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Governança
foi tema de audiência pública na sexta-feira (27)
Evento contou com
a participação de 131 pessoas
A Secretaria de Previdência
do Ministério da Fazenda realizou, na manhã desta sexta-feira
(27), em Brasília, audiência pública para debater a
governança e as boas práticas de gestão nos regimes
de previdência complementar.
Esse foi o segundo encontro
promovido pela secretaria para subsidiar estudos e formular políticas
públicas que visem ao aprimoramento da governança no segmento
operado pelas entidades fechadas (fundos de pensão).
A audiência pública
reuniu 131 representantes da sociedade, incluindo gestores e especialistas,
com o objetivo de aprimorar a previdência complementar no Brasil.
(Talita Lorena - Secretaria
de Previdência)
Sindicato
denuncia embuste do governo para atacar fundos de pensão
Suposta audiência
pública não ouviu os trabalhadores e as entidades participativas;
evento foi utilizado como palanque para promover a eliminação
da representação dos trabalhadores nas decisões, e
criação de cargos para agentes do sistema financeiro na estrutura
das fundações
Em meio a mudanças
prejudiciais na gestão dos fundos de pensão de empresas públicas
em discussão no Congresso Nacional, e apenas um dia depois da negociação
da Caixa dentro da Campanha Nacional que debateu a Funcef, representantes
dos trabalhadores participaram de audiência pública sobre
o tema promovido pela Secretaria de Previdência do Ministério
da Fazenda.
O evento foi realizado nesta
sexta feira 27 sob o pano de fundo do PLP 268. O Projeto de Lei em tramitação
no Congresso Nacional enfraquece a participação dos trabalhadores
na gestão dos fundos de pensão como a Funcef e a Previ e
abre as portas dessas entidades para agentes do mercado, o que pode resultar
em prejuízos bilionários, a exemplo do Postalis, dos funcionários
dos Correios.
Atualmente, os conselhos
deliberativo e fiscal dos fundos de pensão patrocinados por empresas
públicas têm gestão paritária - metade dos membros
é indicada pela empresa patrocinadora e a outra metade é
eleita pelos trabalhadores.
O PLP 268/16 original, aprovado
no Senado, divide o conselho deliberativo em três: uma parte para
agentes de mercado, outra para a empresa patrocinadora e a terceira para
os trabalhadores. Ou seja, de metade do poder, os trabalhadores terão
seu poder reduzido a um terço dos conselhos deliberativo e fiscal.
Além disso, o PLP 268 original impede a eleição de
seus representantes na diretoria.
O projeto original ainda
proíbe a eleição de diretores e determina que a diretoria
será formada por agentes selecionados no mercado, o que já
levou a prejuízos bilionários em fundos de pensão,
como o Postalis, dos funcionários dos Correios.
“O projeto original acaba
com uma conquista histórica resultado da mobilização
que é a eleição dos representantes dos trabalhadores,
justamente os principais interessados na boa governança dos fundos
de pensão, além disso parece buscar cargos para agentes do
sistema financeiro. Os agentes contratados no mercado, que não têm
esse mesmo compromisso, e ainda por cima vão acabar decidindo sempre
em favor de interesses privados”, protesta Dionísio Reis, coordenador
da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor executivo
dos empregados.
A audiência não
permitiu espaço para que as 63 propostas enviadas por entidades
e participantes antes da audiência fossem debatidas. Pelo contrário,
após as três palestras iniciais, ministradas por convidados
da Secretaria de Previdência, os participantes tiveram cada um, apenas
três minutos para fazer suas considerações e perguntas.
Como exemplo da promoção
da defesa do enfraquecimento da representação dos participantes,
o primeiro palestrante, Joaquim Rubens Santos, do Instituto Brasileiro
de Governança Corporativa (IBGC), citou Armínio Fraga ao
dizer que as estatais se tornam mais eficientes conforme regras são
introduzidas, indicando que quanto mais intervenção e menos
participação dos beneficiários, os resultados são
melhores.
Luiz Roberto Romero apresentou
Conceitos, Reflexões e Subsídios. O Diretor Acadêmico
de Pós-Graduação e Educação Executiva
da ESPM-Rio e consultor da Previ falou em "construir o futuro com colaboração
e humildade”. Entre outros temas defendeu a presença de um conselheiro
independente.
“Resta saber, independente
de quem?”, questiona Valter San Martin Ribeiro, conselheiro da Anapar (Associação
Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão) e dirigente do
Sindicato dos Bancários de São Paulo pelos empregados da
Caixa. “Esses conselheiros ditos independentes serão agentes originários
do mercado financeiro, que por sinal articula a candidatura de seu próprio
candidato à presidência, o banqueiro e ex-ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles”, alerta o dirigente.
O advogado Fábio
Junqueira fechou o evento defendendo propostas mais coerentes como a segregação
de órgão de fiscalização e do órgão
julgador, a criação de vários comitês gestores
e separar as matérias de cada comitê. (Fenae/Sindicato
dos Bancários)
Previ:
Plano 1 tem retorno de 0,92% no 1° semestre contra meta de 5,10%
O Plano 1 da Previ, que
soma Patrimônio Líquido de R$ 158,75 bilhões, registrou
no primeiro semestre de 2018 retorno de 0,92%, contra uma meta atuarial
de INPC mais 5% ao ano que correspondeu no período a 5,10%. A renda
variável, que responde por 45,31% do total do plano, teve queda
de 2,96% de janeiro a junho, enquanto a renda fixa, que representa 44,22%,
apresentou rentabilidade positiva de 4,44%.
Os investimentos imobiliários,
que são 6,3% do total, renderam 6,77%; as operações
com participantes, que são 3,47% da carteira, geraram ganhos de
4,01%; os investimentos estruturados, que representam apenas 0,61%, subiram
7,52%; e os investimentos no exterior, somente 0,09% da carteira, tiveram
valorização de 12,92%.
A Previ, em comunicado,
informa que as oscilações do mercado financeiro derivadas
da atual conjuntura econômica e das indefinições sobre
o processo eleitoral continuam a repercutir nos resultados de seus planos
de benefícios. “A menos de três meses das eleições,
é importante lembrar que a volatilidade durante esse período
é esperada pelos analistas, que acreditam que a economia provavelmente
retornará aos eixos no curto prazo”, destaca o fundo de pensão.
No comunicado a entidade diz também que, ainda o déficit
conjuntural apresentado se mostre significativo, “ainda estamos dentro
do limite de tolerância estipulado no normativo e, caso fosse esse
o resultado ao final do exercício, não seria necessária
a elaboração de um Plano de Equacionamento”.
No Previ Futuro, que soma
PL de R$ 12,55 bilhões, o retorno no primeiro semestre foi de 2,04%,
contra a meta de 5,10% para o intervalo. A renda fixa, que responde por
58,67% do Previ Futuro, rendeu 3,54%, enquanto a renda variável,
que representa 23,89%, caiu 4,22%. As operações com participantes,
que são 11,91% do total, rentabilizaram 3,61%; os investimentos
no exterior, que respondem por 3,74% do plano, geraram ganhos de 12,92%;
os investimentos imobiliários (4,1% do total), renderam 4,95%; e
as operações estruturadas (1,3% do total), 13,05%.
Entre os diferentes perfis
de investimentos ofertados pelo Previ Futuro, o conservador, sem exposição
à renda variável, subiu 3,51% de janeiro a junho; o moderado,
que pode ter de zero a 20% em ações, rendeu 2,73% no período;
o arrojado, com 20% a 40% em ações, teve ganhos de 1,38%;
e o agressivo, com 40% a 60% em ações, valorizou 0,78%. A
Previ ressalta que os participantes do Previ Futuro precisam redobrar a
atenção com os seus investimentos. “Se o associado optar
por mudar para um perfil mais conservador durante um momento de crise,
deverá avaliar se estará vendendo seus ativos em um momento
de baixa e realizando uma perda”. (Agência Investidor Online)
Postalis:
Fundo contrata PFM Consultoria para fazer mapeamento de riscos
O Postalis contratou, em
junho, a PFM Consultoria e Sistemas para fazer o mapeamento de riscos em
processos da entidade. A consultoria também faz, desde o início
deste ano, o mapeamento dos processos de todas as áreas da Fundação
de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-Prevcom).
De acordo com a área de comunicação do Postalis, o
mapeamento de riscos faz parte da melhoria do ambiente de controle e da
governança da entidade, conduzido pelo novo gerente de controles
internos e riscos do Postalis, Murilo Castellano. A entidade está
sob intervenção da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc) desde outubro do ano passado, e desde então
vem adotando medidas para reduzir custos e melhorar processos.
Ainda segundo a entidade,
a PFM iniciou o trabalho a distância, fazendo a análise de
manuais de processos, políticas e fluxogramas fornecidos pelo Postalis.
A partir dessa análise, a consultoria elaborou o escopo do trabalho
de mapeamento de riscos e criação de controles, que foi aprovado
em reunião realizada neste mês de julho, com a presença
do interventor do fundo de pensão, Walter Parente.
O trabalho da consultoria
na entidade deve durar um ano, podendo o contrato ser renovado por igual
período. “Os processos de investimento e de compras estão
priorizados, pois são os mais críticos. Nossa expectativa
é poder concluí-los até o final de 2018. A partir
daí, serão trabalhados os demais processos, notadamente o
de cadastro e o de benefícios”, diz o Postalis em comunicado. A
perspectiva é que todo o planejamento de riscos de todos os processos
seja finalizado até final do primeiro trimestre de 2019.
(Agência Investidor Online)
Elos:
Adesão ao Código de Autorregulação em
Governança de Investimentos
Em junho de 2018, a Fundação
ELOS aderiu ao Código de Autorregulação em Governança
de Investimentos, que tem o propósito de colaborar com o aperfeiçoamento
das práticas de governança de investimentos, suavizar a percepção
de riscos existentes e contribuir para o desenvolvimento sustentável
da Previdência Complementar Fechada, beneficiando, sobretudo, os
participantes ativos e assistidos e os patrocinadores das Entidades.
O Código é
uma iniciativa da Associação Brasileira das Entidades Fechadas
de Previdência Complementar (Abrapp). Entre os princípios
contidos no Código de Autorregulação estão
as obrigações que devem ser seguidas na gestão de
investimentos e no monitoramento de riscos da Entidade, buscando sempre
o uso das melhores práticas de governança e ética,
empregando zelo e diligência com o patrimônio para o cumprimento
do dever fiduciário. O código também traz requisitos
que promovem a transparência nos processos de governança de
investimentos e garantem a disponibilização de informação
adequada e clara. Todas essas ações contribuirão para
aumentar a confiança de todos os agentes desse segmento do mercado.
A próxima etapa agora,
após a adesão, é a obtenção do Selo
que atesta que a entidade realmente pratica os requisitos do código.
Porém, essa etapa aguarda a Abrapp lançar o portal onde será
feito o envio da documentação exigida e posterior análise
e validação.
Para mais informações
sobre o Código de Autorregulação em Governança
de Investimentos, acesse: http://sistemas.abrapp.org.br/apoio/autorregulacao/#qaderiu
(Elos/AssPreviSite)
Fusan:
Campanha Meias do Bem aos participantes
Recentemente a Fusan aderiu
à Campanha Meias do Bem e agora, os participantes também
poderão doar meias para a campanha.
Além dos colaboradores
da entidade, o público externo também poderá fazer
suas doações.
O objetivo da campanha é
arrecadar meias que não são mais utilizadas. Posteriormente,
estas meias serão transformadas em cobertores para aquecer o inverno
de pessoas carentes.
É importante destacar
que além de ser uma ação social e ambiental, também
visa a reciclagem e a sustentabilidade. São necessários 40
pares de meias para a fabricação de um cobertor. Além
disso, um par reciclado economiza até 15 litros de água e
66 BTU’s de energia.
As doações
dos participantes serão encaminhas via malote para a entidade.
(Fusan/AssPreviSite)
Fapes:
Inscrições online para programa de estágio
Empresa que administra a
previdência e o plano de saúde do BNDES recebe currículos
de estudantes universitários de diversas carreiras
Rio de Janeiro, 26 de julho
de 2018 - Estudantes universitários a partir do 4º período
podem se candidatar ao processo seletivo da FAPES - Fundação
de Assistência e Previdência Social do BNDES. As vagas são
para o Rio de Janeiro e se destinam a carreiras de Administração,
Comunicação, Contabilidade, Direito, Economia, Sistemas de
Informação entre outras.
O programa visa atrair,
desenvolver e reter talentos alinhados à cultura e valores da Fundação,
possibilitando aprimoramento através de práticas orientadas
e supervisionadas inerentes à sua área de atuação.
Para os estudantes, é uma oportunidade para conhecer o funcionamento
da FAPES, que administra um dos maiores fundos de pensão do País,
e aprofundar os conhecimentos sobre o segmento de previdência complementar
e de assistência à saúde.
Os estagiários devem
ter disponibilidade para jornadas de quatro ou seis horas diárias.
O estágio tem duração de seis meses, prorrogável
por igual período até o limite de 24 meses ou a data de conclusão
do curso.
O processo seletivo inclui
testes online (de Português, raciocínio lógico e atualidades),
dinâmica de grupo, apresentação de case e entrevista
individual. Os escolhidos recebem bolsa auxílio compatível
com o mercado, vale-refeição e vale-transporte.
As inscrições
ficam abertas em caráter permanente e as seleções
ocorrem conforme a disponibilidade de vagas. Para se cadastrar, basta acessar
o site www.fapes.com.br, na seção A FAPES, e clicar em Trabalhe
Conosco. Para ir diretamente à página.utilize o link
https://site.vagas.com.br/PagEmprCust_fapes_vagas.html
(Fapes/AssPreviSite)
Fasc: 30 anos
Em 2018, a FASC está
completando 30 anos e para celebrar a data a Entidade realizou um evento
no dia 5 de julho na sede da patrocinadora principal. O evento contou com
a palestra do professor e especialista Dado Schneider, mestre e doutor
em comunicação pela PUC-RS, que abordou o tema de “como se
adaptar a velocidade das transformações”. Além disso,
ocorreu ainda uma homenagem ao aposentado mais longevo da entidade, que
recebeu uma placa comemorativa da data, representando simbolicamente todos
os participantes.
Para celebrar esse marco,
diversas iniciativas foram realizadas, com destaque para a entrega de um
porta moeda ecológico para todos os empregados e o lançamento
de um novo site mais moderno, funcional e atrativo. “Durante toda essa
trajetória, a FASC conquistou números importantes que ajudaram
a construir essa história, mas além disso, conquistou a confiança
dos participantes ajudando cada um a ser protagonista do seu futuro”, diz
comunicado. (Acontece-27.07)
Previpar:
Parceria com UniAbrapp promove primeiro treinamento em Curitiba
O convênio firmado
entre a Universidade Corporativa da Previdência Complementar (UniAbrapp)
e a Previpar (Associação das EFPCs do Paraná) já
começa a render frutos. Na última semana, foi iniciada a
primeira turma do curso Exercício da Função de Conselheiro,
na sede da Fusan, em Curitiba (PR). As aulas começaram no dia 25
de julho e vão até 30 de novembro. Uma segunda turma já
está prevista para começar no dia 8 de agosto.
“A UniAbrapp está
entrando em uma fase de maturidade que possibilita a realização
de parcerias com as associações regionais, como é
o caso da Previpar e de outras com quem estamos conversando”, diz Luiz
Paulo Brasizza, Diretor Presidente da UniAbrapp. Outras duas associações
do sul do país, a ASCPrev e a Tchê Previdência estabeleceram
protocolos de intenções para firmar convênios semelhantes
com a universidade.
“São parcerias que
permitem uma grande sinergia entre a UniAbrapp e as entidades fechadas
locais. Desta forma, é possível oferecer treinamentos com
alta qualidade com custos mais acessíveis aos dirigentes e profissionais
das regiões”, explica Brasizza. O programa de capacitação
de conselheiros da UniAbrapp já soma mais de 400 profissionais qualificados,
tendo formado 12 turmas em grade aberta e 15, em formato In Company (como
é o caso da parceria com a Previpar), ao longo de três anos
de operação.
Além da excelente
avaliação comprovada pelos depoimentos dos participantes
e nota média de avaliação (4,7 – em escala de 1 a
5), o treinamento constitui uma ótima oportunidade para os novos
conselheiros ou para aqueles que desejam assumir tal posição,
não somente se qualificarem para o exercício da função,
mas especialmente, estarem habilitados à certificação
por capacitação do ICSS.
Antecedentes - Antes mesmo
da obrigatoriedade da Certificação de Conselheiros, a Previpar
já se preocupava com o processo de formação dos dirigentes
de suas entidades de modo a conferir aos conselheiros maior segurança
em suas análises e deliberações. Neste sentido, em
2008 formou a primeira turma em seu curso de Formação de
Conselheiros e Dirigentes, tendo realizado sete edições do
curso, informa Cláudia Regina Janesko, Presidente da Previpar.
Agora a parceria com a Uniabrapp
veio trazer maior robustez a esse processo. “Agregamos a força associativa
da Previpar com o peso do selo Uniabrapp, que já é notadamente
reconhecida pelo mercado como referência em qualidade de educação
profissional. A sinergia entre os objetivos das instituições
e o alinhamento às expectativas das entidades da região,
certamente farão desta parceria um case de grande sucesso”, comenta
a Presidente da Previpar.
