a colaboração da União Europeia, nos tempos
em que as potências ocidentais tinham hegemonia incontrastável
na economia.
Agora,
no entanto, a China disputa a liderança econômica global com
os Estados Unidos, o que deixa em aberto saber se Trump terá condições
de impor suas regras nas negociações comerciais.
O
discurso de Trump teve um segundo enfoque para reforçar seu lema
de "America First": o bom momento da economia americana, que ele atribui
à sua gestão, após "anos de estagnação"
(o New York Times, sempre crítico, lembrou que o crescimento econômico
desde que ele tomou posse foi similar ao que ocorreu em 2014 e 2015).
Dois
números impactantes foram citados: o aumento de US$ 7 trilhões
na riqueza, quando medida pelo valor das ações em Bolsa,
e a criação de 2,4 milhões de empregos.
É
música aos ouvidos do público majoritário em Davos,
que são executivos das grandes corporações globais,
como notou Roula Khalaf no "Financial Times" : "Os homens de negócio
americanos adotam a atitude de dizer 'não gosto do que ele diz,
mas gosto do que ele faz". (CLÓVIS ROSSI - Folhapress)
Bolsa
sobe, dólar fica estável
Bolsa
avança 2,15% e bate novo recorde: 85.480 pontos
Com
ajuda do exterior e do cenário eleitoral, a Bolsa brasileira bateu
mais um recorde ontem. O Ibovespa, principal índice do mercado de
ações local, subiu 2,15%, aos 85.480 pontos, renovando a
máxima histórica. No ano, já acumula alta de 11,9%.
No mercado de câmbio, o dólar comercial ficou praticamente
estável, com leve variação positiva de 0,06%, cotado
a R$ 3,141. Na semana, contudo, a moeda recuou 1,9%.
Para
Ignácio Crespo, economista da Guide Investimento, a combinação
das condições externas favoráveis com o otimismo em
relação ao cenário eleitoral no Brasil, depois da
confirmação da condenação do ex-presidente
Lula, justifica o novo recorde:
-
Nosso risco-país, medido pelo CDS (credit default swap) já
cai quase 12% no ano e está um pouco acima de 140 pontos. Isso mostra
que estamos vivendo um cenário internacional benigno, aproveitando
um crescimento mais forte no mundo. Internamente, estávamos digerindo
o julgamento do ex-presidente Lula e a entrada de recursos estrangeiros
no país.
O
Ibovespa já abriu em alta, com os investidores apostando que a condenação
de Lula em segunda instância praticamente elimina suas chances de
concorrer à Presidência. No fim da manhã, foi divulgada
a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto
trimestre, com expansão de 2,6%.
-
O cenário econômico mundial está bem positivo. O PIB
dos Estados Unidos veio um pouco mais fraco que o esperado, mas não
tira a visão de que a economia americana vai melhorar com o pacote
fiscal de Donald Trump. A China também já divulgou seu PIB,
e veio um pouco melhor que o esperado. Tudo isso mostra que, na média,
o mundo está bem - diz Pedro Galdi, analista da corretora Magliano.
FLUXO
POSITIVO DE R$ 6,5 BI
Na
B3 (antiga Bovespa), puxaram o índice bancos e estatais. As ações
preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras subiram 2,84%, e as ordinárias
(ON, com voto) saltaram 5,23%. A Eletrobras, que o governo quer privatizar,
teve alta de 5,20% (PN) e 3,58% (ON). Já as ações
PN de Itaú Unibanco e Bradesco avançaram 5,02% e 3,51%, respectivamente.
Banco do Brasil ganhou 3,36%.
Embora
tenha ficado estável, o dólar se beneficia da entrada de
recursos externos. Só para a Bolsa, esse fluxo está positivo
em R$ 6,5 bilhões (até dia 23). (G1)
Bolsa
tem novo recorde
A
possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficar
inelegível e não disputar a eleição de 2018
e o cenário internacional favorável inflaram o volume negociado
na Bolsa brasileira nesta sexta (26) e levaram o mercado acionário
a fechar acima dos 85 mil pontos pela primeira vez na história.
O dólar terminou o dia quase estável, a R$ 3,14.
O
Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu
2,21%, para 85.530 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,1 bilhões,
bem acima da média diária de R$ 9,6 bilhões de janeiro.
Na semana, a Bolsa acumulou alta de 5,31%, a melhor desde a encerrada em
15 de abril de 2016. No ano, a Bolsa acumula alta de 11,8%.
O
recorde é nominal, ou seja, não desconta a inflação.
Se o nível máximo de maio de 2008 fosse corrigido pelo IPCA,
índice de preços oficial, estaria hoje próximo dos
130 mil pontos.
O
dólar comercial teve leve ganho de 0,06%, para R$ 3,141. É
o menor nível desde 4 de outubro de 2017. Na semana, recuou 1,9%.
O dólar à vista, que fecha mais cedo, caiu 0,04%, para R$
3,147 –na semana, a depreciação foi de 1,7%.
Parte
do bom humor do mercado ainda é reflexo do julgamento no TRF-4 (Tribunal
Regional Federal da 4ª Região) que confirmou a condenação
de Lula. No dia da decisão, as estatais e bancos levaram o Ibovespa
a novo recorde nominal, enquanto o dólar recuou para R$ 3,16.
A
consultoria de risco político Eurasia estima em 70% a probabilidade
de o petista ficar inelegível neste ano –antes, estava na faixa
entre 60% e 70%. Para a Eurasia, um cenário eleitoral sem Lula eleva
as chances de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
chegar ao segundo turno, mesmo em uma disputa acirrada.
"Mesmo
com Lula fora da corrida, muitos candidatos possuem chances reais. Nós,
na Eurasia, mantemos nossa visão de que algum candidato reformista
vai ganhar. Mas as chances de que vai ser um candidato reformista com credenciais
mistas (os mercados podem duvidar da convicção) e com grande
dificuldade para transitar pelo Congresso não são pequenas."
Para
Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da plataforma de investimentos
Órama, a decisão de quarta traz mais clareza à disputa
eleitoral. "O cenário que a gente tinha era nebuloso, tinha muita
nuvem cinza à frente. Agora, os investidores passam a ter mais fé
de que vamos ter um candidato reformista. Se isso vai ser verdade ou não,
só o tempo vai dizer."
Mas
o exterior continua ajudando, ressalta. "Está entrando muito dinheiro
de estrangeiro. Lá fora, as Bolsas também estão batendo
recordes, foi mais uma semana de mercado forte no exterior", ressalta.
AÇÕES
Assim
como na quarta, as ações de bancos e de estatais ajudaram
o Ibovespa a alcançar a nova máxima.
As
ações do Itaú Unibanco subiram 5,46%, na maior alta
diária desde 10 de maio de 2016, quando foi cassado o mandato do
senador Delcídio do Amaral.
Os
papéis preferenciais do Bradesco subiram 3,52%, e os ordinários
se valorizaram 5,70%. O Banco do Brasil teve alta de 4,18%, e as units
–conjunto de ações– do Santander Brasil avançaram
4,38%.
As
estatais também subiram com força. Os papéis mais
negociados da Petrobras se valorizaram 3,05%, para R$ 19,93. As ações
que dão direito a voto ganharam 5,24%, para R$ 21,71. As ações
preferenciais da Eletrobras subiram 5,21%, e as ordinárias tiveram
avanço de 3,58%.
A
mineradora Vale destoou do bom humor no mercado e recuou 0,84%, para R$
41,43.
A
maior alta do Ibovespa foi registrada pelas ações da Cemig
(+10,07%), em meio a rumores sobre o nome do novo presidente da estatal.
A Via Varejo subiu 5,77%, e a Rumo teve alta de 5,67%.
Já
a maior desvalorização do Ibovespa ficou com as ações
da Marfrig, que recuaram 1,6%. A Cielo teve queda de 1,59%, e a Natura
perdeu 1,48%.
CÂMBIO
O
dólar perdeu força ante a principais moedas do mundo: 24
das 31 divisas subiram ante a moeda americana.