Como principais vantagens
obtidas através do convênio, a dirigente destaca o corpo de
instrutores altamente qualificado, conteúdo programático
atualizado permanentemente e uma moderna metodologia de ensino. “Tudo isso
disponibilizado na própria região das nossas associadas,
com custos atrativos em função da escala proporcionada pela
modalidade in company e menores dispêndios com deslocamento e hospedagem”,
explica Cláudia. Ela acrescenta que além disso, existe o
ganho na parceria com o acesso ao portal do aluno e a qualidade do material
de apoio. Por isso, além do programa para conselheiros, o convênio
deve render no futuro a oferta de outros treinamentos, eventualmente desenvolvendo
soluções demandadas pelas entidades. (Acontece-27.07)
Mais
de 6 mil servidores migraram para previdência complementar
O prazo para os servidores
do Executivo fazerem a migração do Regime Próprio
de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar
(RPC) se encerra no próximo domingo (29), através do Sistema
de Gestão de Pessoas (Sigepe). Quem fizer a opção
na área de recursos humanos do órgão tem até
hoje, no horário de encerramento do expediente. Até o momento,
6.371 servidores optaram pela migração.
Podem migrar para o RPC
os servidores que entraram na Administração Pública
Federal antes de 04 de fevereiro de 2013 (Executivo) e antes de 07 de maio
de 2013 (Legislativo). "Esta é uma decisão individual. O
servidor deve fazer os cálculos antes de tomar a decisão",
afirmou o diretor-presidente da Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público (Funpresp), Ricardo Pena.
Segundo Pena, para o servidores
mais novos, a migração tende a ser vantajosa, mas para os
em final de carreira a melhor opção é continuar no
regime próprio. Os que estão no meio da carreira devem fazer
os cálculos antes de migrar. A Funpresp estará de plantão
amanhã para esclarecer dúvidas dos servidores, pelo telefone
(0800 282 6794) ou presencial das 9h às 17h.
É possível
fazer simulações do valor do benefício especial e
tirar outras dúvidas no próprio Sigepe, nas áreas
de recursos humanos dos órgãos ou no site www.funpresp.com.br.
(Luiza Damé - Agência Brasil)
Juiz
suspende prazo de migração do Funpresp para todos os servidores
Decisão atinge servidores
federais estaduais e municipais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
O juiz Leonardo Cacau Santos
de Lá Bradbury, substituto da segunda Vara Federal de Santa Catarina,
suspendeu o prazo para migração ao Fundo de Previdência
complementar (Funpresp) para todos os servidores federais estaduais e municipais
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Foi a primeira
decisão do tipo a atingir todos os servidores do país.
Em sua sentença,
o magistrado citou uma série de irregularidades na legislação
do Fundo. Entre elas, insegurança quanto ao cálculo do benefício
especial, falta de clareza na tributação do benefício
e da contribuição previdenciária. Ele também
pede que, depois que o mérito da decisão for julgado, que
os servidores tenham 60 dias para decidir sobre a migração.
O juiz atendeu ao pedido
do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina
(Sintrajusc). Ele alegou também que, diante desses problemas, o
servidor não tem condições de tomar uma decisão
"irrevogável e irretratável " — ou seja, para a vida toda
— que envolve aposentadorias e pensões.
Até o final da sexta-feira
(27/7), o Ministério do Planejamento insistia que não havia
previsão de prorrogação do prazo como está
publicado no Blog do Servidor. - http://blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/
(CB Economia)
Sindicato
consegue derrubar prazo para migração de servidores
O Sindicato Nacional dos
Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) conseguiu, nesta
sexta-feira, junto a 16ª Vara Federal Cível da Seção
Judiciária do Distrito Federal (SJDF), derrubar o prazo por lei
para migração do Regime Próprio de Previdência
(RPPS) para o Regime Complementar. A decisão liminar é do
juiz federal Marcelo Rabello Pinheiro. A ANFFA foi representada pelo escritório
Torreão Braz Advogados.
— O importante é
que a decisão revela a incerteza gerada pela Administração
Pública, que compeliu os servidores a fazerem escolha irretratável
e irrevogável sem completo conhecimento — alertou a advogada Larissa
Benevides.
Servidores federais que
desejam migrar do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)
para o Regime de Previdência Complementar (RPC) têm até
este domingo, dia 29 de julho, para fazer essa opção. A migração
é permitida àqueles que ingressaram no serviço público
federal até 4 de fevereiro de 2013 (no caso de funcionário
do Executivo) ou até 7 de maio de 2013 (quando for integrante do
Legislativo). (Nelson Lima Neto - G1)
Juiz
suspende prazo de migração de servidores à previdência
complementar
Após dois anos, prazo
para opção por meio do sistema terminaria neste domingo (29)
O juiz Leonardo Cacau Santos
La Bradbury, da 2ª Vara Federal de Florianópolis, determinou
a suspensão do prazo para os servidores migrarem para o regime de
previdência complementar.
Em 2016, o governo abriu
prazo de dois anos para os funcionários deixarem o regime próprio
de Previdência e aderirem ao regime complementar.
O prazo para os servidores
pedirem a migração na área de recursos humanos de
seus órgãos terminou na sexta-feira (27). De acordo com o
cronograma oficial, contudo, eles ainda poderiam fazer a opção
até domingo (29) utilizando o Sistema de Gestão de
Pessoas (Sigepe).
Outras decisões judiciais
foram divulgadas durante a última semana, mas elas se referiam a
casos específicos. Agora, a decisão vale para todos os servidores
do Judiciário, Executivo e Legislativo.
A ação foi
ajuizada pelo Sintrajusc (Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário
Federal em Santa Catarina) e pedia a suspensão do prazo até
que sejam esclarecidos os elementos de cálculo e simulação
do benefício após a migração e a natureza jurídica
do chamado benefício especial.
A Folha mostrou nesta semana
que os servidores ainda resistiam em aderir ao sistema de previdência
complementar.
Até o dia 20,
menos de 5.000 servidores do Executivo optaram pela mudança —cerca
de 2% do efetivo total projetado. Estimativa da Funpresp (Fundação
de Previdência Complementar do Servidor Público Federal) indicou
que 200 mil funcionários poderiam aderir. A entidade analisou o
perfil de 450 mil servidores do Executivo que ingressaram até cinco
anos atrás.
A previdência complementar
foi criada como parte da reforma do sistema de aposentadorias e pensões
do setor público iniciada em 2003. Ela busca equilibrar as contas
do funcionalismo no longo prazo.
Pelo modelo complementar,
a União paga benefícios limitados pelo teto do INSS (hoje
em R$ 5.645,81).
No longo prazo, se houvesse
a migração dos 200 mil servidores, a União poderia
economizar mais de R$ 40 bilhões em várias décadas,
de acordo com cálculo atuarial.
No curto prazo, porém,
a perda fiscal em um ano chegaria a R$ 2,6 bilhões com toda essa
migração.Essa aparente contradição ocorre porque
no curto prazo a mudança desses servidores gera perdas para a União
—o que neste momento agravaria o rombo nas contas públicas.
(Laís Alegretti - Folhapress)
Prazo
de migração de regime para servidores federais é mantido
É preciso ficar atento,
pois os períodos são diferentes de acordo com os Poderes
aos quais os funcionários são vinculados
Apesar de algumas liminares
concedidas pela Justiça suspendendo os prazos, estão mantidas
as datas para os servidores federais do Executivo, Judiciário e
Legislativo (todos em âmbito federal) migrarem do Regime Próprio
de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar
(RPC). E é preciso ficar atento, pois os períodos são
diferentes de acordo com os Poderes aos quais os funcionários são
vinculados.Vale ressaltar que o novo regime proporciona uma aposentadoria
limitada ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS/INSS).Para
o pessoal do Executivo, a migração, com adesão ao
Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
(Funpesp), pode ser feita até as 23h59 de amanhã por meio
do Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe). A página é
https://sso.gestaodeacesso.planejamento.gov.br/cassso/login. No caso dos
servidores do Poder Legislativo, o prazo acabou ontem.
E para quem é do
Judiciário, o Funpresp-Jud considera hoje o vencimento. O fundo
fará plantão de atendimento das 9h às 17, pelo telefone
(61) 3217-5943 e pelo e-mail simular@funpresjud.com.br.Dúvidas das
categoriasAs dúvidas a respeito das datas tomaram conta de diversas
categorias da União. Isso porque duas decisões da Justiça
Federal, em caráter liminar, suspenderam esses prazos.Mas as determinações
são específicas: uma atendeu unicamente ao pedido de uma
juíza do Trabalho, e a outra foi concedida ao Sindicado Nacional
dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).No
primeiro caso, a magistrada acolheu o argumento de que as regras do novo
regime não estavam claras, sendo necessário mais tempo. No
segundo, a decisão é mais ampla, atendendo a toda a classe
de auditores agropecuários.EsclareceO Ministério do Planejamento
esclareceu que, em relação à liminar concedida à
juíza trabalhista, "trata-se de ação individual".
Assim, a ordem beneficia somente a autora, não se estendendo aos
demais servidores. Sobre a decisão da Anffa Sindical, a pasta informou
que, até o fechamento da edição, ainda não
havia sido notificada. "Quando for, caberá à Advocacia Geral
da União recorrer", afirmou.Classe abrangidaAinda sobre a liminar
que os auditores-fiscais agropecuários conseguiram, o Ministério
do Planejamento acrescentou que se trata de ação coletiva.
A decisão, então, beneficia somente a classe. A pasta ressaltou
que, para os funcionários públicos não abrangidos
pela sentença, o prazo se encerra neste domingo. Os detalhes estão
no na página do Funpresp (https://www.funpresp.com.br/).Data de
ingressoPodem optar pela migração de regime os servidores
que entraram no Executivo federal antes de 4 de fevereiro de 2013. Para
o pessoal do Legislativo, a mudança é para quem ingressou
antes de 7 de maio de 2013. E o membro ou servidor do Judiciário
que ingressou no Poder antes de 14 de outubro de 2013 também pode
fazer a alteração de regime (Paloma SAvedra - O Dia
Online)
Quanta:
Plano Prevcoop ganha novo instituidor e perfis de investimento
O Plano Prevcoop, administrado
pela Quanta Previdência, ganhou um novo instituidor no mês
de julho com a chegada do Sistema Ailos (antiga Cecred – Cooperativa Central
de Crédito Urbano), que tem atuação focada nos estados
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Banricoop, Sicoob
Vale do Paraíba e Sicoob Unimais já são instituidores
do plano. Criado em novembro de 2016, o Plano Prevcoop é direcionado
aos cooperados e funcionários de cooperativas.
Além disso, em junho
o Prevcoop passou a oferecer aos seus participantes os perfis de investimento.
São três os perfis – renda fixa (mais conservador, com exposição
voltada apenas ao segmento); renda variável (que pode ter até
80% em renda fixa; de 20% a 50% em ações; até 20%
em estruturados; e até 10% em investimentos no exterior); e o Quanta
(até 100% em renda fixa; até 20% em renda variável
e investimentos estruturados; e até 10% no exterior). Os participantes
do plano foram incluídos automaticamente no plano Quanta, mas caso
queiram tem até 31 de julho para solicitar a alteração
de seu perfil. (Agência Investidor Online)
Preves
publica matéria sobre a Previdência Complementar como alternativa
A Preves (Fundação
de Previdência Complementar do Espírito Santo) publicou matéria
em seu site em que defende a Previdência Complementar como saída
para superar o déficit do sistema público previdenciário.
Com o título “Especialistas defendem previdência complementar
como alternativa para déficit da previdência pública”,
o texto traz dados do IBGE que mostram que a população idosa
deve superar o número de crianças no início da década
de 2030. Além disso, mostra análises do economista Raul Velloso
e do Diretor Presidente da Preves, Alexandre Wernersbach.
Para ler na íntegra.utilize
o link https://drive.google.com/file/d/1nH5qdlS9W7gb7zKrdzFKwwx6XFDUhBpd/view?usp=sharing
(Acontece-27.07)
Fundos:
Ministro do STF suspende execução de condenação
bilionária da Petrobras
Dias Toffoli atendeu a pedido
da estatal contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho
O ministro Dias Toffoli,
à frente do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana de recesso,
concedeu nesta sexta-feira (27) uma liminar para suspender a execução
imediata de uma decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que
condenou a Petrobras a pagar cerca de R$ 17 bilhões a seus empregados.
Toffoli atendeu a um pedido
feito pela estatal nesta quinta (26). Segundo a empresa, o caso em que
foi condenada —que discutia sua política remuneratória em
vigor desde 2007— envolve 51 mil funcionários em 47 ações
coletivas e mais de 7.000 ações individuais.
A Petrobras afirmou que,
se a liminar não fosse concedida, teria de fazer um imediato provisionamento
de R$ 900 milhões para os processos em fase de execução,
o que poderia gerar dano irreparável, pois ainda cabia recurso ao
Supremo.
Toffoli destacou que, mesmo
antes da publicação do acórdão do TST, a decisão
já começou a ser executada, o que se mostra açodado,
principalmente porque há matéria constitucional em disputa,
o que pode vir a gerar um recurso extraordinário para ser julgado
no STF.
“Tenho por presente a circunstância
excepcional a admitir a instauração da jurisdição
desta Corte sobre a matéria, pois o TST determinou a tomada de medidas
tendentes à execução de julgado cujo acórdão
sequer foi publicado e, ainda, sem nem mesmo aguardar o decurso de prazo
para a interposição de outros recursos, em face daquela decisão”,
escreveu o ministro.
“Como se não bastasse,
são notórios os efeitos econômicos que a implementação
dessa decisão poderá acarretar aos cofres da requerente [Petrobras],
a justificar que se aguarde o pronunciamento desta Suprema Corte sobre
a matéria, antes de proceder-se à liquidação
do julgado proferido pelo TST”, afirmou.
A Petrobras perdeu a causa
no TST em junho, por um placar apertado de 13 votos a 12. Os ministros
julgaram a fórmula de cálculo prevista na RMNR (Remuneração
Mínima de Nível e Regime), instituída em 2007, quando
houve uma mudança na política trabalhista da estatal para
equalizar salários de diferentes categorias (Reynaldo Turollo
Jr. - Folhapress)
Fundos:
Vale divulga resultado do 2º trimestre
Lucro líquido recorrente
é de R$ 7,6 bilhões, um salto de 180% comparado com o mesmo
período em 2017. Companhia é o principal ativo da carteira
do Plano 1.
A Vale apresentou em 25/7
o resultado do segundo trimestre da companhia, com um lucro líquido
recorrente de R$ 7,6 bilhões. O número é 180% maior
do que o resultado do mesmo período em 2017. De acordo com o presidente
da companhia, Fábio Schvartsman, entre os aspectos da estratégia
que levaram ao bom resultado estão “(...) um progresso significativo
em previsibilidade, flexibilidade, gerenciamento de custos, disciplina
na alocação de capital e diversificação por
meio dos nossos próprios ativos”.
Na última terça-feira,
24/7, a agência internacional Moody’s Investors Service elevou a
classificação de risco da Vale para grau de investimento.
Outras das duas maiores agências de classificação de
risco internacionais, a Standard & Poor’s e a Fitch, já tinham
fornecido o selo para a companhia. O desempenho acumulado das ações
da Vale nos últimos 12 meses refletem a confiança das agências
internacionais na mineradora. Mesmo com as recentes oscilações
de mercado derivadas das incertezas do período eleitoral, a valorização
da Vale chega perto de 80%. As ações da companhia fecharam
em R$ 51,75 no dia 25/7.
Em março de 2018
foi anunciada uma nova política de remuneração aos
acionistas da companhia, que permite previsibilidade nas datas de pagamentos
e do montante a ser distribuído. Com base no resultado do 1º
semestre de 2018, a Vale divulgou em 25/7 que pagará R$ 7,7 bilhões
de dividendos e juros sobre capital próprio, cabendo R$ 1,6 bilhão
para a Litel. Adicionalmente, o Conselho de Administração
aprovou um programa de recompra de ações no valor de US$
1 bilhão, que demonstra confiança na expectativa de boa performance
operacional e financeira da companhia. Esses eventos foram bem recebidos
pelos analistas de mercado e podem gerar valorização das
ações da companhia.
A Vale representa cerca
de 42% da carteira de renda variável do Plano 1 e 17,3% do
patrimônio da Previ, que acompanha de perto a gestão na mineradora
e participa das tomadas de decisões estratégicas, além
de eleger membros para os Conselhos de Administração e Fiscal
da companhia. Essa gestão é realizada através da Litel,
veículo pelo qual a Previ participa da Vale. Em fevereiro de 2017
a empresa divulgou um novo acordo de acionistas, em que a Litel participou
ativamente das negociações. Desde dezembro de 2017 a companhia
ingressou no Novo Mercado, o mais alto segmento de governança corporativa
da B3. No período de três anos de duração do
novo acordo, os sócios manterão influência relevante
sobre a Vale, com o objetivo de conferir estabilidade para a companhia
no período de transição, o que contribui para o crescimento
da mineradora (Previ)
Fundos:
Eletropaulo reverte lucro e tem prejuízo de R$ 155,6 milhões
A Eletropaulo terminou o
segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 155,6
milhões, ante o lucro de R$ 28,4 milhões registrado no mesmo
intervalo do ano passado.
O balanço foi afetado
por efeitos como a variação negativa do resultado financeiro,
despesas com assessoria jurídica e financeira para a oferta pública
de aquisição de ações (OPA) feita pela companhia
e com a oferta subsequente de ações planejada anteriormente,
e também com despesas relacionadas a fundos de pensão.
A receita líquida,
porém, cresceu 22,8% no trimestre, para R$ 3,651 bilhões,
refletindo, principalmente, o crescimento de 2,3% na energia total distribuída
pela Eletropaulo, para 11.026 gigawatts-hora (GWh) no período.
O resultado antes de juros,
impostos, depreciação e amortização (Ebitda,
na sigla em inglês) caiu 47,2%, para R$ 149,9 milhões
A companhia também
divulgou um Ebitda ajustado pelas despesas com fundo de pensão,
que custaram R$ 92,5 milhões no período, e por efeitos não
recorrentes referentes à assessoria financeira jurídica e
financeira relacionada à OPA, da ordem de R$ 59 milhões.
O Ebitda ajustado por esses
fatores somou R$ 301,4 milhões, crescimento de 16,3% ante o resultado
ajustado pelos mesmos fatores no segundo trimestre de 2017.
O resultado financeiro foi
negativo em R$ 241,1 milhões, mais do que o dobro da perda de R$
105,5 milhões do mesmo intervalo do ano passado.
A receita financeira foi
negativa em R$ 5,2 milhões, contra o ganho de R$ 51,3 milhões
do ano passado, por conta de tributação não repassável
aos consumidores, e as despesas financeiras cresceram 33,5%, para R$ 195,3
milhões. A variação monetária, por sua vez,
teve efeito negativo de R$ 40,6 milhões no resultado financeiro,
contra a perda de R$ 10,6 milhões entre abril e junho de 2017.
Ver matéria completa
através do link https://www.valor.com.br/empresas/5693697/eletropaulo-reverte-lucro-e-tem-prejuizo-de-r-1556-milhoes
(Camila Maia - Valor)
3º
Encontro Nacional de Comunicação, Relacionamento e Educação
Está
completa a programação para o 3º Encontro Nacional de
Comunicação, Relacionamento e Educação da Previdência
Complementar Fechada, que acontece nos próximos dias 1 e 2 de agosto
em Brasília (DF). Além do time de palestrantes de primeira
linha, também foram definidos os cases que serão apresentados
no encontro. Assim como ocorreu na edição do ano passado,
o encontro promoverá a apresentação interativa de
iniciativas de entidades de diversas regiões do país no espaço
“Mix de Ideias”.
“O
espaço Mix de Ideias teve excelente avaliação pelos
participantes do encontro no ano passado e acreditamos que neste ano será
melhor ainda”, diz Marisa Santoro Bravi, Secretária Geral da Comissão
de Estratégia e Criação de Valor da Abrapp. Trata-se
de um período no segundo dia do encontro para a apresentação
de ações de comunicação, relacionamento e educação
pelas entidades. Neste ano, serão apresentados 10 cases das seguintes
entidades: Fachesf, Forluz, Fundação CEEE, Fundo Paraná,
Rocheprev, Fundação Celpos, Fundação Libertas,
Sistel, Fundação Copel e Odebrecht Previdência.
Com
formato inovador, o Mix de Ideias ocorrerá em duas salas e, em cada
uma delas, serão formados cinco núcleos (rodas de conversa)
que funcionarão simultaneamente. Cada case será apresentado
em 35 minutos, já incluso tempo para perguntas e debates. Passado
o primeiro período, os participantes poderão trocar de núcleo
para assistir a outra apresentação. Cada participante do
evento poderá assistir e interagir em até quatro cases, mas
é necessário fazer a inscrição prévia
(clique aqui).
“É
um formato mais informal que permite a interação mais direta
entre as pessoas, pois não estaremos em disposição
de auditório. A ideia é aproximar quem irá apresentar
o case dos participantes do evento, de que podem perguntar e fazer comentários
durante a apresentação”, explica Marisa. O Diretor da Abrapp,
Lucas Nóbrega, acrescenta que a organização do evento
tem o objetivo de tornar as atividades do encontro cada vez mais interativas
com o público.
Palestrantes
- As profundas transformações impulsionadas pelo desenvolvimento
tecnológico constituem um dos focos principais deste 3º Encontro
Nacional. Para tratar deste tema, a Abrapp buscou um time de primeira linha
para realizar as palestras de debates. Um dos profissionais mais bem conectados
do ecossistema de startups, Junior Borneli está confirmado para
a Palestra Magna - Profundas Transformações: A Ideia de Futuro
Não é Mais como Antes, no primeiro dia do encontro. Borneli
é um dos responsáveis pela organização do evento
Silicon Valley Conference no Brasil, que promove o intercâmbio com
empresas e pesquisadores do Vale do Silício, da Califórnia.
Na
Plenária 1, A Construção da Experiência do Participante
na Era Digital, está confirmada a participação de
Márcio Junior Vieira, que atua como Cientista de Dados e Arquiteto
de Software, e especialista em Software Livre. Outra atração
entre os palestrantes é Roni Cunha Bueno, um dos fundadores da fase
que alavancou a Netshoes de varejista com loja online para uma das principais
e-commerce do país. Ele realizará a palestra de encerramento
“Tempo de se Reinventar: como Comunicar, se Relacionar e Educar Gerações”.
Uma
das novidades do encontro deste ano será a Plenária sobre
Economia Comportamental: como Cutucar o seu Participante”. A plenária
contará com as palestras de Vera Rita Ferreira, Doutora em Psicologia
Social, membro do Núcleo de Estudos Comportamentais da CVM, e de
Antônio Matheus Dias de Sá, Representante do Instituto Brasileiro
de Neuromarketing e Neuroeconomia (IBN) e profissional do setor de educação
de investidores da Anbima.
O
evento conta com patrocínio basic da Arquivar, Infobase Interativa
e Itaú; co-patrocínio da Arte da Criação e
Mestra Informática e apoio da Focusnetworks.
Para
ler matéria com mais informações sobre palestrantes
utilize o link
https://mailchi.mp/abrapp/acontece-profundas-transformaes-a-ideia-de-futuro-no-mais-como-antes-1412273?e=%5bUNIQID%5d
Para
inscrições e programação utilize o link
http://www.abrapp.org.br/Eventos/Paginas/Evento-Detalhes.aspx?cid=66
(Abrapp/AssPreviSite)
Tchê
Previdência: Encontro com a Previc em agosto
Encontro
discutirá as atualizações dos normativos contábeis
e de investimentos das EFPCs
A
TCHE PREVIDENCIA realizará no dia 10 de agosto de 2018 às
14hs em Porto Alegre/RS um encontro de suas associadas com a presença
do Diretor de Orientação Técnica e Normas Substituto
da PREVIC, Sr. Christian Aggensteiner Catunda, visando à atualização
dos normativos contábeis e de investimentos.
As
inscrições serão gratuitas através do e-mail
alexandre.cure@indusprevi.com.br até o dia 02 de agosto de 2018.
(Tchê Previdência/AssPreviSite)
UniAbrapp:
Transformação Digital das Entidades, Patrocinadoras, Participantes
e Assistidos
A
tecnologia deixou de ser um simples diferencial para se transformar em
um fator de extrema importância para o nosso desenvolvimento. Pelo
fato de estar em constante evolução, ainda há muito
o que se esperar dela. Respiramos tecnologia e boa parte das interações
humanas envolvem processos tecnológicos. Prova disso são
as redes sociais, que em pouco tempo reuniram uma multidão de seguidores
no mundo.
A
Tecnologia da Informação tornou-se elemento essencial em
todos os mercados e o nosso segmento não fica fora desse processo.
É instrumento de apoio à governança, aos controles,
à comunicação e relacionamento, à eficiência
operacional da entidade e à sua evolução competitiva,
especialmente considerando que as novas gerações já
trazem a tecnologia como parte de sua rotina. É fundamental que
os profissionais estejam alinhados com a nova velocidade e dinâmica
do mercado e, neste sentido, a UniAbrapp oferecerá o curso Transformação
Digital das Entidades, Patrocinadoras, Participantes e Assistidos, nos
dias 30 e 31 de julho, em Brasília, com a orientação
de Glauco Milhomem Balthar.
O
treinamento apresentará conceitos e novas perspectivas de processos,
negócios e pessoas sob a ótica da Tecnologia da Informação,
e mostrará aos alunos o que devem esperar dos clientes de múltiplas
gerações, consumindo e interagindo com seus processos de
negócios, na maior parte deles, monolíticos e ultrapassados.
A tecnologia move o mundo! Para mais informações e inscrições,
acesse aqui. (Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Gestão Estratégica de Fundos de Pensão
Autores:
Abrapp
Resumo
do Livro: A arte do general, sentido original da palavra stratègós,
do grego antigo, remete-nos ao conceito de Estratégia, cuja definição,
no nosso tempo, é tão diversificada quantos são os
autores que as formulam. Hambrick (1983) afirma que a estratégia
é um conceito multidimensional e situacional e isso dificulta uma
definição de consenso. Podemos ficar, porém, sem receio,
com a definição de Chandler (1962) para quem Estratégia
é a determinação dos objetivos básicos de longo
prazo de uma empresa, a adoção das ações adequadas
e o comprometimento de recursos para atingi-los. Estratégia, portanto,
compreende a definição dos objetivos e dos meios. Na gestão
das organizações, os processos de definição
dos objetivos, dos meios e das formas de atingi-los não podem ser
desligados, mas devem ser pensados como um conjunto de processos integrados
e coerentes. Esta visão inspira a presente obra elaborada por especialistas
que, a convite da Abrapp, focalizam a Gestão Estratégica
de Fundos de Pensão nas suas diversas áreas - Governança,
Atuária, Jurídica, Benefícios e, também, Aspectos
Gerais, para abarcar atividades não tipificadas nas áreas
especificas. Desse modo, a Abrapp prossegue no seu intenso esforço
editorial visando colocar nas mãos das associadas os conceitos mais
modernos e as técnicas mais apropriadas para incrementar o arsenal
de recursos de que precisam para continuar crescendo de forma auto-sustentada.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/AssPreviSite)
Cartilha:
10 Passos para Compreender e Aplicar Regras de Precificação
e Solvência
Autor:
Comissão Ad-Hoc de Solvência de Planos da Abrapp
Resumo
do Livro:
Há
muito o sistema brasileiro de previdência complementar carecia de
regras de precificação e solvência que levassem em
conta o horizonte de longo prazo e tratassem de maneira adequada planos
previdenciários de diferentes graus de maturidade. Preocupada com
isso, a Abrapp procurou estimular entre os profissionais do sistema o estudo
do tema, trazendo como ingrediente a experiência internacional de
grandes especialistas, criando comissões multidisciplinares e chamando
para o debate os órgãos de regulação e supervisão.
Esta cartilha coroa o trabalho. Em sua primeira parte traça breve
histórico do processo, e dos conceitos envolvidos no novo ambiente
normativo. A segunda parte traz, de forma simples e resumida, 10 passos
para que os profissionais do sistema fechado de previdência complementar
possam compreender e aplicar as novas regras de precificação
e solvência.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://biblioteca.abrapp.org.br/asp/download.asp?codigo=166002&tipo_midia=0&iIndexSrv=1&iUsuario=0&obra=21233&tipo=1&iBanner=0&iIdioma=0
(Abrapp/AssPreviSite)
Livro:
Código de Autorregulação em Governança de Investimentos
Autor:
ABRAPP
Resumo
do Livro: Apresentamos o Código de Autorregulação
em Governança de Investimentos, que tem o propósito de colaborar
com o aperfeiçoamento de práticas de governança de
investimentos, mitigar a percepção de riscos existentes e
contribuir para o desenvolvimento sustentável da Previdência
Complementar Fechada do país, beneficiando, sobretudo, os participantes,
assistidos, instituidores e patrocinadores das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar.
Esta
publicação está disponível no maior acervo
do país especializado em Previdência Complementar, CDI - Centro
de Informação e Documentação "Oswaldo Herbster
de Gusmão" da Abrapp.
Veja
essas e outras publicações através do link: http://sistemas.abrapp.org.br/publicacoes/UI/Default.aspx
(Abrapp/- AssPreviSite)
Temer
diz que reforma da Previdência pode sofrer mudanças
O
presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem (29) em entrevista
à Rádio Bandeirantes, que na volta do recesso parlamentar
o texto da reforma da Previdência ainda pode sofrer alterações.
“Aconteça
o que acontecer sempre haverá uma economia muito significativa ao
longo de 10 anos. O governo não pretende abrir mão daquilo
que está na reforma. Mas, evidentemente, o diálogo pode levar
a uma ou outra modificação. Diante do projeto original, a
economia de recursos seria de cerca de R$ 900 bilhões em 10 anos.
Com este novo projeto amenizado, a economia seria de R$ 550 bilhões
a R$ 600 bilhões, ou seja, vale a pena. Entre nada e R$ 550 bilhões,
melhor esta economia, que garante os valores dos aposentados e servidores
públicos.”
Ele
disse estar otimista em relação à aprovação
do texto e afirmou que “quem não votar pela reforma da Previdência
estará fazendo um mal para o país”. Segundo o presidente,
agora as pessoas estão mais esclarecidas sobre o tema.
“Conseguimos
fazer uma comunicação com a população, esclarecendo
o que é a reforma da Previdência”. O presidente destacou que,
pela proposta, para os trabalhadores que ganham até R$ 5.645 nada
muda. “Se não consertarmos a Previdência, daqui a dois ou
três anos ela não resiste”, alertou.
Temer
lembrou a situação de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande
do Norte, que enfrentam dificuldades para pagamento de servidores e tiveram
socorro federal.
O
presidente disse que, se a reforma for aprovada, “muito provavelmente a
nota de crédito do Brasil será recuperada” e o país
voltará a atrair investimentos. Temer ressaltou que o país
já está aumentando sua confiança e que foram abertos,
nos últimos meses, mais de 1,4 milhão de postos de trabalho.
Ele espera que, até o fim de seu governo, o Produto Interno Bruto
volte a crescer mais de 1% e possam ser abertas mais de 1,5 milhão
de vagas de trabalho.
Temer
também defendeu a reforma da Previdência em entrevistas exibidas
em emissoras de televisão, no fim de semana. No programa do Amaury
Jr, veiculado no último sábado, na Band, e no programa do
Sílvio Santos, no domingo, no SBT, reforçou os argumentos
pela aprovação da reforma e apontou os riscos para as contas
do Estado caso não haja nenhuma medida para conter o déficit
previdenciário.
Juros
Outro
tema abordado pelo presidente, na emissora de rádio paulista, foi
a demora da queda de juros para o consumidor. Ele disse que tem discutido
com sua equipe uma forma de coincidir a redução na Selic
(taxa básica) e os juros, ressaltando que, apesar da diferença,
“indispensavelmente os juros vão cair pouco a pouco”.
(Agência Brasil)
Reaposentação:
Uma nova forma de aumentar o valor da aposentadoria
O
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) concedeu a um
segurado o benefício da reaposentação sem que ele
precise devolver os valores recebidos na primeira aposentadoria.
Para
se reaposentar, o segurado precisa fazer a desaposentação,
ou seja, renunciar à atual aposentadoria e aposentar-se novamente,
recalculando o valor do benefício que recebe somando o período
em que continuou contribuindo à Previdência após ter
requerido o benefício anterior.
A
reaposentar é aconselhável à daqueles que se aposentaram
proporcionalmente, mas continuaram trabalhando e contribuindo com o INSS.
Ao completar o tempo integral, desfazem a aposentadoria (inicial) proporcional
e se reaposenta com o valor integral. Assim, o cálculo da nova renda
considerará apenas o tempo e salário de contribuição
obtido após a aposentadoria renunciada. Lembrando que a reaposentação
vale a pena para quem se aposentou por idade. Faça o cálculo
e surpreenda seu cliente.
Falta
um consenso (entendimento) entre os juízes para saber (nesses casos)
se o benefício pode ser concedido sem a devolução
dos valores recebidos no período. O tema encontra-se no Supremo
Tribunal Federal (STF), para ser julgado.
Com
o julgamento favoravelmente ao segurado, em que concedeu-lhe a reaposentadoria
sem a necessidade de devolução do dinheiro recebido no período,
o INSS recorreu, ajuizando recursos (embargos infringentes) em que pedia
a prevalência do voto vencido, que exigia a devolução
dos valores. O recurso foi julgado pela 3ª Seção do
tribunal, que reúne as 5ª e 6ª Turmas, que é competente
para julgar matéria previdenciária.
O
voto vencedor foi do desembargador federal Rogerio Favreto, com novo entendimento
no Tribunal sobre a matéria. Para o julgador, a desaposentação
aceita pelo Tribunal é um grande avanço, contudo, nas palavras
dele “a efetividade real na vida dos segurados gera inquietude, em especial
pela dificuldade na devolução dos valores recebidos regularmente
por longos períodos”.
O
Desembargador (Favreto) entende que a desaposentação deve
ter uma “finalidade protetiva, devendo contemplar os infortúnios
da vida, decorrentes de eventos futuros e incertos, na busca de uma melhor
proteção social aos cidadãos".
Veja
o processo através do link
https://www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pesquisa&txtValor=50222401220114047000&selOrigem=PR&chkMostrarBaixados=
1&selForma=NU&hdnRefId=d17ebffaf49350d50b9c84bc55c5f2d6&txtPalavraGerada=mnqx
(JusBrasil)
Resultados
esperados com o pente-fino do INSS
Governo
prevê concluir pente-fino no INSS com corte de quase 20% nos auxílios-doença
e aposentadorias por invalidez
Pente-fino
começou em agosto de 2016 e deve terminar no fim deste ano. Em dois
anos, 450 mil benefícios foram cortados após perícias,
segundo Ministério do Desenvolvimento Social.
O
governo prevê concluir no final do ano o pente-fino no Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) com 1 milhão de benefícios
irregulares cortados, informou o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto
Beltrame.
O
pente-fino nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez
começou em 2016. Quando a revisão foi anunciada, o ministro
da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que o objetivo era "colocar uma
tampa sobre os ralos que estão abertos", de forma a eliminar pagamentos
a pessoas que não têm direito a receber benefício.
INSS
convoca para perícia 178 mil beneficiários
Se
a projeção do governo se confirmar, o pente-fino será
concluído com uma queda de cerca de 20% nos benefícios. Isso
porque, quando o programa de revisão começou, 5,2 milhões
de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez eram pagos.