Nesta
sexta, o Departamento de Comércio americano divulgou que o crescimento
da economia dos Estados Unidos desacelerou no quarto trimestre. O aumento
dos gastos do consumidor provocou elevação das importações.
O
PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anual de 2,6% no quarto
trimestre –em 2017, o avanço foi de 2,3%.
O
CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) do Brasil
fechou em baixa de 0,99%, para 142,6 pontos, na terceira queda seguida.
É o menor nível desde 19 de setembro de 2014.
No
mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa.
O DI para abril e 2018 recuou de 6,709% para 6,685%. O DI para janeiro
de 2019 teve baixa de 6,830% para 6,780%. (Folhapress)
Cai
concentração de valor das dez maiores empresas na Bolsa
As
dez maiores companhias na listadas na B3 passaram a concentrar uma porcentagem
menor do valor total negociado na Bolsa.
No
último semestre, elas representaram menos de 40% do volume total
pela primeira vez desde o começo da série histórica,
em 2002.
A
valorização de ações de empresas cujo valor
de mercado é mais modesto explica essa desconcentração
relativa, segundo analistas de renda variável de corretoras e consultorias
econômicas.
O
Ibovespa, que reúne os papéis mais negociados, subiu 26,9%
no ano passado, enquanto o índice da B3 das ações
de empresas menores teve alta de 49,35%.
"Ele
sempre oscila mais que o mercado como um todo", afirma Luiz Fernando Castelli,
da GO Associados.
A
concentração em poucas companhias significa que a Bolsa não
representa bem a economia real, segundo Marco Saravalle, analista da XP.
"As
empresas ligadas ao consumo interno, como as de varejo, têm um valor
menor que as exportadoras, como as de commodities, e isso era ainda mais
forte da última vez que houve alta prolongada."
A
Bolsa alterou o mecanismo para tratar as oscilações muito
fortes -agora, o intervalo de variação para que ela promova
leilões diminuiu, diz Anderson Lima, corretor de investimentos da
Renascença.
"Qualquer
pico de empresas de baixo valor de mercado faz a Bolsa colocar ações
em leilão", afirma ele.
A
B3 não comentou a tendência de desconcentração
(Maria Cristina Frias - Folhapress)
FenaSaúde:
2º Workshop de Análise de Impacto Regulatório
Especialistas debatem a
política de reajustes de planos de saúde individuais em workshop
da FenaSaúde
Evento abordou a regulação
dos planos individuais e a implementação do preço-teto
para a formatação do reajuste
A FenaSaúde reuniu
na sexta-feira, 26 de janeiro, especialistas em Saúde Suplementar
que debateram a política de reajuste de preços dos planos
de saúde individuais no 2º Workshop de Análise
de Impacto Regulatório. O evento foi dividido em dois painéis
que apresentaram os ‘Fundamentos e efeitos do controle de reajustes dos
planos individuais’ e as ‘Alternativas e propostas para um novo modelo
de reajuste’. Após as palestras ministradas por acadêmicos
e estudiosos do setor, aconteceu um debate entre representantes da ANS,
do Ministério da Fazenda e das operadoras. O assunto sobre a elevação
dos custos e dificuldades em manter os planos individuais permearam todas
as apresentações.
O primeiro painel contou
com a moderação do professor de economia e decano do Centro
de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Luiz Roberto Cunha. A palestrante Ana Carolina
Maia, professora doutora na Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), afirmou
que o reajuste único para todos os contratos, sem especificidade
do plano, região ou faixa etária, é um equívoco.
“Há uma deterioração das carteiras, o que inviabiliza
a formação de novos grupos, fazendo que as taxas de cancelamento
no Brasil cheguem a 28% de segurados de menor risco. Este percentual representa
os mais jovens que normalmente deixam os planos em momentos de dificuldades
financeiras”, explicou a acadêmica, que também abordou a anti-seleção
nos planos individuais e as soluções regulatórias
técnicas para dar equilíbrio ao produto.