"Nós
imaginamos que, ao final do processo, nós teremos identificado cerca
de 1 milhão de beneficiários que vinham recebendo benefícios
irregularmente da Previdência", afirmou Beltrame ao G1.
Ao
final do processo, acrescentou o ministro, a estimativa é que a
economia para o fundo de Previdência chegue a R$ 20 bilhões.
Pente-fino
no INSS
Benefício
Agosto/2016 Projeção após pente-fino
Auxílios-doença
1,8 milhão entre 1 milhão e 1,1 milhão
Aposentadorias
por invalidez 3,4 milhões 3,2 milhões
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social
Perícias
O
governo iniciou há dois anos o processo de revisão nos benefícios
por incapacidade pagos pelo INSS.
A
principal ação do programa foi a convocação
para perícia médica de segurados que recebem auxílio-doença
ou aposentadoria por invalidez. A meta é realizar 1,5 milhão
de perícias.
Obrigatória,
a perícia confirma se o segurando continua sem condições
de retornar ao trabalho.
Quem
é convocado?
No
caso do auxílio-doença, foi convocado quem não passa
pela revisão médica há mais de dois anos.
Na
aposentadoria por invalidez, devem realizar a perícia os beneficiários
com menos de 60 anos de idade, que estão há dois anos ou
mais sem realizar o exame.
Ficaram
de fora as pessoas com mais de 60 anos, além de segurados com 55
anos de idade, que recebem o benefício há pelo menos 15 anos.
Segundo
o Ministério do Desenvolvimento Social, entre agosto de 2016 e 30
de junho deste ano, foram realizadas 791,4 mil perícias, com 450,2
mil benefícios cancelados. No caso do auxílio-doença,
de cada 10 perícias realizadas, oito levaram ao corte do benefício.
Veja abaixo:
Auxílios-doença
Perícias
realizadas: 431.582
Benefícios
cancelados: 341.746
Aposentadorias
por invalidez
Perícias
realizadas: 359.889
Benefícios
cancelados: 108.512
"Dos
benefícios que nós estamos revisando, que são 552
mil pessoas com auxílio-doença, o cancelamento está
em torno de 80%. Na aposentadoria por invalidez, que é em torno
de 1.004 milhão [de benefícios revisados], o que tem sido
cancelado é em torno de 30%", informou o ministro Alberto Beltrame.
Outras
medidas
Além
das perícias, o pente-fino envolve medidas administrativas, que
também resultaram na redução do número de benefícios
pagos, segundo o governo:
Ampliação
do cruzamento de informações de bancos de dados do próprio
governo federal. Assim, por exemplo, foram identificados aposentados por
invalidez que tinham emprego com carteira assinada.
Ampliação,
de quatro para seis meses, do período de carência para que
uma pessoa desempregada que voltou a trabalhar com carteira assinada recupere
a "condição de segurado" do INSS.
Criação
da data da cessação do benefício (DCB), que limita
em 120 dias o prazo de vigência de um auxílio-doença
concedido pela Justiça, nos casos em que o juiz não estabeleceu
um período de duração para o pagamento do benefício.
Segundo
Beltrame, no caso do cruzamento de dados, observou-se que cerca de 20 mil
pessoas que trabalhavam com carteira assinada estavam aposentadas por invalidez.
"São
pessoas que recebiam o benefício, obtiveram um emprego, começaram
a trabalhar e a contribuir para Previdência, logo, não deveriam
estar aposentadas por invalidez", declarou o ministro. (Guilherme
Mazui - G1)
Aviso
prévio indenizado poderá ter desconto para previdência
O
empregado e o empregador poderão ser obrigados a pagar previdência
sobre o aviso prévio indenizado. Uma proposta em análise
na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado inclui
como salário de contribuição esse tipo de remuneração,
que ocorre quando o empregador determina o desligamento imediato do empregado
e paga a ele pelos 30 dias que seriam de aviso prévio.
O
autor do projeto (PLS 422/2013), ex-senador Delcídio do Amaral,
argumenta que, apesar do nome, o aviso prévio indenizado tem natureza
salarial, e não indenizatória. Por isso, a contribuição
previdenciária deveria incidir sobre o pagamento, diz. Ele sustenta
que esse período integra o tempo de serviço do empregado
para todos os efeitos legais, inclusive para aposentadoria. Assim, não
há indenização a ser paga.
Com
as mudanças propostas pelo projeto na Lei da Seguridade Social (Lei
8.212/1991), argumenta Delcídio, posterga-se a perda da qualidade
de segurado do INSS e, ao mesmo tempo, garante-se um aporte de recursos
adicionais à Previdência Social. O empregador pagaria 20%
de contribuição sobre o valor do aviso prévio indenizado,
enquanto para o empregado o percentual ficaria entre 8% e 11%.
O
relator, senador Roberto Requião (MDB-PR), apresentou voto favorável
ao projeto. Ele propõe emendas ao texto. Uma delas determina que
a contribuição previdenciária sobre o aviso prévio
indenizado deverá ser limitada ao período de 30 dias. O texto
também deixa claro que o tempo relativo a essa contribuição
contará para efeito de
aposentadoria.
Outra emenda insere esse tipo de aviso prévio no artigo da Lei 8.212/1991,
que trata da contribuição previdenciária a cargo
das empresas. Após o parecer da CAE, a proposta seguirá para
a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde terá decisão
final. (Agência Senado)
Acabou
o bônus demográfico do Brasil
Resta-nos
melhorar a educação e estimular atividades que elevem a produtividade
O
profissional de economia em geral é portador de más notícias.
É o caso da coluna deste domingo (29).
O
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou
na semana passada a atualização das estatísticas demográficas
do Brasil. A anterior havia sido em 2013. Agradeço ao jornalista
do jornal Valor Econômico Bruno Villas Bôas pela informação
e pelos dados do IBGE.
A
revisão alterou o momento em que o bônus demográfico
acabará. De acordo com as estimativas de 2013, o bônus terminaria
em 2023, e agora sabemos que ele acaba neste ano.
O
bônus demográfico é o período do desenvolvimento
demográfico de uma sociedade em que a taxa de crescimento da população
em idade ativa (PIA), entre 20 e 64 anos, é superior à taxa
de crescimento da população total (POP). Isto é, quando
a taxa de crescimento da população de crianças, jovens
e idosos é menor do que o crescimento da população
em idade ativa.
Em
2019 será o primeiro ano, desde meados dos anos 1970, em que a taxa
de crescimento da PIA será inferior à taxa de crescimento
da POP.
Os
demógrafos são um pouco menos pessimistas, pois consideram
o bônus demográfico o período em que a razão
de dependência —proporção de crianças, jovens
e idosos na população— é inferior a 50%. Por esse
critério, o bônus demográfico terminaria em 2041, pela
série antiga, e agora terminará em 2035.
O
problema é que o crescimento econômico depende da diferença
das taxas de crescimento da PIA e da POP, e não da razão
de dependência (ver “Demographic transition and economic miracles
in emerging Asia”, de David Bloom e Jeffrey Williamson, publicado no World
Bank Economic Review, 1998, volume 12, número 3). Ou seja, o crescimento
depende da alteração da estrutura etária, isto é,
do filme, e não da fotografia da demografia. Nossa janela demográfica
fechou-se.
No
período do bônus demográfico, é possível
o produto per capita crescer mesmo que o produto por trabalhador, a produtividade
do trabalho, não se expanda. Basta que a população
que trabalha cresça mais rapidamente do que a população
total.
De
fato, entre 1982 e 2016 o produto per capita do Brasil cresceu 1% ao ano,
enquanto a produtividade do trabalho teve uma expansão anual de
apenas 0,5%.
A
razão entre a PIA e a POP cresceu 0,5% ao ano no período
(a PIA, portanto, cresceu mais que a POP).
A
partir do próximo ano a demografia não ajudará. A
única maneira de o produto per capita brasileiro aumentar será
por meio da elevação da produtividade do trabalho.
Resta-nos
melhorar a qualidade de nossa educação e estimular a absorção
de novas tecnologias, além de buscarmos reformas institucionais
que aumentem a eficiência da alocação dos fatores de
produção.
Sobre
a eficiência na alocação dos fatores, tudo o que não
necessitamos é reeditar a política econômica intervencionista
praticada entre 2006 e 2014.
Um
bom guia para procuramos melhorar nossas instituições na
direção correta encontra-se no estudo espetacular de Santiago
Levy “Under-Rewarded Efforts: the elusive quest for prosperity in Mexico”,
sobre a estagnação do México, apesar de anos com macroeconomia
em ordem e da maior abertura da economia (mas sem corrigir e até
agravando problemas institucionais e microeconômicos).
Agradeço
a Fernando Veloso, meu colega do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia,
da FGV), por me chamar a atenção para esse estudo.
(Samuel Pessôa - Folhapress)
Os
dois lados da demografia
Ou
o País começa, desde já e corajosamente, a enfrentar
esse desafio ou a população pagará um preço
alto por essa omissão
Estudo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre
o crescimento da população por faixa etária até
2060 traz boas notícias, especialmente a do aumento da expectativa
de vida. O brasileiro está vivendo cada vez mais e assim continuará
nas próximas décadas. Mas isso traz o grande desafio de como
enfrentar os problemas que inevitavelmente daí decorrem. Para usufruir
desse grande avanço é preciso que o País se prepare
desde já, porque a evolução detectada pelo IBGE se
processa rapidamente.
Dos
atuais 208 milhões de habitantes, a população saltará
para 233,2 milhões em 2047, quando começará a cair
gradualmente até atingir 228,3 milhões em 2060, nível
praticamente idêntico ao de 2034 (228,4 milhões), o que indica
tendência à estabilização. A taxa de fecundidade,
no mesmo período, baixará de 1,77 filho por mulher para 1,66.
O dado mais significativo é o da longevidade: hoje de 72,74 anos
para homens e 79,8 para mulheres, ela alcançará em 2060,
respectivamente, 77,9 e 84,23 anos. A melhor posição entre
os Estados é a de Santa Catarina, que chegará a 84,5 anos
para ambos os sexos, e a pior é a do Piauí, com 77 anos.
O
aumento da longevidade foi muito rápido. A porcentagem da população
com mais de 65 anos, de 7,3% em 2010, chegou a 9,2% em 2018 e deve atingir
25,5% em 2060. Isso indica melhora das condições de vida,
apesar dos graves problemas enfrentados pelo País.
É
indispensável, porém, atentar para o outro lado da moeda.
Em 2060, ao contingente de 25,5% dos brasileiros com mais de 65 anos (um
quarto da população), virá se juntar o de jovens (de
0 a 14 anos) com 13,9%. Teremos portanto muito mais velhos que jovens.
O IBGE explica – e chama a atenção para o fato – que o envelhecimento
afeta a chamada razão de dependência da população,
representada pela relação entre os segmentos economicamente
dependentes (pessoas com menos de 15 anos e com 65 anos ou mais de idade)
e o segmento potencialmente produtivo (entre 15 e 65 anos), que é
a proporção que em tese deve ser sustentada pela parcela
economicamente produtiva.
Em
2018, a razão de dependência da população é
de 44%, o que significa que 44 indivíduos com menos de 15 anos e
com 65 anos ou mais dependem de cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar.
Essa razão será de 67,2% em 2060. Em outras palavras, será
cada vez maior o número de dependentes da população
economicamente ativa.
As
consequências poderão ser dramáticas. Mantidas as condições
atuais, por exemplo, a situação financeira da Previdência
será ainda mais agravada, por causa da diminuição
progressiva e acentuada do número dos que podem contribuir e o aumento
igual dos aposentados e pensionistas. A reforma da Previdência não
se impõe apenas para a correção de privilégios
e desigualdades gritantes e inaceitáveis, mas principalmente por
essa inescapável realidade demográfica.
Como
no caso da Previdência, o envelhecimento da população
terá reflexos também na mão de obra e no mercado de
trabalho. O impacto será igualmente forte no setor de saúde
e, mais uma vez, quem mais sofrerá será a população
de baixa renda, que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
Se nas condições atuais o seu serviço já é
precário, é fácil imaginar o que acontecerá
com o grande aumento dos pacientes idosos, cujo atendimento é muito
mais caro. Os idosos da classe média, empurrada por sucessivos governos
para os planos de saúde pelo descaso irresponsável com o
SUS, também serão afetados, pois nesse setor são eles
que pagam os mais elevados preços.
Esse
fenômeno é universal. Mas ele é particularmente grave
aqui, porque o Brasil já começa a viver a mesma situação
do envelhecimento da população dos países desenvolvidos,
sem ter os recursos e as salvaguardas sociais que eles criaram ao longo
do tempo.
O
estudo do IBGE é um grito de alerta a todos os que têm uma
parcela de responsabilidade na questão: ou o País começa,
desde já e corajosamente, a enfrentar esse desafio ou a população
pagará um preço alto por essa omissão. (Agência
Estado)
Russia:
Milhares protestam contra reforma da previdência
Dezenas
de milhares de manifestantes saíram às ruas na Rússia
no sábado para protestar contra uma proposta que eleva substancialmente
a idade de aposentadoria para homens e mulheres. Uma multidão estimada
em mais de 10 mil pessoas participou de um protesto em Moscou que foi convocado
pelo partido Comunista. Milhares de pessoas também se reuniram em
Ecaterimburgo, e manifestações foram registradas em outras
grandes cidades russas, como Rostov-on-Don e Volgogrado. Não houve
relatos de prisões.
A
câmara baixa do Parlamento russo, a Duma, deu aprovação
preliminar a uma medida que vai elevar de forma gradual a idade de aposentadoria,
de 60 para 65 anos no caso de homens e de 55 para 63 anos no caso de mulheres.
Os
manifestantes pediram a realização de um referendo nacional
sobre a proposta antes que o Parlamento considere novas análises
do projeto de lei após voltar do recesso de verão, em setembro.
A
proposta que aumenta a idade de aposentadoria foi apresentada na véspera
da abertura da Copa do Mundo da Rússia, no mês passado, e
opositores acusam o governo de se aproveitar da distração
da população com o torneio de futebol.
A
confiança da população no presidente Vladimir Putin
caiu significativamente em pesquisas de opinião desde que a proposta
foi apresentada. Na semana passada, ele tentou acalmar os ânimos
dizendo que vai ouvir “todas as opiniões” sobre o assunto.
“Se
a idade de aposentadoria for aumentada, todo cidadão russo vai ser
roubado em mais de 1 milhão de rublos (US$ 16 mil), e isso é
inaceitável”, disse o ativista Sergei Udaltsov durante a manifestação
em Moscou.
Ele
disse que se não houver referendo, milhões vão sair
às ruas. “Vamos exigir não apenas a paralisação
da reforma da previdência, mas também uma mudança no
poder – a destituição do governo, a dissolução
da Duma e o impeachment do presidente.”
Segundo
o Banco Mundial, a expectativa de vida na Rússia era de 71 anos
em 2016, de 65 anos em 2003. O governo russo diz que esse aumento onera
o sistema previdenciário. (Associated Press./Agências)
Empresas
e a conciliação trabalhista
Muitos
gestores não apenas deixam de aproveitar tal possibilidade, como
sequer compreendem tais oportunidades
Existem
inúmeras vantagens econômicas para as empresas que respondem
a processos na Justiça do Trabalho e passam a optar pela realização
de acordos. Porém, muitos gestores e empresários não
apenas deixam de aproveitar tal possibilidade de redução
de custos e otimização de recursos econômicos, como
sequer compreendem tais oportunidades.
Apenas
para se ter uma noção, conforme o último Relatório
Estatístico da Justiça do Trabalho, nos últimos quatro
anos constatou-se o seguinte volume de valores totais desembolsados pelas
empresas no Judiciário Trabalhista (destinados ao pagamento de reclamantes)
e pagos por meio de acordos: 2014, total de R$ 16 bi e 345 milhões,
sendo R$ 6,3 bi por meio de acordos (38%) e 2015, total de R$ 18 bi e 663
milhões, sendo R$ 7.16 bi por meio de acordos (38,5%). Em 2016,
total de R$ 24 bi e 359 milhões, sendo R$ 9.09 bi por meio de acordos
(37,4%); 2017, total de R$ 27 bi e 82 milhões sendo R$ 11.75 bi
por meio de acordos (43,4%).
É
bem verdade que se constatou algum avanço em 2017, o que pode ser
explicado em parte pelo esforço da Vice-presidência do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho, enquanto órgão de
gestão nacional de políticas judiciárias de solução
adequada de disputas, juntamente com os Núcleos de Conciliação
dos Tribunais Regionais do Trabalho.
No
entanto, constata-se uma média percentual próxima de 40%
quanto aos valores desembolsados por meio de acordos. Ou seja, há
razoável espaço para se avançar, havendo oportunidades
não aproveitadas.
E
quais seriam as vantagens da solução conciliatória
para as empresas?
Em
primeiro lugar, principalmente quanto às empresas de grande porte
que são obrigadas a provisionar despesas futuras em seus balanços,
essas precisam fazer provisão da estimativa da futura possível
condenação trabalhista, o que, diga-se de passagem, não
se trata de algo fácil. E isto já implica num impacto no
mínimo contábil.
Além
disso, sendo a empresa condenada, para recorrer é preciso recolher
um valor que pode consistir em toda ou parte da condenação
estimada, o que corresponde ao depósito recursal. Apenas para se
ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano havia cerca de R$ 71 bilhões
depositados a título de depósito recursal, à disposição
da Justiça do Trabalho, em contas geridas pela Caixa Econômica
Federal e Banco do Brasil. Tais valores não se tratam de provisão,
mas de recursos que efetivamente saíram dos caixas das empresas,
ainda que retornem no caso de reversão da condenação.
Mas
talvez a variável de maior impacto econômico se relacione
com a análise do custo do dinheiro para as empresas. A atualização
dos débitos trabalhistas judicializados corresponde a 12% ano acrescido
de IPCA, esse conforme a jurisprudência mais recente do Tribunal
Superior do Trabalho. Por outro lado, atualmente a Selic se encontra na
casa dos 6,5% ao ano.
Ou
seja, pensando no custo, tomando como referência o mês de junho
de 2018, no qual o IPCA ficou em 1,26%, temos um custo do débito
trabalhista de 13,26% ao ano, contra cerca de 6,6% ao ano a título
de taxa do CDB (tomando como referência cerca de 10% a mais do CDI),
o que refletiria no custo de captação de recursos no mercado.
Isto
é, guardadas as devidas proporções, uma empresa que
mantém uma dívida trabalhista na Justiça do Trabalho
age como o sujeito que mantém uma dívida no cartão
de crédito, perdendo a oportunidade de captar recursos via crédito
consignado para reduzir seu custo financeiro.
Obviamente
que com tais argumentos a intenção não é sustentar
que se deve fazer acordos de qualquer jeito, diante qualquer ação
trabalhista, inclusive que seja infundada e consista em verdadeira aventura
judiciária. Pelo contrário, a ideia é chamar atenção
para o presente cenário e para a adoção de uma política
de celebração de acordos, que conte com metodologias e critérios
consistentes para avaliação de riscos e construção
de propostas em bases racionais e sustentáveis numa negociação.
Além disso, é fundamental saber como conduzir a negociação,
contando com pessoas que tenham domínio técnico e estratégico
para apresentar uma proposta e saber negociá-la.
Neste
sentido, não se pode ignorar que, diante do índice de reforma
de decisões na Justiça do Trabalho, ao ganhar uma ação
trabalhista na primeira ou na segunda instância é preciso
ter cautela ao comemorar. Conforme o último Relatório Estatístico
da Justiça do Trabalho, o percentual de reforma das decisões
de primeira instância ficou em 44%, e das decisões de segunda
instância (em sede de recurso de revista) em 68%. Esses dados inclusive
podem ajudar a sensibilizar as partes do processo a aceitarem o acordo
como uma solução razoável.
Por
fim, todos os argumentos aqui colocados tiveram um fundamento puramente
econômico-financeiro. Não se pode, contudo, perder de vista
que a postura conciliatória também conta com potencial para
trazer ganhos intangíveis, principalmente no plano social e do compromisso
com a cultura da paz. (Rogerio Neiva Pinheiro - Valor)
Desemprego
é mais duro para cargos de chefia
Empresas
voltam a contratar na base da pirâmide, mas ainda cortam vagas de
diretores e gerentes
A
volta do emprego formal neste ano tem sido não apenas lenta mas
desigual.
Apesar
das quase 400 mil vagas com carteira assinada criadas em 2018, segundo
dados brutos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), há
categorias que ainda são alvo de cortes significativos. O destaque
são os cargos de chefia.
Diretores,
gerentes e supervisores —a linha de frente na cadeia de comando— continuam
sendo demitidos mesmo após superado o período econômico
mais crítico.
No
primeiro semestre deste ano, foram fechados quase 80 mil postos de chefia,
após 90 mil vagas eliminadas em igual período do ano passado.
Segundo
especialistas, em um cenário de retomada muito gradual da economia,
em que o faturamento das companhias ainda não se recuperou, empregadores
buscam enxugar os custos se valendo de algumas estratégias.
Há
empresas que optaram por ampliar as obrigações de quem já
está em cargo de chefia, fazendo com que passe a coordenar a gerência
de múltiplas áreas.
Outras
colocaram mais empregados sob o comando de um mesmo gestor.
Ainda
há aquelas que delegaram tarefas de gerência a empregados
que, antes, ocupavam posições subalternas.
A
reengenharia que busca cortar custo, porém, tem seus riscos. Renato
Villalba, gerente sênior da Michael Page, consultoria especializada
no recrutamento de gerentes e diretores, diz que muitos empregadores pagaram
um preço alto pela chamada juniorização dos cargos
de chefia.
“Pessoas
mais jovens, muitas vezes, não têm experiência para
enfrentar turbulências do momento”, diz Villalba.
Outras
empresas mantiveram os empregados seniores, mas lhes deram mais responsabilidades
do que talvez possam assumir, o que também é arriscado, diz
o consultor.
Especialistas
que acompanham o mercado de trabalho, no entanto, atribuem esses cortes
não só a estratégias pontuais para lidar com
cenários de crise, mas também a uma mudança que pode
ser estrutural.
Para
além do fator econômico, está em curso uma tendência
de diminuir os níveis hierárquicos, diz Wilma Dal Col, diretora
do Right Management, que pertence à agência de empregos americana
ManpowerGroup.
“Talvez
as empresas estejam buscando mais profissionais com competências
e habilidades naquilo que elas precisam, e menos líderes ou gestores
para cuidar das pessoas, um perfil que nós tínhamos mais
recorrente no passado”, diz Dal Col.
Entre
2014 e 2017, quase 3 milhões de vagas com carteira sumiram do mercado
de trabalho como consequência dos efeitos da recessão sobre
a saúde das companhias —e o topo da hierarquia das empresas não
ficou fora dessa dinâmica.
“Essa
queda de vagas para gerentes e diretores tem a ver com o contexto geral,
que é o de queda do emprego formal, mas pode não ser só
isso”, diz Miguel Foguel, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada).
Mais
recentemente, o descolamento da trajetória dos cargos de chefia
e do restante dos empregados pode ser um indício de que as empresas
estão fazendo mudanças mais profundas na estrutura de pessoal,
avalia Foguel.
O
fenômeno da pejotização (o empregado que se torna pessoa
jurídica), dizem especialistas, também pode estar por trás
da tendência de eliminação de vagas de gerentes e diretores.
Nessa
equação, ganhariam empregadores, com a redução
dos custos trabalhistas atrelados a uma vaga formal, ao passo que empregados
conseguiriam manter ganhos maiores em tempos difíceis e recolher
menos impostos do que um celetista, mas teriam reduzidas suas garantias
trabalhistas.
Outro
aspecto que pesa no movimento de fechamento de ocupações
de gestão, diz Foguel, é que as empresas podem estar em busca
de novas ideias, em um cenário no qual as pessoas com cargos mais
altos não conseguem encontrá-las em uma situação
difícil.
Em
busca de melhores resultados, as companhias estão dispensando altos
executivos que tiveram perda de desempenho nos últimos anos e indo
atrás de outros que tragam mais produtividade, diz Rodrigo Forte,
sócio-diretor da Exec, consultoria que realiza contratações
apenas para os postos no topo da pirâmide.
Esses
salários são superiores a R$ 30 mil por mês. Nesse
nível hierárquico, que inclui vice-presidentes, presidentes
e conselheiros, diz Forte, a demanda por recrutamento começa a reagir.
O
grupo que concentra chefias ceifadas não inclui, porém, apenas
os mais qualificados e bem pagos, mas aqueles com mais responsabilidades
—em particular, os profissionais de áreas que devem prever riscos
e evitar perdas.
Segundo
os dados do Caged, a média dos salários dos diversos cargos
de direção fechados ao longo do ano foi de R$ 4.500 a R$
21.800, dependendo da ocupação.
O
maior salário pertencia a diretores de pesquisa e desenvolvimento,
cargo que sofreu 42 cortes no primeiro semestre de 2018.
Entre
as maiores perdas, os gerentes administrativos, financeiros e de risco
se destacaram. A categoria incorporou 30 mil novas vagas nos seis primeiros
meses do ano, mas fechou quase 42 mil postos.
Já
os gerentes de operação comercial somam 24 mil novas vagas,
mas perderam mais de 34 mil.
Cresce
pessimismo com recuperação do mercado de trabalho
Consultorias
e agências de emprego começam a registrar certa reação
do mercado para cargos de chefia, mas em um ritmo ainda bastante tímido,
que desautoriza expectativas mais otimistas para o mercado de trabalho
como um todo.
Fabrício
Kuriki, gerente da Catho, observa admissões para cargos estratégicos
no setor de serviços.
“No
nível gerencial, o número de admissões entre o primeiro
semestre de 2017 e o de 2018 cresceu 13% enquanto os outros setores ficaram
em torno de 2%”, diz.
De
modo geral, no entanto, as perspectivas para o mercado de trabalho pioraram,
influenciadas pelo desempenho decepcionante em junho do Caged (que mede
o mercado formal), além dos 13 milhões de desempregados formais
e informais apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No
mercado de trabalho formal, a economia brasileira perdeu 661 postos em
junho.
Na
média, no entanto, junho costuma registrar a criação
de 93,8 mil vagas desde o início da série, iniciada em 1992,
segundo o Banco Fibra.
Em
relatório, o Itaú Unibanco apontou que, no mês passado,
a desagregação por setor mostrou ganhos de vagas em serviços,
enquanto os demais segmentos registraram quedas, com destaque para os setores
de manufatura e varejo.
Mais
à frente, afirma a equipe, o mercado de trabalho pode continuar
sendo negativamente influenciado por condições financeiras
mais restritivas e algum impacto da paralisação dos caminhoneiros.
Para
a MCM Consultores, após adquirir certa velocidade no ritmo de contratação
no último trimestre de 2017, a geração de vagas formais
de emprego já vinha em desaceleração desde o mês
de fevereiro, em linha com outros indicadores da atividade econômica.
A
retomada da geração de vagas no segundo semestre, diz a MCM,
dependerá da recuperação dos níveis de confiança
dos agentes e da redução do quadro de incerteza, principalmente
no que se refere ao cenário eleitoral.
Miguel
Foguel, do Ipea, afirma que o cenário de desaceleração
no mercado de trabalho não muda muito até que um novo presidente
seja eleito.
Diante
da piora do cenário em junho, a LCA Consultores revisou pela metade
a expectativa de criação de vagas formais em 2018, de 500
mil para 250 mil —uma gota no oceano de quase 3 milhões de postos
com carteira perdidos durante a crise. (Paulo Muzzolon , Flavia
Lima e Joana Cunha - Folhapress)
Presidente
de empresa ganha 39 vezes mais que diretor
(Correção)
Na
CPFL Energia, o maior pagamento supera o menor em 38 vezes e no Pão
de Açúcar, 33 vezes
Demorou
nove anos para os investidores conhecerem detalhes das remunerações
de todos os executivos e conselheiros das companhias abertas brasileiras.
Em
2009, a CVM, reguladora do mercado de capitais, mandou que elas divulgassem
a remuneração média, a menor e a maior dos administradores.
Desde
então, 45 empresas seguraram as informações, por meio
de uma liminar, sob argumentos como "privacidade e segurança".
Entre
as que mantinham os dados sob sigilo estavam bancos e varejistas. Mas,
em junho passado, a liminar caiu
Um
primeiro olhar já chamou a atenção para as diferenças
muito expressivas entre o maior e o menor pagamento, dentro dos colegiados,
de pelo menos 16 companhias.
No
caso da CPFL Energia, o maior pagamento supera o menor em 38 vezes (3.689%).
Na Hypera, a diferença é de 27 vezes; no Pão de Açúcar,
de 33 vezes; na Porto Seguro, de 31.
As
diferenças podem estar amparadas em boas justificativas, e os números
precisam ser olhados caso a caso.
A
atuação de um só executivo pode ser o diferencial
para as receitas de uma empresa.
Funcionários
da montadora italiana Fiat-Chrysler ameaçaram greve para protestar
contra a contratação pela Juventus de Cristiano Ronaldo,
melhor jogador do mundo.
Uma
das sócias majoritárias do time italiano, a holding Exor
tem 30% da montadora.
Nos
últimos anos, a Fiat vem pedindo aos funcionários que façam
sacrifícios em razão de restrições financeiras
no setor. E eles se indignaram com o valor do negócio, ? 100 milhões
(R$ 443,5 milhões).
A
notícia seguinte foi: em só três dias, a receita com
a venda de camisas do time com o nome de Ronaldo já equivalia à
metade da transação.
Renato
Chaves, consultor de governança corporativa e ex-diretor da Previ
(fundo de pensão do Banco do Brasil), diz entender que um presidente
de conselho ou da companhia deva ganhar mais. "Mas será que um percentual
superior a 1.000% é, de fato, adequado?", questiona.
Ele
mostra ainda mais preocupação quando quem ganha mais é
o fundador.
"Em
tese, essa figura já foi premiada quando vendeu a empresa na Bolsa.
Se continua com um pagamento diferenciado por ter criado o negócio,
acaba tendo um dividendo eterno", afirma.
Heloisa
Bedicks, superintendente-geral do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa), diz que as empresa devem ser transparentes nessas informações.
"Cabe
aos acionistas, de posse dos detalhes e justificativas, comparecer às
assembleias e eventualmente questionar esses valores, se acharem que é
o caso", diz Heloisa.
Anualmente,
as empresas submetem à assembleia um valor geral para remuneração
anual de seus administradores. O que não se sabia até agora,
para algumas companhias, era como o bolo é dividido.
Heloisa
afirma ainda que é recomendável que as diferenças
não sejam "muito grandes". Mas diz acreditar que elas podem ter
bons motivos.
"Se
a empresa está numa fase de aquisições, ou se um conselheiro
dedica mais horas a ela, faz parte de diversos comitês de assessoramento",
diz.
A
partir de agora, ela afirma que o IBGC vai se debruçar sobre a análise
dos dados.
A
pesquisa mais recente do instituto foi em 2016.
Parece
ser razoável supor que, no caso dos bancos, o ganho do presidente,
pelo tamanho da responsabilidade, seja maior do que os de diretores com
menos atribuições.
No
Itaú e no Santander, a maior remuneração supera a
menor em 18 vezes; no Bradesco, em 16; no BTG, em 4,7 vezes.
Casos
de Kroton (12 vezes) e Hypera podem ser explicados pelo volume de aquisições
dos últimos anos, que aumentaram os bônus dos executivos e
os retornos dos acionistas.
Localiza
e Porto Seguro, que têm fundadores no conselho, destacam as horas
dedicadas ao dia a dia da empresa e o conhecimento do negócio. No
caso da Even, a comparação com o menor pagamento de
2017 ficou distorcida porque refere-se a um executivo que ocupou o posto
em setembro de 2017 e recebeu os pagamentos referentes apenas a três
meses.
Outros
fatores apontados pelas companhias são o atrelamento dos valores
pagos a metas de desempenho, o período de exercício de planos
de opções e até a renúncia de algum diretor
ou conselheiro durante o exercício. (Ana Paula Ragazzi - Folhapress)
Fidelidade:
Um leque maior de benefícios
Nos
últimos dois anos o mercado de fidelização viu o número
de inscritos em seus programas crescer 28% e chegar a 115,3 milhões.
O faturamento também vem se ampliando: só nos três
primeiros meses de 2018 chegou a R$ 1,63 bilhão, com aumento de
11,2% em relação ao mesmo período do ano passado,
segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de
Fidelização (Abemf), que reúne oito das maiores empresas
do setor. Em 2017, essas empresas registraram uma receita bruta total de
R$ 6,2 bilhões, o que representou um crescimento de 9% sobre o valor
apurado em 2016.
"Quando
foram criados, os programas de fidelidade eram mais restritos às
companhias aéreas e aos bancos. Nos últimos anos, esse leque
se expandiu para grandes redes varejistas e hoje já vemos maior
participação do varejo de médio porte também",
afirma o presidente da Abemf, Roberto Chade. Além disso, segundo
ele, em momentos de crise, como o atual, os consumidores ficam mais antenados
para o acúmulo e resgate de pontos ou milhas. "Os programas de fidelização
se tornam uma alternativa a mais para viabilizar compras de bens e serviços",
diz ele.
Uma
das maiores desse setor, a Multiplus alcançou 26,5 bilhões
de pontos emitidos no primeiro trimestre, com crescimento de 7,8% sobre
mesmo período de 2017. De acordo com Ronald Domingues, diretor de
finanças e estratégia da Multiplus, 38,1% dos acúmulos
vieram de fontes não aéreas e não financeiras. A base
de participantes alcançou 19,9 milhões de pessoas, número
16,3% maior que o do primeiro trimestre do ano passado.
"Nossa
estratégia inclui novas parceiras, como a Vivo. Nos tornamos a primeira
rede de fidelidade a dar pontos para clientes de telefonia fixa e móvel",
diz o diretor da Multiplus. Outras parcerias foram firmadas com a B2W (que
opera Americanas.com, Submarino e Shoptime) e Magazine Luiza. "Começamos
também uma experiência pioneira com a plataforma de hospedagem
Airbnb. E temos acordo com a Cabify, que permite aos nossos participantes
ganharem pontos ao utilizar o aplicativo de mobilidade", diz Domingues.
No
ano passado a Multiplus iniciou um programa de incentivo a startups. Entre
as seis empresas que atualmente fazem parte do programa há uma plataforma
digital especializada na intermediação entre alunos e personal
trainers, uma startup no segmento de pets e outra que é um marketplace
de grandes importadoras e produtores de vinhos.
Para
Mauro Bizatto, diretor de estratégia, produtos e marketing da Livelo,
empresa de recompensa criada pelo Banco do Brasil e Bradesco, em 2014,
as duas principais tendências do setor são o investimento
em novas ferramentas tecnológicas e a ampliação da
utilização dos programas na jornada diária dos usuários.
"Atendemos hoje cerca de 18 milhões de clientes e esperamos ampliar
esse número para 19 milhões no final deste ano. Uma novidade
recente é que agora nas 1.200 lojas da rede CVC os gerentes têm
acesso ao saldo de pontos Livelo dos consumidores e esses pontos podem
ser abatidos das compras feitas nessas agências de viagem", afirma.