O professor na Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade
de São Paulo (FEA/USP), João Vinícius de França
Carvalho, complementou a apresentação sobre os planos de
saúde individual, apresentando um estudo preliminar realizado sobre
o subsídio entre planos das operadoras, ou seja, os planos coletivos
acabam subsidiando parte dos planos individuais para dar solvência
para algumas carteiras. O que foi confirmado pela superintendente Regulatório
de Saúde da SulAmérica, Mônica Nigri, que reforçou
que os custos são impactados também com o envelhecimento
da população, a judicialização que acaba impondo
o pagamento de serviços não previstos, além da incorporação
de tecnologia. “É de se esperar que a ANS tenha dificuldade em ter
uma base de dados consistente de variação dos custos das
operadoras menores. Se fizermos cortes por tamanho da carteira de operadoras
maiores e um modelo para as operadoras com menos vidas teriam casos analisados
individualmente”, esclareceu a executiva, que registrou a dificuldade de
precificar diante de tantas variáveis incontroláveis.
Na concepção
de João Boaventura Branco de Matos, especialista em Regulação
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o reajuste
de preços é apenas uma parte das dificuldades dos planos
individuais, que não pode estar desconectado do cenário geral
da saúde no Brasil. “Temos problemas em contratos com poucas pessoas
e a visão de curto prazo de adesão ao sistema. Há
necessidade de combate às causas de reajustes elevados, como o modelo
de pagamento utilizado, hoje é o pagamento por serviço (fee
for service), além de controlar o aumento de valores de serviços
e a incorporação da tecnologia. Mas são diversos outros
fatores que impactam no reajuste. Hoje está havendo uma “despooltização”
(redução para carteiras menores) no setor. Queremos reverter
este quadro. O atual modelo para os aumentos dos planos de saúde
individuais precisa de ser mais transparente para que todos os agentes
do mercado participem. Temos que garantir a solvência dos planos,
assim como os desempenhos das operadoras. Para isso, precisamos de uma
participação maior tanto dos agentes como da sociedade. Este
debate é um exemplo do que se deve acontecer para melhorar o setor”,
afirmou Matos.
Carlos Ragazzo, professor
na Fundação Getúlio Vargas (FGV), não acredita
em uma solução de curto prazo para o crescimento dos planos
de saúde individual e redução de custos. “O custo
da saúde é baseado em três bases como custo regulatório,
o custo judicial e o custo de produção. Há um movimento
em todas as agências de criar as regras. O desafio da ANS é
reduzir todos estes custos para diminuir o reajuste. Não há
uma solução de curto prazo”, explicou.
O representante do Ministério
da Fazenda, João Manoel Pinho Neto, chefe da assessoria Especial
de Reformas Microeconômicas da entidade, acredita que setor precisa
avaliar o desempenho da regulamentação de preços.
“Se diminuiu a atratividade do mercado, devem ser analisadas as falhas
e fazer uma comparação com outros mercados. É importante
a intervenção nos preços, mas é necessário
olhar o desempenho. Há necessidade também de controlar custo
e promover a produtividade”, sugeriu.
Novo modelo de reajuste
Já o segundo painel
sobre um novo modelo de reajuste, o debate ficou em torno da utilização
do preço-teto (price cap) para os reajustes dos planos individuais,
separando entre custos gerenciáveis e não gerenciáveis.
Segundo Edgard Pereira,
professor do Departamento de Economia, do Instituto de Economia, da Universidade
de Campinas (Unicamp), o modelo de reajuste atual desagrada a todos os
envolvidos porque não cobre os custos das operadoras e afastam os
segurados. “Há uma deterioração e desinteresse das
operadoras em comercializar os planos de saúde individuais. Há
necessidade em efetivar uma política de ganhos em escala e utilizar
o price cap (preço-teto) para que se dê maior abrangência
aos planos de saúde individuais”, afirmou o professor em sua palestra.
Porém a utilização
do price cap foi questionada porque tem como base dois custos – os gerenciáveis
pelas operadoras e os que não há gestão, como custo
da assistência médica, judicialização e utilização
dos serviços. Para Armando Castelar Pinheiro, professor da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Getulio Vargas
(FGV-Rio), o price cap transfere parte da produtividade para o beneficiário
porque este compõe a maior parte do custo não gerenciável.
“Os reajustes dos planos estão acima da inflação e
dos rendimentos, o que acontecerá é que as pessoas sairão
dos planos. Reduzindo o setor. As causas dos custos elevados estão
nos custos não gerenciáveis. Há necessidade de analisar
melhor os impactos desta proposta”, sugeriu o professor.
Daniele Rodrigues Campos,
gerente econômico-financeira e atuarial dos produtos da Diretoria
de Produtos da ANS afirmou que a boa notícia é que a discussão
das metodologias de reajuste individual está mais madura. “Temos
estudos que comprovam que a ANS não cometeu, ao longo dos últimos
anos, injustiças. A variação de custo médico
hospitalar está sempre muito próxima ao reajuste anual, porém
admito que não separamos os custos dos planos individuais dos coletivos,
que foi um erro. Mas iniciamos uma discussão de proposta que envolve
desde o reajuste individual, coletivo e precificação. Estamos
em busca de evoluir para um modelo considerando a faixa etária e
o fator de produtividade”, esclareceu a representante da ANS.
Para as operadoras não
há mais interesse em oferecer o plano individual porque o ambiente
econômico não incentiva este produto. “Há uma dificuldade
em formatar preço. Não podemos negar entrada de beneficiários.
Temos dificuldade em controlar os custos não gerenciáveis,
como incorporação de tecnologias sem comprovação,
além de uma incapacidade de cancelar contratos deficitários.
Ainda não temos a capacidade de reajustar os valores diante dos
custos. O que faz as operadoras perderem o interesse em oferecer este plano,
apesar de ser um produto de desejo da sociedade”, afirmou Flávio
Bitter, diretor técnico e de produtos da Bradesco Saúde.
O moderador do debate, José
Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde, lembrou que os custos gerenciáveis
chegam a cerca de 15% do total. “Há uma necessidade de exigir dos
operadores um gerenciamento de seus custos, mas a grande parte está
no que não é gerenciável. Sem dúvidas, precisamos
aperfeiçoar o modelo de reajuste, mas também temos que avaliar
os fatores que impulsionam a elevação dos custos. Esta é
uma discussão fundamental! O debate tem que continuar”, afirmou
Cechin, que já anunciou o 3º workshop da FenaSaúde,
que acontecerá em 28 de junho deste ano. (FenaSaúde)
ANS
completa 18 anos regulando os planos de saúde
A Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), reguladora do setor de planos de saúde,
está completando 18 anos, e este é um marco a ser celebrado.
Uma comparação
entre como era o setor antes do marco regulatório e da ANS e como
está hoje mostra o quanto já se evoluiu. Claro que ainda
há muito o que ser feito, cabendo à agência regular,
normatizando, fiscalizando e incentivando o setor a prover serviços
de maior qualidade. Todavia, mesmo tendo consciência de que é
preciso aprimorar o setor, não se pode esquecer ou perder a perspectiva
do quanto já se caminhou.
Antes do marco regulatório
e da criação da ANS, as operadoras de planos de saúde
podiam estabelecer quantidades máximas de procedimentos, prazos
máximos de internação e períodos de carência
alongados. Estabeleciam, por exemplo, número máximo de 10
consultas no ano e 5 dias de UTI. Frequentemente, excluíam cobertura
de algumas doenças, como o câncer. Ou, nas letras miúdas
dos contratos, cobriam doenças, mas não o procedimento necessário
para tratá-la (por exemplo, diziam cobrir doença renal, mas
excluíam hemodiálises ou limitavam a quantidade de hemodiálises).
Não foram raros também
os casos de operadoras que surgiam, coletavam mensalidades de vários
clientes durante período de tempo em que a maioria estava em carência
e depois sumiam do mercado, deixando aquela população desassistida.