Este é um exemplo de como ampliar o alcance e a utilização
de programas de fidelidade, diz.
No
caso da Smiles, a estratégia para este ano implica a expansão
internacional de seus negócios. "Estamos abrindo uma subsidiária
na Argentina que deverá começar a operar até o final
deste ano", afirma o presidente da Smiles, Leonel Andrade. O investimento
ficará na faixa de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões.
Segundo ele, a decisão de ir para a Argentina se deve ao fato de
a empresa já ter muitos parceiros no país. "As companhias
aéreas com as quais operamos estão lá, assim como
outros parceiros como locadoras de veículos. Possivelmente também
vamos trabalhar com bancos locais", afirma. Além disso, o mercado
argentino não tem uma empresa como Smiles. "Essa é uma ótima
oportunidade" , diz.
"No
mercado brasileiro, uma grande parcela da população já
participa de programas de fidelidade. É um setor com crescimento
sustentável e já bem consolidado, especialmente no que diz
respeito a bancos e companhias aéreas. Mas ainda há muito
espaço para crescimento no setor de varejo", afirma Isabela Campos,
diretora de soluções de fidelidade da Mastercard.
Segundo
ela, empresas de setores como supermercados, farmácias e comércio
em geral têm adotado programas de fidelidade, mas esses segmentos
ainda não têm o grau de profissionalização necessário.
"Eles precisam investir mais em tecnologia e ter canais de comunicação
com o consumidor mais intuitivos e fáceis de utilizar. Além
disso, é preciso ampliar o leque de opções de participação
do consumidor", afirma.
Outra
tendência que ela visualiza é a da segmentação
de público. "A evolução está em entender o
comportamento do consumidor e trazer ofertas e benefícios mais voltados
às suas necessidades pessoais", diz, acrescentando que a Mastercard
mantém tanto programas de fidelidade proprietários como desenvolve
e oferece consultoria para terceiros. O programa Mastercard Surpreenda
tem 5,5 milhões de participantes e a meta é chegar a 7 milhões
no final do ano.
De
olho também no varejo, o Santander lançou recentemente o
marketplace de seu programa Esfera, em parceria com grandes cadeias varejistas.
"Além de produtos, queremos oferecer experiências diferentes
aos clientes, como em entretenimento, com a possibilidade de reservar camarotes
em shows. Temos 8 milhões de pessoas no programa", diz Paulo Kirchhoff
Soares Fernandes, superintendente executivo do Santander Esfera.
Para
Jeronimo Santos, diretor de varejo da rede de postos Ipiranga, os programas
de fidelidade devem ir além do acúmulo e da troca de pontos.
"Precisam explorar benefícios de alto valor percebido e valorizar
seus pontos. A estratégia de acúmulo de pontos pelo simples
acúmulo não seduz mais os consumidores", afirma. Santos diz
que o mercado deverá apostar em novos caminhos de personalização
das abordagens, do conteúdo e das ofertas de benefícios para
cada consumidor. Criado em 2009, o programa da Ipiranga, Km de Vantagens,
conta com 27 milhões de adesões e oferece descontos para
compra de combustível, passagens aéreas e shows. "Em 2018
ganhamos novos parceiros de peso como a Saraiva e Magazine Luiza", afirma
Santos.
Já
a Heineken investe desde 2015 em um programa de fidelidade voltado para
a sustentabilidade em parceria com a startup SO+MA. "Este é o primeiro
programa de fidelidade criado para moradores de comunidades em todo o Brasil.
Ele permite às famílias participantes trocar resíduos
recicláveis por pontos para a realização de cursos
de gastronomia, fotografia e beleza, além de produtos alimentícios
e descontos no comércio local", afirma Ornella Guzzo Vilardo, gerente
sênior de sustentabilidade da Heineken Brasil. Segundo ela, o programa
já alcançou 821 famílias, que levaram 83 mil quilos
de resíduos para a reciclagem. (Valor)
Contas
do governo têm o segundo pior junho da história, com rombo
de R$ 16 bi
No
semestre, contudo, déficit de R$ 32,9 bi é o melhor resultado
para o período desde 2016; série histórica teve início
em 1997
O
caixa do governo central registrou um déficit primário de
R$ 16,422 bilhões em junho. O resultado, que reúne as contas
do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o
superávit de R$ 11,020 bilhões de maio. É o segundo
pior resultado para o mês desde o início da série histórica,
que tem início em 1997. Em junho de 2017, o resultado havia sido
negativo em R$ 19,844 bilhões.
O
resultado de junho veio pior que a mediana das expectativas do mercado
financeiro, que apontava um déficit de R$ 12,200 bilhões,
de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a
25 instituições financeiras. O dado do mês passado
ficou dentro do intervalo das estimativas, que foram de déficit
entre R$ 27,100 bilhões e R$ 5,519 bilhões.
No
primeiro semestre, o resultado primário foi de déficit de
R$ 32,867 bilhões, o melhor resultado desde 2016 e o terceiro pior
da série para o período. Em igual período do ano passado,
esse mesmo resultado era negativo em R$ 56,479 bilhões.
O
secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que, com
déficit primário acumulado de R$ 32,867 bilhões, o
cumprimento da meta do governo central deste ano será “confortável”.
Para 2018, a meta admite um déficit de R$ 159 bilhões. “O
risco de não cumprimento da meta é muito baixo. Há
espaço para acomodar receitas e despesas no 2º semestre e cumprir
primário, afirmou.
No
entanto, ele ponderou que não é possível falar que
a situação está boa enquanto o Brasil tiver déficit
primário. “O grande desafio é ter resultado primário
que pelo menos estabilize a relação dívida/PIB”, afirmou.
O
secretário atribuiu a queda real de 43,9% no déficit primário
do primeiro semestre ao aumento das receitas no período. De janeiro
a junho, o governo central registrou alta de 6,5% nas receitas e de 2,2%
nas despesas. “Mesmo com crescimento da economia abaixo do esperado, houve
alta expressiva da receita”, afirmou.
Mansueto
lembrou que a arrecadação de junho cresceu menos do que o
que vinha crescendo com o impacto pontual da greve dos caminhoneiros e
disse que é preciso esperar os próximos vezes para ver se
esse impacto já foi absorvido. “A arrecadação em julho
está em linha com expectativas e com nossas projeções”,
afirmou.
Em
12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 103,2 bilhões
- equivalente a 1,50% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit
de até R$ 159 bilhões nas contas do Governo Central.
Banco
Central
O
lucro do Banco Central no primeiro semestre, estimado em R$ 165,9 bilhões,
será usado integralmente para ajudar no cumprimento da chamada regra
de ouro do Orçamento em 2019. "Nenhum centavo será usado
por este governo", disse Mansueto Almeida.
A
regra de ouro impede a emissão de títulos da dívida
para pagar despesas correntes, como salários e benefícios
previdenciários. Com a sucessão de déficits e a queda
nos investimentos, o governo tem tido dificuldades para cumprir essa regra.
O
lucro do BC, apesar de ser contábil, é repassado ao Tesouro
Nacional porque essa é a determinação da lei. Mesmo
assim, Almeida garantiu que outras medidas já em curso, como a devolução
de mais R$ 70 bilhões pelo BNDES ainda este ano, garantirão
o respeito à regra de ouro em 2018.
Para
o ano que vem, o rombo na regra de ouro previsto é de R$ 260,5 bilhões,
mas com o uso do lucro do BC esse déficit cai para R$ 94,6 bilhões.
"A
regra de ouro está deixando de ser problema em 2018 e 2019, mas
não muda a visão para o futuro, temos que aperfeiçoar
a regra de ouro", disse o secretário.
Mesmo
com o apoio do lucro do BC para a regra de ouro, Almeida garantiu que o
Tesouro segue trabalhando pela aprovação do projeto que muda
o relacionamento entre os dois órgãos, acabando com o repasse
de um lucro que é meramente contábil.
BNDES
Mansueto
Almeida disse que o pagamento antecipado de R$ 70 bilhões do BNDES
à União neste ano contribuirá para reduzir a relação
dívida bruta/PIB em 1 p.p. Desde maio de 2016, o BNDES antecipou
o pagamento de R$ 280 bilhões de sua dívida com o Tesouro
Nacional e, nesta quinta-feira, 27, o conselho aprovou um cronograma para
antecipar o pagamento do estoque da dívida de cerca de R$ 250 bilhões
em 20 anos. Segundo Mansueto, o pagamento será em torno de R$ 25
bilhões nos próximos anos.
A
antecipação ajudará o governo a cumprir a regra de
outro, que impede que o governo se endivide acima do patamar que investe.
“Grande parte do problema da regra de ouro neste ano está solucionado”,
afirmou Mansueto.
O
secretário disse ainda que o acordo será bom para os dois
lados e que o BNDES continuará com capital para emprestar tranquilamente.
Teto
de gastos
Mansueto
Almeida afirmou hoje que o teto de gastos deve ganhar um espaço
adicional de R$ 59 bilhões em 2019 em relação a este
ano. No entanto, essa “folga” será insuficiente para compensar o
aumento das despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários
e folha de pagamento de servidores. A consequência será um
corte adicional nas despesas discricionárias - que incluem os investimentos.
“Há
espaço para cortar discricionárias? Há, mas não
dá para fazer isso sempre. Não existe governo com despesa
discricionária em zero”, alertou Almeida. Segundo ele, o crescimento
das despesas obrigatórias deve ser de R$ 80 bilhões a R$
81 bilhões.
O
secretário ressaltou ainda que a divulgação do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as novas projeções
de população demonstram que a tendência de envelhecimento
populacional é rápida para os próximos anos. Enquanto
isso, ele ressaltou que só neste ano haverá renúncias
de receitas previdenciárias no valor de R$ 59,2 bilhões.
Apesar
da situação delicada, Almeida destacou como positivo o fato
de que a arrecadação do governo continuava como o esperado
“até dois dias atrás”.
Receitas
em alta
O
resultado de junho representa alta real de 6,5% nas receitas em relação
a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real
de 2,2%. No ano até junho, as receitas do governo central recuaram
0,5% ante igual período de 2017, enquanto as despesas caíram
5,3% na mesma base de comparação.
Já
as despesas sujeitas ao teto de gastos aprovado pela Emenda Constitucional
95 subiram 5,4% no ano até junho em comparação com
igual período de 2017.
Pela
regra, o limite de crescimento das despesas do governo é de 3,0%,
variação acumulada da inflação em 12 meses
até junho do ano passado. Porém, como o governo não
ocupou todo o limite previsto em 2017, na prática há uma
margem para expansão de até 7,1%.
Apesar
do enquadramento prévio das despesas do governo federal ao teto,
alguns poderes e órgãos estão fora dos limites individualizados
- todos devem respeitar o limite de gastos. É o caso, por exemplo,
da Justiça Federal e do Ministério Público da União.
O
Tesouro observou que houve aumento nas receitas influenciado pela melhora
de indicadores macroeconômicos, além da arrecadação
com programas de parcelamento de débitos tributários (Refis),
mudanças de alíquotas e comportamento da receita não
administrada.
Houve
incremento de R$ 6,8 bilhões em receitas de cota-parte e compensações
financeiras, graças ao aumento de preços internacionais do
petróleo e ao câmbio. Também ingressou R$ 1,2 bilhão
a mais com o pagamento de dividendos por Caixa e BNDES.
Por
outro lado, houve elevação real de 2,2% nas despesas na comparação
com o primeiro semestre de 2017, devido ao crescimento dos benefícios
previdenciários, das despesas com pessoal e dos gastos discricionários.
Investimentos
chegam a R$ 21 bi
Os
investimentos do governo federal subiram para R$ 21,266 bilhões
nos primeiros seis meses de 2018. Desse total, R$ 12,803 bilhões
são de restos a pagar, despesas de exercícios anteriores
que foram transferidas para este ano. De janeiro a junho do ano passado,
os investimentos totais haviam somado R$ 16,927 bilhões.
Os
investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC)
somaram R$ 1,866 bilhão no mês passado, queda real de 22,7%
ante junho de 2017. Já no acumulado do ano, as despesas com o PAC
somaram R$ 9,183 bilhões, recuo de 13,8% ante igual período
de 2017, já descontada a inflação
Concessões
rendem R$ 1,2 bi
O
caixa do governo federal recebeu R$ 1,166 bilhão em pagamentos de
outorgas de concessões em junho, muito acima do registrado em junho
de 2017, quando foram pagos apenas R$ 195,5 milhões. Nos cinco primeiros
meses deste ano, essa receita somou R$ 2,605 bilhões, queda real
de 3,2% ante igual período do ano passado.
Já
os dividendos pagos pelas empresas estatais somaram R$ 133,5 milhões
em junho, ante R$ 1,987 bilhão no mesmo mês do ano passado.
No acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 5,652 bilhões
ante R$ 4,302 bilhões no primeiro semestre do ano passado.
Governo
projeta rombo de R$ 124 bi no 2º semestre
O
Tesouro Nacional projeta um déficit primário de R$ 124,3
bilhões para o segundo semestre de 2018. O resultado deve ser pior
do que o resultado negativo observado em igual período de 2017,
que foi de R$ 67,8 bilhões.
Segundo
o Tesouro, a piora ocorrerá mesmo com a melhora na receita líquida
do governo, que deve ter incremento de R$ 15,4 bilhões no período.
Os
principais fatores negativos que influenciarão a deterioração
serão, segundo o Tesouro, a contínua pressão dos benefícios
previdenciários e das despesas com pessoal; a elevação
dos créditos extraordinários associados à política
de subsídio ao preço do diesel; as despesas relativas à
campanha eleitoral de 2018; e o crescimento das despesas discricionárias
devido à reprogramação de recursos não executados
no primeiro semestre. (Lorenna Rodrigues e Idiana Tomazelli - Agência
Estado)
Contas
públicas fecham semestre com melhor resultado em três anos
Resultado
primário apresentou rombo de R$ 32,87 bilhões entre janeiro
e junho
As
contas públicas apresentaram déficit primário de R$
32,87 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou nesta sexta-feira
(27) o Tesouro Nacional. O rombo é o menor para o período
em três anos.
Em
junho, o setor público registrou um déficit primário
de R$ 16,42 bilhões, 20,7% menor do que o registrado no mesmo mês
do ano passado, descontada a inflação.
De
acordo com o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, apesar do
resultado melhor que o do ano passado, os números de junho foram
impactados negativamente pela paralisação dos caminhoneiros.
"Como tivemos a greve dos caminhoneiros, o crescimento da arrecadação
foi bem menor", afirmou.
Mansueto
de Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério
da Fazenda, fala na comissão de Assuntos Econômicos do Senado
Federal
Mansueto
de Almeida, secretário do Tesouro diz que, apesar do resultado melhor
que o do ano passado, os números de junho foram impactados pela
paralisação dos caminhoneiros - Alan Marques/ Folhapress
Os
dados do Tesouro mostram que as receitas líquidas do governo tiveram
uma queda real de 2,3% em junho, na comparação com o mesmo
mês de 2017, ficando R$ 88,33 bilhões. As despesas tiveram
uma queda mais alta, de 5,3%, ficando em R$ 105,27 bilhões.
Os
números se referem às contas do governo central, que incluem
os resultados do Tesouro, do Banco Central e da Previdência.
De
acordo com o Tesouro, o déficit menor no mês de junho foi
influenciado positivamente por um resgate de R$ 521 milhões do Fundo
Soberano e pela redução do pagamento de precatórios
e sentenças judiciais, que tiveram o calendário antecipado
neste ano.
Sobre
o dado do semestre, o governo afirma que o resultado melhor decorre, principalmente
do aumento de arrecadação.
Ainda
segundo o Tesouro, o crescimento da receita foi influenciado pela melhora
de indicadores macroeconômicos, por mudanças em alíquotas
de tributos e pelo comportamento de receitas não administradas,
além da arrecadação de programas de regularização
tributária.
Em
12 meses, o resultado primário está negativo em R$ 100,65
bilhões. Neste ano, a meta fiscal estabelecida pelo governo é
de um déficit de R$ 159 bilhões.
"É
um resultado confortável em relação à meta",
afirmou o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. "Enquanto o Brasil
estiver com déficit primário, não se poderá
dizer que a situação está boa", ponderou. (Bernardo
Caram - Folhapress)
Conserto
da máquina
Estado
brasileiro arrecada de modo injusto e gasta sem eficiência; tais
distorções devem ser atacadas na tarefa urgente de reequilibrar
suas finanças
À
direita ou à esquerda, não há debate eleitoral relevante
que não envolva ou ao menos tangencie a reforma do Estado —ou, vale
dizer, a rediscussão das prioridades do poder público e de
como devem ser financiadas suas tarefas.
Dos
que apontam o gigantismo da máquina governamental brasileira aos
que se afligem com sua ineficácia no combate à pobreza e
à desigualdade social, são generalizadas as propostas de
mudança no arranjo de receitas e despesas.
A
Folha pretende aproveitar o período eleitoral e expor neste espaço
sua visão sobre os temas mais cruciais para os próximos governantes
e legisladores. No contexto nacional, o papel do Estado figura no alto
dessa lista.
Trata-se,
afinal, de uma estrutura que consome em impostos um terço do Produto
Interno Bruto, ou seja, da renda do país, fatia exagerada para os
padrões emergentes. Nem todos os recursos, porém, bastam
para seus dispêndios, o que resulta em endividamento crescente a
sufocar toda a economia.
Na
formação desse Leviatã disfuncional está um
acúmulo de eras geológicas, diz uma crítica comum.
Isto é, são órgãos, funções,
políticas e despesas de muitas décadas sedimentadas umas
sob as outras, sem que o entulho de decrepitudes, ineficiências e
interesses particulares seja removido.
Daí
que se lance a bandeira de uma reforma radical, uma refundação.