Hoje, a realidade é
outra. Se um cliente de plano precisa de internação hospitalar,
ele ficará internado pelo tempo que for preciso para sua recuperação,
não podendo haver limite de dias. Os prazos de carência foram
padronizados e limitados a períodos efetivamente necessários
para reduzir a seleção adversa.
O rol de coberturas mínimo
obrigatório para os planos de saúde não permite restringir-se
doenças e busca compatibilizar a necessária atualização
tecnológica dos procedimentos em saúde com a sustentabilidade
setorial.
Já o processo de
registro e concessão de autorização de funcionamento
das operadoras, além da regulação econômico-financeira,
vem saneando gradativamente o mercado, promovendo uma gestão mais
profissional e prudente dos recursos e, portanto, tornando o setor mais
solvente.
Isso importa para garantir
a assistência à saúde em momento incerto no futuro,
já que a mensalidade é paga antecipadamente e, na maior parte
dos casos, a expectativa do beneficiário é manter um contrato
de plano de saúde de longo prazo.
Regular esse mercado, com
um conjunto de interesses tão complexo, abrangendo consumidores,
entidades contratantes, profissionais de saúde, clínicas,
laboratórios, hospitais e os entes regulados (operadoras de planos
de saúde), é um grande desafio. Como agente público,
a ANS não se fecha às críticas, procurando entendê-las
e, quando é o caso, buscando correções e aprimoramento
institucional.
Gerenciar ou regular sistemas
de saúde é missão hercúlea em todos os países,
sejam sistemas públicos ou privados, e não seria diferente
aqui. Ao longo dos anos, a Agência foi aprimorando o seu processo
regulatório, em linha com as melhores práticas. Para isso,
melhorou seus canais de comunicação, ampliou o acesso à
informação, fez parcerias com órgãos de defesa
do consumidor e incentivou a implantação de ouvidorias em
todas as operadoras. Por meio de suas câmaras técnicas, comitês,
consultas e audiências públicas, fez da participação
social e do diálogo um mecanismo para mediar e estreitar o relacionamento
com o setor e a sociedade.
A ANS de hoje é resultado
de todos que trabalharam e trabalham na Agência, uma instituição
construída coletivamente.
E a sua missão institucional
(de promover a defesa do interesse público na assistência
suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais inclusive
quanto às suas relações com prestadores e consumidores
e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde
no País) é materializada pelo trabalho sério e dedicado
de servidores, colaboradores e dirigentes ao longo desses 18 anos.
Para os próximos
anos, diante das novas tecnologias e do envelhecimento populacional, uma
das principais questões que surgem é: como viabilizar o acesso
aos serviços de assistência à saúde que tendem
a encarecer?
No caso da assistência
privada à saúde, a ANS vem assumindo protagonismo com uma
agenda de iniciativas que inclui: a promoção da concorrência
através da ampliação das possibilidades do consumidor
mudar de operadora sem a necessidade de cumprir novamente as carências
estabelecidas na legislação; a regulamentação
da gestão de riscos que podem ser compartilhados entre as operadoras
com o intuito de reduzir o custo de adequação à necessária
regulação assistencial e econômica; e a indução
de uma mudança no modelo assistencial vigente fragmentado e "hospitalocêntrico"
para outro que se comprometa com a gestão de saúde de forma
integrada, com foco em linhas de cuidado, e que invista na promoção
da saúde e na prevenção de doenças.
É importante avançar
nesses temas em prol de uma saúde suplementar sustentável,
mas sem deixar de lado outros que tenham efeito também nos serviços
públicos de saúde.
Diante dos desafios que
temos na assistência à saúde, é preciso rediscutir
o que de fato é possível termos como um sistema nacional,
como incorporar novas tecnologias, como financiar o seu acesso e quais
as responsabilidades de cada um (indivíduos, empresas, operadoras,
profissionais de saúde, prestadores de serviço, indústria
de medicamentos e equipamentos e governo).
Um bom desenho institucional,
legitimamente estabelecido e com os incentivos na direção
correta, é fundamental para viabilizar a assistência à
saúde (pública e privada) com qualidade e a um custo suportável
para a sociedade. (LEANDRO FONSECA - Folhapress)
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