Mudanças de tal amplitude, porém, costumam ocorrer apenas
sob ditaduras, ou ao final destas.
Mesmo
a Constituição de 1988 teve resultados ambíguos, preservando
muito de vícios antigos e introduzindo novos. Note-se que até
alterações percebidas como urgentes nos sistemas tributário
e previdenciário têm sido adiadas nos últimos 30 anos.
Em
resumo, pode-se dizer que a máquina estatal arrecada de forma injusta
e daninha, enquanto gasta de modo perdulário e ineficiente.
Nem
se fala aqui, por ora, da corrupção que motiva escândalos
em escala inédita nos últimos anos. Se o combate aos desvios
é imperativo, cumpre desmontar o mito de que seja o bastante para
reequilibrar as finanças e promover políticas bem-sucedidas.
Não
sendo realista esperar um redesenho completo do setor público, por
onde começar a ajustá-lo?
A
derrocada orçamentária dos últimos anos tornou a resposta
mais simples: não haverá governo viável sem que sejam
enfrentadas as pressões por expansão de despesas, em particular
com aposentadorias e pensões por morte.
Os
pagamentos correspondem hoje a 13% do PIB nos três níveis
de governo, segundo dados oficiais; se nada for feito, o percentual crescerá
com o envelhecimento populacional e tomará o espaço de saúde,
educação, segurança e outros setores prioritários.
O
esforço de contenção de dispêndios passa também
pela austeridade nas contratações e salários do funcionalismo,
cujos privilégios já oneram em demasia os caixas de União,
estados e municípios.
Tanto
quanto possível, o ajuste das finanças públicas deve
se dar pelo controle da despesa, não pela alta da receita, uma vez
que a carga tributária já se mostra excessiva.
Entretanto
é necessária uma revisão da miríade de benefícios
tributários concedidos aos mais variáveis setores, em geral
sem avaliação de objetivos e resultados nem prazo para cessação.
Essa
tarefa precisa se pautar pela busca de simplicidade e equidade; o mesmo
deve ser atingido em uma reforma mais ampla do sistema de impostos, taxas
e contribuições.
A
tributação brasileira é confusa, injusta, ineficaz
e repleta de favores setoriais e regionais. Com grande peso sobre o consumo,
prejudica sobremaneira os mais pobres. Regalias e proteções
diferenciadas distorcem custos de produção e, pois, a decisão
de aplicar de modo eficiente o capital escasso.
Há
que trabalhar pela redução do número e do peso dos
tributos indiretos, embutidos nos preços das mercadorias e serviços.
A taxação deve seguir regras uniformes. Subsídios,
se de fato necessários, precisam constar do Orçamento, com
começo, meio, fim e avaliação.
Não
se desconhece que a agenda aqui delineada, embora não dê conta
de todas as deficiências estatais, demanda um esforço político
quase revolucionário, dado o conservadorismo do ambiente brasileiro.
Seu sucesso será menos plausível caso não se tome
o cuidado de sequenciar as medidas.
As
chances de levá-las adiante, contra resistências de partidos,
corporações e lobbies empresariais, residem na mais indiscutível
necessidade. Esgotou-se o tempo em que o crescimento do PIB e da arrecadação
mascarava os vícios e as distorções da máquina.
É
fato que as condições para as mudanças serão
mais favoráveis com uma retomada econômica. Esta, por sua
vez, dependerá da confiança de empresários e consumidores
no conserto do Estado. Trata-se de equação complexa que consumirá
boa parte do capital político do próximo governo.
DIRETRIZES
PARA UM ESTADO MAIS JUSTO, EFICIENTE E EQUILIBRADO
Conter
a escalada das despesas com aposentadorias e pensões
Eliminar
privilégios do funcionalismo, com redução do alcance
da estabilidade
Rever
benefícios tributários concedidos ao setor privado
Promover
taxação mais progressiva sobre a renda e o patrimônio
Simplificar
os tributos incidentes sobre bens e serviços
Instituir
políticas públicas baseadas em metas de resultados, não
de gastos
Retomar
a venda de estatais, associada a investimentos e competição
(Folhapress)
Investimento
travado
O
surgimento de propostas que beneficiam determinados grupos sociais deixa
mais nebuloso o ambiente de negócios e inibe o investidor
O
ano eleitoral, que leva políticos a propor medidas que agradam aos
eleitores, mas não são sustentáveis do ponto de vista
financeiro, está tornando mais grave um problema que afeta duramente
os investimentos: a insegurança jurídica. O surgimento de
propostas que beneficiam determinados grupos sociais, mas que podem resultar
em quebra de contratos e ônus não previstos para empresas
concessionárias de serviços públicos, deixa mais nebuloso
o ambiente de negócios e inibe o investidor já atormentado
por um cenário político marcado por incertezas. Sem investimentos
suficientes, a recuperação econômica, ainda incipiente
e fraca, tende a perder força.
No
ano passado, a taxa de investimentos recuou para 15,6% do Produto Interno
Bruto (PIB), o nível mais baixo desde 1996. Houve pequena recuperação
dos investimentos no primeiro trimestre de 2018, quando a taxa avançou
para 16% do PIB, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), acima do índice do ano
passado, de 15,5% do PIB. Mas essa é a segunda menor taxa para o
período desde 1996 e muito inferior à observada nos países
emergentes economicamente estáveis. A principal causa da baixa capacidade
de investimento da economia brasileira é a grave crise fiscal, que
fez o setor público cortar seus investimentos. O aumento das aplicações
privadas poderia compensar a perda de capacidade financeira do setor público,
mas a ambição política e decisões contraditórias
de autoridades afetam as decisões dos investidores.
Reportagem
do Estado (23/7) traz exemplos claros de como decisões do Executivo,
do Legislativo e do Judiciário podem prejudicar os investimentos
em infraestrutura. Há 182 projetos em tramitação no
Congresso que beneficiam grupos de usuários de serviços concedidos,
mas podem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro das
operações.
A
proposta de isenção de pedágio para moradores e trabalhadores
de municípios onde estão instalados postos de cobrança
ao longo da Via Dutra, por exemplo, implicaria a necessidade de triplicação
da tarifa para os demais usuários, de acordo com cálculos
da operadora privada. Nas rodovias federais, estaduais e municipais concedidas
para operadoras privadas, já vale a regra de isenção
de pedágios para caminhões vazios – uma das concessões
do governo Temer para acabar com a greve dos caminhoneiros em maio –, medida
que representa quebra do contrato de concessão. Não é
improvável que mudanças como essas tornem inviável
alguma concessão.
Problemas
são criados até mesmo no âmbito da administração
municipal, como decisões judiciais que autorizam cobrança
retroativa de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de contribuintes
antes isentos. Entidades empresariais, como a Associação
Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), apontam
outras decisões que geram insegurança jurídica em
áreas como energia, saneamento básico, portos e aeroportos.
Não
há cálculos precisos sobre o custo dessa insegurança.
É certo que, quanto maior o risco ou a insegurança da operação,
maior será a remuneração exigida pelo interessado
na prestação do serviço. É praticamente impossível
aferir o prejuízo para o País decorrente da suspensão
de investimentos que se tornaram inviáveis por causa das incertezas
legais.
Excesso
de normas legais, especialmente de natureza tributária, e sua contínua
modificação tornam mais difícil o estrito cumprimento
delas. A lentidão da Justiça, com ações que
tramitam por 20 anos ou mais, igualmente traz insegurança para os
investimentos. Mais recentemente, a iniciativa do Poder Judiciário
de assumir papel que constitucionalmente é exclusivo do Legislativo
acrescentou novo e perturbador elemento no quadro de incertezas legais
que afetam o ambiente de negócios. Não sem razão o
empresariado insiste em que a segurança jurídica depende
de previsibilidade das normas e de sua aplicação e da redução
do uso excessivo da Justiça para a solução de conflitos.
(Agênia Estado)
Brics:
Parceiros, mas não tanto
Imagem
de sintonia dos Brics se enfraquece quando cotejada com medidas adotadas
entre eles
Embora
seu nome não conste da declaração final da décima
cúpula dos Brics, realizada nesta semana em Johanesburgo, Donald
Trump era o destinatário primordial da mensagem em defesa do multilateralismo
e do papel da OMC (Organização Mundial do Comércio)
na solução de conflitos nessa seara.
Previsível,
aliás, que se fizesse deste encontro uma oportunidade para marcar
posição crítica ao presidente dos Estados Unidos.
Afinal,
este tem se empenhado em impor restrições à entrada
de produtos da China, o “C” do acrônimo em inglês que abrange
as cinco nações emergentes do bloco, formado também
por Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.
Mesmo
antes de o líder americano dar início ao que se prenuncia
como uma guerra comercial contra Pequim, o dirigente chinês, Xi Jinping,
já se apresentava à comunidade internacional como arauto
de uma economia globalizada, aproveitando-se do pendor isolacionista do
rival.
A
imagem de sintonia dos países-membros dos Brics em favor do livre
comércio, entretanto, se enfraquece quando cotejada com medidas
adotadas entre os próprios integrantes.
Revelaram-se
um exemplo bastante ilustrativo de tal descompasso as tratativas do governo
brasileiro, em reuniões paralelas, para convencer a China a derrubar
barreiras aplicadas sobre as exportações de soja e de carne
de frango.
Desde
o mês passado, frigoríficos daquele país que compram
do Brasil são obrigados a depositar entre 18,8% e 34,4% do valor
das importações, dependendo da empresa.
No
caso do grão, o presidente Michel Temer (MDB) pediu a Xi que se
crie uma cota de venda dos derivados, como óleo e farelo —hoje,
os chineses só aceitam receber o produto in natura.
Convém
lembrar que, no setor agropecuário, a Rússia também
se notabiliza por estabelecer limitações a mercados mais
competitivos, como o brasileiro, muitas vezes sob justificativas fitossanitárias.
Acrescente-se
que os Brics não nasceram por afinidade política ou econômica
—o bloco, a bem da verdade, se fez da ideia de um economista inglês,
Jim O’Neill, que cunhou o termo ao colocar num mesmo grupo nações
com aspirações maiores em instâncias globais.
Para
tanto, porém, é preciso haver uma distância menor entre
discurso externo e práticas internas. (Folhapress)
Dívida
em dólar de emergentes bate recorde
Países
seguem vulneráveis à tensão comercial
Déficit
em moeda estrangeira de países em desenvolvimento atingiu US$ 5,5
trilhões no primeiro trimestre
O
Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores
bancos do mundo, com sede em Washington, alerta neste domingo que a relativa
calmaria no mercado financeiro mundial dos últimos dias pode não
durar e os emergentes permanecem vulneráveis à nova valorização
do dólar e a mudanças repentinas do apetite por risco dos
investidores globais. A dívida em moeda estrangeira destes mercados
atingiu no primeiro trimestre o nível recorde de US$ 5,5 trilhões,
de acordo com relatório divulgado neste fim de semana, assinado
pela diretora do IIF, Sonja Gibbs, e pelo vice-diretor Emre Tiftik.
O
mercado financeiro mundial ficou menos volátil nos últimos
dias, após as conversas de Washington com a União Europeia
para um acordo comercial, mas o quadro de elevada incerteza deve persistir
no cenário e nova escalada da tensão entre os parceiros no
comércio dos Estados Unidos não está descartada, avalia
o IIF. Indicadores têm sinalizado queda nos volumes de comércio
entre países e o documento nota que os mercados emergentes têm
sido particularmente afetados, mais do que os países desenvolvidos.
"Isso evidencia a vulnerabilidade dos emergentes à escalada adicional
da tensão comercial", observa o IIF, ressaltando que a queda dos
volumes de comércio têm sido mais acentuada nos mercados da
Ásia, África e Oriente Médio.
Mesmo
que a tensão comercial fique centrada entre a China e os EUA, o
IIF nota que há risco para o crescimento econômico mundial,
pois os dois países são grandes compradores de produtos de
mercados emergentes. Outro risco é afetar os balanços das
empresas, com consequências para o desempenho dos papéis nas
bolsas de valores, mostra o relatório. A análise do desempenho
recente dos índices de ações evidencia que os papéis
de empresas que dependem mais dos ciclos econômicos já estão
sofrendo mais que outras ações, diz o IIF. "Enquanto a atividade
econômica parece estar desacelerando em muitos países, a expansão
mundial está se tornando crescentemente menos sincronizada."
O
aumento dos custos dos empréstimos nos EUA segue colocando pressão
nos emergentes e está afetando alguns mercados mais que outros,
segundo o IIF. A Turquia e Argentina, que têm elevado déficit
em transação corrente, e portanto dependem mais de recursos
externos para se financiar, foram uns dos mais afetados pela recente onda
de aversão ao risco e permanecem "bastante vulneráveis" às
mudanças de apetite por risco no mercado financeiro mundial.
O
IIF nota ainda que a escalada da tensão comercial e o risco desse
movimento afetar a atividade já levou a China a adotar um pacote
de medidas para estimular a economia, incluindo injeção de
recursos nos bancos para estimular o crédito e anúncios para
destravar o investimento em infraestrutura. Porém, os chineses estão
fazendo isso a um custo de aumentar mais o endividamento, observa o relatório.
"Essas medidas podem fornecer alívio temporário e ofuscar
parte dos efeitos adversos das tensões relacionadas ao comércio",
destaca o IIF. "No entanto, essas políticas expansionistas poderiam,
mais uma vez, provocar uma forte acumulação de dívida
em todos os setores, como foi o caso do período seguinte à
crise financeira mundial." (Altamiro Silva Junior - Agência
Estado)
Trump
celebra PIB e diz que EUA provocam inveja
Economia
dos Estados Unidos cresceu 4,1% no no segundo trimestre
Donald
Trump, triunfante, reivindicou crédito na sexta-feira (27) por números
que mostram que a economia dos Estados Unidos cresceu ao seu ritmo mais
rápido em quase quatro anos, no segundo trimestre de 2018, ainda
que economistas alertassem que a alta seria difícil de repetir nos
meses vindouros.
"Trata-se
de uma virada econômica que tem importância histórica",
declarou Trump, depois que novos dados apontaram para um crescimento econômico
anualizado de 4,1,% no segundo trimestre.
O
presidente americano afirmou que a confiança das empresas havia
atingido "picos históricos" e que suas políticas "American
First" (América primeiro, em inglês) no comércio internacional
e para a indústria estavam gerando crescimento rápido no
emprego.
Ele
também insistiu que os dados mais recentes apontavam para crescimento
ainda maior no futuro, e descartou a ideia de que eles podem representar
um pico, como muitos economistas acreditam.
"Esses
números são muito, muito sustentáveis. Não
estamos falando de um fenômeno único, e em minha opinião
nos sairemos muito, muito bem no próximo relatório", disse,
prevendo crescimento "notável" no terceiro trimestre. "Nós
revertemos tudo. Nossa economia causa inveja no mundo todo".
Os
números anunciados sexta-feira (27) confirmam as expectativas de
Wall Street e representam o crescimento mais rápido registrado desde
o terceiro trimestre de 2014, quando a economia dos Estados Unidos cresceu
em ritmo anualizado de 4,9%. Eles apontam para uma aceleração
no crescimento, ante o primeiro trimestre, quando a economia americana
cresceu em ritmo anualizado de 2,2%, de acordo com Departamento do Comércio
americano. As ações americanas não mostravam muito
movimento de preço, na metade do dia.
O
desempenho no segundo trimestre veio por causa da alta no consumo e no
investimento empresarial, causada em grande parte pelo estímulo
do corte de impostos aprovados no final do ano passado.
Mas
os números também refletem fatores extraordinários
que, segundo os economistas, tornariam difícil reproduzir o mesmo
desempenho no resto do ano, especialmente diante da previsão do
Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de mais dois
aumentos nas taxas de juros até o final do ano, a fim de impedir
um superaquecimento da economia.
Entre
esses fatores estavam uma alta nas exportações que muitos
economistas acreditam tenha sido causada por esforços dos compradores
estrangeiros de soja e outros produtos de exportação americanos
para formar estoques antes da imposição de tarifas comerciais
pelos Estados Unidos e por seus parceiros comerciais.
Esse
efeito comercial dificilmente será repetido nos próximos
meses, e os economistas agora estão mais preocupados com o possível
efeito que as guerras comerciais de Trump podem causar no crescimento.
Em anúncios de resultados trimestrais realizados esta semana, empresas
como a General Motors, Whirlpool e Coca-Cola alertaram que estão
sendo prejudicadas pelas tarifas, que geram alta de custos. Organizações
de agricultores também se queixaram de um colapso nos pedidos de
commodities como a soja e a carne de porco.
"No
geral, vemos o relatório como sustentação de nossa
visão de que a economia no momento está funcionando muito
bem, e de que o crescimento provavelmente chegou a um pico", disse Bricklin
Dwyer, economista sênior do banco BNP Paribas para os Estados Unidos.
"Embora antecipemos que a economia continue forte em curto prazo, o crescimento
deve se desacelerar em algum momento do ano que vem, quando o efeito do
estímulo fiscal se dissipar e as condições monetárias
mais rígidas começarem a se fazer sentir".
Paul
Ashworth, economista chefe da Capital Economics para os Estados Unidos,
disse que a alta de 9,3% nas exportações no segundo trimestre
foi uma distorção causada por uma alta anualizada de 80%
na exportação de alimentos, ração animal e
bebidas, propelida primariamente pelo crescimento nos embarques de milho
e soja, antecipados para evitar tarifas.
O
comércio externo elevou em um ponto percentual o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB), em termos líquidos; as importações
subiram em apenas 0,5% no segundo trimestre, segundo Ashworth.
Os
números do crescimento americano estão sendo acompanhados
com atenção, no período que antecede a eleição
legislativa de novembro, na qual o Partido Republicano, de Trump, enfrenta
a perspectiva de perder sua maioria em pelo menos uma das casas do Congresso.
Os
republicanos do Congresso estão preocupados com a possibilidade
de que as guerras comerciais de Trump reduzam os benefícios econômicos
dos cortes de impostos, e vêm expressando cada vez mais ceticismo
quanto às tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio,
bem como sobre suas ameaças de impor novas tarifas de importação
aos carros estrangeiros. (Finacial Times, tradução
Paulo Migliacci - Folhapress)
Bolsa
em alta, dólar em queda
Dólar
recua para R$ 3,72 e fecha semana em queda
Bolsa
brasileira sobe apesar de viés negativo em Wall Street
O
dólar fechou em baixa ante o real na sexta-feira (27), em reação
aos dados da economia americana e sustentado pelo maior otimismo dos investidores
com o cenário eleitoral local. A Bolsa brasileira se descolou do
tom negativo nos mercados americanos, impactados pelos balanços
ruins no setor de tecnologia, e sustentou leve alta.
O
dólar comercial recuou 0,77%, para R$ 3,718. Na semana, acumula
queda de 1,48% e caminha para fechar julho na primeira baixa desde janeiro.
O dólar à vista perdeu 0,2%, cotado a R$ 3,722.
O
Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas
da Bolsa, avançou 0,58%, a 79.866,10 pontos. O indicador subiu 1,65%
na semana.
Lá
fora, o Dow Jones, principal índice de Nova York, caiu 0,3%, enquanto
o S&P 500 perdeu 0,66%. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 1,46%,
pressionado pelas quedas em ações de Twitter (-20,54%) e
Intel (-8,59%). As empresas divulgaram nesta sexta balanços que
frustraram o mercado.
"O
desempenho dessas empresas coloca em cheque o crescimento do setor de tecnologia
nos Estados Unidos, que passa por um momento de revisão e joga todo
o mercado para baixo", diz Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante.
O
lucro recorde do Twitter (US$ 100 milhões, cerca de R$ 372,37 milhões)
e a receita (US$ 711 milhões, ou R$ 2,65 bilhões) acima das
estimativas dos analistas não foram suficientes para animar os investidores.
A
rede social fechou o período com 335 milhões de usuários
mensais, 1 milhão a menos do que o registrado nos três primeiros
meses do ano, principalmente nos Estados Unidos. A empresa de mídia
social aumentou as exclusões e suspensões de contas duvidosas
nos últimos meses.
"Wall
Street não gostou muito dessa limpeza e do impacto. E o desafio
do Twitter nos últimos anos tem sido a monetização
dos seus usuários, a receita gerada por usuário, e a melhoria
nas ferramentas para anunciantes", avalia Thiago Reis, fundador e CEO da
Suno Research, consultoria de análise financeira.
O
Facebook, que havia caído 19% na véspera também após
anunciar resultado fraco, não se recuperou e perdeu 0,78%.
"A
combinação de um anúncio de diminuição
de receitas com despesas se mantendo acima do esperado fizeram o mercado
reagir negativamente. No dia de hoje, os investidores ainda estavam digerindo,
o Twitter reporta resultado pior, é mais uma combinação
que cria um cenário ruim para as ações do Facebook",
explica André Kim, analista de investimento da GEO Capital.
EXTERIOR
Apesar
de o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos ter crescido a uma
taxa anualizada de 4,1% no segundo trimestre, ritmo mais rápido
em quase quatro anos, o número veio um pouco abaixo da expectativa
do mercado e ajudou a tirar a força do dólar no mundo.
Das
31 principais divisas globais, 14 avançaram em relação
à moeda americana, e o real liderou essa valorização.
Analistas
avaliam que, apesar de um primeiro semestre forte para a economia americana,
o aperto progressivo na política monetária por lá
deve desacelerar o crescimento do PIB dos EUA no próximo ano.
"O
ritmo de 4,1% no 2º trimestre (anualizado) marca uma 'virada de importância
histórica', afirmou o presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump.
Economistas, no entanto, seguem céticos quanto à manutenção
deste ritmo nos próximos trimestres", avaliou a Guide Investimentos
em relatório.
A
guerra comercial também pode influenciar a perda de fôlego.
O
presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell, disse
que a guerra comercial poderia afetar o crescimento do país e manteve
a indicação de gradualismo na política monetária.
No
cenário local, o mercado segue otimista com a possibilidade de fortalecimento
da candidatura de seu candidato preferido, o tucano Geraldo Alckmin.
Pela
manhã, pesquisa de intenção de votos da XP Investimentos
mostrou que Alckmin cresceu levemente, dentro da margem de erro. No cenário
sem candidato do PT, o tucano apareceu com 10% dos votos, ante 9% no levantamento
anterior, junto com Ciro Gomes (PDT) e atrás de Jair Bolsonaro (PSL),
com 23% e Marina Silva (Rede), com 12%.
"Se
não tivéssemos hoje esse cenário, o Ibovespa estaria
em queda", afirma Mauriciano Cavalcante, gerente de câmbio da Ourominas
(Anaïs Fernandes - Folhapress)
UniAbrapp:
Fundamentos Atuariais na Previdência Complementar
Nos
dias 13 e 14 de agosto, a UniAbrapp oferecerá o “Fundamentos Atuariais
na Previdência Complementar”, ministrado pelo Especialista Ivan Sant’ana
Ernandes. Além de uma visão geral sobre os diferentes tipos
de planos de benefícios, o treinamento abordará conceitos
gerais em matemática atuarial e financeira, assim como a legislação
básica que rege a Previdência Complementar, as etapas da avaliação
atuarial e a supervisão baseada em riscos.
O
curso é indicado para profissionais com ou sem experiência
e conhecimentos específicos prévios, que queiram adquirir
visão geral e abrangente da previdência complementar fechada
na área atuarial. A participação concede 16 pontos
no programa de certificação do ICSS (PEC).
Para
mais informações e inscrições, acesse
http://www.uniabrapp.org.br/Paginas/Evento-Detalhes.aspx?cid=116
(Acontece-19.07)
IDG
II: Entidades ampliam utilização dos Indicadores de Desempenho
de Gestão
O
IDG II (Indicadores de Desempenho de Gestão) é um dos produtos
mais utilizados pelas associadas da Abrapp nos programas e iniciativas
de aperfeiçoamento da governança das entidades fechadas.
São 26 indicadores sobre rentabilidade, custeio e despesas administrativas,
taxa de administração e carregamento e relacionamento com
o participante que servem como importantes benchmarkings para a realização
de análises comparativas entre as entidades.
Com
a multiplicação de programas de qualidade e de melhoria da
governança, as entidades estão acessando cada vez mais os
indicadores do IDG II. Os exemplos são inúmeros, como é
o caso da Fundação Real Grandeza. “Temos aumentado a utilização
dos indicadores porque iniciamos no mês de junho deste ano um projeto
de redução dos custos administrativos na entidade”, explica
Gabriel Teixeira, Analista de Controladoria e Planejamento da Fundação
Real Grandeza.
Com
o nome de “Análise da estrutura de custos administrativos da Real
Grandeza” , a primeira etapa do projeto foi a coleta de informações,
na qual o IDG II serviu de base para análise de dados externos.
Em seguida, foi elaborado um painel com os principais indicadores, com
estrutura dividida por faixa de classificação (entidades
com patrimônio acima de R$ 2 bilhões e número de participantes
entre 6 mil e 30 mil), filtros (com ou sem desvio padrão) e valores
(média, mediana, menor e maior valor).
Com
o painel, a Diretoria Executiva definiu 5 indicadores de gestão
administrativa para 2018, dos quais, 3 fazem parte da relação
do IDG II. São eles: despesa administrativa por participante, despesa
por recursos garantidores e serviços de terceiros. Desta forma,
foi possível estabelecer metas para implantação do
programa de redução dos custos.
Qualidade
- O Banesprev é outra entidade que tem ampliado recentemente a utilização
do IDG II como benchmarking. Esta ampliação é devida
ao processo de aperfeiçoamento do Sistema de Gestão de Qualidade
- SGQ do Banesprev. “Somos certificados desde 2001 pela Norma ISO e estamos
em Processo atualização do Sistema para a norma NBR
ISO 9001-2015”, informa Ubiratan Negrão Vieira, Analista de Controle
de Conformidade do Banesprev e membro da Comissão Técnica
Sudoeste de Governança e Riscos da Abrapp.
Os
indicadores utilizados no SGQ são os relacionados às despesas
administrativas e “Horas de Treinamento” por colaborador. Os demais são
utilizados também como suporte à melhoria do sistema. São
elaborados estudos de despesas com base no patrimônio e número
de participantes no processo orçamentário e na média
do mercado (entidades de porte similar). “Para saber se estamos na média,
realizamos diversas comparações que resultam em relatórios
que são enviados para a Diretoria e Conselhos”, diz Ubiratan.
Entrevista:
A importância do IDG II para o aperfeiçoamento da governança
Confira
a seguir a entrevista com a Coordenadora do Comitê do IDG II da Abrapp,
Mônica Ramos Lima, Gerente de Controladoria da Previ:
Acontece
- Comente a importância do IDG II para o aperfeiçoamento da
governança das EFPCs.
Mônica
- O IDG II busca desenvolver e contribuir com a disseminação
de indicadores entre as entidades fechadas, auxiliando no desenvolvimento
da cultura de acompanhamento desses dados e a melhoria do sistema como
um todo. Acho que é muito relevante para as entidades ampliarem
a utilização deste produto, que é fornecido gratuitamente
pela Abrapp. Como o material tem a participação de muitas
entidades, existe a possibilidade de realizar buscas por perfis das instituições,
por planos e etc.
Acontece
- Cite exemplos de utilização dos indicadores pelas entidades.
Mônica
- Os indicadores são muito ricos. Existem aqueles vinculados a despesas
administrativas, a rentabilidade, entre outros. São dados que podem
ser comparados entre as entidades, com séries históricas,
contribuindo inclusive para análise de tendência ao longo
dos anos. É um trabalho muito importante, até mesmo para
tornar possíveis estudos de aperfeiçoamento nas fundações,
inclusive nas áreas de controle.
Acontece
- Há algum plano de atualização ou aperfeiçoamento
dos indicadores?
Mônica
- Estamos finalizando a parte de indicadores atuariais. Já tínhamos
feito todo o desenho desses indicadores e estamos em fase final de revisão.
É mais um grupo de indicadores que pode contribuir com as entidades,
tanto para comparabilidade quanto para análise.
Acontece
- Quais os desafios atuais para o trabalho do Comitê do IDG II?
Mônica
- O Comitê está disponível para receber sugestões
e aprimoramentos. Atualmente estamos re-analisando alguns indicadores sob
a ótica da Resolução 4.661. Um dos trabalhos na nossa
agenda, é fazer a revisão desses dados e verificar a necessidade
de ajustes pontuais nos indicadores. (Abrapp/AssPreviSite)
Não
incide CDC nas autogestões em saúde
A
Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, na
sessão realizada em 11 de abril deste ano revogou a Súmula
469 que asseverava a aplicação do Código de Defesa
do Consumidor aos contratos de plano de saúde. Em seu lugar editou
a Súmula 608 com a seguinte redação: “Aplica-se o
Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde,
salvo os administrados por entidades de autogestão. ”
A
decisão, prolatada pelo pleno do Superior Tribunal de Justiça,
representa um importante avanço, bem como o reconhecimento aos esforços
que as autogestões em saúde têm realizado ao longo
dos anos, através de diversos trabalhos, seminários, congressos
e aulas, no sentido de demonstrar as diferenças e, principalmente,
as especificidades inerentes aos planos de saúde por elas administrados,
onde os beneficiários participam de forma direta ou indireta de
sua administração, por força, inclusive do artigo
4º., da Resolução Normativa nº. 137/2006, da Agência
Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que reza: “O ato constitutivo
da entidade de autogestão deverá conter o critério
e a forma de participação dos beneficiários titulares
que contribuam para o custeio do plano, bem como do mantenedor ou patrocinador,
na composição dos seus órgãos colegiados de
administração superior. ”
Tal
mudança de interpretação ocorrida no que diz respeito
a não aplicação do CDC às autogestões
sofreu forte influência do Recurso Especial nº. 1.285.483-PB,
relatado pelo e. Ministro Luís Felipe Salomão, cuja ementa
asseverou: “ Ementa: Recurso Especial. Assistência Privada à
Saúde. Planos de Saúde de Autogestão. Forma peculiar
de constituição e administração. Produto não
oferecido ao mercado de consumo. Inexistência de finalidade lucrativa.
Relação de consumo não configurada. Não incidência
do CDC.
Os
pontos centrais destacados da decisão. “Primeiro, a operadora de
planos privados de assistência à saúde, na modalidade
de autogestão, é pessoa jurídica de direito privado
sem finalidades lucrativas que, vinculada ou não à entidade
pública ou privada, opera plano de assistência à saúde
com exclusividade para um público determinado de beneficiários.
Segundo, a constituição dos planos sob a modalidade de autogestão
diferencia, sensivelmente, essas pessoas jurídicas quanto à
administração, forma de associação, obtenção
e repartição de receitas, diverso dos contratos firmados
com empresas que exploram essa atividade no mercado e visam ao lucro. Terceiro,
não se aplica o Código de Defesa do Consumidor ao contrato
de plano de saúde administrado por entidade de autogestão,
por inexistência de relação de consumo. Quarto, recurso
especial não provido. ”
Por
fim, verifica-se que o Superior Tribunal de Justiça tem prolatado
recentes e importantes decisões visando garantir uma maior segurança
jurídica na interpretação dos litígios relacionados
aos planos privados de assistência à saúde, tais como
essa que reconheceu a não incidência do Código de Defesa
do Consumidor nas autogestões, bem como outras: a que deixou expressa
a não cobertura de medicamento e OPME sem registro na ANVISA; a
que reconheceu a validade da cobrança de faixa etária em
conformidade com a Resolução Normativa nº. 63/2003,
também da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS;
e a que reconheceu a validade da rescisão imotivada dos contratos
coletivos.
Esperamos
que as aludidas decisões irradiem seus efeitos às instâncias
inferiores, procurando, dessa forma minimizar os efeitos de uma judicialização
da saúde que procura obter vantagens e coberturas não previstas
na legislação ou na regulação exercida pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, e que desnaturam
o princípio do mutualismo e a equação econômico-financeira
que norteiam a contratação, buscando uma melhor harmonização
dos interesses (José Luiz Toro da Silva - Segs)
RN
433: Vitória dos médicos e de todos os cidadãos
A presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, suspendeu a resolução
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que regulava
as modalidades de planos de saúde com franquias e coparticipação,
permitindo que as operadoras cobrassem, por exemplo, até 40% do
valor de cada procedimento realizado do paciente.
A decisão da ministra
vai ao encontro do clamor da Associação Paulista de Medicina
e das entidades de Defesa do Consumidor, publicamente contrárias
à resolução da ANS e às modalidades estabelecidas.
O entendimento é o de que a franquia e a coparticipação
oferecem benefícios apenas às operadoras de planos de saúde,
prejudicando a população.
Carmen Lúcia atendeu
liminarmente o pedido do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,
que entrara com ação no Supremo em 13 de julho. O mérito
da ação ainda será julgado. Segundo a petição
dos advogados, a resolução da ANS institui severa restrição
a um direito constitucionalmente assegurado (à Saúde) por
ato reservado à lei em sentido estrito, não a simples regulamento
expedido por agência reguladora.
O estabelecimento destas
modalidades de planos de saúde poderia levar o cidadão a
um cenário em que teria que pagar o dobro do que já arca
normalmente. Isso porque a normativa suspensa estabelece que as cobranças
de franquia e coparticipação sejam do mesmo valor da anuidade.
Ou seja, se alguém hoje paga R$ 12.000 ao ano (mensalidade de R$
1.000), poderia se ver obrigado a desembolsar R$ 24.000 em um ano – somando
as mensalidades com os valores de coparticipação.
Para os planos coletivos
empresariais, ampla maioria no mercado atualmente, o cenário seria
ainda pior. O texto permite que seja estabelecido em convenção
coletiva que o limite do excedente seja até 50% maior do que o dobro
da anuidade. Ou seja, para o usuário que arca com uma mensalidade
de R$ 1.000, a coparticipação e a franquia poderia levar
a um gasto anual de R$ 30.000 – os R$ 12.000 das mensalidades mais R$ 18.000
em procedimentos e eventos em saúde.
A franquia e a coparticipação,
se implementadas, penalizariam os pacientes, agravando os problemas de
acesso e inviabilizando tratamentos. O usuário sem aporte financeiro
simplesmente não realizaria exames solicitados ou consultas com
especialistas, evitando gastos, mas agravando as suas condições
clínicas.
A APM, juntamente da Fundação
Procon-SP, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da
Proteste, tentou de várias formas estabelecer um diálogo
com a ANS, com intuito de evitar que fossem consolidadas as novas modalidades
de planos. Foram tentativas vãs.
Médicos e órgãos
de defesa do consumidor compreendem, inclusive, que a proposta agora estancada
no STF traria consigo grande potencial de endividamento da população,
considerando que ninguém se planeja para ficar doente e que muitos
seriam obrigados a recorrer a empréstimos para arcar com despesas
médicas inadiáveis ou inevitáveis ( Chico Damaso
- Segs)
AssPreviSite:
Comunicado
Na
sexta-feira (27) problemas técnicos impediram nossa operação
e a geração do Clipping Diário e demais informativos.
Agradecemos
a compreensão de nossos leitores (Editoria)
CDI
- Centro de Documentação e Informação
Oswaldo
Herbster de Gusmão - Abrapp - Sindapp - UniAbrapp
Obtenha mais informações
pelo e-mail assprevisite1@assprevisite.com.br
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